Os Foragidos escrita por The Man Who Sold The World
Notas iniciais do capítulo
Postei de novo, não sei se vou conseguir postar toda a história hoje, mas espero que consiga postar tudo logo para poder continua-la logo.
Quando acordei já era de noite e ela estava dormindo no outro sofá, desliguei a tevê e fui até o meu quarto. Peguei um cobertor fui até a sala e a cobri.
Ela abriu os olhos bem devagar.
– Sora, agente já pode ir viajar?
– Ainda não chegou amanhã.
– Não?
– Não, a gente dormiu cedo demais.
– To com fome.
– Vem, vamos jantar.
– Me leva?
– Ah, ta bom.
Peguei-a e a deixei no meu ombro, ela é surpreendentemente leve, a julgar que é do meu tamanho. Coloquei-a sentada na cadeira.
–Espere um pouco, eu vou preparar a comida.
Depois de um tempo preparei a comida e nós começamos a comer.
– Como você aprendeu a cozinhar? – Perguntou ela.
– Eu tive que aprender depois que meus avôs morreram.
– Hm, cozinha muito bem.
– obrigado, mas e você?
– Eu sei cozinhar também.
–Não, como foi sua vida.
Primeiro ela fez uma expressão horrível tipo: Vou cortar sua cabeça! Depois ela ficou meio que triste.
– Minha mãe morreu e eu tive que ficar com o meu pai, ele é um psicopata, sempre roubando coisas e eu ajudava ele, então quando eu tinha doze anos, ele tentou furtar uma loja mas a polícia estava vindo, então eu gritei e ele conseguiu fugir, e eu fui presa, e fiquei lá por todo esse tempo.
– Acho muita covardia do seu pai colocar você para ajudar ele nos planos sujos dele.
–...
– Você não merecia ter ficado na cadeia por causa dele.
– Sora...
– Hã?
Ela se aproximou de mim e meu deu um beijo na boca, fiquei totalmente sem reação.
– Vou dormir de novo, onde eu poço dormir?
– Dormi no meu quarto, eu vou dormir no quarto do meu avô mesmo.
– Tenha uma boa noite.
Fiquei pensando naquele beijo, depois decidi não ficar pensando naquilo e fui tomar banho.
Depois de tomar banho, fui até o quarto do meu avô e dormi.
Acordei com ela me puxando.
– Acorda Sora! Temos que viajar.
– Será que eu não posso acordar uma vez por vontade própria?
– Desculpa, mas acorda.
Acordei e fui lavar meu rosto, o banheiro estava todo molhado.
– Você tomou banho hoje?
– Você sabe que eu sempre tomo banho de manhã.
– Certo.
Ela estava com sua roupa de colégio estilo anos sessenta, tirei meu pijama e coloquei minha roupa favorita outra vez, peguei as passagens de trens e nós saímos de casa, todo mundo passava, mas felizmente ninguém parecia notar que fugimos da polícia, só tínhamos que ter cuidado com a polícia.
– Não vai dar para a gente mudar de país Selena.
– Não?
– Mas pelo menos de cidade, eu conheço um amigo que mora na cidade de Chicago.
– Vamos fazer o que lá?
– Eu posso conseguir um dinheiro com ele, ele é rico.
– Nossa!
– È, Só assim a gente vai poder pagar para não ser preso, não é ótimo?
– È...
Ela fez uma expressão muito triste.
– O que foi? – perguntei.
– E quando eu ficar livre? Para onde vou?
– È mesmo, você não tem casa.
–...
– Você pode morar comigo e estudar comigo também.
– Sério?
– Sim.
Ela me abraçou chorando, eu fiquei com um pouco de vontade de chorar também, mas me segurei.
– Ta, mas agora vamos, precisamos pegar esse trem.
Fomos andando para pegar o ponto de ônibus mais próximos, eu estava com minha mochila nas costas, com comida um pouco de dinheiro e outras coisas que talvez fossem necessárias. Então achamos o ponto e ficamos esperando até que um ônibus chegou e ia até a estação de trem, paguei o dinheiro da viagem e nos sentamos em um banco.
– Sora, vai demorar?
– Não.
Depois de um tempo, nós descemos e fomos até a estação, era difícil de acreditar que ainda funcionava a linha de trem com tantos metrôs por aí, nos sentamos em um banco e esperamos o trem chegar.
Eu acordei e percebi que estava dormindo.
– Droga, será que perdemos o trem?
Então ouvi o barulho de um trem vindo e acordei Selena, logo já estávamos dentro do trem que era bem aconchegante, eu já havia dado as passagens para poder entrar. O trem só tinha idosos, eles ficavam olhando para a gente, isso era realmente chato, mas tive que ignorar.
– Como é bom estar fora daquela cadeia. – Disse ela.
– È, mas fala baixo.
– Desculpa.
Fiquei olhando as paisagens enquanto o trem passava, meu avô amava andar de trem, talvez ele gostasse de viajar. Selena parecia cansada e um pouco incomodada com as pessoas á olhando.
– Fique tranqüila.
– Ta. – Sussurrou ela.
Então olhei mais pra trás e avistei um guarda vindo em nossa direção.
– Droga! Selena acorda.
– O que foi?
– Tem um guarda vindo em nossa direção.
– O que?!
– È, vamos disfarçar e ir bem devagarzinho para outro vagão.
Então nos levantamos e fomos andando devagar até o outro vagão para ele não desconfiar de nada, então ele gritou:
– Ei! Parem Aí!
– Corre! – gritei.
Fomos correndo e passamos para outro vagão, ainda sabendo que o guarda estava nos seguindo continuamos correndo, com um monte de pessoas olhando para nós, uma velhinha gritou:
– EI! Peguem eles! Eles estão aqui!
Continuamos correndo e já passamos para outro vagão com o guarda ainda correndo atrás de nós.
Quando percebemos, era o último vagão.
– Droga! É o último, o que vamos fazer Sora?
– Não sei.
O Guarda abriu a porta do vagão.
– HAHA! Peguei vocês!
– Não! – Gritou Selena.
O guarda partiu pra cima da gente, tentando nos imobilizar, mas Selena imobilizou ele primeiro, depois o jogou para fora do trem pela janela.
– Você é doida?!
Corri para a janela e vi-o se esborrachando no chão e rolando já desmaiado e sangrando.
– Você deve ter matado ele!
– Ele ia prender a gente e nos levar pra lá de novo!
– Mas você tinha que fazer isso?!
– Não é você que vai me dar bronca! Quero ser livre custe o que custar.
Então foi aí que a ficha caiu.
– Você também matava? – perguntei.
– Sim! – disse ela chorando.
– Mas...
– Você acha que foi só por causa daquilo que eu fui para cadeia? E que só porque ajudei meu pai a roubar eles me temiam daquele jeito?
– Selena...
– Agora você vai ficar igual a eles! Ignorando-me e com medo de mim.
Fiz uma pausa depois continuei.
– Não, não me importo se você fez essas coisas, continuo sendo seu amigo e ainda vou dar um jeito de sermos livres.
– Você não vai me ignorar?
– Não.
Então ela me abraçou chorando e me deu outro beijo na boca, não sabia o que fazer então a abracei também, e o trem parou.
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