Silence - Midnight Red [HIATUS] escrita por Bia Cm


Capítulo 3
II - Clarifying an Injunction


Notas iniciais do capítulo

Heeeey,
Sorry pela demora...eu não conseguia um tempinho para escrever mas cá estou eu com um capítulo - um tanto - grandinho.
:D
Boa Leitura
Lyl



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Seamus nos levou a um dos melhores restaurantes da cidade, tendo reservado uma mesa na varanda. Só para variar era um dia lindo em Avalon, e a vista da nossa mesa era espetacular. Ou seria se eu tivesse coragem de admirá-la.

Por ser uma faeriewalker, quando olho além da fronteira de Avalon, vejo uma imagem dupla, desorientadora e nauseante - chamada de Glimmerglass– tanto do interior da Inglaterra quanto das florestas de Faerie. Portanto, mantive o olhar para dentro da fronteira, o que já era bem agradável.

As ruas e as casas pitorescas de Avalon se estendiam aos meus pés. A rua principal que espiralava da base da montanha até o pico era feita de asfalto, mas quase todas as demais ruas eram feitas de pedra. As luminárias dos postes se pareciam com as antigas, movidas a gás, e muitos dos edifícios existiam mais ou menos da mesma forma há séculos, dando à cidade uma atmosfera antiga, apesar de uma ou outra loja mais moderna.

Por causa da vista desimpedida, eu conseguia ver até o fosso que circundava Avalon, cruzado pela ponte que conduzia até o Portão Oeste. Daquela altura, o fosso parecia pitoresco como todo o resto, apesar da cor amarronzada. Entretanto, como todo o resto, apesar da cor amarronzada. Entretanto, como todo o resto, Grace - tia de Dana - tinha a lançado naquele fosso, e eu descobri quando pulei atrás dela que ele era habitado por Bruxas das Águas - monstros malévolos e asquerosos. Nunca mais consegui olhar para o fosso sem me lembrar da sensação de ser agarrada e arrastada para baixo.

Seamus tinha bom gosto para restaurantes. A comida estava fantástica. A conversa... nem tanto. Mesmo Nash estando ali comigo, não falávamos muito, prestávamos mais atenção na conversa, mais chamada de discussão, entre a Sra. Hathaway e Seamus.

Katy queria que Dana fosse para a escola regular no outono como como qualquer outra garota. Seamus declarou que a escola seria um risco grande demais e que ela deveria ser educada em casa. Nenhum dos dois parecia se importar com o que ela pensava afinal - nem se preocuparam em perguntar - mas ambos sabíamos que, no fim, a vontade dele seria a lei.

Ambos os adolescentes na mesa, principalmente eu, nos desconectamos deles, tentando aproveitar a bela refeição, o tempo e a vista. Sem querer, meus olhos acabavam sempre parando no fosso, para a ponte que o atravessava, apesar das lembranças desagradáveis que traziam a tona. Eu me esforçava para desviar o olhar, mas ele sempre voltava.

Naquela noite foi a primeira que eu congelei algo porque quis, normalmente sem as luvas tudo que eu toco fica congelado, por isso eu nunca tiro as luvas, Havanna me disse uma vez que isso era tipo um brinde que veio com meu legado. Um brinde que eu não sei controlar.

Esconder, não sentir, não deixar saber me recordo de suas palavras sussurradas no meu consciente, ela acha que não, mas eu ouvi quando ela disse numa discussão com Kat que isso era uma maldição e que ela não podia fazer nada para me ajudar a controlar. Eu devia aprender sozinha.

Mais uma vez eu fitava o fosso quando percebi que alguém corria, distanciando-se do portão a toda velocidade. Era um homem feérico vestido em uma túnica verde e calças coladas como se fosse figurante do filme de Robin Hood. Podia vê-los como se estivessem bem a minha frente, mas a distância entre nós era demais, vi o terror estampado no rosto do rapaz, o sangue escorrendo da testa. A visão não me despertou nada, já vi isso centenas de vezes, mas ao meu lado Dana arfou, os outros ao meu redor devem ter seguido a direção do nossos olhares, pois logo começou o burburinho entre os outros clientes que estavam na varanda.

