Realeza Problemática escrita por Aniaht


Capítulo 3
Capítulo 3 - "A amizade nasce no momento


Notas iniciais do capítulo

Uhuuuuu
Terceiro capítulo o/
Espero que gostem, as coisas vão começar a ficar boas :3
Boa leitura.



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Há oito meses se alguém disse a Temari que ela estaria cursando uma universidade no país do fogo e ainda por cima em Konoha, ela provavelmente riria da sua cara. Ela ainda não conseguia acreditar que estava no país que tanto receava voltar, no impulso da escolha aquele fora o primeiro local que lhe veio à mente.

O bom era que ninguém parecia saber quem ela era - nunca pensou que seria tão estranho, mas sem dúvidas, gratificante – agora sabia por que os pais dela queriam ir pra lá, o lugar perfeito para começar e aparentemente fora da vista da sua avó.

Cada dia sem nenhum telefone, e-mail ou aparição da embaixada de Suna era uma vitória para Temari – sua avó ainda não havia descoberto onde estava e com certeza tinha inventado algum motivo para o sumiço da neta tumultuosa. A família Sabaku sempre fora discreta, porém Temari não seguia a regra e então sua avó fazia tudo que podia para fazê-la ser uma garota aceitável.

Não deu certo...

A neta apenas “piorava” e o ápice foi o relacionamento com Suname. Garoto totalmente sem futuro e aproveitador, como sua avó costumava dizer. Não deu ouvidos, claro, e tudo acabou sendo como a avó havia previsto. A última gota. Temari partiu, tinha completado a sua maioridade e pelo acordo podia ir pra onde quisesse, ela apenas esqueceu de mencionar o “onde”.

Em Konoha por mais que quisesse passar sem ser notada, mas o impulso de falar tudo que lhe vem à mente foi mais forte. Quase se lascou por isso, porém aprendeu que em Konoha ninguém pegaria leve ou daria algum privilégio e o mais estranho devido há esse incidente acabou tendo amigos.

Se alguém lhe dissesse que através do seu instrutor preguiçoso conheceria as pessoas mais legais da cidade ela provavelmente te bateria, só por mencionar o instrutor. Os últimos meses tinha se aproximado tanto deles que Temari nem conseguia acreditar que tinha feito essas amizades em tão pouco tempo. Ino foi o grande fator em todos os eventos que podia a chamava ou obrigava Shikamaru a levá-la.

No primeiro semestre conhecer e se aproximar dos outros foi apenas consequência, bem de quase todos. Shikamaru... Não sabia ainda como definir sua relação com ele, colega, ex-instrutor, pessoa pra jogar xadrez? E como ele a considerava? Tirando a noite em que conheceu todo mundo ele nunca mais a chamou pra nada – a não ser no xadrez online. Não que isso a incomodasse, mas ele foi o único que buscou saber a finco de onde ela viera e isso sim a incomodava.
Quem procura acha e tem muito coisa que Temari escondeu e queria deixar dessa forma. Além de que nas últimas semanas Shikamaru andava estranho. A preocupação dobrou já que seus irmãos iriam visitá-la nessas férias de meio do ano e eles viriam na surdina e isso que a não deixava dormir, eles conseguirem chegar sem causar um alvoroço. Temari estava empolgada e apreensiva com os preparativos.
— Hey Ino. – disse Temari no celular – Tem certeza que não era melhor eu ir aí pegar as coisas?
— Eu já disse que não, aliás, as coisas aqui na loja não estão agitadas e o Sai não ta fazendo nada também. Daqui a pouco estamos aí. – respondeu Ino – Tchau.
— Tchau.
O quintal estava um desastre e Temari não conseguia pensar em ninguém melhor do que Ino para ajudar a arrumar, pouco tempo depois Ino e Sai chegaram com as ferramentas, plantas e uns objetos de decoração.
— Chegamos! – disse Ino empolgada, mas essa expressão foi saindo do seu rosto quando percebeu como o quintal estava – Eu não lembrava que estava tão ruim, assim.
— Eu avisei. – Temari tentou se defender – Acho que as plantas não gostam de mim e com o início do semestre eu acabei esquecendo esse lugar e foi só acumulando.
— Elas te detestam. – zombou Ino – Mas podemos melhorar essa relação.
— Então vamos começar com isso? – disse Sai carregando as tralhas.
O quintal demonstrou estar mais bagunçado do que aparentava e mesmo com boa parte limpa mais entulho aparecia. As meninas ficaram com a parte mais suave deixando para Sai o trabalho duro.
— Ino. – chamou Sai.
— O que houve, amor?
— Liga pro Shikamaru e pede pra ele trazer a enxada dele, por que essa daqui... Bem – Sai mostrou a enxada com o pau quebrado – Não aguentou e é bom que ele ajuda também. - Ino fez uma cara estranha – Liga! – e com certo desgosto ela ligou.
— Aconteceu alguma coisa? – perguntou Temari percebendo a situação.
— Não, não. Só besteira. Daqui a pouco ele tá chegando. – respondeu Ino fuzilando o namorado com o olhar.
Ino e Sai estavam juntos há pouco tempo – se você considerar um ano pouco – mas como a própria Ino dizia, “passou tão rápido que nem parece ser um ano”. O casal mais comédia que Temari já conhecera enquanto Ino era desinibida e extrovertida Sai era calmo e sereno.
— Como vocês se conheceram? – perguntou Temari, mudando o clima.
— Oi?
— Como você e o Sai se conheceram? – repetiu Temari – Se não for muito intromissão. – Ino sorriu.
— Relaxa, a cidade é pequena, então, a gente praticamente sempre se conheceu e frequentou os mesmos lugares, mas o Sai era muito fechado e eu era afim de outro cara, mas um belo dia na minha primeira festa de verdade, depois de ver que não tinha chances com o cara que eu tava afim e quando eu menos percebi Sai e eu estávamos ficando e continuamos a ficar, e ficar, e ficar até começarmos a namorar. Não foi tão simples assim, mas em resumo foi isso quando a gente tiver mais tempo eu te conto com mais detalhes.
— Hum... Prevejo tretas. – disse Temari.
— Todo relacionamento tem suas tretas. Se não qual seria a graça? – disse Ino.
— Disse a sabedoria em pessoa. – disse Shikamaru se aproximando.
— Hey, a quanto tempo você está aí? – perguntou Ino.
— Ainda bem que não foi muito. – se explicou o garoto – Vocês deixaram o Sai fazer tudo sozinho?
— Claro que não, nós chamamos você. – disse Ino, Shikamaru a olhou desacreditado – Qual é? É pra ajudar a Temari. - Ino fez biquinho.
— Cara vem aqui me ajudar. – chamou Sai – O quintal é pequeno, mas cheio de surpresas. – Ino e Shikamaru ficaram se encarando.
— Por favor, vai ajudar o Sai. – pediu Ino, Shikamaru desgostoso foi – Homens. – suspirou Ino.
Quando os meninos terminaram de arrumar os entulhos e preparar a terra, Ino plantou algumas sementes numa parte do terreno e juntamente com Temari diferenciaram aquele lugar o cercando com as algumas pedras depois Ino espalhou algumas plantas pelo quintal, dizendo quais podiam pegar muito sol quais não, aquelas que deveriam ser regadas todos os dias, mostrando como se rega e quais os outros cuidados a serem tomados. Por fim, colocaram os enfeites que Ino trouxe.
O dia já estava escurecendo e quando terminaram de fazer as coisas as meninas perceberam que Shikamaru já não estava mais lá e Sai estava no quinto sono sentado na cadeira. Ino gentilmente o acordou e sonolento o guiou para o carro.
— Desculpa, hoje eu abusei de vocês. – disse Temari.
— Sem problemas afinal amigos são para essas coisas.
— Muito obrigado pela ajuda. – completou Temari.
— De nada, mas agora eu tenho que ir, o Sai tá morto ali no carro. Mais tarde me liga e a gente conversa mais. – se despediu Ino – Vamos marcar algo também, agpra você tem um ótimo quintal pra fazer umas festinhas. Tchau, beijos.
— Tchau. Cuidado. – disse Temari, Ino deu partida no carro e foi embora.
O quintal arrumado deu um novo ar pra casa, mais aconchegante e agradável de estar. Perguntou-se se os irmãos iriam gostar desse novo ambiente.

