Silene de Claire: O Apoteose escrita por Jace Jane


Capítulo 7
Capítulo 7 - Eu sei o que aconteceu no chalé de Afrodite


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora em postar, sei que demorei muito, mas estava concentrada em terminar a minha fic de O Senhor dos Anéis, acabei deixando essa fic de lado e várias outras, vou tentar me dedicar mais nessa, mas não posso prometer nada, já que tenho outras fics para atualizar.

Tenham uma boa leitura.



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Depois de alguns minutos conseguiu se acalmar, mas mesmo tendo parado de chorar não queria desfazer aquele abraço, nunca tinha ficado tão perto do deus, queria que aquele momento durasse para sempre, mas infelizmente isso não podia acontecer, em algum momento aquele abraço teria que ser desfeito.

– Obrigada por me reconfortar Thanatos – agradeceu desfazendo o abraço, mas ainda ficando próxima.

– Não precisa agradecer – disse Thanatos passando a mão pela minha bochecha, limpando uma lagrima - Não consigo vê-la triste.

Suas palavras eram doces, que penetravam minha alma.

– Thanatos, estou curiosa com uma coisa – disse olhando para seus olhos – O que lhe trouxe aqui? – perguntei curiosa

– Você – respondeu, olhei para ele surpresa.

Quais são as chances de dois deuses virem até você? Creio que são bem poucas, Hades foi uma vez em meu julgamento mas e Thanatos?

– Mas umas das suas visitas? – perguntei me lembrando do meu tempo no Elísios

– Não é como as outras – respondeu, me deixando curiosa. – Eu tenho algo para te contar mas não sei se é uma boa hora – respondeu um pouco acanhado. Para tudo! Thanatos o deus da morte esta acanhado?

– Agora eu estou curiosa – disse cruzando os braços, esperando ele continuar.

– Eu gosto de você, mas não é como eu gostava da mãe do Drake, você é diferente dela – disse com os olhos brilhando, eu o encarava surpresa – Eu fico feliz quando você esta, não aguento vê-la triste, eu só penso em você.

Eu não sabia como responder aquilo, ele acabou de declarar que esta apaixonado por mim! Como eu reajo a isso? Não posso dizer que não sinto o mesmo, sempre gostei das visitas que ele me fazia, ser filha de Mnemosine não era fácil no Elíseos, eu sabia que a magia que rodeava aquele lugar não me afetava, eu tinha a realidade do tempo e era horrível, Thanatos me salvou de enlouquecer e suas visitas embora fossem curtas, era a melhor coisa que tinha me acontecido, quando ele demorava para fazer uma nova visita eu pensava o tempo todo nele e que histórias ele ia me contar sobre as almas que ele tinha ceifado, não era a melhor conversa mas ouvir sua voz era encantador. Quando Hades me concedeu uma nova chance no mundo dos vivos, achei que nunca mais o veria, mas eu estava errada. Seria possível, eu estar apaixonada por ele também? Já me apaixonei antes, como poderia esquecer a sensação de estar apaixonada?

– Thanatos, o que você acabou de descrever é algo que uma pessoa sente quando esta apaixonado – expliquei dando um sorriso.

– Eu estou apaixonado por você – declarou

– Você não é o único, também estou apaixonada por você – disse emocionada.

Fiquei surpresa com a reação dele, eu não sabia muito que esperar, mas um beijo? Eu não esperava mesmo por essa, não que eu estivesse reclamando.

Seus lábios eram gelados como sua pele, deixando o beijo mais gostoso. Quando nos separamos eu estava um pouco ofegante.

– Ual – disse o olhando admirada – Para o deus da morte, você beija muito bem.

Thanatos deu uma pequena risada.

***

Depois de alguns minutos deitada sobre o peito de Thanatos, que ele já tinha voltado a sua verdadeira forma, percebi que tinha que contar sobre a missão que Hera tinha me dado, provavelmente eu ficaria longe do acampamento por um bom tempo e seria bom se ele soubesse onde me encontrar, caso ele quisesse fazer mais visitas.

– Em breve partirei em missão – disse – É uma missão especial, não voltarei ao acampamento por um tempo.

– Eu a verei, não importa onde esteja – disse Thanatos passando a mão pelo meu cabelo. – Agora eu preciso ir.

– O ruim de ser o deus da morte, é que sempre tem trabalho – disse em quanto me ajeitava no divã.

Fiquei vendo Thanatos andar até a saída para depois sumir em uma luz dourada.

