Dia do enterro (manhã)

A mãe de Enzo estava incontrolável, queria de todo jeito não deixar seu filho partir. Ela havia se trancado dentro do quarto e só dava para escutar os seus soluços. O padrasto do garoto, mais seus dois filhos estavam conversando com ele.

− Você vai se tornar um vampiro? – perguntou-lhe seu irmão mais novo, Brian, com fascínio.

− Sim – Enzo lhe respondeu.

− Olha Enzo – seu padrasto, Tobias, o encarou – eu recebi uma proposta de emprego numa escola de uma cidade de Virginia – Tobias dava aula de Inglês para ensino médio − caso você queira visitar sua mãe ou seus irmãos eu lhe mandarei um e-mail com o endereço.

− O.k Tobias.

− Sua mãe esta muito triste, mas não pelo motivo de você se tornar um vampiro, já que ela é uma parapsicóloga, mas sim por não poder mais conviver com você. Você sabe muito bem que ela não queria deixa-lo ir para o Acampamento Meio-sangue.

− E como vai ficar o emprego da minha mãe em relação a essa mudança?

− Ela vai mandar o currículo dela para um centro de pesquisas em uma cidade vizinha a que ficaremos.

No mesmo dia (noite) – Casa dos escolhidos.

Ele ficara de cara com a coragem daquela garota loira, ele nunca na sua vida teria tentando enfrentar qualquer deus, mas também a deusa não entendia a dor daquelas duas garotas, a dor de perder alguém muito querido.

Depois que tinham se apresentados, todos foram despencados, mas Enzo não conseguiu se mover, ele estava encantado pela beleza daquela garota. Ele se lembra dela, lembra-se de quando ela fora chamada e quase desmaiou na frente de todos do acampamento. Lembrava-se de algumas filhas de Afrodite falando mal dela. Mas nada disso importava, ele não se lembrava de ter acontecido antes.

A garota ajudou sua amiga a irem para seus quartos. Enzo sabia onde ficava o seu, mas decidiu não ir para lá agora, ele pegou a planta da casa e resolveu ir para a biblioteca, ele abriu uma porta que dava para uma varanda no segundo andar da casa, ele encontrou uma escada que levava até o teto da torre. Ele se sentou lá e ficou sentido uma brisa fria do vento.

Enzo estava em meio aos seus devaneios quando escutou um barulho atrás dele. Ele se assustou, deu um pulo e já estava preparando sua arma quando viu que era aquela garota vampira, Katie.

− Oi – ela segurava uma lamparina – desculpa ter assustado, é que pensei que não haveria ninguém nesse lugar.

− Desculpe-me, é que eu queria um lugar para pensar e esse é um bom para um filho de Éolo.

− Também é um bom lugar para mim – ela sentou-se ao lado dele.

− Você vem aqui para pensar em que?

− Eu venho aqui de vez em quando depois da morte da minha irmã.

− Sinto muito.

O silencio havia pairado sobre eles, eles só ficavam um ao lado do outro, sem falar nada e olhando para as estrelas, até que uma estrela cadente passar.

− Faça um pedido – ele disse a ela.

− Tá bom – ela fechou os olhos por um tempo, depois voltou a abri-los.

− O que você pediu?

− Pedi que ninguém importante para mim morresse mais.

O silencio voltou muito mais pesado. E isso deixou Enzo desconfortável.

− Aonde você encontrou isso? – ele disse mudando de assunto – isso não é muito velho não?

− Você se surpreenderia com as coisas que se acha no porão dessa casa. E como ficaram as coisas lá no acampamento depois da partida?

− Continuaram as mesmas, a única diferença é que eu descobri histórias estranhas de todos vocês, vocês viraram celebridades depois que saíram, mas também falaram muito mal de vocês.

− Conta aí uma historia dessas – ela parecia distante, ela só queria alguém que a distraísse.

− Disseram que uma vez o Alec estava na escola e foram fazer uma pegadinha com ele. Dois valentões fizeram com que quando ele estivesse no banheiro, a água voasse toda em cima dele e o Alec ficou todo sujo de coisas estranhas que tem em um vaso e sabe o que aconteceu depois disso?

