Será Amor? escrita por Taory


Capítulo 44
Capítulo 44 - Um triste final


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpem mesmo, sei que demorei, mas minha semana foi tão triste e corrida. Eu estava meio que passando mal porque meu namorado terminou comigo e ai me deu uma dor no ouvido que me fez parar no hospital... Acho que foi a pior semana que tive esse ano );
Mas, desejo uma boa leitura a vocês ;3



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Pov. Ally

–Por que está tão mufino? –Perguntei preocupada.

–Eu ouvi oque a Trish disse.

–Ah.. –Riker e eu nos entreolhamos.

–Sabe. Ela não podia esperar apenas mais 5 dias? –Fiquei confusa, sem palavras.

–O Dez ia pedir a Trish em casamento na festa de ano novo. No programa do Austin. –Riker matou minhas dúvidas.

–Quer que eu fale com ela Dez? –Falei após um tempo. –Sabe, papo de mulher para mulher, amiga para amiga.

–Estragaria a surpresa. –Ele se levantou e se esticou. –Vou entrar novamente e fingir que nada aconteceu!

–O.k. vamos, está se aproximando a hora da fome total para aqueles pequenos.

–Éh mesmo. Eu quero ver meus sobrinhos. –Dez disse já com o sorriso de volta ao rosto. Eles não eram irmãos, mas se viam como um. Eram muito unidos, e como foram criados juntos.

Entramos e nos direcionamos a sala. Paloma foi logo se agarrando a Riker e Dez se sentou logo após cumprimentar Rosa. De certa forma, era muito difícil saber se o Dez ainda estava triste, como ele era brincalhão, tinha que o conhecer muito bem mesmo para perceber um mínimo brilho a menos, ou uma pequena mudança em sua voz.

Pov. Austin

Não era normal eu estar ajudando a Trish, normalmente quem fazia isso era a Ally, mas como ela não tinha noção do que estava acontecendo, eu estava ali, ajudando. Trish também era minha amiga, não fazia mal ajuda-la. Brinquei com ela e fiz algumas piadas para que risse, após alguns minutos, me despedi e desci.

Encontrei uma Paloma histérica da mesma forma que estava antes, uma Rosa encantada com meus bebês, um Dez sorrindo abobalhado esperando sua namorada, um Riker e uma Ally pensativos. Sentei-me ao lado de Ally e passei meu braço por seu ombro.

–Ainda é cedo. Oque faremos? –Perguntei sorrindo. –Nem é hora do almoço ainda.

–Não sei. –Ally disse enquanto olhava fixamente para a escrivaninha sem piscar. Aquilo não era legal, de duas uma. Ou ela estava preocupada, ou ela estava fazendo um plano bem estranho. –Podemos ir naquela praça!

–Na nossa praça? –Sorri encantado com a ideia.

–É. –Vi que Trish olhou estranhamente para Dez e o mesmo retribuiu o olhar. –Eu adoro-a...

–Não acho uma boa ideia. –Trish disse como se escondesse algo. –Que tal irmos nadar?

–Por que Trish? –Perguntei desconfiado.

–Nada. Vou subir para colocar uma roupa de banho. –Ela rapidamente subiu as escadas e nós na sala ficamos feitos mongóis.

–Eu também vou. –Dez disse e sumiu de nossa frente tão rápido quanto Trish.

–Oque está acontecendo aqui? –Ally perguntou confusa.

–De que praça vocês estão falando? Da Praça das Violetas? –Paloma perguntou enquanto abraçava Riker.

–É, foi onde nos conhecemos. –Confirmei já desconfiado.

–Não souberam? Eles destruíram a praça para construir um ponto turístico, fizeram tipo um mini zoológico, sabe como era enorme aquela praça? Tem animais aquáticos e terráqueos. É um bom local. –Olhei para Ally e ela fazia uma careta incompreendida.

–Como assim? –Ela perguntou fazendo um biquinho engraçado.

–Ally. –Falei já pensando em palavras confortantes. –O chão ainda está lá. Construíram um local para que mais pessoas ainda visitassem o local, que vissem animais que não são tão normais por aqui. Por que não vamos visita-la? Você pode se sentir melhor.

