How to live? escrita por America Mellark


Capítulo 12
Isso tá errado...


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem do cap fresquinho!!!
não me decepcionem com os comentários!! ninguém tem vergonha e acho que ficarão indignados no fim
aproveitem!!!



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Pov Katniss

– E claro que eu quero saber o que aconteceu aqui por tanto tempo! – digo à Haymitch.

– Então, bem é só ler isso. – diz ele estendendo um livro de anotações feito por Effie.

– Tem certeza que posso ler? – pergunto cruzando os braços.

– Acha que ela mandaria o diário estupido dela pra vocês lerem? – ele fala.

– Não. – concordo com o que ele quer dizer.

– Enfim, vai querer ou não? – pergunta ele.

– Me dá isso. – pego o livro de suas mãos.

– Leia e venha falar comigo, queridinha. – diz ele.

– Pare de beber e eu venho. – jogo uma das garrafas no chão e ele resmunga alguma coisa inaudível.

Fecho a porta da casa dele e, arrastando meus pés, vou até o antigo Prego, novo supermercado sei lá o nome. Recebo muitos comprimentos e sorrisos indicando felicidade a me ver melhor, quanto tampo eu não via todos? Há pessoas que nunca vi, gente idosa e jovens, prédios novos com cara de antigos.

Vejo um prédio com uma placa metálica escrita as seguintes palavras: “memorial arte e simulação dos Jogos Vorazes”, sinto um embrulho no estomago, me controlo muito para nã perder a sanidade novamente. Sinto pessoas tocarem em mim, só então me dou conta que estou encolhida sobre os joelhos e as mãos pressionadas nas laterais do rosto.

– Katniss? – uma voz... muito familiar... muito familiar. Masculina. – Katniss você está bem?

Vejo dois olhos verdes, sua pele bronzeada, mas ao mesmo tempo levemente pálida, pontos escuros de cicatriz em seu pescoço e braços, uma pulseira metálica, os cabelos cor de bronze.

– Finnick? – pergunto hipnotizada.

– É Katniss sou eu. Pensou que iria se safar de mim? – pergunta rindo.

– Finnick! – grito e me dou conta do que está acontecendo.

– Katniss! – ele grita junto comigo. Seu sorriso se abre, suas gengivas estão um pouco roxas, mas ele não parece ter feições envelhecidas.

– Meu Deus, estou pirando... – digo. – Você morreu naquele esgoto! Um bestante arrancou seu pescoço!

– Isso é o que eu também achei, mas a Capital queria uma arma, eu era forte, era para ser você ali, ou o Gale, mas eu também poderia servir já que atrairia muitos rebeldes para me recuperar, eles fizeram muitas cirurgias, não arrancaram minha cabeça, só cortaram um pouco. Fiquei em uma câmara por anos até conseguir andar e falar. E aqui estou eu. Os bestantes são hologramas semirreais, eles machucam até a inconsciência, mas quem mata é da Capital. São as máquinas de lá. – ele explica. – Bem, então quer dizer que você e o Peeta se casaram e não me convidaram?

Eu rio.

– Faz seis anos. – digo. – Mas tivemos recaídas na nossa loucura e ficamos separados. Mas isso é muito pouco perto de você.

– Paylor queria que eu me recuperasse. A história toda é complicada.

– Mas eu vi você morrer! – digo.

– Eu não estou morto Katniss. – ele parece calmo e confuso.

– Mas...

– Mas nada. Você viu e agora está me vendo não é? – ele me chacoalha.

Faço que sim com a cabeça. Finnick Odair ao menos sabe sobre sua filha?

– Enfim, Katniss, quero saber... – ele começa. – Como é meu filho? A única noticia que recebi é que Annie estava grávida quando eu estava na recuperação.

– É linda, quer dizer deve ser uma moça agora, mas seu nome é Taylor, ela tem seus olhos e seu cabelo.

– Nunca estive tão feliz de lhe ouvir Katniss. – ele diz, seus olhos brilham ao ouvir tudo. – E Peeta.

– Ah, nem me pergunte, você vai morrer ouvindo.

– Não gostei da sua colocação.

– Desculpe, mas vai demorar muito. – digo. Ele me oferece o braço e eu aceito. Vamos andando pelo distrito e observando os prédios.

– E quando terei o prazer de saber que terão um bebê? – pergunta ele.

– Ah... er... não sei... – digo meio envergonhada.

– Ah Katniss! Não venha me dizer que você não tomou coragem de... você sabe... fazer aquilo...

– Não! – eu pulo na sua frente e ando de costas. – Nós já passamos dessa fase. Eu estou nervosa quanto a bebês.

– Eu ainda quero ver a minha. – ele fala então volta a segurar meu braço.

– Disse pra você que ia te levar para sair.

– Finalmente hein? – ele ri.

Pov Peeta

Saio da padaria e encontro com Johanna.

– E aí Peeta? – diz ela me recebendo com um abraço.

– E aí Johanna? – digo.

– Como vai com a Katniss, já faz tempo que não falo com vocês, desde antes de vocês ficarem malucos. – a Johanna nunca vai mudar...

– Estamos finalmente juntos de novo, desde semana passada. Finalmente estamos bem. E você? – pergunto.

– Ah, estou finalmente junto com alguém...

– É mesmo? Quem é? – pergunto entusiasmado com alguém que dizia que o amor não vale a pena.

– Bem, eu diria que é um tantinho mais novo, tipo uns quatro anos. – diz ela. – Vamos ver se você adivinha... tá, ele é mais velho que você por volta de dois anos, eu sou seis anos mais velha que você, ele é alto e a Katniss conhece.

