Who Owns My Heart? escrita por Lauren Grace


Capítulo 27
Fire Escape


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Tem alguém aí? Haha. Então, dessa vez eu não peço nem desculpas pela demora, e sim, perdão. Mas gente, parte da culpa nem é minha, é que entrei na faculdade agora, e estou cheia de compromissos, sério. Então está sendo impossível arrumar tempo para escrever. E quando me aparece um tempinho, eu fico totalmente sem vontade de escrever, por que tudo o que eu quero é descansar. Então, me perdoem mesmo, sério. A fic só vai até o capítulo 30, então, vamos lá, vamos aguentar haha. Mas me perdoem, mesmo. Então, aí está o capítulo, espero que gostem.



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Seis meses depois

A luz pálida do sol invadia as persianas, penetrando através das minhas pálpebras fechadas. A brisa fria acariciava meus braços, e o barulho dos aparelhos era a única coisa que eu conseguia ouvir. Tudo parecia em paz, a calmaria tomava conta de mim, e esse seria um ótimo momento para partir.

A porta do meu quarto se abriu, e eu pensei que finalmente a morte tinha chegado para me carregar em seus braços. Mas não era a morte que entrava pela porta, e sim várias pessoas. Dois médicos, três enfermeiras, meu pai, minha mãe e Apolo. Eles fizeram um círculo ao redor da minha cama, e eu fui obrigada a abrir os olhos.

– Bom dia, Annabeth – disse o médico mais velho.

Eu assenti, incapaz de falar alguma coisa. Todos me observavam como se eu fosse alguma espécie nova encontrada em algum lugar.

– Annabeth, desde a semana passada eu e a equipe médica vem discutindo sobre você. E chegamos á decisão de mandarmos você para casa. Não há mais carcinomas em seu corpo, e tem dois meses que não aparece mais nenhuma célula cancerígena em seu corpo. Portanto, não há mais motivos para manter você aqui. Já assinamos sua alta, e você poderá ir para casa quando quiser.

Ele, o outro médico e as enfermeiras saíram, deixando apenas meus pais e Apolo no quarto.

– Annie, você não precisa ir agora se não quiser. Quando você estiver pronta, é só nos avisar, ok? As enfermeiras prepararão suas roupas, te ajudarão a tomar banho, e a receita dos remédios que você terá que tomar já está pronta. Nós vamos contratar uma enfermeira para cuidar de você em casa também. Então, está tudo pronto, agora só resta a você decidir a hora de ir embora, ok, querida? – minha mãe disse.

Assenti, e os três saíram do quarto, me deixando sozinha novamente.

Pensei em tudo o que vivi nesse hospital. Já fazia mais de um ano e oito meses que eu estava aqui, e tanta coisa aconteceu. Foi aqui que passei meu aniversário de 18 anos, foi aqui que vi meus pais reatarem, foi aqui que vi o homem da minha vida morrer.

Os últimos seis meses se passaram como um borrão, o tempo e o espaço pareciam vazios, tudo parecia um vácuo. O câncer voltou a atacar, o tumor em meu estômago cresceu e se espalhou para o meu intestino, atacando um dos rins, que foi removido. Minha imunidade caiu espantosamente, e com isso peguei tuberculose e várias infecções hospitalares. A depressão tomou conta de mim, e eu não conseguia reagir a nada. A quimioterapia se tornava cada dia mais agressiva, e perdi todo o cabelo. Emagreci ainda mais, chegando a pesar 28kg. Eu não andava mais, meus ossos se quebravam facilmente e minha pele se encheu de feridas. Eu estava mais morta do que viva.

Por fim caí em coma, e passei dois meses assim. Ninguém mais tinha esperança, nem os médicos, nem minha família. Eu estava predestinada a morrer.

Mas a morte, infelizmente, não chegou. Acordei do coma, e a esperança renasceu em todos, menos em mim. Eu queria morrer, eu desejava desesperadamente morrer, era apenas isso que eu queria. Mas ninguém parecia entender isso, e os médicos faziam de tudo para eu continuar viva. Meus pais e Apolo praticamente moravam no hospital, e se agarravam a cada fio de esperança que os médicos davam.

Uma semana após eu sair do coma eles me operaram. A cirurgia era extremamente arriscada, e as chances de eu sobreviver eram mínimas. Eles removeram os tumores do meu estômago, intestino e do rim. A cirurgia durou quase 10 horas, e por incrível que pareça, eu sobrevivi.

Meu corpo ficaria danificado para sempre, eu nunca mais poderia comer como antes, teria que encarar uma dieta extremamente restritiva, e além disso, teria que fazer hemodiálise. Após a cirurgia a quimioterapia foi interrompida, mas ainda tinha muitas coisas para tratar em mim. Eu fazia grandes sessões com psicólogos e psiquiatras, mas nada curaria a tristeza que eu sentia depois que Percy partiu. Eu ainda respirava através de aparelho, 90% da minha alimentação era feita através de sonda, e eu vivia á base de remédios. Mas, segundo os médicos, eu estava melhorando.

No último mês, eu passei a respirar normalmente, e usava a sonda alimentar apenas uma vez por dia. O único aparelho que ainda estava ligado á mim era o que monitorava meus batimentos cardíacos, e eu havia ganhado um pouco de peso, mas não o suficiente para conseguir andar. Meu cabelo estava crescendo, as infecções hospitalares não me atacavam mais e minha pele estava menos ferida. Eu estava fazendo fisioterapia, e meus ossos estavam ficando mais fortes. A única coisa que não melhorara nem um pouco era meu estado psicológico. Segundo os psiquiatras, minha depressão era profunda, e os antidepressivos que eles me davam não eram suficientes. Mas eu sabia que eu nunca ficaria curada, a maior parte da minha alma havia sido arrancada de mim, e nada mudaria isso.

Horas depois que o médico assinou minha alta, chamei minha mãe, e disse que estava pronta para ir para casa. Na verdade eu não estava pronta para nada, mas para mim não fazia diferença estar em casa ou no hospital. Meu estado de apatia era tão grande que nada mais fazia diferença para mim. Mas meus pais e Apolo queriam que eu fosse para casa, por que isso talvez significasse alguma melhora para mim.

Todos pareceram felizes quando eu disse que queria ir para a casa. Achei bom eles estarem felizes, mas isso não me deixou melhor. As enfermeiras tiraram os aparelhos de mim, me ajudaram a tomar banho, e trocaram minha roupa.

Minha mãe havia comprado uma cadeira de rodas para mim, e eu saí do hospital sobre ela, sendo empurrada por Apolo.

Todos entramos no carro e partimos para a casa. No caminho fiquei olhando para os prédios, as pessoas, e todo o mundo lá fora. Meu mundo estava acabado, mas a vida continuava para todos, e isso me assustava.


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Notas finais do capítulo

E então pessoal, o que acharam? Bem, mais uma vez peço desculpas pela demora, e espero que o capítulo tenha compensado isso haha. Beijos, amo vocês.



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