POV Maxon

– Bom dia, majestade – beijei minha esposa que acabava de abrir os olhos – dormiu bem?

– Não muito – ela se sentou, abriu os braços e bocejou – minhas costas estão doendo nos últimos dias.

Nas ultimas semanas Amberly cresceu muito, e consequentemente a barriga de América também. Sempre que podia eu ficava olhando ela andar pelo castelo ou pelo jardim, desfilando aquela linda barriga.

– Não quero sair da cama – ela me olhou e fez bico, não pude conter o riso

– Mas você precisa se levantar, você é a rainha! – eu me levantei e dei a volta na cama para fazê-la levantar

– Posso tirar o dia de folga hoje? – ajudei América a levantar

– Não, preciso de você comigo hoje no escritório, quero sua ajuda para a implantação de alguns projetos na região de Carolina – abri as cortinas do quarto, deixando com que a luz do sol iluminasse todo o ambiente

– Tudo bem, eu vou! – ela disse do banheiro

Algum tempo depois descemos para o salão principal, para o café da manhã.

– Nicoletta mandou aquele queijo provolone que você adora, querida – eu disse depois de tomar um gole de café.

– Me lembre de agradecê-la, eu adoro esse queijo. Pode me passar um pedaço dele, por favor? – peguei três fatias finas e coloquei em seu prato. – Só três? - ela parecia um pouco irritada.

– Sim, Alisson disse na ultima consulta que você tem que comer menos queijo, lembra? – ela resmungou alguma coisa inaudível, eu apenas sorri. Ela ficava ainda mais linda irritada.

Depois do café subimos para o escritório, e enquanto esperávamos August e alguns conselheiros, aproveitamos para namorar um pouco.

– Maxon, pare! – ela disse enquanto eu beijava seu pescoço – E se alguém entrar?

– Ninguém entra aqui antes de bater na porta – continuei beijando seu pescoço e sua boca por um longo tempo. – Sabe uma das coisas que me faz mais feliz?

– O que? – ela me olhou colocando os braços ao redor do meu pescoço

– Além da nossa pequena – passei a mão em sua barriga e imediatamente senti um pé empurrando minha mão – é saber que vou dormir e acordar ao seu lado, que vou te beijar e que você é minha para sempre. Minha vontade é de gritar que sou o homem mais feliz do mundo! – Nós gargalhamos juntos.

– Eu sou a mulher mais feliz do mundo, graças a você! – ela me beijou – E mesmo você sendo o rei, sempre será meu príncipe.

– E você será sempre minha princesa. – eu ri e a beijei novamente – Posso te perguntar uma coisa?

– Claro, o que é? – ela me puxou para o sofá da minha sala

– Estava pensando, e desde que nos casamos, você parou de reclamar quando te chamo de querida – segurei sua mão

– Claro que reclamei, você não se lembra de quando Aspen me entregou a você no altar?

– Claro que me lembro, lembro de todos os momentos desse dia. – beijei sua mão – Mas depois da festa, você não reclamou mais.

– É que... – ela olhou para o teto e respirou fundo – no dia da escolha, depois do ataque, Aspen me colocou em um abrigo, e eu não tinha noticias suas, eu estava aflita, assustada, não sabia o que estava acontecendo, e nesse tempo fiz uma promessa a mim mesma – ela me olhou com os olhos marejados. Droga, eu não queria que ela chorasse – Eu prometi que se você estivesse vivo, eu deixaria você me chamar de querida o quanto você quiser.

– Desculpa, eu não queria que você chorasse – eu a abracei forte

– Tudo bem – ela limpou as lagrimas e olhou para mim – Desde então, eu fico muito feliz cada vez que você me chama de querida – por fim ela sorriu

– Eu te amo, eu te amo muito – a abracei novamente – Chega de lágrimas, sim?

– Sim – ela me beijou e ouvimos uma batida na porta.

