Será Amor? escrita por Taory


Capítulo 41
Capítulo 41 - O encontro


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse capítulo a AusllyRaura por ter sido a única pessoa que comentou o cap. 40
Foi importante para mim ^_~
No fim do capítulo está o link de Pam que no capítulo passado havia dado errado.



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Pov. Austin

–Tem certeza que eu preciso ir Ally? –Perguntei colocando uma camiseta branca.

–Sim Austin. Imagina se aquele moleque tentar fazer algo comigo? –Isso é chantagem, não é justo. Ela me conhece tão bem que sabe perfeitamente como me fazer o que ela necessitar.

–Tem razão. Seria horrível perder você novamente... Já é ruim viver com o que Drake fez... Imagina isso! O Gabriel, que eu não tenho nenhum conhecimento.

–Ei! Ei! Austin, presta atenção aqui. –Eu via preocupação em seus olhos. –Você não vai me perder, meu loirinho, olha por tudo que nós passamos, dá um repaginado ai. Presta atenção em quantos desafios vencemos. Eu posso fazer tudo novamente. Por você. Eu posso Austin, eu tenho forças.

Alguns segundos se passaram, apenas os sons das respirações, nem um movimento, nem dos olhos. Os olhos de Ally estavam me hipnotizando, seus olhos eram penetrantes e encarava os meus seriamente. Ela estava tão concentrada que dava para sentir que ela estava falando a verdade, que não era apenas uma palavra para me confortar, era do coração. E era o mesmo que eu sentia.

–Ally, a deusa guerreira. –Sussurrei, tentei fazer que saísse como uma brincadeira, mas saiu mais como um elogio ou outro hipnotizo.

Aproximei-me da mesma e a empurrei de leve até a cama. Minhas mãos estavam leves, eu não as sentia pesando, era como se não se presenciasse. Não a deixei falar, estava encantado novamente com a beleza, os olhos, a boca. Tudo. Tudo.

Meu coração batia fortemente, havia uma parte do Austin Consciente que ainda tentava falar, mas estava tão longe, não dava para entender suas palavras.

Pov. Ally

Depois de vários segundos de silêncio absoluto, fui empurrada lentamente para a cama, na mesma Austin continuou a me encarar, eu já estava em uma louca briga interior, uma parte de mim o desejava, a outra parte, que por acaso era bem menor, dizia “Seja pontual com o Gabriel”. Após muito me esforçar, não me controlei, beijei o Austin, ele estava tão próximo, e aqueles olhos brilhantes e penetradores. E ainda aqueles músculos, reprimindo meus ombros, seu nariz já quase colado ao meu. Era impossível resistir aquilo.

Um beijo calmo, que absorvia a sanidade mental que me pertencia, seu cabelo estava enrolado em meus dedos, sua mão me esquentava o pescoço, era algo que me levava a loucura, a plena vontade de tê-lo. Mas o ar foi acabando, se reprimindo, e nos afastamos um pouco para respirar. Aos poucos fui abrindo um sorriso de alegria, e logo Austin foi seguindo meus lábios, abrindo um sorriso tão grande como o meu. Aquele momento foi especial, sem palavras, mas que falou muito.

–Temos que ir. –Minha voz falhou um pouco por estar falando muito baixo mas não ser sussurro.

–Infelizmente né? –Toquei em seus ombros com suavidade e ele se levantou e logo eu o imitei.

–Não quero acabar com a vida pessoal dele. –Austin abriu a porta do quarto e apontou com a mão para que eu passasse primeiro, ele passou e fechou a porta.

–Então, vamos indo. Antes que o natal chegue. Sabe que hoje já é o dia certo? –Assenti feliz. –E deixa eu te perguntar, esse cara está te seguindo por acaso? Você se muda para o Tennessee e ele também, você vem passar o natal com a família e ele vem para passar com a dele, mas não pode passar com a família que está lá mesmo.

–Na verdade eu acho que sim. –Comecei a rir enquanto descia as escadas.

–Bom dia Ally, Austin. –Rosa disse assim que nos viu descendo.

–Bom dia Rosa. –Falamos em uníssono.

–O café está pronto. –Ela afirmou chamando o pessoal da casa.

–Nós não vamos comer aqui, desculpe, vamos a um restaurante. –Rosa fez uma cara meio safada que não me aguentei e comecei a gargalhar. Que ridículo de minha parte. –Rosa, pare de pensar essas coisas.

–Prometo que não faço mais. –Ela ergueu as mãos e começou a rir junto com Austin.

–Vamos Ally. –Austin me disse ao pé da escada.

–Vamos. –Me direcionei logo após a Rosa. –Rosa...

–Já sei, já sei... Eu cuido deles. –Sorri e neguei com a cabeça.

–Quando Trish acordar, pode avisar que assim que chegar eu quero conversar com ela?

–Claro.

Peguei Ada e Austin pegou Alec, como onde iríamos era pertinho, acabamos indo a pé mesmo. Andávamos muito perto um do outro, era uma manhã que por algum milagre estava natural, sem sol forte, sem chuva. Apenas um imenso céu azul com um bocado de algodão-doce branquinho.

–Você sabe como ele está hoje em dia? –Austin perguntou, eu observava que algumas meninas o ficavam olhando e meio que gritando baixo algo como “não acredito que aqueles são Austin Moon e Ally Dawson”.

–Sim. –Foi a resposta mais que suficiente, chegamos ao local e lá estava ele, sentado, com a mesma menininha que eu havia avistado antes.

Ele levantou o olhar e sorriu materializador. Andei até ele e Austin foi me seguindo.

