Always in My Head escrita por Kizimachi


Capítulo 3
Capítulo III - Toy Story?


Notas iniciais do capítulo

Depois desa imensa demora, voltando ^.^ Quero o feedback de vocês, hein?



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P.O.V Nico

Era 4 e meia da tarde. Depois de voltar da escola, almoçar, terminar uns afazeres, resolvi apenas passar o tempo apreciando o mais novo álbum do Coldplay, Ghost Stories. O álbum já tinha tocado todo uma vez e já estava, novamente, em Midnight (por Deus, que música viajada), quando sinto o barulho clássico do Whatsapp. Como fez barulho, é de uma pessoa, já que desabilitei os sons das conversas, ou melhor, chatices, em grupo. Pensei ser da Bianca, ou do meu pai perguntando se eu já tinha passeado com o cachorro, mas era de alguém salvo como "Você é um imbecil". Não me lembro de ter salvo algum número assim.

"Idiota do corredor, já está pronto?"

Ai. Agora me lembrei de tudo. E vi que eu ia me atrasar para o trabalho sobre Tolstoi. Perfeito. Nada melhor para chatear essa tosca do que me atrasar.

"Sim, animal. Já saí de casa. Agora, não me perturbe mais. Agradecido _|_ "

Imaturidade se responde com imaturidade, gravem essa lição. Enfim, me levanto calmamente da cama e, antes de tomar banho, resolvi separar a roupa. Peguei uma bermuda qualquer (não, não pode ser jeans. Odeio bermudas jeans, com todo o meu ser. E sem mimimi, Percy já disse que sou complicado, e sou mesmo), um par de chinelos qualquer e uma camisa do Homem de Ferro. Qual é, vou fazer um trabalho, não vou pra um desfile de moda. Feita a escolha, vou pro banho. Saio de casa, sem antes me despedir da minha mãe, às 5 e 5. Chegaria no Starbucks mais ou menos de 5 e 15. Coitada da Grace.

P.O.V Thalia

Já são 5 e 10 e nada daquele cafajeste, imbecil, cachorro, idiota, otário, sem cérebro, estúpido... e nada do di Angelo chegar. 3 Garçonetes já passaram perguntando se eu iria pedir algo. Sempre dizia a mesma coisa, "estou esperando um amigo". Já estava próximo de fazer um cartaz com essa frase e pendurar no meu pescoço. Resolvi dar apenas mais 5 minutos para o imbecil. Enquanto isso, ia fazendo mais um passarinho de guardanapo, sendo o quinto integrante da família. Terminei-o e olho o relógio. 5 e 17. Foda-se, di Ange... Eu mereço. Quando eu ia me levantando para ir embora, dou de cara com o idiota, que dá um grande sorriso, como se estivesse feliz com isso.

– Você tem 10 palavras para explicar o porquê do atraso. - Ordenei

– Não me lembrava. Veja como sou eficiente, expliquei em apenas 3. - Disse, e se sentou.

– Você não tem jeito... ou eu que não tenho, no meu primeiro dia, já arranjo um inimigo. Ele deu de ombros.

– Fazer o quê, Grace. Moça, me traz um... - e foi fazer seu pedido. Não pude deixar de notar as reações da mulher, praticamente se jogando no colo do di Angelo. E no final ele ainda piscou para ela.

– Sério, di Angelo?

– O quê?

– Agora faz atos obscenos em locais públicos?

– Não, Grace. - e rolou os olhos - Na verdade, não lembro se já fiz em locais públicos com ela. Acho que foi só na minha casa, na casa dela e em motéis...

Arregalei os olhos e, provavelmente, meu queixo bateu na mesa. Mas que idiota, isso é algo que se diga?

– di An... Ange... aaaaargh, nem sei o que falar - e enterrei o rosto nas mãos, enquanto ouvia sua gargalhada. Acho que estou esquecendo de algum detalhe...

– Qual é Grace, estou brincando. Na verdade, só fiquei com ela em uma balada, acho que há uns 5 meses, aquela balada que teve na rua... - Enquanto ele falava, eu tentava raciocinar. Vamos Thalia, pense... di Angelo, essa garçonete... di Angelo, garotas... Lembrei.

– Espera, di Angelo, pare de tagarelar por um instante. Você não era gay?

Ele parou sua crônica extremamente desinteressante e me fitou, sem reação. Por um segundo que olhei diretamente nos olhos dele, tive a impressão que aquelas suas pupilas negras eram um poço sem fim. Davam um ar sombrio, e ajudavam em olhares mortais. Nota mental: não brigar muito com o di Angelo, embora isso seja difícil.