– Pode entrar! – eu disse, enquanto América e eu levantávamos

– Bom dia, majestades! – August disse seguido dos conselheiros que nos fizeram uma reverencia.

– Bom dia – América respondeu com um sorriso – Vamos trabalhar?

Começamos a reunião sobre a ampliação da rede de escolas em Carolina e região. Falamos sobre a construção de novas escolas, na formação dos professores e na mudanças do ensino de história. Eu queria que as crianças aprendessem história sem medo, a verdadeira história de Illéa. Durante a reunião eu percebi que América não parecia muito bem, mas eu sabia que ela era forte e que se algo realmente estivesse errado ela me diria. Mesmo assim terminei a reunião o mais rápido que pude e assim que os conselheiros se retiraram corri para ver o que estava acontecendo com ela.

– América, o que esta acontecendo? – me ajoelhei a sua frente, já que ela havia sentado

– Está, eu acho, só estou... – ela fez uma careta – com algumas dores, AI!

– Calma, vou te levar para que Alisson veja se está tudo bem. – peguei América no colo e quando passamos pela minha secretaria pedi que avisasse na ala hospitalar que eu estava levando América para lá. Fui o mais rápido que pude, não sentia o peso de América em meus braços, ela parecia uma pluma de tão leve, e quando dei por mim havia chegado ao consultório de Alisson.

– Maxon, o que aconteceu? – Alisson perguntou enquanto eu colocava América na maca de seu consultório

– Não sei, América disse que está sentindo dores, e eu percebi que ela não parecia bem durante a reunião que tivemos com os conselheiros. – respondi aflito

Alisson perguntou que tipo de dor América sentia enquanto a examinava, depois de algum tempo, América parecia melhor.

– Bom, está tudo bem com América e com Amberly. – respirei aliviado – O que aconteceu foi que América teve algumas contrações.

– Como assim? – América perguntou aflita – Minha filha não pode nascer agora, não está na hora, ela precisa ficar mais forte.

– Calma, não precisam se preocupar. O que aconteceu, é que Amberly mudou de posição dentro do útero, ela está de cabeça para baixo, ela já está encaixada, na posição correta para nascer, o que é normal no sétimo mês. Seu corpo está começando a se preparar para o parto.

– Mas já? Não está cedo para isso? – não sei se era o medo que havia sentindo, mas eu não entendia o que a médica dizia.

– Na verdade não, Maxon. O corpo da mulher começa a se preparar para o parto um bom tempo antes de acontecer. Essas contrações nesse momento são normais. Só vou pedir para que América descanse sempre que puder, e que ela pare de sair do castelo para seus compromissos reais. – América resmungou em protesto, ela adora sair do castelo – Você só sairá do castelo se muito necessário.

– Tudo bem, eu vou me certificar pessoalmente que ela só saia se for realmente necessário – eu disse sério. – e que ela vai descansar. Como está minha filha?

– Amberly está bem, está com 41 cm e pesando 1,679g. ela está com o peso e altura perfeitas para 30ª semana. – Alisson se virou para América – Só te peço que descanse o máximo que puder. Sei que você gosta de tocar alguns instrumentos e de cantar, faça isso, fique com sua família... enfim, descansa ta?

– Tudo bem, Alisson – América se deu por vencida – Vou descansar, prometo.

Assim que saímos do consultório, e chegamos ao nosso quarto a fiz se deitar e pedi para Mary e Marlee a fazerem descansar.

– Tudo bem, não se preocupe – Marlee disse – Nós vamos cuidar dessas mocinhas.

– Ficaremos tanto tempo aqui, que ela vai enjoar de nós. – Mary disse e todos rimos.

– Viu filha, já temos babás antes de você nascer – América disse rindo enquanto me sentava ao seu lado na cama.

– Tenho que ir, mas logo volto. – beijei sua testa – Vou almoçar com você aqui, ok?

– Tudo bem – América me beijou – Até mais.