− Não.

− Os dois garotos foram encontrados mortos, sem causa estranha aparente.

− Eu já vou dormir – os cabelos escondiam qualquer expressão que ela estivesse fazendo, parecia que Enzo havia tocado em alguma ferida dela – boa noite Enzo.

− Boa noite Katie.

P.O.V KATIE

Dia seguinte (manhã)

Katie estava muito estranha àquela manha, será que foi por causa da conversa com aquele garoto na noite anterior? Será que foi por saber que Alec já matou dois garotos inocentes? Qual era a pergunta certa, ela não sabia dizer.

Nyx pediu para Natasha dar seu sangue para todos os semideuses e depois matar a todos, Katie não sabia o motivo para a deusa não ter a deixado transformar metade deles. Ela só ouviu um nãoquando perguntou a Ela.

Todos os semideuses estavam no escritório. Natasha começou a explicar-lhes como seria a transformação, tirando a parte da morte. A parte da morte era Katie que cuidaria, quase teve uma briga entre as duas, pois as duas queriam descontar a raiva de substituir, mas Katie ganhou.

Natasha deu seu sangue para todos eles e depois pediu para irem com Katie até a cozinha e foi o que fizeram. Lá dentro todos perguntavam para Katie o que iria acontecer, mas ela não dizia nada. Katie seguiu até uma gaveta onde estava localizada as facas, ela estava de costas para os seis, pegou seis facas, virou e jogou todas.

5 pegaram no pescoço dos semideuses. Enzo conseguiu parar a faca com o poder dos ventos.

− O que você fez com eles? – Le e perguntou.

− Fiz o que Ela pediu – Katie foi chegando mis perto dele – ela pediu para matar todos – ela pegou a faca que estava parada no ar, deu um giro e cortou o pomo de Adão de Enzo. O garoto caiu no chão segurando seu pescoço.

Uma poça de sangue estava formada sob o corpo de cada um. Natasha chegou lá depois de alguns minutos.

− Um pouco dramático não acha – ela comenta. Natasha vai passando por cada corpo e tirando as facas encravadas no pescoço deles.

− Sim, mas eu estava precisando.

− Por que o desse garoto foi diferente? – ela aponta para o corpo sem vida do Enzo.

− Porque ele resistiu à morte – foi a ultima coisa que ela disse antes de sair da cozinha e deixar Natasha só.

Nyx deixou três anéis com Katie e três anéis com Natasha, cada uma vai ensinar a três deles como se alimenta sem matar.

P.O.V ENZO

Mesmo dia (noite)

Enzo acordou sem fôlego e desesperado. A única coisa que ele se lembrava era de ver Katie enfiando uma faca em seu pescoço, o que fez com que ele levasse sua mão ate o pescoço. Estava tudo em ordem, menos por ter uma poça de sangue quase coagulada sob ele.

Ele se levantou meio tonto e viu todos os outros semideuses com cara de espanto levando as mãos até o pescoço e levando um susto ao ver as poças de sangue.

Natasha chegou à cozinha com uma maçã pela metade em uma mão.

− Podem se acalmar, eu não sou tão agressiva quanto a Katie e isso foi uma ordem de Nyx, pois para se tornarem vampiros, vocês tinham que morrer com meu sangue no organismo. Mas ainda não acabou – ela deu uma mordida na maçã e depois voltou a falar – vocês tem que se alimentar de mortais para completar a transformação.

− Teremos que beber sangue você quer dizer – Enzo falou.

− Sim, mas eu e Katie vamos lhes ensinar a alimentar sem matar. Na primeira vez vocês irão acompanhados, três por mim e três por Katie. Uma coisa, para sobreviverem terão, que se alimentar uma vez por mês, para ficarem fortes, uma vez por semana. E pra os que ficarem com a Katie, não tenham medo, ela só morde mortais – um sorriso irônico surgiu em sua face.