***

Depois de todo o alvoroço que teve de manhã as coisas voltaram ao normal no acampamento, algumas pessoas estavam tristes e cabisbaixas, perder um semideus sempre seria triste e lamentável, ainda mais uma criança. Eu já tinha me recuperado do choque, graças ao Thanatos. Fui almoçar já que tinha perdido o café da manhã, coloquei minha comida e fui para a mesa principal e me sentei do lado de Quiron.

– Vi você hoje de manhã – comentou o centauro – Esta melhor? – perguntou mostrando uma ligeira preocupação.

– Estou sim Quiron – respondi – Mortes acontecem o tempo todo, não pode evita-las – disse fria.

O centauro não me fez mais perguntas, o que foi ótimo, o ruim era ter que aguentar o olhar estranho que Dionísio me lançava, não era o olhar de que “eu odeio estar aqui e os desprezo”, era mais especifico, era uma desconfiança, mas de que? Será que ele sabia de alguma coisa sobre minha missão?

Depois de deixar a mesa principal fui andando até uma mesa afastada, iria precisar de ajuda na minha nova missão, e como a própria Hera a recomendou.

– Emilly! – chamei, ela estava sentada sozinha. Alguns semideus ao lado começaram a nos observar, curiosos.

– Sim? – Emilly comia algumas frutas pequenas, nem se importava muito com a minha presença, como se fosse natural. Os outros semideuses começaram a cochichar.

– Venha ao chalé de Hera depois que terminar aqui – pedi, dei uma olhada nos semideuses, e logo eles pararam de nos observar.

Voltei para o chalé, tinha que pensar em como agiria com a filha de Hera, obviamente não poderia fazer nada diretamente, tanto para os deuses não desconfiarem quanto em chamar atenção, teria que ser discreta. Emilly não parecia ser do tipo discreta, mas podia dar um jeito nisso, só podia esperar que ela aceita-se a missão.

Alguns minutos depois Emilly veio até o meu chalé, não parecia estar de bom humor.

– Preciso da sua ajuda em uma missão – disse, seria e direta.

– Não posso – disse Emilly

– Não pode ou não quer? – perguntei

– Não quero – respondeu ríspida, em quanto colocava as mãos no bolço do casaco.

– Eu não entendo o que eu fiz? – perguntei confusa

– O que você fez? – perguntou incrédula – Você é que nem os outros deuses, cada pedido é uma ordem, e se não fazermos exatamente o que querem vocês nos transformam em cinzas!

– Calma ae! – pedi levantando as mãos para cima, em sinal de rendição – Primeiramente não sou uma deusa e não tenho poder de transformar os outros em cinzas. Sei como é um porre ser semideusa, eu sou uma!

– Não minta pra mim, eu sei o que aconteceu no chalé de Afrodite! – disse irritada, agora estávamos gritando.

– Eu não estou mentindo, eu nem sei como eu fiz aquilo! – disse aos gritos – E como eu posso ser uma deusa? Sou filha de uma titã mas isso não me faz ser uma deusa.

– O sangue dos deuses é diferente do nosso – disse Emilly se contendo – Ele é dourado, me mostre que não é uma deusa.

Agora era a minha vez de olhar para ela incrédula. Sei que não tínhamos uma amizade e nem nada do tipo, ela só estava trazendo problemas para os outros semideuses e acabou que entramos em um acordo para não dar mais problemas, então por que sua atitude repentina me irritava? Claro que ser acusada de algo que você não é pode ser irritante, mas se eu tivesse continuado calma eu estaria sentindo essa raiva? Essa vontade de coloca-la em seu lugar, eu já tive que fazer coisas horríveis por causa de semideuses idiotas em uma guerra que estava claro qual lado seria vencedor, queria que ela me teme-se como eu temo Zeus. Mas que droga eu estou pensado?

– Quer uma prova, esta bem – disse encarando-a. Invoquei uma adaga do meu anel, segurei em seu cabo e fiz um pequeno corte em minha palma, esperei o sangue sair. Arregalei meus olhos quando vi sair do corte o icor dos deuses. Encarei Emilly chocada.

Uma luz forte me rodeou como tinha acontecido no chalé de Afrodite e em questão de segundos eu estava em um enorme salão, não o reconhecia, mas reconhecia algumas pessoas que estavam a minha volta, sentados em enormes tronos, não eram pessoas mas sim deuses, eu estava no olimpo.


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Notas finais do capítulo

Espero que a demora tenha valido a pena.



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