POV América

Depois de ficar 80% do meu tempo deitada descansando, eu me arrumei e desci para o hall do palácio, hoje minhas amigas Nicoletta, Noemi e Orabella estavam chegando para uma visita.

– América! – Nicoletta disse me abraçando. – Como você está bella. E essa mocinha, como vai – ela acariciou minha barriga

– Ela está bem, só nos deu um susto algumas semanas atrás, mas já estou melhor. Obrigada – eu sorri – Orabella, Noemi! Seja bem vindas novamente – dei um abraço em cada uma

– Obrigada por nos receber – Noemi respondeu

– Você está realmente bem? – Orabella perguntou

– Estou sim, Orabella. Não se preocupe – eu sorri

– Isso é bom – Nicoletta disse – Temos uma surpresa para você, mas só vai descobrir mais tarde.

Dito isso me mandaram para meu quarto novamente, mas eu negociei com elas e fui terminar de arrumar o quarto da minha filha. Estava finalmente tudo pronto, do jeito que eu queria: o berço, os móveis, as roupinhas, os bichinhos... Depois de contemplar o quarto por um tempo, pedi para que chamassem Maxon, essa era a minha surpresa para ele: ele havia me mostrado o quarto no começo, agora eu ia mostrar o quarto pronto.

– Posso entrar? – Maxon bateu á porta e eu sai para encontra-lo fora do quarto.

– Logo vai poder – eu o beijei e comecei a tirar sua gravata

– Querida, estamos com visitas em casa – ele riu

– Eu sei, e você sabe que não estou mais flexível como antes, nossa filha está grandinha aqui dentro – coloquei a mão dele na minha barriga.

– Verdade. – ele sorriu

– Peguei sua gravata – fiquei atrás dele e amarrei a gravata em seu rosto, vendando seus olhos – porque não tenho uma venda aqui comigo. Quero te mostrar o quarto da Amberly, está pronto.

Eu sorri, o conduzi para dentro do quarto, e quando tirei a gravata dos seus olhos, ele ficou literalmente de boca aberta.

– Querida, ficou maravilhoso! – ele me beijou e foi explorar o quarto.

Ele fazia um comentário sobre cada coisa no quarto, desde o berço até os puxadores da cômoda onde estavam algumas roupinhas, mas ele parou em frente a uma prateleira muito especial.

– Eu adoro essa foto – Maxon pegou um porta retrato na qual tinha uma foto dele com os pais, percebi que ele estava emocionado

– Eu sei, por isso mandei fazer uma cópia dela para deixar aqui. – eu sorri - Decidi que aqui é o lugar onde vamos mostrar para nossa filha uma parte da família dela, que mesmo já não estando aqui, tenho certeza que está feliz por nós. – na prateleira haviam varias fotos da nossa família, do meu pai comigo, dos pais de Maxon com ele, aquela foto que tirei com a rainha e pela qual eu era absolutamente apaixonada - Veja – eu peguei a escultura que Kota havia nos dado – essa é a escultura que Kota nos mandou.

– É muito bonito, ele tem muito talento. Porque essa foto? – Maxon pegou uma foto minha juntamente com Celeste, Kriss e Elise

– Porque quero que Amberly conheça suas “tias” – eu ri.

– Ficou lindo querida. Isso foi muito incrível, eu adorei. Tenho certeza que nossa filha também vai gostar. – Ele me beijou

– Ahá! Achei vocês! – Nicoletta entrou no quarto – Vejo que esse será o quarto da princesa, está absolutamente lindo.

– Obrigada – Maxon e eu agradecemos.

– Vim buscar vocês – ela sorria como uma criança que estava aprontando

– Para o que, Nicoletta? – Maxon perguntou.

– Para o chá de bebê de vocês! – Ela sorriu e nos puxou.

Não sei bem o que é chá de bebê, mas se for uma festa organizada por Nicoletta e as meninas, aposto que será muito animada.