O feérico já devia ter transposto um terço da ponte, continuava correndo, derrubando os pedestres em seu caminho, quando finalmente vi do que ele fugia. Uma porta grande se abriu e uma figura vinda apenas de pesadelos irrompeu de lá.

Ele estava totalmente vestido de preto, com o rosto escondido por uma máscara preta grotesca com uma boca de presas e esgalhos afiados. O corpo inteiro estava recoberto por uma armadura preta brilhante salpicada por espinhos perigosos. Cavalgava sob um enorme garanhão negro, também coberto por placas de armadura. Talvez fosse algum tipo de ilusão de ótica, mas eu podia jurar que vi chamas saindo das narinas do animal.

Ouvi as cadeiras a nossa volta se arrastarem do chão conforme as pessoas se punham de pé, e o burburinho se elevou a sussurros cheios de alarme. O cavaleiro deslizou uma espada da bainha atrás das costas e o alarme aumentou.

– Oh não - ouvi Seamus dizer

Atrás do homem de preto, vários outros cavaleiros surgiram da porta - o que deduzi, um pouco tardiamente, ser a entrada de Faerie -, cada um deles vestido de uma forma ligeiramente mais branda do que o líder. Eles se espalharam em uma formação V e galoparam pela ponte atrás dele. Havia diversos carros na ponte, mas os cavaleiros feéricos não pareceram se importar, os cavalos desviavam a uma velocidade sobrenatural, ou simplesmente passavam por cima como se fossem brinquedos, enquanto freios guinchavam e buzinas soavam alto.

– Os Caçadores Bárbaros ! - alguém gritou

– O Erlking...- outra pessoa disse com a voz gélida de terror

Dana estava de pé se segurando ao gradil da varanda e eu estava ao seu lado. Ouvia Seamus chamá-la, mas a atenção de ambas estava totalmente voltada no que acontecia e não podíamos responder.

O líder dos cavaleiros rapidamente se aproximava do feérico fugitivo. As pessoas abriam caminho e não havia sinais de que a patrulha da fronteira fizesse o mínimo esforço para detê-lo ou ao resto dos cavaleiros. O homem de preto chegou perto do feérico. Levantou-se sobre os estribos, mantendo o equilíbrio com facilidade apesar da velocidade impressionante do cavalo. Alguém gritou quando a espada reluziu no sol e começou a descer na direção do feérico.

Não vi o que aconteceu em seguida porque Nash se aproximou por trás e cobriu meus olhos com a mão. Mas os gritos e arquejos ao meu redor me deram uma boa ideia sem que eu precisasse ver com os meus próprios olhos.
– Eu já vi isso Nash, não há necessidade de cobrir meus olhos - eu disse rindo
Nash não respondeu, me virou a fim de que eu ficasse de costas para o gradil. Seamus jogou um punhado de notas sobre a mesa e agarrou tanto o braço de Dana quanto o de Katy, arrastando-as dali para fora. Nash o seguia com urgência.

– Temos que ir - Seamus disse, e eu não tenho como descrever como foi aterrorizante ver o medo em seus olhos

Até onde eu podia dizer, Seamus não tinha medo de nada, e se ele tinha, era mestre em esconder isso. O que significava, então, que naquele instante eu via o medo dele ?

As pessoas de dentro do restaurante forçavam o caminho para a varanda para ver o que estava acontecendo. Seamus usando algum tipo de magia para derrubar as pessoas que apareciam na frente. Eu teria me oposto a tal bruquidão, mas lembrar do cavaleiro negro com a espada em punho me fez ficar calada.

Seamus deu uma centena de telefonemas enquanto arrastava Dana e a mim para a casa segura que Dana era mantida. Katy caminhava ao lado de Dana com o braço ao redor de seus ombros. O rosto dela estava muito pálido e os olhos um tanto arregalados demais.

– O que está acontecendo ? - Dana perguntou enquanto Seamus continuava com os telefonemas - Quem são aqueles caras ?

Katy balançou a cabeça.

– Aqueles eram os Caçadores Bárbaros - ela disse em um sussurro resfolegante, como se dizer as palavras em voz alta fizessem os Caçadores se materializarem do nada

Esperei por uma explicação, mas ela não disse nada. Talvez eu devesse saber de cabeça quem eram os Caçadores Bárbaros, mas havia muito sobre Faerie que eu não sabia.

