Zona B escrita por Bry Inside the Box


Capítulo 38
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo :3
Eu decidi não colocar a fic em hiatus, até porque ela tá acabando. Então, por mais um mês e talvez uma semana, vocês ainda receberão atualizações da Zona B. Depois, eu a deixarei não finalizada para postar um aviso sobre a minha nova fic.
Ah, verdade! Uma garota super ultra mega fofa, a Bluma Sants, recomendou a fic! YAAAAAY!
Obrigada por isso, Blummy s2 Dedico esse capítulo super lindoso a você :3



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Charmin empurrou a coberta com os pés e, após sentir o frio entrar em seu corpo, puxou-a novamente, encolhendo-se debaixo do tecido. Esperou alguns minutos se passarem até que tomasse coragem e levantou, sentindo o piso gelado abaixo dos pés. Foi até o banheiro, lavou o rosto e olhou-se no espelho.

Um pouco da maquiagem ainda contornava os olhos, o resto depositava-se em uma grossa linha preta embaixo dos olhos. O cabelo acordara um tanto arrumado, em consequência dos produtos de alta qualidade que haviam sido aplicados nos fios. O pijama que pegara no armário de madrugada, depois que Nick foi embora, estava de alças caídas e short levantado.

Nick.

Ela sorriu automaticamente ao lembrar-se da noite passada. Lembrava-se das mãos de Nick em seu corpo e do sorriso dele ao dizer que a amava. Depois de, por algumas horas, terem dançado, finalmente se cansaram e resolveram deitar na cama de Nick, e assim ficaram durante mais horas, até que Nick caísse no sono depois de Charmin ficar mexendo em seu cabelo, e a garota foi para o seu quarto através da porta em comum, trocou-se e dormiu com um sorriso no rosto.

Espreguiçando-se, Charmin terminou de escovar os dentes e foi até o closet, onde vários vestidos estavam nos cabides. Para sua surpresa, não havia calças, shorts ou saias, somente vestidos, e Charmin recorreu à pequena mala que trouxera para pegar um jeans que Will comprara a ela. Colocou a calça, um moletom grosso de James e fechou a porta do quarto, descendo a escada descalça.

Encontrou Jim na recepção, e perguntou ao robô onde Collin e os outros estavam. Como que ganhando vida, a máquina ergueu-se e respondeu:

– Estão na cozinha, senhorita. É só atravessar essa porta e virar à esquerda.

Agradeceu e virou-se para seguir o caminho instruído. Puxou as mangas do moletom e a barra da calça, imediatamente se arrependendo de não calçar um sapato ou colocar meia. O chão na parte de baixo da casa era muito mais gelado e o ambiente parecia mais frio.

Chegou à cozinha e antes que pudesse dizer algo, foi recebida por aplausos.

– O que tá...

Collin levantou-se e foi até a irmã, abraçando-a. Em seguida, Isabel, com um cheiro de flores que Charmin adorou. Então Josh, que a abraçou brevemente, e deu a ela um sorriso, e Nick, envolvendo-a de um modo caloroso e lento. Por ser mais alto que ela, o queixo dele batia em sua cabeça, e Charmin nunca se sentiu tão bem dentro dos braços de alguém.

Collin pigarreou.

– Com licença, você está abraçando a aniversariante. Divida-a conosco.

Nick distanciou-se, antes deixando um beijo rápido nos lábios de Charmin, que ruborizou.

– Oh, claro! – Falou ele, sentando-se novamente. – Feliz aniversário, Charmin.

Charmin estranhou. Era seu aniversário? Ela não se lembrava.

– Vocês não erraram a data?

Isabel gargalhou enquanto Collin sorria, constrangido, e Josh e Nick assistiam à situação.

– Querido, você errou a data do aniversário da sua irmã? – Perguntou a mulher, enquanto enxugava lágrimas dos olhos.

– Claro que não! Eu nunca erro essa data! – Levantou-se, olhando num calendário preso à parede. – Charmin, hoje é dia vinte. Seu aniversário!

– AH, CLARO! – Respondeu a garota, meio gritando por surpresa ou espanto. – É hoje sim.

– Você não se lembrava? – Perguntou Josh, segurando o riso. Nick, ao seu lado, nem disfarçava, ria alto para todos os cantos. – Charmin, não se lembrava do próprio aniversário?

