Os Foragidos escrita por The Man Who Sold The World


Capítulo 3
Capítulo Três: Pegamos o trem


Notas iniciais do capítulo

Postei de novo, não sei se vou conseguir postar toda a história hoje, mas espero que consiga postar tudo logo para poder continua-la logo.



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Quando acordei já era de noite e ela estava dormindo no outro sofá, desliguei a tevê e fui até o meu quarto. Peguei um cobertor fui até a sala e a cobri.

Ela abriu os olhos bem devagar.

– Sora, agente já pode ir viajar?

– Ainda não chegou amanhã.

– Não?

– Não, a gente dormiu cedo demais.

– To com fome.

– Vem, vamos jantar.

– Me leva?

– Ah, ta bom.

Peguei-a e a deixei no meu ombro, ela é surpreendentemente leve, a julgar que é do meu tamanho. Coloquei-a sentada na cadeira.

–Espere um pouco, eu vou preparar a comida.

Depois de um tempo preparei a comida e nós começamos a comer.

– Como você aprendeu a cozinhar? – Perguntou ela.

– Eu tive que aprender depois que meus avôs morreram.

– Hm, cozinha muito bem.

– obrigado, mas e você?

– Eu sei cozinhar também.

–Não, como foi sua vida.

Primeiro ela fez uma expressão horrível tipo: Vou cortar sua cabeça! Depois ela ficou meio que triste.

– Minha mãe morreu e eu tive que ficar com o meu pai, ele é um psicopata, sempre roubando coisas e eu ajudava ele, então quando eu tinha doze anos, ele tentou furtar uma loja mas a polícia estava vindo, então eu gritei e ele conseguiu fugir, e eu fui presa, e fiquei lá por todo esse tempo.

– Acho muita covardia do seu pai colocar você para ajudar ele nos planos sujos dele.

–...

– Você não merecia ter ficado na cadeia por causa dele.

– Sora...

– Hã?

Ela se aproximou de mim e meu deu um beijo na boca, fiquei totalmente sem reação.

– Vou dormir de novo, onde eu poço dormir?

– Dormi no meu quarto, eu vou dormir no quarto do meu avô mesmo.

– Tenha uma boa noite.

Fiquei pensando naquele beijo, depois decidi não ficar pensando naquilo e fui tomar banho.

Depois de tomar banho, fui até o quarto do meu avô e dormi.

Acordei com ela me puxando.

– Acorda Sora! Temos que viajar.

– Será que eu não posso acordar uma vez por vontade própria?

– Desculpa, mas acorda.

Acordei e fui lavar meu rosto, o banheiro estava todo molhado.

– Você tomou banho hoje?

– Você sabe que eu sempre tomo banho de manhã.

– Certo.

Ela estava com sua roupa de colégio estilo anos sessenta, tirei meu pijama e coloquei minha roupa favorita outra vez, peguei as passagens de trens e nós saímos de casa, todo mundo passava, mas felizmente ninguém parecia notar que fugimos da polícia, só tínhamos que ter cuidado com a polícia.

– Não vai dar para a gente mudar de país Selena.

– Não?

– Mas pelo menos de cidade, eu conheço um amigo que mora na cidade de Chicago.

– Vamos fazer o que lá?

– Eu posso conseguir um dinheiro com ele, ele é rico.

– Nossa!

– È, Só assim a gente vai poder pagar para não ser preso, não é ótimo?

– È...

Ela fez uma expressão muito triste.

– O que foi? – perguntei.

– E quando eu ficar livre? Para onde vou?

– È mesmo, você não tem casa.

–...

– Você pode morar comigo e estudar comigo também.

– Sério?

– Sim.

Ela me abraçou chorando, eu fiquei com um pouco de vontade de chorar também, mas me segurei.

– Ta, mas agora vamos, precisamos pegar esse trem.

Fomos andando para pegar o ponto de ônibus mais próximos, eu estava com minha mochila nas costas, com comida um pouco de dinheiro e outras coisas que talvez fossem necessárias. Então achamos o ponto e ficamos esperando até que um ônibus chegou e ia até a estação de trem, paguei o dinheiro da viagem e nos sentamos em um banco.

– Sora, vai demorar?

– Não.

Depois de um tempo, nós descemos e fomos até a estação, era difícil de acreditar que ainda funcionava a linha de trem com tantos metrôs por aí, nos sentamos em um banco e esperamos o trem chegar.

Eu acordei e percebi que estava dormindo.

– Droga, será que perdemos o trem?

Então ouvi o barulho de um trem vindo e acordei Selena, logo já estávamos dentro do trem que era bem aconchegante, eu já havia dado as passagens para poder entrar. O trem só tinha idosos, eles ficavam olhando para a gente, isso era realmente chato, mas tive que ignorar.

– Como é bom estar fora daquela cadeia. – Disse ela.

– È, mas fala baixo.

– Desculpa.

Fiquei olhando as paisagens enquanto o trem passava, meu avô amava andar de trem, talvez ele gostasse de viajar. Selena parecia cansada e um pouco incomodada com as pessoas á olhando.

– Fique tranqüila.

– Ta. – Sussurrou ela.

Então olhei mais pra trás e avistei um guarda vindo em nossa direção.

– Droga! Selena acorda.

– O que foi?

– Tem um guarda vindo em nossa direção.

– O que?!

– È, vamos disfarçar e ir bem devagarzinho para outro vagão.

Então nos levantamos e fomos andando devagar até o outro vagão para ele não desconfiar de nada, então ele gritou:

– Ei! Parem Aí!

– Corre! – gritei.

Fomos correndo e passamos para outro vagão, ainda sabendo que o guarda estava nos seguindo continuamos correndo, com um monte de pessoas olhando para nós, uma velhinha gritou:

– EI! Peguem eles! Eles estão aqui!

Continuamos correndo e já passamos para outro vagão com o guarda ainda correndo atrás de nós.

Quando percebemos, era o último vagão.

– Droga! É o último, o que vamos fazer Sora?

– Não sei.

O Guarda abriu a porta do vagão.

– HAHA! Peguei vocês!

– Não! – Gritou Selena.

O guarda partiu pra cima da gente, tentando nos imobilizar, mas Selena imobilizou ele primeiro, depois o jogou para fora do trem pela janela.

– Você é doida?!

Corri para a janela e vi-o se esborrachando no chão e rolando já desmaiado e sangrando.

– Você deve ter matado ele!

– Ele ia prender a gente e nos levar pra lá de novo!

– Mas você tinha que fazer isso?!

– Não é você que vai me dar bronca! Quero ser livre custe o que custar.

Então foi aí que a ficha caiu.

– Você também matava? – perguntei.

– Sim! – disse ela chorando.

– Mas...

– Você acha que foi só por causa daquilo que eu fui para cadeia? E que só porque ajudei meu pai a roubar eles me temiam daquele jeito?

– Selena...

– Agora você vai ficar igual a eles! Ignorando-me e com medo de mim.

Fiz uma pausa depois continuei.

– Não, não me importo se você fez essas coisas, continuo sendo seu amigo e ainda vou dar um jeito de sermos livres.

– Você não vai me ignorar?

– Não.

Então ela me abraçou chorando e me deu outro beijo na boca, não sabia o que fazer então a abracei também, e o trem parou.


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Notas finais do capítulo

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