Filhos de Ta'hoe escrita por Magnosouza


Capítulo 4
Capitulo 4 - Escama, Lança e Garra


Notas iniciais do capítulo

...Eram 3 aventureiros de armas na mão
um elfo um homem e um guerreiro anão
o forte o bravo o sem coração
com fome e com medo ? De certo que não
desceram a caverna bem fundo no chão
a trilha é escura, ao fundo um trovão
descendo a caverna dentro da escuridão
o arco partido as tripas no chão
descendo a caverna se encontra o dragão
um bafo de fogo , torrado e sem mão
ele sozinho enfrenta o dragão
Com machado afiado e golpe sem perdão
ele esta na caverna, e matou o dragão
a barba ensopada, com ouro na mão
morreram todos, só sobrou o anão ...



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Ele sentia seu coração acelerar. Seis criaturas reptilianas estavam lá olhando surpresos para ele. Eram da altura de um homem adulto, com os braços finos, porém definidos, andavam sobre as duas patas e tinham uma calda longa que se arrastava no chão. A cabeça de um lagarto, com uma crista que começa no topo da cabeça e seguem até o fim do pescoço, seus olhos eram completamente negros, e se podia sentir o mau cheiro de longe.

Roan estava acostumado a combates, dia a pôs dia ele enfrentava os gladiadores e guerreiros em um coliseu improvisado a mando do bandido que o teve como escravo. Ele enfrentou diversos tipos de inimigos, com as mais variadas armas e armaduras, com táticas, estratégias ou apenas instinto. Ele venceu todos, não sabia como, mas quando era preciso lutar, seu corpo parecia saber perfeitamente o que fazer, era quase como um modo automático na sua cabeça.


O maior deles cuspiu ordens aos cinco que estavam ao pé do altar, que logo pegaram lanças improvisadas e foram em direção ao inimigo, enquanto o maior deles se voltava para terminar o ritual de sacrifício.
Roan se entregou ao frenesi da batalha, com grande rapidez pegou a espada enferrujada e arremessou em direção ao altar, os lagartos não tiveram dificuldade para desviar dela, mas seu alvo era outro, a espada acertou na parte de traz entre o ombro e a nuca do líder, o ferindo e deixando um pouco atordoado.

Ao ver isso as criaturas investiram com mais ódio, o primeiro deles desferiu uma estocada direta no peito de Roan, que desviou o corpo para o lado, devolvendo um soco forte no rosto da criatura e segurando sua lança. A criatura largou a arma e ficou caído no chão com as mãos no rosto urrando de dor, o lagarto não esperava que houvesse tanta força no rapaz. Os outros quatro já estavam a sua volta, desferindo ataques aleatórios no garoto, e ele tentava se defender com a lança emprestada do primeiro para auxiliar em sua defesa, até que um deles deixou a guarda baixa. A lança roubada por Roan acertou bem no meio da garganta do lagarto, e antes da criatura tombar, o garoto puxou a arma do inimigo abatido e abandonando a outra no pescoço dele.
Afastou-se rapidamente, evitando outras estocadas, vendo que as criaturas se entregavam a fúria irracional. Roan tramou um plano simples e rápido, ele correu em direção as grandes rochas, fazendo com que os lagartos o seguissem rapidamente, vendo que os inimigos achavam que ele estava com medo aproveitou a situação e no meio da corrida parou e arremessou com força a lança para traz, acertando um deles no peito com força, o jogando para trás. Agora só restavam mais dois.

Roan optou por ser rápido, tinha que voltar ao altar antes que o maior deles se recuperasse. Respirou fundo se abaixou e pegou um pouco de cascalho e terra no chão cavernoso, o primeiro dos lagartos desferiu um golpe lateral rápido, que abriu um pequeno ferimento no ombro de Roan, o segundo desferiu um golpe reto, e novamente, passou raspando, abrindo um pequeno corte na roupa do garoto nas suas costas, mas antes de mais um golpe ser desferido, Roan jogou o que tinha pegado no rosto do primeiro lagarto, incapacitando sua visão, ele fingiu também tentar fazer o mesmo truque com o segundo, que protegeu o rosto, mas foi em vão, o golpe veio de baixo o acertando um forte soco na garganta e em seguida um no lado do rosto deixando o lagarto desacordado. Ele pegou a lança agora sem utilidade para o lagarto e deu o golpe final nos dois últimos inimigos.
Roan voltou correndo em direção ao altar, não encontrou o líder dos lagartos, mas também não via a adaga. Decidiu por soltar a garota e sair logo de lá, usou a lança para cortar as amarras, a menina estava ferida e fraca demais, não dizia uma palavra sequer, mas antes de soltar a ultima amarra, ele sentiu um forte golpe ao lado do corpo e foi arremessado para o lado.

