Pov. Ally

Nunca achei que beijar Austin Moon seria tão bom. Parecia que mil borboletas dançavam no meu estômago. Aquele beijo atirou em mim, aquela Ally Lany Dawson tímida, sem opinião e que se escondia, ela ficou doente e foi para um hospital. E para não deixar a Ally em um vazio, veio uma Ally ousada, que opina, ainda honesta e amável.

–Desculpe Ally, eu não deveria... –O silenciei e o levei para a sala de estar. Lá olhei bem nos seus olhos. Eu segurava a vontade de provar o sabor de menta novamente.

–Austin, como estou te ajudando, gostaria de te fazer umas perguntas para saber com quem eu estou trabalhando, pode ser? –Perguntei.

–Claro, o que quer saber?

–Seu nome completo é? –Prestei muita atenção em cada resposta.

–Austin Drake Moon. E o seu? –Sabia que toda pergunta que eu fizesse ele gostaria de uma em troca.

–Ally Lany Dawson. Seu aniversário?

–29 de Julho. E o seu?

–Amanhã. –Sorri. –Dia 13 de Junho completo 17 anos. Qual o nome de seus pais.

–Mônica Phatrycia Moon –Ele disse com orgulho e depois ficou meio triste. -E Drake.

–Os meus se chamavam Lany Dawson Stuart e meu pai se chamava Lener Dawson Patryck. –Ele pareceu pensar um pouco.

–Por que eles se “chamavam”?

–Austin, meu passado é algo que nunca contei para ninguém senão a Trish. Eu posso confiar em você? –Ele assentiu e sentou mais próximo de mim. –Bom, essa loja se chamava Music Family Dawson, mas quando meus pais foram assassinados eu não aguentei deixar MFD e mudei para MM Music Moon. Moro aqui desde então. Eu era muito pequena.

–Bom... Minha infância também não foi das melhores. Meu pai sempre batia em mim, e minha mãe morreu de câncer. Meu pai pegou prisão perpétua por espancamento familiar e assassinato. Des dos 13 anos eu moro com o Dez. –Ele sorriu. –Dez sempre foi muito bagunceiro, até em funeral ele fazia piadas, aos 15 anos a família dele o achava retardado e compraram para ele um apartamento, e nos mandaram para lá. Não acho que Dez seja retardado, ele é muito inteligente, porém age como criança.

–Nossa. São histórias lastimáveis. Acho que de nós quatro, só a Trish se deu bem, família rica e liberal.

–Ally, está ficando tarde e eu preciso ir, mas antes eu queria lhe perguntar, quer ir amanhã lá em casa? –Ela sorriu.

–Não poderia recusar. –Sorri.

–Então, eu passo aqui as sete e te levo. Não tem problema. –Ele sorriu me acompanhando.

–Você não vai fazer nenhuma pegadinha... Né? –Perguntei receosa.

–Não, por que eu faria isso? –Ele sorriu fofo.

–Amanhã é sexta-feira 13. Estamos de feriado a 12 dias. –Disse como criança.

–Nem lembrava. –Ele sorriu. A esta altura nós já estávamos perto da porta. –Eu não irei fazer nenhuma travessura.

–Austin... Me empresta seu celular? –Pedi, ele digitou a senha e me entregou, sentou-se em um banco da loja e esperou-me. Procurei lista de contatos, adicionar contato, digitei meu numero e coloquei como “Ally ;3”. Achei engraçado e fofo, salvei e devolvi seu celular já bloqueado.

–Thau Ally. –Ele me fez corar piscando para mim e saiu da loja.

Pov. Austin

Estava muito curioso com o que Ally tinha mexido em meu celular. Me despedi com uma piscadela e saí da loja. No meio do caminho eu peguei meu celular, disquei a senha “amadaally” e voltei a opção. Ally ;3 xxxx-xxxx , era o número do celular dela. Tinha uma foto de ela com um vestidinho branco com bolinhas vermelhas que caiu super bem nela. Pera ai... Eu tinha pego essa foto dela no facebook. Voltei a opção mais uma fez e estavam as fotos salvas. O que iria fazer? Tinha mais foto dela do que minha. Devia ter umas cinquenta fotos dela ali.

Cheguei em casa, comi qual quer coisa e tomei uma ducha, após isso desabei na cama.

No dia seguinte Dez me ajudou a fazer um mousse de maracujá e uma lasanha de frango. Quando terminamos eu fui tomar um banho e me vesti de forma arrumada. Fui a uma joalheria e comprei um lindo colar de ouro para ela. Mandei colocarem em uma caixa muito linda e levei para casa.

Pov. Ally

De manhã logo cedo peguei a melhor guitarra da minha loja e coloquei-a em um keiser apropriado. Ela era linda, cor vinho com um detalhe branco. Mandei colocar em uma caixa retangular e embrulhar para presente. Aquela seria a guitarra do Austin.

