O começo do fim escrita por ChrisDA


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Não sou tão bom assim então, qualquer erro me avisa tá bom?



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10 de Outubro de 2015 – dia 115 – 21h30min

A Jane me disse que era pra escrever um diário contando tudo o que ocorreu comigo pra guardar a história pro futuro, e também pra não surtar de novo. Bom, acho que toda história tem que ter um começo. O começo da minha fica há alguns meses lá atrás...

23 de junho de 2015 – Dia 5 – 07h58min POV Toni

Quando se está nos últimos minutos de sua vida, passa um flashback de tudo o que aconteceu com você, ou um momento importante. Pra mim a imagem que eu vi foi os dias que passei naquela fazenda, uma festa que durou uma semana. Saímos da nossa cidade a pouco mais de uma semana e só soubemos disso ontem.

O local da festa desse ano foi uma fazenda bem afastada, perto da cidade de Magnum. O nome da cidade era devido ao fundador da cidade e da fábrica de armas do mesmo nome, fica a umas 5 horas de BH. Não tinha sinal de telefone, internet. Eletricidade era graças ao painel solar no celeiro, que criava e armazenava energia. A água vinha do poço e era bombeada até a casa e a água quente vinha de um aquecedor solar. Bom pelo menos servia pro nosso objetivo

O combinado, como sempre era que ela durasse uma semana e que o sorteado escolhesse o local. Por sorte (deles) eu fui o sorteado. A verdade era que a maioria não gostava de mim, mas trato é trato. Havíamos acabado de formar, mas a escola não nos preparou pra enfrentar zumbis, muito menos humanos. Droga, vai começar tudo de novo...

22 de junho de 2015 – Dia 4 – 8h15min – flashback on

Todos os olhares estavam voltados para a pequena TV. Uma repórter acabava de dar a notícia de que a situação havia piorado e listava os principais pontos de evacuação e que todos os sobreviventes que vissem aquela mensagem se dirigissem para o mais próximo deles. Depois a imagem mudou e mostrava o centro da cidade ao vivo. A cena foi horrível. Carros capotados por todos os lados. Várias dessas coisas correndo atrás de uma pessoa, ela tropeça e cai, sendo devorada por todos eles. Vários focos de incêndio, explosões. Aquilo era o mais completo caos.

Eu olhava aquilo perplexo. Não é possível que em uma semana ocorreu um apocalipse e ‘a gente tava de boa, curtindo’. Alguns já choravam, pensando que seus pais se transformaram nessas coisas, outros ficaram com medo. Eu, assim como alguns, se sentiam confusos, chegando a achar que aquilo era uma brincadeira de mau gosto. Mas aí um cientista apareceu e tudo ficou mais claro. Aquela maldita vacina começou tudo isso.

Depois de algumas horas, começamos a conversar, ver o que íamos fazer dali pra frente. A primeira coisa era decidir quem iria liderar, e quase por unanimidade, o Lucas foi eleito. E como primeira decisão, eu fui expulso. Ele realmente não gostava de mim (o motivo só eu e ele sabíamos), e por mais que os outros tentassem convencê-lo do contrário, eu tive que sair.

~~//~~

Saí com duas mudas de roupas, uma garrafa de água e duas maçãs. Como se aquilo fosse suficiente. Andei sem rumo durante um tempo, até me encontrar com uma horda. “Droga, não podia ser só um?”, pensava enquanto corria. Diferente de mim, aquelas coisas não se cansavam, só iam parar quando conseguirem um belo pedaço da minha carne. Quando finalmente consegui despistá-los parei, ofegante, em frente a um velho casebre. Tinha dois zumbis mortos logo na entrada, cada um com um buraco de bala na cabeça. Entrei e encontrei o casebre numa completa bagunça. Travei a porta com o sofá e fui dar uma olhada no banheiro e, assim que abri a porta, um zumbi se jogou em cima de mim. Com o susto, tropecei e caí batendo com força a cabeça na cama e, pra piorar, o zumbi caiu em cima. Com as mãos eu conseguia impedir que ele me mordesse, mas a dor só ia piorando. Tentei me concentrar e encontrar alguma coisa e pela primeira vez no dia, a sorte sorriu pra mim. Tinha um revólver preso na cintura do zumbi e, sem pensar duas vezes, destravei e atirei na cabeça dele. Ele morreu, mas o barulho só piorou as coisas. A visão foi ficando turva, foi escurecendo, escurecendo, até que eu apaguei.

Flashback off

Já estou deitado a algum tempo e parece que eles não me viram, só querem entrar pra saber o porquê do barulho. A porta está nas últimas, sorte que o sofá tá lá. Acho que é hora de me apresentar.

Meu nome é Antônio, mas todos me chamam de Toni. Tenho 18 anos, 1,75m de altura e peso 75 kg. Tenho cabelos negros, olhos azul-esverdeados, pele queimada de sol. Não sou daqueles bombados, mas sou muito forte. Penso bem antes de fazer as coisas, mas na hora do perigo deixo por conta do meu instinto decidir. Uso geralmente preto e sempre ando com uma blusa de capuz.

Agora que já me apresentei é hora de voltar a realidade. Os gemidos que só aumentavam, começaram a diminuir. Logo depois, como um sino indicando que é hora do almoço, escuto gritos e disparos um pouco distantes. Aos poucos os zumbis começaram a ir dar uma olhada e ver se tinham a sorte de comer um humano mal passado. Me levantei e conferi o que tinha na casa. Uns poucos enlatados, uma faca e um revólver com uma bala. Mas no armário tive outra surpresa, dessa vez boa. Tinha um rifle Luger, calibre .22Lr, com uma luneta de precisão e carregador com capacidade para 10 tiros, 2 caixas de munição calibre .22Lr, meia caixa de munição calibre .38 e uma mochila de camping, tipo aquelas que os militares usam.

Peguei tudo e coloquei na mochila, carreguei o rifle e coloquei-o nas costas, coloquei o revólver carregado na cintura junto com a faca e saí. Tinha um compromisso importante e não podia me atrasar.


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Notas finais do capítulo

Tava pensando em tornar a fic interativa. O que acham?



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