–Bom dia. –Disse me sentando.

–Bom dia. –Ele sorriu quase como vitorioso. Olhou para Austin e com o mesmo sorriso o cumprimentou. –Esta é minha sobrinha, Sofia. Da oi para eles Sofi.

–Oi... –A menininha disse sorrindo tímida.

–Bom, voltando ao assunto de uns dias. Eu só queria ser perdoado. Olha Ally, antes que diga qualquer coisa. Sabia que eu apanhava por você? –Aquilo me veio como um soco e eu fiquei perdida.

–Como assim? –Austin pôs os antebraços na mesa.

–Aqueles meninos, lembra? Eles queriam bater em você, mas ai eu quis impedir. Eles deram duas condições para que você saísse ilesa. Primeira, eu teria que me afastar de você de forma brutal. Segunda, eles bateriam em mim quando quisessem bater em você.

Fiquei meio com os olhos arregalados, assustada com o dito. Gabriel parecia ser mais que sincero. Na hora me deu uma dor no peito e uma vontade súbita de chorar, mas me segurei, assenti séria.

–Obrigada. –Eu disse depois de muito pensar. –Eu não imaginava.

–Na verdade, eu nunca deixei de gostar de você...

–Ei rapaz. –Austin interveio. Era muito mais fácil para ele, o mesmo me havia entregado Alec e eu estava com os dois no colo. Ele continuou sério. –O que é isso?

–Ãhh, desculpe Austin. Mas é a verdade. –Austin se levantou com os punhos cerrados.

–Austin. –O chamei a atenção. Vi seus olhos se direcionarem para mim. –Agora não.

Ele relutou um pouco mas se rendeu no final. Se sentou e olhou para o lado. Dava para perceber que seus dentes estavam cerrados, existia uma marca bem definida em seu maxilar.

–Eu entendo Gabriel. –Ally disse. –Mas não gosto de você desta forma.

–Eu sei. Por isso me contento em ser seu amigo. –Ele respondeu dando um sorriso encantador.

–Mas eu não quero ser sua amiga. –Nestas palavras, Austin virou o rosto para mim e deu um sorriso meio irônico que me deu vontade de rir. –Agradeço muito por ter me protegido te tal maneira, mas entenda meu lado. Eu já me machuquei muito em minha vida. Primeiro você, depois meus pais...

–O que aconteceu com seus pais? –Ele me interrompeu do nada.

–Ele morreu. –Eu disse sorrindo conformada, já havia superado aquilo. –Continuando, depois minha irmã, o acidente com o Austin que o fez se esquecer de mim, Drake...

–Quem é Drake? –Ele me interrompeu novamente.

–Meu pai. –Austin respondeu por mim.

–Wow, oque seu pai fez? –Gabriel ficou meio assustado.

–Ele sequestrou a Ally.

–Continuando novamente, depois teve meus filhos que quase me levaram a morte, mas não me arrependo. –Parei um pouco recapitulando o dito para ver se não havia faltado nada.

–É um histórico grande. –Ele disse enquanto colocava Sofia no colo.

–Eu sei. Por isso tenho medo, medo que ele aumente. –Falei triste. Era uma chuva de emoções, um minuto eu estava feliz, no outro estava triste, no outro compreensiva, angustiada e outras emoções.

–Eu concordo com você. –Austin disse passando o braço por meu ombro. –Já passamos por muitas coisas. E como eu disse antes, não suportaria te perder mais uma vez.

–Espera ai. Mas eu quero ser amigo...

–Amigos também decepcionam... –O cortei.

–E maridos também. –Fui cortada, só que a cortada dele pareceu real, como se tivesse me apunhalado.

–Eu nunca faria isso. –Austin respondeu calmo.

–Prefiro eu sofrer do que vê-la sofrer... –Gabriel que já havia passado Sofi para o banco ao lado se levantou raivoso.

–Foi oque eu fiz por ela seu idiota, eu a protegi. –Me assustei junto com Ada e Alec que começaram a chorar.

–Quem é idiota? –Austin se levantou... Aquilo não ia dar certo. Comecei a balançar os dois, agoniada, estava com medo de brigarem e eu não poder fazer nada por estar com os dois no braço.

Pov. Austin

–Repete, quem é idiota? –Falei baixo e de forma ameaçadora. Meus filhos já paravam de chorar.

–Você, você é. Seu pai a corroeu, você a corroeu.

–E você fez o mesmo! –Afirmei. Eu sentia o sangue correr mais rápido por minha veias.

–Senhores... –Um garçom nos intercedeu. –Peço que se acalmem ou terei que expulsa-los do restaurante.

–Obrigado. –Respondi sério. –Mas já estamos de saída o.k?

–Sim senhor. –Ele virou as costas e saiu lentamente.

–Titio, to cum medo. –Sofia disse. Olhei para ela sorrindo.

–Não tenha medo Sofi, quando crescer você vai entender oque aconteceu aqui. –Me direcionei a ela.

–Não fale com a Sofi, não tem esse direito. –Sorri revirando os olhos furiosos.

–Vamos Ally. –Ela se levantou penosa.

–Eu te perdoo Biel. –Ela falou para ele. –Te perdoo pelo que fez na infância. Mas você passou dos limites hoje.

Começamos a andar para a saída, não havia dado tempo de pedir nada, havia sido tudo muito rápido e assustador. Senti alguém cutucando minhas costas...

Pam: http://1.bp.blogspot.com/_euXtyyN-5Sk/TPZ-GV17CFI/AAAAAAAAAxc/I0cqV9mzxe0/s1600/Angela+Weber.jpg


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor s2 ;3;3



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