Primeiro ano escrita por Lyttaly


Capítulo 12
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas o/
Vocês aceitam minhas desculpas pelo sumiço? ^^
Eu realmente não tive tempo nessas ultimas semanas para escrever ou ler. Mas agora estou de volta o/
Pretendo compensar esse tempo com mais capítulos durante essa semana. E aguardem que em breve trarei novidades ;)
Aproveitem o capítulo^^



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Mais uma vez agi por impulso. Eu tentei não fazer isso. Tentei de verdade. Mas meu corpo não me obedeceu.

Caminhei quase correndo em direção ao ponto de ônibus, pensando que talvez tenha cometido um grande erro. Mais um.

“E se ela não quiser mais falar comigo? E se ela me afastar? Se afastar? E se...”

Eu tinha consciência dos meus sentimentos por ela. Não é como se eu estivesse com dúvidas. Mas eu sabia que ela não é o tipo de garota que fica com qualquer um ou com alguém que mal conhece. E nós mal nos conhecemos. Pouco mais de um mês não é tempo suficiente para conhecer alguém. E, para ela, esse tempo foi menor ainda.

“Mais um erro...”

Quando cheguei em casa ouvi minha mãe falando com alguém ao telefone.

– Diego? É você filho? – ela gritou – A mãe da Karolina quer falar com você. Ele já vem Sthefani – minha mãe me entregou o telefone.

– A-alô? Senhora Linz?

– Sthefani, Diego.

– Me desculpa.

– Tudo bem. Estou tão feliz com o que aconteceu hoje! Eu queria te agradecer por toda a sua ajuda essas semanas. Muito obrigada mesmo.

– Não foi nenhum problema pra mim.

– Mesmo assim, obrigada. Mas acho que é melhor a Karol esperar mais um pouco pra ir pra escola. Então você poderia continuar vindo aqui?

–...

– Diego? Ainda está aí?

– S-sim. Eu posso ir sim.

– Que bom então. Por que você foi embora mais cedo hoje? Você sempre espera eu chegar.

– Ah... é que... eu lembrei que tinha algo pra fazer aqui em casa e, como a Karolina está melhor, achei que não teria problema eu vir embora um pouco mais cedo. Desculpa.

– Não tem problema. Eu só estranhei. Bom, te vejo amanhã então. Até amanhã!

– Até.

Claro que a mãe dela não ia a deixar sair sozinha tão rápido. Eu realmente não devia ter feito aquilo. Como eu vou encarar ela?

Coloquei o telefone no gancho e fui tomar um banho frio para tentar me acalmar. Não adiantou. Tentei dormir, mas não consegui. Minha mãe me chamou para jantar. Eu tentei comer um pouco e conversar com ela e Diogo, mas logo disse que estava cansado e voltei para o quarto. Eu não parava de pensar naquele beijo. A cena ia e voltava em minha cabeça. Ainda sentia a sensação dos lábios dela. Parecia que nunca tinha beijado uma garota.

– Diego! – gritou meu irmão.

– Tá maluco, Diogo? Por que tá gritando?

– Eu estou te chamando há um século e você não responde. Então resolvi gritar – disse ele dando de ombros.

– Que exagero! O que você quer?

– Saber o que aconteceu.

– Como assim? – perguntei sentando na cama.

– Não se faça de desentendido. Você chegou e não falou com ninguém. Durante o jantar não tocou no nome da Karolina, o que nunca aconteceu desde o acidente. E isso no dia em que ela recuperou a memória. Além disso, você veio para o quarto muito cedo, reclamando de cansaço e, uma hora depois, ainda está acordado. A única conclusão lógica, como você diz, a que posso chegar é que aconteceu alguma coisa. E essa coisa foi na casa da Karolina. Estou certo?

– Não – desviei o olhar – você está errado.

– Então por que você desviou o olhar agora. Você não sabe mentir, Diego – ele disse, rindo.

Ele me conhecia mais do que eu mesmo. Sempre confiei a ele meus segredos, dúvidas, paixões. Ele sempre foi mais que meu amigo e irmão. Ele era meu herói. Sempre recorria a ele quando precisava de algo. Meu pai nunca estava conosco e meu irmão era quem me protegia e cuidava de mim. Nunca escondi nada dele, mas, por algum motivo, eu não conseguia falar tranquilamente sobre a Karolina com ele. Desde o dia em que a conheci até hoje.

– Eu... eu só...

– Se não quiser falar agora, não precisa. Mas quando quiser, sou todo ouvido. Eu vou dormir. Boa noite.

– Espera! Eu... quero falar. Só não sei o que dizer. Eu estou apavorado agora, não sei o que fazer. Também não sei por que estou tão apavorado.

– O que aconteceu hoje? Nunca te vi assim – ele ficou sério.

– E-eu... b-beijei ela.

– Assim? Do nada? – ele sentou o meu lado.

– Assim, do nada.

– Agora tá preocupado com o que vai acontecer daqui pra frente, né? – fiz que sim – Sabe, eu nunca achei que veria você assim.

– Assim como?

– Amando.

– Eu... gosto dela. Mas, amor? É uma palavra muito forte.

– É a palavra certa, brother. Você já se apaixonou antes. De chorar rios de lagrimas nos meus ombros. Joguei várias camisas fora por causa disso!

– Exagerado.

– Mas agora você está diferente. A forma como você fala dela, como você age por ela, é diferente de todas as outras. Desde o dia em que você a conheceu eu percebi isso. E por isso você está com medo. Você não quer perde-la. E também não sabe como lidar com esse sentimento. É tão forte o que você sente por ela que nem me contar você consegue. Isso, amigo, é amor.

– Desde quando você é tão romântico?

– Desde quando meu maninho começou a amar uma garota – ele colocou a mão esquerda na minha cabeça e bagunçou meu cabelo, sorrindo.

– Amanhã eu tenho que ir à casa dela. O que eu faço?

– Tente não se preocupar. Você saberá como agir na hora.

– Tem certeza?

– Sim, tenho certeza. Agora vou dormir.

– Boa noite. E obrigado.

– Sem problema. Vê se dorme. Você não vai querer encontrar seu amor com cara de panda, né?

– Sai daqui, Diogo! – disse, jogando o travesseiro nele que saiu do quarto rindo.

Não consegui dormir, claro. Tudo que eu pensava era: “E agora?”.


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Notas finais do capítulo

E agora?
Se você leu até aqui #obrigada^^



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