– O que são os Caçadores Bárbaros ? - eu perguntei me lembrando de Kimber me contando

Entramos no sistema de túneis que nos levaria a casa segura de Dana e acho que Seamus deve ter ficado sem sinal, porque finalmente largou o celular.

– São o pesadelo de Faerie - ele disse em um tom tenso e entrecortado - Um bando de cavaleiros que vivem de caçar feéricos e mortais. Dizem que o líder - o Erlking - é o único homem temido por ambas as rainhas de Faerie

– Esse seria o cara com a espada ? - Dana perguntou baixo

Seamus assentiu, abaixando o queixo.

– Sim. Todos os Caçadores Bárbaros são perigosos, mas ninguém é mais do que ele.

Dana franziu o cenho ao perceber as nuances do que o pai acabara de dizer.

– Espere um instante. Você disse que as rainhas de Faerie o temem, no plural. Mas ele é unseelie, não ? - disse a garota

Toda Faerie é dividida em duas Cortes, cada uma com sua rainha. A Corte Seelie tinha a reputação de ser a dos camaradas. A Corte Unseelie era a corte dos monstros e dos bandidos, mas essa também era uma generalização. Ethan e Kimber eram unseelie, e eles eram gente boa na maioria das vezes. O Erlking parecia se encaixar no estereótipo unseelie à perfeição e se ele é unseelie, por certo a rainha unseelie não tem medo dele. Mas me lembrei da conversa com Kimber novamente.

– Ele não é seelie nem unseelie - eu disse - Ele não pertence às Cortes, é um poder por si só. Ele se considera rei, ainda que não tenha um reino

– E ele tem permissão para entrar quando bem entender em Avalon para matar pessoas em plena luz do dia - Dana já tinha tido provas de que a fronteira entre Avalon e Faerie era perigosamente porosa, mas tinha esperanças de que ao menos fosse um pouco melhor defendida do que aquilo

– Não. - Seamus disse me olhando desconfiado - Ele não tem permissão para caçar em Avalon. Ele só pode vir para cá se quem ele estiver perseguindo atravessar a fronteira

Estávamos caminhando tão rápido que eu estava começando a ficar sem fôlego, por isso decidi diminuir o passo um pouco, não que Nash permitisse mas eu tentei. Quando entramos nos túneis sem luz, Seamus lançou um feitiço que criou uma bola de luz que pairou sobre nós e nos mostrou o caminho. Minha nuca formigava, e eu continuava olhando para trás.

Quando por fim chegamos à casa segura, Seamus pediu a Kay que nos preparasse chá enquanto esperávamos por Finn na guarita. Aquilo soou mais como uma ordem do que como um pedido, mas Katy não se opôs.

A guarita não era agradável como a minha casa segura, mas ao menos havia uma área de descanso confortável. Larguei-me no sofá,mas Seamus, Dana e Nash estavam agitados demais para se sentarem.

O silêncio era predominante e o único som era o de Katy preparando o chá, comecei a treinar minha levitação, por isso sentei de pernas cruzadas no sofá e testei me levantar no ar.

– Está melhorando - Nash disse quando eu sentei de novo no sofá

Eu sorri pra ele que me sorriu de volta.

– Ok - Dana disse - Qual é a história desse Erlking ? Por que tivemos de nos esconder assim que você o viu ? Você disse que ele não tem permissão para caçar em Avalon

– É complicado

Bufei.

– Como se qualuqer coisa neste lugar fosse simples. - eu disse

– Vamos, pai. Conte o que está acontecendo. Eu não tenho o direito de saber ? - Dana disse

Seamus soltou um suspiro frustrado, o que pareceu liberar um pouco da sua tensão. Ele olhou para o chão ao falar, e o esforço deixava sua mandíbula tensa.

