Penso, logo não me deixam existir. escrita por Sarah LS Karafiol
Notas iniciais do capítulo
"Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você."
—Friedrich Nietzsche
Nós tentamos nos manter calmos,
E percebemos que as crueldades do mundo nos trazem prazer.
Nós nos escondemos,
E procuramos por um canto escuro para evitarmos a realidade.
Nós nos perdemos,
E fugimos para não termos que encarar os fatos.
Nós matamos,
Para então não termos que morrer.
Mas, no fundo, já sabemos,
E um dia outros saberão.
Temos a noção de que a verdade está bem ali,
E ela não é água, portanto, não escorre pelos nossos dedos,
Porém, é vital para a nossa existência.
E o que queríamos evitar vem à tona,
Assim como uma bomba nuclear,
E nos destrói intensamente.
Nós podemos fechar os olhos,
Entretanto,
A ilusão nos devora e nos sufoca,
E chega a tal ponto que optamos a enlouquecer.
Nós mentimos,
E de tanto mentirmos acabamos nos enganando.
Mas, a nossa vida é como um espelho:
Irá refletir tudo, até mesmo o que não se quer ver.
E, então, nós descobrimos o que já sabíamos,
E choramos por isso.
Nós não queríamos aceitar,
E por isso dizíamos que os monstros não existiam.
Mas, no fundo, já sabemos.
Temos a noção de que há um monstro dentro de todos nós,
E por mais que se negue,
Esse monstro quer sair.
Ele está gritando, matando-nos e nos controlando.
Há uma guerra incontrolável sendo travada internamente.
E nós repetimos e repetiremos:
Os monstros não existem.
Mas, no fundo, já sabemos,
Já sabemos que os monstros não se escondem embaixo de camas ou armários,
E sim dentro de nós.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
"O maior abismo do homem está contido dentro de si mesmo."
—Elias Emiliano
25/06/2014