A Caminho escrita por Cotton-Jeeh


Capítulo 4
Terceiro mês, família e coxinhas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas está meio ter tempo de escrever mas estou aqui. hehe
Obrigada pelos comentários e por favor: LEIAM A NOTA NO FIM DO CAPITULO, pois preciso da participação de vocês, ok? Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/511113/chapter/4

POV América

Não vou negar que adoro usar vestidos mais largos e que não ficam me apertando o tempo todo, na verdade é um alivio. A única parte chata, era ter que usá-los para esconder minha barriguinha, gostaria que exibir pra todo mundo, mesmo que ela ainda seja pequena. Outra coisa muito boa que veio junto com a gravidez, foram os sapatos com saltos mais baixos e confortáveis, mesmo já estando acostumada com os sapatos com saltos mais altos, passei a usar esses menores a fim de evitar acidentes, do tipo tropeçar, afinal sou um tanto estabanada.

Depois de poucos minutos, cheguei a ala hospitalar e fui em direção a sala de Alisson. Maxon pediu para que fizessem uma sala para a minha obstetra (e nova ginecologista) por causa da minha gestação com tudo o que era necessário para o acompanhamento da minha gestação, mas a melhor parte desse novo consultório é que não é de uso exclusivo meu e do meu bebê, mas para todas as mulheres do palácio, que precisem ir a ginecologista e para as gestante para que possam cuidar de seus filhos. Em Illea, a saúde era muito cara, especialmente para os trabalhadores e castas mais baixas, que já estão sendo extintas. Fiquei muito feliz quando Maxon me contou o que queria fazer, e o apoiei totalmente, ele está sendo um bom rei.

– Olá, Alisson! – entrei em sua sala e a abracei

– Olá, América. Como vai? – ela me indicou a cadeira e foi dando a volta na mesa para se sentar.

– Muito bem, obrigada. Os enjôos já passaram – sorri aliviada.

– Isso é ótimo! A partir do terceiro mês eles já passam. Perdão, mas onde está o rei?

– Ah, Maxon não pôde vir hoje, tinha uma reunião. – dei de ombros –Eis uma desvantagem da realeza.

– Ah, claro. Mas diga para que ele não falte na próxima – Alisson se inclinou em cima da mesa – A partir do mês que vem, já é possível saber o sexo do bebê.

– Sério? – Sorri – Estamos muito curiosos para saber se teremos um príncipe ou uma princesa.

– Imagino que sim. – ela sorriu também – Bom, pode ir se trocar.

Me levantei e troquei de roupa rapidamente. Logo já estava deitada na maca, vendo aquele pequeno ser humano que está crescendo perfeitamente, segundo minha médica. Após ela fazer as medições de costume, ela colocou o som do coração do bebê batendo. Como sempre, meus olhos se encheram de lágrimas... era impossível não me emocionar cada vez que ouço essa batida forte e ritmada. Para mim, esse era um momento mágico. Logo já havia acabado o ultrassom, e já estava sentada á frente de Alisson.

– América, está tudo bem, o bebê está crescendo corretamente, está com um peso bom, e você também está ganhando peso de forma correta. Se você e Maxon quiserem, já podem contar sobre a gravidez. – ela disse feliz

– Isso é muito bom, já não consigo agüentar mais! – sorri feliz, a fase perigosa havia passado.

– Eu imagino! – ela riu me entregando a foto do exame de hoje – Aqui está, mais uma para completar o álbum de vocês.

– Obrigada – sorri pegando aquela foto. Eu já havia criado a habilidade de enxergar meu bebê naquela imagem borrada.

– Está dispensada – ela se levantou e nos abraçamos. – Se precisar de algo, estou aqui.

– Eu sei, obrigada. – sorri e nos despedimos.

POV Maxon

– E aí, como foi o exame hoje? – Perguntei depois de dar um beijo rápido em América.

– Está tudo bem. – ela se sentou ao meu lado, e prosseguiu – Alisson disse que estamos ganhando peso de forma correta, eu e o bebê, disse que quisermos já podemos anunciar a gravidez, e que você não pode faltar á próxima consulta.

– Porque?

– Porque ela disse que na próxima consulta podemos descobrir o sexo do bebê. – América abriu um sorriso largo, que eu acompanhei.

– Sério? Isso é incrível! – Eu estava muito ansioso para descobrir se teríamos um menino, ou uma menina.

– Sim! Querido, me passa o limão por favor? – passei o limão para ela. Hoje tínhamos peixe no almoço, e América adora peixe com bastante limão. – A decisão é sua, sobre quando devemos anunciar a gravidez ao povo e a nossa família.

– Bom, acho que podemos anunciar quando soubermos se é menino ou menina.

– Aaah, porque? Já não estou mais agüentando guardar segredo.

– Eu sei, querida. Mas se fizermos assim, já anunciamos tudo de uma vez, e sem gerar especulações. – acariciei seu rosto.