– Muito tempo atrás, o Erlking e seus Caçadores Bárbaros eram o flagelo de Faerie. Isso foi há muito, muito tempo. Eles caçavam os membros das duas Cortes, matando-os conforme sentiam vontade. Aquelas que eles não matavam eram obrigados a se juntar ao bando, escravos de Erlking. Às vezes, o bando invadia Avalon e criava o caos entre os mortais que aqui viviam. Os mortais forçados a se juntar aos Caçadores invariavelmente morriam, seus corpos se dilaceravam à medida que tentavam acompanhar o ritmo imposto pelos demais Caçadores...

Katy entrou na guarita, trazendo uma bandeja com o chá. Eu era uma garota ligada em café, mas o povo de Avalon, aparentemente, não conseguia viver sem seu precioso chá. Katy apoiou a bandeja na mesinha de centro e depois serviu três xícaras conforme Seamus continuava.

–...até que um dia as rainhas de Faerie conseguiram selar um acordo com o Erlking; um acordo selado com magia. O Erlking concordou que não caçaria mais os membros de qualquer das Cortes sem a permissão das rainhas. Desde então, ele e os Caçadores Bárbaros se tornaram os assassinos das rainhas de Faerie, seus executores. Ele ainda é um pesadelo, mas um pesadelo controlado.
Franzi o cenho enquanto pensava no assunto.

– O que o Erlking conseguiu com esse acordo ? - perguntei

Seamus misturou o chá com intensidade calculada.

– Ele recebeu o privilégio de caçar os exilados das Cortes.

O meu franzir se intensificou.

– Mas ele já os caçava, certo ?

Seamus não respondeu.

– Acredito que haja mais nesse acordo - Katy disse surpreendendo-me - O Erlking vive para caçar. É parte de sua natureza Elemental, e mesmo assim ele permitiu que as rainhas impusessem limites. Ele deve ter conseguido alguma vantagem com isso. No entanto, parece que os feéricos anciões o bastante para se lembrar disso estão sob uma injunção e não podem falar nada a respeito.

– O que é uma injunção ? - Dana perguntou

– É uma condição reforçada por magia - eu disse

Seamus continuou como se eu não tivesse falado nada.

– O feitiço foi lançado pelas duas rainhas e se estende a todos os membros das suas Cortes. Os feéricos com idade o bastante para se lembrar de verdade não podem falar a respeito.

Seamus continuou a mexer o chá, dando voltas e voltas com a colher. Fiquei olhando dele para Katy.

– Você tem idade o bastante para se lembrar ? - perguntei sem expressão

Ele assentiu, mas não disse nada.

– E não tem permissão para falar sobre isso ?

Ele virou a cabeça, me olhou, mas ainda não disse nada. Ele nem mesmo assentiu ou desmentiu com um aceno de cabeça.

– Deve ser uma injunção bem poderosa - Katy disse - Eles nem podem dar voltas ao redor da verdade. Não poden sequer admitir que a injunção exista, ainda que todos saibam que ela deva existir.

– E ninguém faz ideia do que eles estão escondendo ?

Katy balançou a cabeça.

– Há diversas teorias, mas não acredito que uma seja mais provável que a outra.

Por um tempo tudo ficou em silêncio até Dana dizer:

– Se o Erlking não pode caçar em Avalon - se voltou para o pai - por que, então, você está tão preocupado com isso ?

– Ele não pode caçar em Avalon. Isso não significa que ele não possa matar. Ou pior. Há uma injunção sobre ele que o proíbe de atrair qualquer um dentro dos limites da cidade - com exceção das pessoas de Faerie que ele persegue. Contudo, a injunção não o proíbe de se defender, e ele é livre para fazer o que quiser com quem for tolo o bastante para atacar a ele ou a qualquer um dos seus Caçadores.

– Ainda não entendo - ela disse - Quem é estúpido o bastante para atacá-lo quando se sabe que ele terá permissão para matar nesse caso ? - por certo eu não, o que significa que ele não representa uma ameaça para mim - Além disso, ele não vai voltar para Faerie agora que a... a caçada dele acabou ?

– O Erlking tem a habilidade singular de provocar as pessoas a agir contra seus interesses. E não, duvido muito que ele volte para Faerie. Toda vez que persegue alguém até Avalon, ele fica pelo menos algumas semanas. Ele até tem uma casa aqui.