***

As férias chegando e os dias pareciam que nunca acabavam, justo quando faltava apenas um dia para a chegada dos irmãos. A ansiedade e a saudade ardiam no peito de Temari, nunca ficou tanto tempo longe dos irmãos e nem chegou a pensar que ficaria com tanta saudade. Já estava tudo certo, havia comida para todos, comprara colchões para eles não terem que dormir no sofá.
A família No Sabaku reunida de novo.
Para não chegar atrasada na rodoviária, quinze minutos antes da chegada do ônibus deles Temari já estava lá.
E então esperou.

***

Talvez tenha acontecido alguma coisa e o ônibus tenha se atrasado, mas depois de quatro horas seria bem improvável. Em casa recebeu a mensagem no e-mail.


“Não deu pra ir,desculpa. Ia causar muito tumulto pra você.
Você entende.”


Ela quis gritar, mas isso não mudaria o fato. Era tão simples, só vir, por mais que a raiva fosse grande ela sabia que não era tão simples assim. Esse seria o preço da tal liberdade. Pegou a foto dos três, aqueles dois sem vergonhas chatos faziam muita falta.


“Ok, saudades”


Respondeu e voltou para casa, durante esse horário arriscavam poucas palavras e poucos e-mails e agora era esperar até de madrugada para conseguir falar direito com os irmãos. Estava assistindo um filme quando a campainha tocou e com muito mau gosto a garota atendeu.
— Você? – perguntou surpresa.
— Eu esqueci meu HD aqui no dia do quintal, bem, o Sai disse que deveria estar aqui. – disse Shikamaru.
— Acho que não, pelo menos não me lembro de nada, mas eu posso dar uma olhada e depois te passo. – disse Temari.
— Beleza, então tchau. – disse Shikamaru indo, algo atingiu Temari, talvez o desejo de não estar sozinha naquela.
— Você quer jogar xadrez? – perguntou Temari, Shikamaru a olhou desentendido – Jogar xadrez, com peças. A gente nunca jogou assim, só online.
— Eu pensei que você ia ficar com seus irmãos. – disse Shikamaru, Temari tentou parecer a mesma, mas não deu muito certo.
— Você quer jogar? – perguntou de novo Temari – Tem comida também.
— Hum... Que mal uma partida pode fazer, certo? – disse Shikamaru, sem saber que muita coisa pode mudar.


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Notas finais do capítulo

O.O
O que será que pode acontecer durante uma partida de xadrez?
Não conto, hahahaha
Obrigada por lerem. Até o próximo capítulo.



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