Ela parou para pensar novamente, me olhou nos olhos, deu um sorriso leve e encostou a cabeça em meu ombro.

–Obrigada. Seria ótimo voltar lá.

Pov. Pathy

Sabe, muitas vezes sou incompreendida com as pessoas. Falam para que eu desista de um dia ser a mulher que estará ao lado de Austin. Mas eu tenho fé nisso, papai concorda, diz que para falar a verdade, ele não merece alguém como eu, mas eu o amo, então devo seguir em frente. Cheguei perto de falar com ele no restaurante esta manhã, mas meio que fiquei assustada com a beleza do cara que ia brigar com ele.

Nome? Não sei.

Idade? Não sei.

De onde é? Não sei.

Oque fazia ali? Não faço a mínima ideia.

Oque era para Austin e Ally? Não me vem a cabeça.

Quem era a pequena menina? Não sei.

Não sei, não sei, não sei!

Mas sei que ele era um verdadeiro anjo. Será que eu deveria deixar Austin de lado? Vê-lo apenas como um amigo? Será que eu nunca o amei? Será que eu estava apenas focalizada ao extremo nele? Quantos serás me apareceram. Sei apenas que aquele homem mexeu comigo. Não sei de que forma, não sei se foi apenas uma impressão, apenas um vislumbre, apenas um encantamento. Não sei.

Lavei meu rosto e me olhei.

–O que eu sou? –Perguntei para meu próprio reflexo no espelho.

–O que eu fiz? –Abaixei o olhar e encarei meus dedos.

–Eu sou um monstro! –Falei enquanto fazia uma careta de choro, fechei meu punho direito e dei um grande soco naquele espelho.

Pov. Trish

–Será que eles já contaram? –Perguntei para Dez enquanto ruía a unha. Estava muito preocupada com a reação deles. Não poderiam aceitar tão bem aquela má notícia.

–Não sei. –Falei enquanto me encostava na parede. –Sei que coisa boa não vai ser, já que o canguru que eu sugeri alugar para quando a notícia fosse dada não foi aceito por você, provavelmente vão ficar bravos.

–Cala a boca Dez. –Sentei-me na cama e passei a roer outra unha. –Isso não é brincadeira.

–Desculpe. –Passou-se alguns segundos em silêncio. –Mas meus sentimentos também não são brincadeiras.

–Quê? –Me virei para ele confusa e medrosa. –Como assim Dez?

–Você me trata como se fosse um brinquedo manipulável, nunca confia em mim para seus segredos, nunca pergunta minha opinião, nunca me perguntou se eu estava bem, nunca Trish, nunca. –Abri um pouco a boca e a fechei assim que passei as lembranças e vi realmente que nunca havia feito nada que ele afirmou. –Nem me desejou bom dia de volta quando eu te desejei hoje. Perguntei como foi sua manhã, você me respondeu, mas não perguntou como foi a minha. Eu disse “EU TE AMO”, mas você não respondeu. Se você não me ama, deixe meu coração voar!

Pov. Ally

Enquanto me aproximava melhor do quarto da Trish, ouvi alguns gritos de Dez, ele parecia estar dando uma bronca, eu já não estava me sentindo bem, fiz uma careta de choro e corri para meu quarto. Não sabia oque era aquilo, apenas me veio uma vontade de chorar, uma dor no intelecto.

Ouvi algumas batidas na porta, a voz de Austin. Mas eu estava chorando, não conseguia fazer nada. Fiquei apenas abraçada ao meu joelho, derramando minhas lágrimas ali, no cantinho da parede. Ouvia a conversa bem indistinta, só conhecia algumas coisas, ou melhor, só reconhecia algumas palavras.

–“... chave...” –Alguém disse.

–“... tentando, não sei...”.

–“... consegui...”.

Senti dedos em meu corpo, acho que era o Austin. Me agarrei a gola de sua camiseta e me confortei a seus braços. Ele me falava algo, mas eu não entendia. Não estava claro sua voz, estava meio ruído, não dava para entender. Então, ali, sem nada entender, sem nem conseguir pensar direito, eu chorei, chorei até perder as forças.


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Notas finais do capítulo

Comentem, pelo menos para me reconfortar!!