– Para começar, por que permitir que ele entre na cidade ? - ela perguntou - Vocês não permitem que spriggans e outros monstros cruzem a fronteira, e ele parece bem mais amedrontador do que qualquer um deles.

O sorriso de Seamus se mostrou cansado.

– E ele é mesmo. E foi esse o motivo pelo qual a cidade teve de fazer um acordo com ele. Ou concordávamos com os termos permitindo que ele entrasse em Avalon, ou entrávamos em guerra contra ele.

Seamus pousou a xícara na mesa e se virou para Dana. Ele não tinha o rosto mais expressivo do mundo, mas de imediato tive aquela sensação '' ai, meu Deus'' antes mesmo de ele abrir a boca. Minha cabeça tinha começado a ficar zonza, então abaixei a cabeça e fechei os olhos com força.

– Não é impossível que uma ou ambas as rainhas possam ter enviado o Erlking para matar vocês - Seamus disse, e eu senti o fundo do estômago despencar.

Infelizmente ele ainda não tinha terminado.

– Sei que isso será uma...inconveniência, mas acho que é melhor para todos os envolvidos se vocês permanecerem na casa segura durante o tempo que o Erlking ficar aqui.

– Não ! - a palavra escapou antes que eu tivesse a chance de pensar no assunto - Eu tenho um emprego, que volta amanhã de manhã fora os exames...

– Seamus - Katy começou a falar -, talvez nós possamos...- a voz dela sumiu com o olhar frio que ele lhe lançou.

– De jeito nenhum você vai me manter trancada aqui pelo tempo que o Erlking decidir ficar zanzando por aí ! - Dana disse quase gritando - Não pode me manter trancada aqui.

A raiva cintilava nos olhos dele, mas a voz permaneceu inalterada.

– Posso e vou fazer isso - ele disse se levantando e a olhando de cima - Quando você tiver tempo para refletir, verá que será melhor assim.

Parei de ouvir a discussão que se iniciou nesse momento, minha cabeça dava a sensação de estar explodindo em mil pedacinhos diferentes, estava ficando com a respiração falhada, por que logo agora ?

– Be ? Está se sentindo bem ? - Nash perguntou pra mim

– Não - disse com dificuldade e coloquei uma das mãos sob a boca

Peguei um dos lencinhos que eu levava comigo na bolsa e pressionei contra boca e tossi, com força, quando retirei o lenço da boca o amacei forte na mão tentando controlar a respiração.

– O que você preci...céus, você está tossindo sangue... - ele disse

Isso acontecia com frequência, mas eu não tinha um ataque a uns 2 meses e meio, as tosses com sangue eram todas as noites.

– Não se preocupe, sei cuidar disso, logo Jason vai chegar aqui - eu disse - Daqui a pouco passa

– Como não me preocupar ? - ele perguntou - Você está tossindo sangue, quase não consegue respirar...

– Isso acontece com frequência - eu disse abrindo os olhos - Eu só preciso me acalmar ! Só isso, pegue minha bolsa pra mim por favor.

Ele pegou a bolsa que eu carrego o cilindro de oxigênio e trouxe até mim, abri a bolsa tirando o tubinho de dentro e conectando ao cilindro e encaixando a cânula no meu nariz e passei parte do tubo atrás das orelhas. Senti aquela chuvinha de oxigênio fazendo cocegas no meu nariz e me senti melhor, minha respiração se regularia em breve.

– Está bem - ouvi Seamus dizer como se as palavras tivéssem sido arrancadas sob tortura - Não vou insistir para que permaneça na casa segura permanentemente. Insistirei, porém, que não saia sem ao menos dois guardiões e que fale comigo antes de sair.

Pela expressão Dana estava começando a relaxar, pensando ter vencido a batalha, quando ele lançou a bomba:

– Todavia, acredito que sob essas circunstancias, você terá de faltar à festa de aniversário da sua amiga. Seria uma brecha de segurança muito grande.

– Talvez eles já tenham ido embora até sexta a noite - eu disse baixo tentando transmitir esperança

Já respirava normalmente nessa hora. Jason e Finn chegaram não muito tempo depois disso, fui embora assim que ele chegou, não queria atrapalhar o momento Mãe e Filha entre Dana e Katy.


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