Charmin coçou a cabeça, um tanto envergonhada. Olhou para todos. Isabel estava com as bochechas sardentas avermelhadas de tanto rir e Collin a fitava com o olhar arregalado, surpreendido, enquanto os garotos no outro canto da mesa riam em pura alegria, como se fosse a situação mais engraçada que já tivessem visto.

– Hum... Não. Não me lembrava. – Murmurou. – Mas, obrigada, de qualquer modo. Eu to morrendo de fome, vamos comer?

– Não antes dos presentes! – Isabel falou, levantando-se, pegando uma caixa lilás e entregando a Charmin. Ela estava com um sorriso doce e gentil, os cabelos ruivos estavam presos. – Te conheço há muito pouco tempo, mas pelo o que Collin fala de você, é uma menina maravilhosa. Parabéns, minha querida.

Charmin agradeceu envergonhada, pegou o presente e abriu-o. Um colar prateado com um pingente de flor delicado, pétalas azuis e pretas misturavam-se. Ela sorriu encantada com o colar, e guardou-o na caixinha.

– Agora é minha vez. – Collin foi até a mesa e pegou uma caixa branca com um laço preto preenchido por bolinhas rosa. Andou até Charmin e entregou o presente com um abraço apertado. – Feliz aniversário, pirralha.

Desamarrou o laço e tirou a tampa do presente, deparando-se com um porta-retratos em borda prateada. Arfou ao ver uma foto antiga de sua mãe, um bebê em seu colo, e Collin com aproximadamente sete anos, os cabelos enormes e um sorriso alegre estampado em seu rosto. Carla, com os cabelos pretos soltos, parecendo muito velha para os trinta anos devido às olheiras e as roupas antiquadas, sorria na foto, um sorriso verdadeiro e que nunca seria desfeito. Em seus braços, Charmin fazia uma careta de fascínio enquanto a foto era tirada, e os olhos brilhavam.

Pela primeira vez em anos, Charmin se lembrou da mãe como ela realmente era.

– Onde... Onde você achou isso?

– Estava mexendo em algumas coisas que eu juntei pra vir pra cá e acabei achando essa foto. Pensei que iria gostar de tê-la.

Charmin o fitou. Os olhos estavam marejados e as pupilas estavam enormes, deixando somente uma fina circunferência azul e preta neles. Os lábios começaram a tremer e antes que pudesse impedir, já estava chorando.

– Eu...

Collin arregalou os olhos.

– Charmin? Não gostou do presente? Eu posso te dar outro! Eu... Eu...

– Não, eu gostei. – Fungou e guardou a foto dentro da caixa novamente. Tampou-a e enxugou as lágrimas com um sorriso pequeno no rosto. – Gostei muito, Col. Você finalmente me deu um presente de verdade. Agora, podemos comer?

Collin riu fracamente enquanto Isabel sorria para os dois. No canto, Nick e Josh trocaram olhares enquanto davam risos baixos.

***

James andava pelas ruas do México com uma bermuda e uma regata, o cabelo louro prateado finalmente fora cortado e agora estava mais curto; a franja virara um pequeno topete com o gel que comprou no cabeleireiro. No México, o clima era mais quente e ele podia sair sem precisar de um capuz ou andar com a cabeça baixa. Ninguém o conhecia ali, e pela primeira vez ele estava feliz com isso.

Desde a madrugada, quando saíram do Alojamento, pensava que aquele dia era o primeiro aniversário de Charmin que não passava com ela há sete anos. Desde os onze anos dela, ele a visitava em sua casa, almoçava com a garota e o irmão, então passavam o dia andando pela B, conhecendo novos lugares e nadando no rio. Este ano, porém, ela não estava com ele.

Enquanto passava pelas ruas, via pequenas barracas de artesanato e pensava em um presente para dar a Charmin. Passou por uma pequena floricultura e pensou em dar flores a ela, mas não sabia qual era seu tipo preferido e o buquê provavelmente murcharia durante a viagem. Uma pequena barraca com objetos de porcelana e Jay quase parou para comprar um gatinho preto, mas sabia que o animal provavelmente quebraria em sua mala na viagem de volta. Foi então que viu uma barraca cheia de caveiras coloridas e parou em frente a ela, observando cada desenho diferente.