Ele bufou e virou a cabeça, enquanto ajeitava o cabelo.

– Então, você mal chegou na escola e já acredita nesses papinhos de merda? Puf, melhore, Grace. Claro que não sou.

– Ei, garoto, calma aí, não se estresse... e é o que todos comentam. E a Annabeth não me contou nada, então...

– Deixa pra lá. Mas, por falar nisso, é verdade, você já conhecia a Annie. De onde?

– Somos primas desde... muito tempo, e...

– Falha tentativa de ser engraçada.

– Não quis ser engraçada, mas...

– Quis sim, foi evidente. Admita, Grace, você perdeu.

– Não ouse me interrom...

– Você...

– di...

– Perdeu.

– ANGELO!!! - Gritei. Ele olhou surpreso para mim. Sonso.

– Está maluca, Grace?

– Na verdade, estou ficando. - E novamente enterrei o rosto nas mãos - Nunca mais me atrapalhe enquan...

– Tipo assim? - Mas que filho da...

– Desisto. - Nessa hora, a Garçonete di Angelo, traz o pedido dele. Antes dela sair, peço um clássico café.

– Bem, temos coisas à fazer, Grace. - Diz ele tirando um notebook HP de uma mochila e ligando-o. - Venha pro meu lado.

– Por que eu sentaria do seu lado, cara?

– Bem, pelo visto, você esqueceu o seu notebook. E só temos um notebook para duas pessoas. Então, a tendência é que as pessoas se juntem, mesmo que ambas não queiram. Entendeu? ou quer que eu desenhe?

Reviro os olhos, bufo, mas me levanto e vou pro seu lado. Olho as laterais do notebook, até achar o conector de fones. Ponho apenas um fone (em um ouvido só, obviamente).

– Tá, mas enquanto procuramos sobre esse tal de Toy Story...

– Tolstoi.

– Toloi...

–Tols. Toi.

– Tá, enquanto procuramos sobre esse tal de Tolstoi, põe alguma música aí. - Ele viu o outro fone balançando e pôs no ouvido - Quem te deu permissão para isso?

– Bem, é o meu notebook, e minha música, se não quiser, ponho meus fones e você fica sem sua música.

– Tá, você venceu.

– De novo.

– Argh. Põe logo, cara.

E ficamos nessas discussões e, ocasionalmente, fazíamos o trabalho, até umas 7 e meia. Mas volto a admitir. O cara tem bom gosto. Ouvimos várias músicas do Muse. Quando ele já guardava o notebook e periféricos, meu celular vibra, e subentendo que o dele também, já que tateia os bolsos. Desbloqueio meu Lumia 1020 e vejo que é uma mensagem sem nome do Whatsapp. "Hey, todos da Goode convidados para a 8ª festa Stoll. Essa será a penúltima. Vocês sabem onde é a hora, também. O resto é bla bla bla. Sexta-feira.".

– Esses Stoll... - Nico fala e abafa um riso.

– Também recebeu uma mensagem para essa tal festa? quem são os Stoll? onde isso ocorre? e de que horas? essas festas são famosas assim? Preciso de uma festa.

– Calma. Respire. Os Stoll são os gêmeos Travis e Connor Stoll. Estudam comigo, ou seja, com você também. Não sei se percebeu Grace, mas a turma é a mesma em todos os horários. Pois é, na nossa escola, não tem essa de horários individuais, mas tem essa de salas exclusivas pras disciplinas. Voltando às perguntas. Ocorre na casa dos Stoll. Sempre começam às 9 e 05 da noite, sem hora para acabar. Acredite em mim, são extremamente famosas. - Percebi seu enfoque no "extremamente". - E não estou nem aí se você precisa ou não de festas.

– Você é impossível, di Angelo. - Pagamos a conta juntos e saímos do Starbucks.

P.O.V Nico

Vou em direção ao estacionamento, e a Grace me acompanha. Destravo meu Civic, e resolvo ser cavalheiro com esse projeto de gente.

– Quer carona?

– O diabo que anda com você, di Angelo. - Ela responde. Um anjo, como sempre. E ela vai em direção a sua Harley Davi...

– Espera, Grace, você pilota motos, e ainda por cima, uma Harley Davidson? - Acho que meu queixo foi até o chão. Ela sobe na moto, põe o capacete, liga-a, e, antes de acelerar, fala:

– É o que parece, imbecil di Angelo. Até amanhã.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo será sobre a festa. E aí? já imaginam algo acontecendo nessa festa? têm ideias?



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