Silene de Claire: O Apoteose escrita por Jace Jane


Capítulo 6
Capítulo 6 - O Abraço da Morte


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei a postar mas é que realmente foi difícil escrever esse capitulo. Eu estou entrando em uma área que eu nunca entrei antes, romance nunca foi minha praia e vocês já devem ter percebido que a Silene tem um ser apaixonado por ela, ele só não descobriu isso ainda.

Agora vocês sabem por que eu demorei um mês exato para postar esse capitulo. Espero que o capitulo faz a demora ter valido a pena.

Kissus



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Não podia ser eu evitei que a Jena morre-se, então por que outro morreu? Não faz sentido.

“Você não pode mudar o destino Silene”

Ela me disse isso, como sempre, nada do que eu faço pode mudar o futuro, não importe o quanto eu tente, o resultado será o mesmo.

Silene correu de volta para o chalé de Hera, deixando aquela cena de morte para trás. Os semideuses que chegavam, olhavam e gritavam horrorizados para o garotinho que estava caído em uma poça de sangue.

***

Horas antes...

... No mundo inferior

Thanatos tinha ido visitar seu irmão em seu templo no Elísio, tinha ficado surpreso com o convite, normalmente ele ficava dormindo, agora ele resolveu querer conversar. Entrou no templo, atravessou o longo corredor e abriu a porta. Já esperava que quando encontra-se seu irmão ele estivesse dormindo, quando entrou no quarto ficou surpreso, não, seu irmão estava dormindo na enorme cama, mas sua surpresa foi o que encontrou no caminho. Havia vários brinquedos de criança espalhado no chão, algumas espadas e facas misturadas, chutou uma adaga de misericórdia para debaixo da cama.

– HIPNOS! – gritou o deus da morte

– Aiii – bocejou o deus do sono – Você demorou a chegar irmão, deu até para cochilar um pouquinho.

– Sei.. – disse Thanatos irritado

– Venha irmão – disse Hipnos apalpando um lugar na cama – Deite-se comigo mas não pense besteira!

– Só você pensa – disse Thanatos dando a volta na cama e deitando do lado do irmão

– Então irmão, precisamos conversar – disse Hipnos virando-se para o irmão – Faz tempo que você se aproximou da Silene, quando vai dar o próximo passo? – perguntou dando um meio sorriso.

– Hipnos, isso não é da sua conta, não é como se eu estivesse interessada por ela – respondeu irritado

– Como não? Você ceifou a alma dela, assistiu ao julgamento, ficou admirando ela por vinte anos, depois começou a visitá-la, ainda diz que não esta interessado? – perguntou irônico

– Você não vai me deixar em paz né? – suspirou – Esta bem, eu estou interessada nela, mas ela acabou de sair de um relacionamento.

– Thanatos! Ela morreu há mais de sessenta anos! Já deu tempo o suficiente, eu sugiro que você vai até ela e diga o que você sente para ela e pare de enrolar! – disse se virando irritado

– Você não entende..

– Claro que eu entendo seu idiota! Acha que eu tenho quantos filhos? – perguntou irritado – Se você não for até ela e dizer tudo o que você sente, eu vou até ela..

– Você não vai se aproximar dela – disse apontando sua foice para a garganta do irmão

– Eu não disse? Isso é amor – disse Hipnos colocando as mão para cima em rendição – Agora vai atrás da sua garota.

***

Clarisse La Rue olhou para o garotinho surpresa, quando Silene lhe trouxe Jena naquela madrugada, a pequena disse que iria se encontrar com o Thomas do chalé de Hipnos, e o garoto que estava morto a li era o Thomas.

De longe observando toda aquela cena das sombras estava o ceifeiro Drake, ele tinha avisado a semi-titã que aquilo iria acontecer, ela não o tinha levado a serio, mas agora, sem sombra de duvidas ela o levaria. Não gostava que as pessoas o olhassem diferente por ser um ceifeiro, principalmente ela.

Estava pronto para voltar para seu posto no mundo inferior quando foi surpreendido pelo seu pai, que o encarava.

– Lembro de ter dado a tarefa de ceifar o menino para a Larissa, o que faz aqui Drake? – perguntou Thanatos com uma expressão seria e um pouco irritadiço.

Drake olhou para o seu pai surpreso, ele não estava com a sua aparência rotineira de deus da morte, ele parecia um humano comum, não tão comum, parecia um gótico. Tinha um longo cabelo liso, completamente preto, separado cuidadosamente ao meio, usava uma maquiagem no contorno dos olhos, sua pele estava clara. Suas roupas era um estilo social e meio casual, uma blusa social preta, calça social, um sobretudo da mesma cor.

– Vim visitar uma amiga e resolvi ceifar uma alma no caminho... mas e você? – perguntou em quando segurava o riso

– Não é como se isso fosse da sua conta Drake – disse Thanatos ainda com a expressão seria

– Nossa! Que beleza de humor – comentou Drake – Aposto que foi o tio Hipnos, já to indo. – disse caminhando para a primeira sombra que encontrou.

– Seu tio ainda me paga, por isso – disse Thanatos antes do seu filho sumir na sombra.

Thanatos contornou a multidão de semideuses e foi caminhando lentamente até o chalé de Hera.

***

Silene estava sentada no divã de cabeça baixa, chorando, odiava estar nessa situação, fazia lembrar-se das coisas que forçava a sua mente a esquecer. Na guerra viu muitos cadáveres, por isso ajudava as pessoas, de qualquer forma que podia, indo a uma missão ou os aconselhando, para nunca mais ver um cadáver novamente, mas não importa-se o tempo ou se o mundo estava em paz, sua memória e a sua nova realidade sem iria lhe fazer sofrer de alguma maneira.

– Eu preferia ficar brigando à tarde inteira com a Lorelai, do que ter que sentir isso novamente – comentou em quanto limpava as lagrimas com as pontas dos dedos. Ouviu um rangido, era a porta abrindo. Provavelmente seria um semideus traumatizado, mas Silene não estava em condições de ajudar ninguém agora. – Poderá vir em outra hora? – perguntou, ouvindo os passos da pessoa.

– Sei que não esta em condições em aconselhar ninguém no momento – disse uma voz suave com um tom de imponência. Silene já tinha ouvido essa voz antes, mas em circunstancias melhores.

Thanatos estava na sua frente, se fosse pela aparência, jamais teria reconhecido, ele estava completamente diferente, Seus cabelos estavam maiores e lisos, sua pele era branca, paria um pouco pálida, seus olhos estavam contornados com uma maquiagem bem forte, os destacando, usava roupas sociais, pretas, sua capa tinha sido substituída por um sobretudo da mesma cor.

– Você ouve reclamações e dar conselhos todos os dias, mas ninguém para, para lhe ouvir – disse Thanatos mudando sua expressão seria para uma calma e acolhedora, o que deixou Silene surpresa. – Creio que as lembranças da guerra voltaram a toda, com a morte do garoto. Deve ser difícil de lembrar-se daquele tempo, sendo filha da titã da memória deve ser mais difícil ainda.

As palavras de Thanatos por mais suaves que saiam de sua boca lhe atingia de uma maneira que só fazia ter mais vontade de chorar.

– Eu não posso lhe ajudar a esquecer, mas posso tentar te ajudar a superar – disse o deus da morte.

Silene não conseguiu dizer nada, só começou a chorar novamente, descontroladamente, por impulso, abraçou o deus, que lhe abraçou de volta a deixando chorar o quanto quisesse.


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Notas finais do capítulo

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