Caveiras enfeitadas com flores, linhas, cruzes, espirais, corações e até bigodes das mais variadas cores. Havia canecas, esculturas que se assemelhavam a crânios de verdade, camisas, livros encapados e lenços bordados à mão. Uma caveira em especial chamou a atenção de Jay, era branca com detalhes em rosa, com flores e corações, tudo bordado cuidadosamente sobre um lenço branco de borda dourada.

– O que são essas caveiras?

Uma senhora pequena, com cabelos pretos, olhos castanhos quase pretos e uma pele bronzeada levantou o olhar diretamente para ele. Sorriu, parecendo entender o que ele dizia.

– São caveiras mexicanas. Simbolizam a vida após a morte e espantam os maus espíritos. São muito comuns aqui, principalmente no Dia de Los Muertos. – Respondeu ela, apontando para bonecos de chapéus, ternos e rostos parecidos com as caveiras. – Nós celebramos a morte de nossos parentes próximos e cremos que eles nos visitam durante esse dia.

– Oh, sim. E quanto está esse lenço aqui? – Apontou para a caveira com detalhes rosa.

– São dez dólares, señior.

Jay tirou o dinheiro do bolso e entregou a mulher, que ergueu o lenço e perguntou se era presente. O rapaz assentiu, e ela embalou o tecido em um papel manteiga, depois o colocou em uma pequena caixa fina e comprida, feita especialmente para os lenços.

– Obrigado.

– Eu que agradeço! – Ela sorriu e acenou enquanto ele se afastava com uma pequena sacola em mãos.

Guardou o objeto no bolso e colocou as mãos dentro de cada um, arrastando o chinelo até o pequeno hotel onde se instalaram. Era um prédio velho e baixo, com dois andares. Como o México não fora afetado durante a guerra, não havia divisão entre por zonas, pois noventa por cento da população estava abaixo da linha da miséria; os mais ricos eram classificados como classe média baixa. Abriu a porta que dava pra recepção e pediu a chave do quarto 22, que dividia com Will e Kyle. Uma moça o cumprimentou em mexicano e ele agradeceu, atravessando um corredor e abrindo a porta enferrujada.

Não havia nada de especial no quarto: três camas, uma porta pra um banheiro pequeno, uma mesa pequena num canto com uma TV de vinte polegadas em cima e duas poltronas no outro. De manhã, saíram com as camas desarrumadas e todas as roupas espalhadas pelo quarto, e agora estava tudo arrumado e as roupas estavam dobradas sobre as poltronas. Deitou-se na cama do meio, a sua, e fechou os olhos lentamente, desacelerando a respiração e esperando o sono chegar...

Quando alguém bateu a porta rápida e incessantemente, como se estivesse com algum tremor nas mãos e concentrasse-o na porta. James bufou e levantou-se, colocando o chinelo novamente, virando a chave e abrindo a porta, deparando-se com Will. O rapaz estava com óculos de sol de lente marrom e os cabelos estavam para trás, ele claramente havia molhado-os. Uma camisa branca suja de terra com uma bermuda tão desgastada quanto a de James e um par de chinelos. Usavam as mesmas roupas e Jay nunca se sentiu tão parecido com alguém, nem mesmo com o pai.

– E aí?

– Eu tava dormindo.

Will levantou um canto da boca e entrou no quarto, abrindo a porta do banheiro e levantando a tampa da privada. Olhou para trás enquanto um som de água caindo servia de fundo para a conversa. James fez uma careta e tampou os olhos.

– O que foi, Jamie? Nunca viu um pênis? Eu achava que você tinha um...

– E eu tenho! Mas não preciso ver o dos outros.

– Mas eu sou seu amigão! – Disse em um tom triste, depois subiu a bermuda e puxou o cordão da descarga. – Pronto, foi rápido.

– Imagino quantas coisas você faz rápido assim...

– Olha o respeito com os mais velhos, pivete.

James levantou as mãos, em rendição, enquanto tirava os chinelos e deitava na cama novamente.

– Nada disso! – Falou Will, enquanto batia nas pernas do garoto. – Vem, você vai conhecer um pessoal.

– Não...

– Sim! Levanta vagabundo. Não tá de férias não!

