O sinal para o recreio tocou, Isaac ficou imóvel sentado na cadeira, ele estava morrendo de medo de falar com a Marrie.

– Qual é cara, de repente seus hormônios se esconderam? – falei.

– Você é um filho da mãe! – disse Isaac – E se a menina me der um fora?

– Você continua com a sua vida. – falei.

Isaac levantou-se e foi para o recreio na frente, quando o alcancei o mesmo estava suando frio.

– Ela vai estar de esperando perto dos armários – falei.

– Espera, você não vai comigo? – perguntou Isaac.

– Você realmente acha que vou segurar uma tocha? Vai lá garanhão! - disse o empurrando.

Isaac andava devagar quase parando, se eu fosse garota não gostaria de conversar com o Isaac, e sim com um garoto como Eu. Sentei-me no chão do pátio e fiquei obsevando de longe Isaac conversando com Marrie, eles estavam conversando de boas até que Isaac agarrou a menina e começou a dar uns amassos, quando parou pra respirar olhei para ele e fiz um sinal de jóia, ele retribuiu e prosseguiu com os amassos.

Observei uma bancada em que o treinador do time de basquete da North Central estava pegando nomes para a teste, decidi me inscrever. Levantei-me e de longe e treinador Juergens me chamou.

– Augustus! – gritou.

Aproximei-me da bancada, ele me cumprimentou com um aperto de mão, depois começou a falar:

– Eu e seu pai jogamos no time Junior de Indiana, aposto que herdou o dom dele!

– Que isso, eu jogo um pouco basquete.

– Um pouco? Acho que não! Bom, tomei a liberdade de te inscrever para o teste.

Acho que meu pai convenceu o treinador Juergens, primeiro, minha mãe dizia que meu pai sempre foi horrível em basquete, e o Juergens era bom apenas como treinador, sorri para ele e falei que tinha que ir até a biblioteca, o que era mentira. Passei perto do Isaac, que estava abraçado com a Marrie, depois fui para a minha sala e lá fiquei sozinho.

(**)

– Gus! Acorda cara está babando!

Adormeci sobre a mesa da sala de aula, quando olhei para o Isaac ele sorria de orelha a orelha, apertei os olhos e vi que tinha um chupão no seu pescoço.

– Vi que o negócio foi bom – falei.

Isaac sentou-se na mesa a frente e começou a falar:

– Você não tem idéia de como ela é boa!

Concordei com a cabeça, eu realmente não queria saber se a garota era boa.

– Ela tem uma amiga, o nome dela é Amy e...

– Calma, só ficou meia hora com ela e ela já está te contando todas as fofocas da escola? - interrompi Isaac.

– Ela disse que Amy é afim de você, então pensei, que tal se sairmos essa noite?

– Sem chance. – falei.

Eu conhecia essa tal Amy, agora chata, fútil e minada, passava o rodo em todos os garotos da escola.

– Me dá uma ajuda seu filho da mãe! – falou Isaac, suspirei e então concordei - Eu não vou ficar com ela! – falei.

– Vou avisar ela – disse e logo em seguida correu para fora da sala.

(**)

O encontro estava marcado para exatamente às sete horas em um pub ao lado do shopping, contei para minha mãe sobre o encontro, ela escolheu a minha roupa e um perfume, meu pai começou a dizer faça sexo com segurança coisa que a minha mãe nem sonha que ele me tenha me dito. Deixei de lado a roupa que a minha mãe escolhei e de cara escolhi a roupa mas ridícula que tinha, só pra deixar a pior impressão possível. Coloquei uma camisa que estava tinha usado três dias seguidos, uma calça surrada cheia de rasgos e a melhor essência masculina, o meu suor. Subi até a cozinha, minha mãe me fitou e fez uma careta.

– Gus, o que é isso? – pergunta.

– Isso aqui se chama Espanta Garotas Assanhada, gostou?

Na hora que a minha mãe faria um comentário a campainha tocou, fui abrir e me deparei com Isaac, sua namoradinha Marrie e a Amy.

– Viemos te buscar! – disse Isaac.

Cumprimentei Marrie com um beijo da bochecha e Amy com um aperto de mão, só pra irritar.

– Não vai convidar seus amigos para entrar? – perguntou mamãe.

– Não mãe, tchau. – disse saindo para a fora e fechando a porta.

Isaac estava com o carro dele, ele e Marrie foram à frente, me deixando sozinho com Amy, ela me olhava com um apetite voraz, o que me deixou incomodado. Isaac dirigia, Marrie estava sentada no banco da frente, enquanto eu estava sentado com uma predadora ao meu lado, eu não posso negar que a garota era uma gata, sou homem, mas sou um homem muito clichê esperando a garota certa, ou pelo menos uma garota não tão oferecida. Isaac estacionou em frente ao Pub, entramos o lugar estava bem agitado, tocava uma música bem brega dos anos 80, Marrie puxou Isaac para dançar, enquanto eu fiquei parado como um poste, Amy esperava o convite para dançar, por isso eu não a convidei, para ser o cara mais insuportável.

– Então Augustus, não quer dançar um pouquinho? – pergunta Amy, mordendo seu lábio inferior em seguida.

– Não, estou bem aqui, se quiser pode ir dançar com outra pessoa. – falei.

Ela me fita com um olhar apocalíptico, e eu dou de ombros, então ela se afasta de mim e convida um garoto ruivo para dançar, eu acenei para ela e sorri. Isaac se divertia dançando com a Marrie, eu sinceramente não queria ficar ali, estava com uma encomoda dor nos joelhos e queria mesmo ir embora e descansar, então mandei uma mensagem para o Isaac dizendo que estava cansado e iria embora. Peguei um ônibus e fui.

Cheguei em casa e meus pais estavam dormindo, desci até o meu quarto e me deitei, aquele dor chata não aliviava, com certeza aquela dor seria a melhor desculpa para não fazer o teste do time de basquete.