– Er... não sei, quem é? – pergunto insistindo.

– Ai Peeta parece mulher fofoqueira. – ela ri.

Não tenho ideia de quem seja, quer dizer até tenho, mas não pode ser ele, Katniss morreria se soubesse. Por uns poucos minutos eu imaginei qual seria sua reação e ver sua cabeça explodir não seria uma boa opção.

– Ai meu Deus, seu lerdo! – ela me cutuca. – Ele já se casou uma vez, mas é viúvo. E ele foi um soldado da sua equipe.

Demoro a falar então ela toma partido.

– Ah, desisto de fazer você adivinhar! – ela bufa. – É o Gale Hawthorne. Lembra-se dele?

– V-você está tipo... Namorando ele? – eu gaguejo.

– É a ideia Peeta. – ela fala. – Acho que suas colocações estão muito evasivas Sr. Mellark.

– Acho que sim Sra. Hawthorne. – eu digo rindo.

– Para de piada mula manca! – ela briga tentando disfarçar o sorriso.

Pov Katniss

Chego em casa com Finnick e o sirvo uma água.

– O que achou do nosso passeio? – pergunto.

– Bem legal. Você não quer dar uma volta comigo mais vezes? – pergunta ele com aquele sorriso malicioso.

– Pode ser. – entro no jogo dele e me sento ao seu lado deslizando meu dedo indicador sobre seu ombro.

– Katniss Everdeen finalmente está na minha! – ele grita como Haymitch faz.

– Finnick Odair está gritando! – digo mais alto.

– Desculpe.

Seus olhos de cão arrependido me deixam meio perdida. Não consigo dizer uma palavra.

– Enfim, quando vamos nos encontrar novamente Katniss?

Finnick joga os cachos ruivos para o lado e me olha com olhos indescritivelmente sensuais.

– Não sei, chérie. – minha voz se torna excepcionalmente mais grossa, como a de Johanna.

Ando apoiada nos joelhos, ainda encima do sofá, até o pequeno carrinho de chá que Peeta aproveita para colocar suas bebidinhas. Uísque, aguardente, saquê e o favorito de Peeta, vinho branco. Pego o vinho branco e coloco em meu copo, então ofereço à Finnick que aceita um saquê. Gelo, vinho e companhia.

– Katniss bebendo? Que milagre é esse? – ele diz se esparramando no sofá.

– Nenhum milagre, eu bebo desde que me casei. – digo balançando a cabeça e sentando sobre os pés.

– Gostei do cabelo solto, você fica mais bonita. – ele parece dar encima de mim, mas sei que não passa de uma brincadeira.

– Mas... você não quer ver Annie? – pergunto quebrando seu ar de sensualidade.

– Katniss. Annie está do outro lado do país e você me fala dela agora? Deixa-me brincar um pouco, sim?

– Certo... – digo.

Os braços de Finnick me puxam e eu me apoio em seu ombro e levo minha mão a lateral de seu tronco. Dou mais alguns goles no vinho que me deixa um pouco agitada, ele continua calmo e olhando o nada.

Não falamos uma palavra por um bom tempo.

– O que quer fazer? – pergunto interagindo amigavelmente.

– Não sei... – ele fala refletindo. – Acho que passei tempo demais sem fazer nada. Mas que tal você me levar pra conhecer a casa?

– Ótimo! – falo pulando do sofá. – Vou começar pela sala de estar.

Abro a porta direita e lhe mostro a lareira na parede entre as duas portas de duas abas brancas, a frente da lareira um sofá bege, almofadas marrons e pretas. No meio dos três sofás uma mesinha de mogno, trazida por Effie da Capital, cheia de vasinhos redondos de vidro e de porcelana, no meio dela uma caixinha de fotos. O levo puxando por seu pulso até a sala onde estávamos com a TV e os dois sofás no meio do cômodo. A sala é separada da cozinha por um balcão a altura da cintura, uma pequena mesa faz parte dela.

Uma geladeira e o fogão. Logo depois uma porta que dá de cara com uma área com uma maquina que lava e seca as roupas, uma churrasqueira e outro balcão que separa uma piscina e um campo gramado.

Voltamos para dentro e o levo ao andar de cima, mostro a sacada e o jardim elevado. Levo pelos corredores e mostro o quarto que antes era do Peeta solteiro e os dois quartos de hóspedes, então mostro o quarto do casal. Depois o escritório e a biblioteca que Peeta e eu construímos com tanto tempo e ainda mais com tudo isso. e no fim do corredor o quarto inteiramente da mamãe.

– Então esse é o quarto que sua mãe ficou? – ele pergunta encantado com a enorme praia pintada na decoração.

– Parece sua casa, chérie¹? – pergunto encostada a porta.

– Não muito. – ele fala com um sorriso no rosto.

Então algo estranho acontece... ele me puxa pelo quadril e me beija, um beijo que me paralisa e me deixa assustada e confusa. Meus lábios são capturados por uma calorosa massagem feita por seus lábios. E o pior é que u correspondo.

A culpa me vem à cabeça, ontem, aqui, eu dormi com Peeta. Hoje, aqui, Finnick está me beijando e estamos rodando pelo quarto. Até sinto a cama nas minhas canelas.

– Não, pera, isso tá errado. – digo.

– Eu sei. – ele fala. – Eu vi a Annie. Katniss, isso tem que ficar entre nós. ¹Chérie: querido ou amado em francês.


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Notas finais do capítulo

então? o que acha de Johale?
e o finnick com a Katniss hein?? e os segredos dos seis anos perdidos só começam... muito mistério pela frente povo!!! comentem!!!!!



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