– Vai pra puta que pariu e me deixa em paz, William.

Will arqueou uma sobrancelha e sorriu de canto.

– É assim? – Foi até a mesa onde ficava a TV e pegou um copo que usavam de manhã para escovar os dentes, entrou novamente no banheiro e encheu o copo. – Quero ver se não sai dessa cama agora.

Após terminar a frase, jogou água na cabeça de James.

– CARALHO! – O louro se levantou e passava a mão na cara enquanto gritava com Will. – QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA?

Will cruzou os braços e alargou o sorriso, deixando o copo na mesa novamente e colocando os óculos.

– Eu disse que você acordaria. Agora vem, tem uma garota super gata que você vai adorar.

***

Will tinha razão. A garota era mesmo super gata. Chamava-se Marissa, possuía cabelos pretos que caíam em madeixas grossas e onduladas até a cintura e possuía olhos castanhos tão claros quanto âmbar, uma pele bronzeada pelo sol e um colar de couro com um pingente de sol em bronze ficava entre os seios, que eram muito atrativos, por sinal.

Um sotaque mexicano se misturava ao inglês enquanto ela falava sobre os rebeldes do país.

Quieres uma cerveja? – Perguntou ela, enquanto olhava James com um sorriso divertido. – Pareces muy entretido com meu decote.

Jay arregalou os olhos e desviou o rosto.

– Desculpa. Juro que foi sem querer. – Ele murmurou, pedindo outra cerveja. Estavam em um bar no fim da esquina onde ficava o hotel, o local estava ocupado quase por inteiro com rebeldes que Will conhecia. Na mesa onde ele e Kyle estavam sentados, homens de pele escura e barbas mal feitas jogavam baralho e apostavam shots de tequila. – Podemos começar de novo?

Muy bien. – Disse ela. James adorava cada palavra em espanhol que ela pronunciava. Agora notava que havia uma argola prateada no canto de sua sobrancelha esquerda. – Meu nombre é Marissa. Placer.

Ela estendeu a mão e James aceitou. A última palavra saiu em uma mistura suave de vogais que fez James encarar a boca dela enquanto falava.

– Sou James Nortway. Prazer em conhecê-la.

– Ótimo. Ahora, sem olhar, ok?

O rapaz assentiu enquanto tomava um gole da cerveja. Fazia tempo que não bebia, Will achava que o álcool os deixaria maus no dia seguinte, então quase nunca trazia bebida pro Alojamento, somente em datas e ou ocasiões pessoais. O gosto da cerveja não era tão bom quanto parecia pela cor ou espuma, mas a sensação que causava ao ser engolida deixava-o calmo e mais solto.

No outro canto do bar, ouviu-se o grito de alguém e quando James virou-se para ver o que era, Will estava de pé, com algumas cartas na mão e falando alto enquanto todos os outros tomavam tequila em copos pequenos.

– Parece que seu amigo ganhou, James Nortway.

James olhou para Marissa com um sorriso abobado.

– Pode falar de novo? Meu nome?

– Por quê?

– Porque ele soa incrivelmente agradável ao sair da sua boca.

Marissa sorriu e apoiou-se na mesa com a mão no queixo. Tomou um gole da cerveja e olhou para James obliquamente.

– Mais agradável que meus seios?

– Talvez... – Olhou para baixo. – Não.

***

Estavam na terceira ou quarta praça, Charmin já não se lembrava. Collin havia levado ela, Nick e Josh para conhecerem mais a cidade, e desde as sete horas estavam andando por aí, visitando museus, lugares e restaurantes turísticos, e várias praças com estátuas em homenagem à monarquia ou algum pedaço da batalha da Terceira Guerra.

Antes de saírem de casa, Charmin voltou ao quarto para se trocar e colocar um dos vestidos que o irmão lhe dera de presente junto com uma meia-calça grossa preta e uma bota que ia até os joelhos. A saia solta da roupa balançava com o vento e, quando ela girava, o tecido superficial subia e fazia uma espécie de círculo ao redor dela. Estava adorando aquela sensação de leveza ao redor do corpo.

Agora, Charmin andava em volta do lago onde alguns casais ou famílias andavam em pedalinhos enquanto via Collin com Isabel num deles, rindo um do outro enquanto se esforçavam para pedalar.