Voltei para casa e comecei a me arrumar. De seis e meia eu estava pronta. www.polyvore.com/ser%C3%A1_amor_ally_dawson/set?id=124768267 E como Austin prometeu, de sete horas e ponto ele estava lá.

–Boa noite Ally, está muito linda. –Sorri com o elogio.

–Obrigada, você também está um gatinho. –Pisquei para ele e o percebi corar.

Andamos silenciosamente até seu apartamento. Entramos e lá encontrei Trish e Dez. Os três cantaram parabéns para mim e Dez e a Trish cantaram “com quem” e eu casava com o Austin, nós dois coramos muito.

Após comer eu sugeri brincar de verdade ou consequência e todos concordaram. Austin pegou uma caneta e começamos.

1°-Giro: Trish para Austin (VERDADE)

–É verdade que você está apaixonado?- Gostei da pergunta.

–Sim. –Ele sorriu muito fofo e depois corou.

2°-Giro: Austin para Ally (CONSEQUENCIA)

–Se não me dar um beijo na bochecha, você terá que dançar o “Ula-Ula” de calcinha e sutiã. –Pegou pesado.

Segurei com delicadeza seu queixo e lhe dei um beijo meio... Sexy no canto da boca.

3°-Giro: Dez para Ally (VERDADE)

–É verdade que você namoraria o Austin? –Só vem coisa pesada para mim em. Olhei nos olhos de Austin e ele parecia muito curioso.

–Sim Dez, é verdade. –Respondi Dez olhando para Austin e depois abaixei minha cabeça envergonhada.

4°-Giro: Ally para Trish (CONSEQUENCIA)

–Haha, vingança! –todos rimos. –Trish, se você não lamber o pé do Dez, terá que sair correndo no meio da rua por meia hora NÚA.

–Sacanagem Ally. –Nós rimos de novo.

–Bom, Dez, você mantém o pé limpo? –Ela perguntou com nojo.

–Claro meu anjo. Sempre. –Ele colocou o pé na mesa, era verdade, parecia que Dez usava perfume e o lavava de meia em meia hora. Era bem branquinho. Trish realizou o desafio e paramos de brincar.

–HORA DOS PRESENTES! –Trish gritou e pegou o dela me entregando.

–Muito obrigada Trish. –Dez veio em minha direção e me deu um também. Por último o Austin. –Bom, vou abrir pela sequencia.

1° Trish – Tirei o papel e avistei uma caixa de sapato. Abri e avistei o sapato que eu tinha amado no shopping.

–Srta. La Rosa, por isso não me deixou comprar essa perfeição?! –Austin sorria, Dez e Trish riram.

Austin parecia bem preocupado, o que me deu muita curiosidade para ver seu presente.

2° Dez – Peguei o presente de Dez e abri com cuidado. Avistei um pequeno frasco de perfume. Passei um pouco no meu pulso para sentir o cheiro e era incrivelmente cheiroso.

–Nossa! Quanta fragrância, obrigada mesmo dez, de todo coração.

–Não foi nada. –Ele sorriu.

3° Austin – Finalmente o tão esperado presente. Peguei-o com cuidado. Abri a embalagem de presente e lá avistei uma linda caixa azul marinho. A abri com cuidado, avistei um lindo colar revestido a ouro e um coração de diamantes, não pude deixar de abrir a boca.

–Que perfeito. –Alisei com cuidado o coração. Olhei para Austin. –Por favor, coloque-o em mim?

Ele andou até mim, afastou meu cabelo com cuidado e pegou o colar, não pude deixar de perceber a carta que ainda restava ler, ela estava no centro da caixa e tinha o formato de um coração. Após ele abotoar, sentei e peguei a carta, todos prestavam atenção, curiosos e Austin preocupado.

“Ally Lany Dawson, tenho que admitir

Você foi a melhor cois que me aconteceu desde muito

Tempo! Hoje é um dia muito especial para

Mim e para você! Quero eu te

Fazer um pedido

Você namora

Comigo

??

Fiquei sem reação. Me levantei pensando em como dizer sim. Andei até ele e fiquei de cara a cara com ele. Passei minhas mãos em seus ombros e as desci até seu abdômen, que por sinal consegui sentir sua divisão, e o beijei, apaixonadamente, minhas mãos escorregaram até seu pescoço e ele me puxou para mais perto. Eu não me importava com a presença de Dez e Trish que com o passar dos segundos, fizeram o mesmo que nós. Puxei suavemente seu cabelo e ele arroxava minha cintura. Nossas línguas dançavam, elas eram perfeitas uma na outra. Aquele hálito de menta que ele tinha me levava ao delírio. Paramos para respirar e nos abraçamos. Mordi de leve o lóbulo de sua orelha.

–Isso é um sim Austin!