Os Foragidos escrita por The Man Who Sold The World
Notas iniciais do capítulo
Boa notícia já pensei em um final bom para essa fic, mal posso esperar para terminar de reposta-la, mas por enquanto que não, boa leitura!
Fomos andando e chegamos rapidinho, bati na porta da casa e um homem abriu a porta.
– È você o colecionador de riquezas?
– Sim, por quê?
– Nós queremos fechar negócio com você.
– Um... Certo, entrem.
Então adentramos a casa, era cheia de coisas que pareciam muito valiosas.
– O que vocês têm para oferecer?
– Essa pequena escultura aqui – respondeu Selena entregando a escultura.
– È isso? – então ele começou a dar uma alta gargalhada.
– O que foi – perguntei.
– Isso só vale uns vinte dólares.
– Como assim?
– È, isso não tem nada de valioso, acho que vou comprar porque é bonitinho. – Disse dando os vinte dólares.
– Mas precisamos de bastante dinheiro.
– Vocês crianças tão ingênuas... Se não perceberam VOCÊS são uma riqueza.
– Como Assim?
– Acha que não sei que escaparam da prisão de adolescentes? E que estão valendo uma fortuna?
Tentei abrir a porta e fugir, mas estava trancado, então ele apontou uma arma para nós.
– Nem pensem em fugir crianças, nem em dar uma de herói.
Fiquei paralisado, tinha uma arma apontada para nossas cabeças.
– Mas você precisa da gente vivo. – falei desafiador.
– Ah é? E seu atirasse na sua perna? Você morreria?
A situação estava horrível.
– Vou levá-los para a cadeia.
– Não! – gritou Selena.
Então ela segurou o braço do homem, o que estava com a arma, e deu um golpe de Judô nele que o derrubou no chão e ela já com a arma na mão.
– Agora me ouça bem! Você vai nos dar dinheiro sem tentar fazer nada!
– E vai fazer o que? Atirar em mim com essa arma sem munição?
– Oque?
Ele a derrubou no chão e começou a enforca – lá.
A raiva tomou conta de mim.
– Solta ela!
Parti pra cima dele e começamos a nos bater, então Selena pegou um Extintor e bateu na cabeça dele, ele desmaiou.
– Que droga! – disse ofegante.
Ainda não satisfeita Selena bateu mais na cabeça dele e deixou o Extintor cair em sua cabeça, Seu Nariz, Sua boca, seu rosto inteiro estava sangrando e ele parecia estar morto.
– Você o matou! – Gritei.
– Claro, e se ele acorda e tenta nos pegar de novo?
Fiquei sem o que dizer.
Peguei as chaves da casa dele e abri a porta.
Lá estava-mos nós de novo, com apenas vinte dólares na mão.
– Sora, com esse dinheiro nós podemos voltar pra sua casa.
– E viver lá para sempre?
– Parece ser o único jeito, estando com você já está bom.
– E o seu papo de liberdade?
Ela olhou para baixo e pareceu estar triste.
– Antes, quando eu estava na cadeia, eu só pensava em fugir e ser livre para sempre e depois de fugir também, mas nesses dias de perigo que eu passei com você eu descobri uma coisa.
– O que? – Perguntei.
Começou a sair lágrimas dos olhos dela.
– Eu não quero ser livre, só quero ficar do seu lado para sempre, seja numa casa trancada e escondida, seja em uma cadeia, é bem melhor ficar presa á pessoa que você ama á ser livre e eu te amo Sora.
Fiquei totalmente sem jeito e sem o que dizer então abaixei minha cabeça sério.
– Eu também gosto muito de você Selena.
Então foi a primeira vez que eu a beijei por conta própria, ela tem um cheiro muito bom como doce. Decidimos-nos parar com essas coisas e continuar nosso caminho, já estava ficando de noite, a gente tinha que achar logo essa estação, e o pior é que eu ainda estava na dúvida se ainda tinha guarda nos esperando dentro dos trens. Depois de muito tempo chegamos á estação, comprei duas passagens e nos sentamos para esperar o trem, fiquei pensando nas pessoas que nós matamos, ou melhor, que a Selena matou, ainda iria ter pesadelos com aquilo, tentei não pensar mais naquilo.
– Olha Sora, ta chegando!
Então o Trem parou, paguei ao moço que cobra as passagens e entramos no Trem, Selena já estava dormindo no meu ombro, fiquei pensando nas coisas que ela me disse, então comecei a pensar em como seria nossa vida, trancados em uma casa, saindo às vezes para comprar comida e sempre se escondendo, esse parecia ser o nosso destino, eu não queria que fosse assim, queria ir a escola com ela, levá-la a um parque de diversões, tinha que ter outro jeito, parei de pensar e dormi.
Acordei com um moço me cutucando.
– Ei crianças, o trem já chegou.
– Ah sim, me desculpe.
Acordei a Selena e saímos do trem, felizmente eu sabia ir de lá para casa, mas eu estava com medo de ser assaltado, já devia ser umas dez horas, chegamos em casa cansados e exaustos, Selena já estava quase dormindo em pé.Peguei ela no colo, que parecia mais uma boneca de pano, e a coloquei na cama do meu quarto.
– Boa noite Selena, qualquer coisa estou lá embaixo dormindo.
Então fui saindo do quarto.
– Sora...
– Sim?
– Dorme comigo?
– O que?!
– Por favor, dorme comigo.
–...
– Eu não vou fazer nada, idiota.
– Hm... Ta, numa noite fria não é tão ruim dormir junto.
Fui ao banheiro e coloquei um pijama, voltei e me deitei, ela me abraçou. Acho que estava começando a entender porque ela agia assim, seu pai não devia lhe dar muito amor e carinho e todo mundo a ignorava na cadeia, ela deve ter sofrido muito por conta disso, mas ela já matou duas pessoas, que eu tenha visto, quando ela disse que iria me matar se eu a visse, será que ela iria me matar mesmo?
Peguei num sono e dormi.
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