O líder dos lagartos estava com uma meia-armadura feita de ossos e couro, e segurava um martelo de pedra, a fúria havia tomado ele completamente. Não demorou a atacar novamente, Roan rolou para o lado evitando a poderosa colisão do martelo no chão, que causou um pequeno tremor.
Recolheu a lança que havia matado um dos lagartos, Roan tentou ver uma brecha ou uma chance naquilo, mas já estava ferido e cansado, e o grande lagarto era forte, e ele não tinha muito tempo para pensar, o pesado martelo golpeava uma, duas, três vezes sem o dar muita chance para revidar ou se recompor tas esquivas, e pouco a pouco, parecia que Roan estava ficando mais lento e o martelo passava mais e mais perto Em uma tentativa insana Roan em vez de se afastar do poderoso inimigo, ele esperou o martelo se chocar com o chão e se aproximou, acertando a lança na coxa do grande lagarto, que respondeu a ferimento com um rugido de dor, devolvendo um empurrão em Roan que quase o desequilibrou. A criatura arrancou a lança e a jogou para o lado, dando mais confiança ao grande lagarto ele atacou com força o oponente desarmado, mas dessa vez, Roan percebeu que o os ataques estavam um pouco mais lentos, ele havia aumentado sua chance.
Entre uma ou outra tentativa vã de contra atacar, Roan teve uma ideia, se afastou o máximo que pode do inimigo, enfiou a mão na sua bolsa, a jogando para o lado e segurando firme a esfera na mão, quando estava o mais próximo que podia do lagarto, ele esticou o braço o mais próximo do rosto do inimigo e pronunciou o comando:
_Acenda!
A esfera se iluminou no mesmo momento com uma forte luz, que feriu os olhos sensíveis à luz do grande lagarto que estava acostumado apenas à escuridão das cavernas. Ele se afastou do garoto, tampando o rosto, tentou dois golpes às cegas, mas só atingiu o nada. Roan então correu em direção a lança mais próxima, assim que a pegou e se virou, o lagarto estava vindo em sua direção, mesmo parcialmente cego ele se aproximou de Roan e desferiu um golpe em direção ao garoto, que desviou e tentou um contra ataque, mas antes de conseguiu acertá-lo recebeu um forte golpe do rabo reptiliano no peito, que o derrubou e o fez largar a arma, um pouco tonto e com a dor gritante dos seus ferimentos, Roan não teve certeza se conseguiria continuar com isso.
O grande lagarto soltou um forte rugido, preparando seu próximo golpe, segurando a arma com duas mãos, ele se aproximou e desferiu o golpe final em seu inimigo, mas em uma fração de segundos, uma explosão de luz roxa o acertou no peito o desequilibrando, confuso o grande réptil olha para frente. Em cima do altar a garota estava de pé, ele praguejou alguma coisa na sua língua, ao voltar s olhos para o garoto, ele já estava de pé segurando a lança que havia se partido na queda. A criatura investiu em direção a garota, mas já era tarde, ela murmurava algumas palavras baixas e estendendo a mão em direção a ele, disparando um relâmpago azul acertando o grande lagarto no peito, esfolando o peito dele, a descarga de energia incapacitou completamente o monstros, dando a chance de Roan se adiantar e acertar um golpe com a lança no buraco chamuscado do peito do lagarto, que logo tomou de joelhos e mergulhou nos braços da morte.
Roan se virou para a menina para agradecer, mas apenas a viu tombando de lado em cima do chão rochoso. Ele foi até ela, a pegou nos braços, seu coração ainda batia, mas estava em um ritmo lento, ela estava fraca. Ele olhou em volta, viu os lagartos pelo chão, os ossos, as tochas que iluminavam fracamente o lugar, e a estranha árvore.
As maças douradas emanavam um tipo de aroma reconfortante, resolveu pegar uma e guardou em sua mochila. Roan se virou, ignorando a dor dos ferimentos, pegou a menina nos braços e caminhou em direção a saída, não pretendia ficar nem mais um minuto por ali, não queria arriscar encontrar outros seres como aquele...


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos que estão lendo, acompanhando e comentando, a opinião de vocês é muito importante pra mim ! Continuem comigo nessa aventura !



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