Josh estava sentado num dos numerosos bancos da grande praça enquanto desenhava e fitava concentradamente uma jovem tomando sorvete. Só nessa manhã descobrira o talento do garoto, pois ele fizera a ela um desenho de aniversário: Um dos dias que estava treinando, quando acabara de chegar ao Alojamento, e atirava facas na árvore. Josh havia desenhado com tanta precisão os traços da feição dela ou o modo como a adaga deslizava pelo ar e cortava-o, dando uma enorme sensação de movimento ao desenho. Ela agradecera a ele de um modo comum, já haviam superado a questão problemática entre eles. Desde então, ele não tirava o caderno e o lápis da mão.

– Rosie.

Assustando-se, olhou para trás e deparou-se com Nick. Ele estava usando a peruca ruiva fuligem e uma jaqueta de couro azul marinho junto à calças vermelhas e uma camisa branca. O clima frio o fazia usar roupas grossas e num estilo totalmente diferente ao que Charmin estava acostumada. Não que aquilo não o fizesse mais lindo ainda.

– Rosie. – Chamou novamente. Só agora percebera que ele estava usando um apelido para o nome fictício dela, e o quão adorável soava ao sair de sua boca. Então depois, percebeu que estava o encarando. – Venha cá.

Nick (Ou Christopher) pegou sua mão e puxou-a por entre as pessoas até uma grande árvore que ficava nos cantos da praça. Ao redor, várias pessoas sentavam para ler livros, fazer piqueniques ou simplesmente conversar. Pediu que Charmin sentasse e, quando ela o fez, sentou-se ao seu lado e tirou do bolso uma sacola pequena com desenhos brilhantes que parecia ser feita de papel.

– O que é isso? – Perguntou ela. – Eu estava com fome somente de manhã.

Nick abriu a sacola e tirou de dentro dela dois anéis pretos. Um era mais grosso e possuía um aro maior, uma pedra rosa clara estava embutida, como um brilho; O segundo era fino e de um aro menor, a mesma pedra com a mesma cor.

– Eu fiquei sabendo do seu aniversário há algumas semanas por conta de Will, e não tive oportunidade de comprar um presente, pois você estava sempre me acompanhando e nós estávamos ocupados demais com os projetos para vir para cá. – Pegou a mão direita de Charmin e afastou o dedo anelar, inserindo o anel mais fino. – Então eu passei por uma loja meio artesanal e a moça me disse que esses anéis selavam o amor, por causa da pedra. Pelo que me disse, chama-se Kunzita, e é como um talismã para o amor eterno. E, na noite do baile, eu reparei que era isso que queria com você. – Estendeu o outro anel para ela e levantou a mão direita. Charmin olhava para a sua mão, a pedra reluzia à luz solar e causava um efeito maravilhoso aos seus olhos. Nick levantou seu queixo e sorriu para ela, balançando os dedos da mão. – Vamos, coloque em mim.

Charmin o fez. A mão tremia enquanto ela deslizava o anel para o dedo de Nick, esguio e quente ao toque de seus dedos frios. Terminado, olhou para o garoto a sua frente e percebeu então que durante o tempo todo ele olhara para ela e não desviara o olhar. Aquela era uma das coisas que Charmin amava em Nícolas: ele a olhava como se ela fosse única em seu mundo, como se nada mais importasse ou existisse ou fosse relevante para ele a não ser ela própria.

Crispou os lábios e formou um sorriso.

– Então agora nós estamos compromissados eternamente?

Nick pousou a mão em sua bochecha e puxou o rosto de Charmin para si, beijando-a rapidamente e então sussurrou para que somente ela ouvisse:

– Para sempre.


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Notas finais do capítulo

Sabe, eu acho que ando muito romântica por causa dessas cenas do Nick e da Char que eu to fazendo e.e Mas não faz mal, e acho que vocês gostam.
O que acharam da Marissa? Em minha opinião como pessoa do sexo feminino, ela é bem bonita (Tá mais pra gostosa). Acho que o James concorda comigo ¬u¬
Sobre a pedra Kunzita, ela existe e aquele é mesmo o significado dela. Podem pesquisar, ela é de um rosa bem claro.
Well, por hoje é só, povo. Até o próximo capítulo :3 s2



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