Pov. Austin

Ally ficou totalmente sem reação. Fiquei com medo, desesperado. Ela se levantou lentamente e da mesma forma caminhou até mim, parando a minha frente. Me arrepiei quando suas mãos suaves desceram ao meu abdômen, ela sorriu e me beijou. A sensação era muito forte, suas mãos deslizaram ao meu cabelo e não pude me conter. A puxei para mais perto e assim ficamos até precisarmos de ar. Ela mordeu o lóbulo da minha orelha e isso fez... Como posso dizer? “Um grande amigo meu ficar feliz”.

–Isso é um sim Austin! –Sorri triunfante, ela fez uma grande peça para me dizer esse sim.

Segurei sua mão e a puxei para fora de casa, deixei Dez e Trish com privacidade. Andamos lentamente até a praça e sua mão se encaixava perfeitamente na minha.

–Sabe, isso é tão novo para mim! Toda essa... Felicidade, esse fervor. –Ela corou.

–Ah Austin, nem acredito que você me fez esse pedido. Sabe, fazia muitos anos que não me abria com alguém. Acho que da última vez que sorri tanto foi... –Sua voz foi sumindo e ela ficou tensa do nada. Sentamos no banquinho da praça.

–Foi? – Perguntei segurando seu queixo a fazendo olhar diretamente para meus olhos.

–Quando eu tinha oito anos, antes de meus pais morrerem. Passei seis anos em um internato e depois fui morar com a Trish e fiquei responsável pela loja. –Uma leve lágrima desceu de seus olhos e eu a enxuguei.

–Ally... Sei que hoje é um dia muito especial para você, não quero minha princesinha triste. Sabe, antes de ontem, assim que vocês entraram no carro, eu disse ao Dez. “Acho que estou gostando dessa Ally”. Esses seus cabelos castanhos e seu sorrisinho branco como neve, me levam para o mundo da lua. E isso me levou a esse pedido. Sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas espero que nunca acabe, pois o tempo lhe mostrará como eu gosto de você. –Não quis dizer “como eu te amo” pois era muito cedo, eu sabia que gostava dela... De que forma eu não sei.

–Austin Moon, ai ai Austin. Não sei como você faz isso. –Ela sorria e dava para perceber seus braços arrepiados.

Me levantei, segurei seu queixo e lhe dei um leve Celinho.

–Qual é o sabor de sorvete que você prefere? –Perguntei sorrindo.

–Baunilha. –Ela não pareceu ter entendido. Andei até o carrinho de sorvetes que estava ali perto.

–Moço, você tem sorvete de baunilha? –Perguntei cruzando os dedos.

–Sim.

–E de coco?

–Sim.

–Um de cada por favor. –Parecia que o casa só sabia dizer sim. Ele me entregou os sorvetes e eu o paguei.

–Austin. –Ally começou a rir.

–Um sorvete alegra qual quer carinha triste. –Lhe entreguei o seu e depositei um beijo na testa.

Após tomarmos os sorvetes, ficamos conversando aleatoriamente, quando uma pergunta que ela fez me atraiu.

–Austin. –Ela corou, porém não parou de falar. –Quer misturar os sabores dos sorvetes?

–Por que não? –Sorri triunfante e nos beijamos.

Desta vez o beijo foi gelado... Obvio! Tenho que contar que adorei sua pergunta, que se encaixou perfeitamente com minha resposta.

Após um tempo, percebemos que era tarde e que teríamos que ir para casa. Deixei Ally na frente da Music Moon e como despedida lhe dei outro beijo na testa. Fui para casa. Dez não estava na sala, deveria ter saído com a Trish, tomei água e fui ao quarto. Me arrependi de ter aberto a porta, pois vi um casalzinho se “pegando”.

–MINHA NOSSA! –Gritei e fechei a porta o mais rápido possível. Sentei no sofá e liguei a TV para tentar esquecer aquela cena da minha cabeça.

Não encontrei nada de interessante na TV, então a desliguei, peguei meus fones e fui ouvir música.

Dez já tinha editado a musica que eu e a Ally cantamos, ele colocou tudo um em um, gravamos várias vezes para sair perfeito e eu faria um CD para dar para a Ally. http://www.kboing.com.br/austin-and-ally-cast/1-1135692/

–Austin. –Ouvi a voz de Dez e tirei os fones. –Desculpa pelo ocorrido. A Trish já foi para casa, estava envergonhada.

–Tudo bem Dez, só não me deixe ver aquilo de novo, sei lá, compre uma plaquinha e tranque a porta.

–Tudo bem. –O clima ficou tenso e eu odiava aquele clima.

–Aeeeeew Dez... Pegando a Srta. La Rosa em. –Comecei a descontrair e ele corou.

–E o Sr. Dawson pegando a Ally em. - Começamos a rir.

Depois de um tempo tomei um banho e fui dormir. Tive um belo sonho com minha Ally e acordei feliz.

Pov. Ally

Depois daquela noite, tudo mudou para mim, Austin pediu uma transferência para minha sala, a gente não tinha se conhecido antes pois ele era da sala A e eu da sala E, bem longe né? Rs

O tempo foi passando e Austin era cada vez mais carinhoso comigo. Fizemos mais três musicas e olha, o Austin opinou, as músicas ficaram ótimas.

Hoje era literalmente um dia de correria, eu avisei ao Austin que não ia para a aula pois tive que resolver algumas coisas chatas da loja e que nos encontraríamos de cinco horas, marquei com nossos melhores amigos de quatro e meia estarem lá para a festa surpresa. Passei o dia inteiro arrumando tudo na parte casa. Eram três horas e eu fui correndo me arrumar. De quatro horas estava pronta para receber os convidados. http://www.polyvore.com/ser%C3%A1_amor_ally_dawson/set?id=124919038

As pessoas começaram a chegar, após todos estarem lá em casa, pedi silêncio.

–Dez... O que disse para o Austin? –Perguntei nervosa.

–Que iria me encontrar com a Trish. Não menti. –Ele deu um abraço de lado na Trish.

–Ótimo.

Eu andava de um lado ao outro nervosa.

–Calma Ally, vai dar tudo certo. –Ouvi a campainha.

–Silêncio todos. –Eu disse apagando a luz.

Desci a escada como todos os dias. Abri a loja para que ele entrasse.

–Boa tarde meu amor. –Sorri.

–Muito melhor agora que te vi. –Ele me abraçou e me beijou. –Estava com saudades.

–Feliz aniversário senhor maior de idade. –Rimos em sincronia, nem sei como aquilo era possível.

Puxei-o lentamente e subimos as escadas. Entramos e eu acendi a luz. Todos começamos a cantar parabéns e ele sorria todo doce. Um por um desejou feliz aniversário para ele e lhe entregaram os presentes, ele abria todos com entusiasmo.

–Obrigado pessoal, amei todos.

–Pera ai, falta o meu. –Disse e fui buscar a guitarra. Lhe entreguei e ele sorriu.

–Não precisava Ally. –Todos começaram a cantar “ABRE ABRE”.

Sua expressão foi muito boa de se ver.

–E ai?

–Não... Não... Está de sacanagem comigo? –Esse sorriu e posicionou a guitarra. –Sério que está me dando uma Fender!? Nossa. Obrigado mesmo amor!

Sorrindo, ele me deu um abraço e um beijo na testa.

–Não foi nada.

–Eu te amo Ally. –Aquela foi a primeira vez que Austin tinha me dito “Eu te amo”. Uma lágrima escapou e um sorriso brotou-se no meu rosto.

–Eu também te amo meu príncipe. Você não sabe o quanto!