– Me passa o sal, por favor – lhe alcancei o sal – Mas podemos contar para a nossa família, pelo menos?

– Claro que sim, quer...América, porque você esta chupando limão??!?!?! – ela me olhou com uma como uma criança que havia sido pega aprontando.

– Sei lá... me deu vontade! Você nunca teve vontade de fazer isso?

– Não! – eu ri

– Mas eu estou com vontade de chupar limão com sal! – ela colocou sal no limão em uma metade de limão e estendeu a mim – Quer um pouco?

– Não, obrigado querida. Pode chupar todo o limão que quiser! – sorri meio sem jeito.

– Obrigada! – ela me respondeu levando o limão a boca. Depois disso, almoçamos normalmente, sem mais surpresas.

POV América

Depois do almoço, liguei para minha mãe, e pedi para que ela e meus irmãos viessem para o palácio, para que tomássemos chá.

– América, querida! – Minha mãe veio em minha direção me abraçando rapidamente

– Meri! – Gerard se colocou entre nós, e me abaixei para o abraçar – Estava com saudades de você.

– Eu também, meu amor! – o abracei novamente.

– Sai Gerard, é minha vez! – May o arrancou dos meus braços, e me abraçou apertado. – Você está muito linda!

– Obrigada, May! Você também está muito linda! – May está crescendo, virando uma adolescente. Ela será uma linda mulher em alguns anos.

– Oi Kenna! – Abracei minha irmã mais velha – Como está?

– Está tudo bem! – ela me estendeu Astra, que já estava quase dando os primeiros passinhos. Quando segurei minha sobrinha nos braços, um pensamento veio á minha mente: logo irei segurar o meu bebê. Esse pensamento me fez sorrir.

– E o James? – perguntei, devolvendo Astra, que minha irmã logo colocou no chão para engatinhar.

– Está trabalhando, mas mandou um abraço para você e para Maxon.

– Obrigada. – indiquei o sofá para que sentássemos

– Meri, posso ir brincar lá fora? – Gerard perguntou fazendo bico.

– Ainda não, Gerard. Preciso conversar com todos vocês, antes – ele fez cara de triste – Serão só 5 minutos, prometo.

– Verdade? – ele me olhou desconfiado

– Verdade- sorri.

As criadas do palácio nos serviram chá, e quando nos deixaram, comecei a falar.

– Bom, chamei vocês aqui para contar uma novidade – eles sorriram animados – Mas, só contarei se vocês jurarem segredo.

– É um segredo real, Meri? – Gerard perguntou.

– Sim, maninho. É um segredo real e muito especial. – sorri

– Eu juro que não conto nada para ninguém – ele disse cruzando os dedos e beijando os mesmos, jurando segredo.

– Todos juramos segredo – Kenna disse

– Conta logo, filha. – minha mãe era a mais ansiosa, ela adorava segredos.

– Tudo bem! É o seguinte... – todos estavam muito ansiosos e curiosos, e eu estava me divertindo com isso – Eu estou grávida!

Berros ecoaram pelo salão das mulheres, quase fiquei surda.

– Há quanto tempo você sabe? – Kenna perguntou

– De quantos meses você está? – minha mãe perguntou animada

– É menino ou menina? – foi a vez de May

– Eu vou ser tio? – Gerard parecia confuso.

– Calma, uma pergunta de cada vez! – eu ri com a empolgação e alegria deles – Descobri há uns dois meses Kenna, no dia em que Maxon e eu completamos um ano de casados. – Kenna e May soltaram suspiros – Estou de três meses, mãe. Como você sabe, os três primeiros meses são os mais delicados, por isso esperei para contar para vocês. – ela acenou com a cabeça, entendendo meus motivos –Ainda não sabemos se é menino ou menina, May. Vamos descobrir mês que vem. – me virei parar Gerard – Sim, irmãozinho, você será tio de novo.

– Eu vou ser o melhor tio do mundo! – Ele disse como se me fizesse uma promessa.

– Eu sei! – sorri.

Marlee veio correndo em minha direção

– Boa tarde a todos. – Marlee os cumprimentou, e minha família a cumprimento de volta, logo minha amiga continuou – América, Maxon está pedindo permissão para entrar.

– Permissão concedida. – eu ri, sempre acho engraçado quando ele pede autorização para entrar no salão das mulheres, afinal eu devo autorizar a entrada de homens nesse recinto.

Marlee se retirou e ele entrou, lindo como sempre. Eu adoro quando ele usa terno azul marinho, ele passa seriedade, mas ao mesmo tempo o deixa um pouco descontraído. Ah, como eu amo esse homem.

– Boa tarde a todos! – ele abraçou cada um, demorando um pouco em Gerard, que pedia permissão para ir brincar no jardim. Maxon disse sim e Gerard saiu correndo.

– Parabéns papai! – Kenna disse sorrindo

– Obrigado, muito obrigado.

–Como se sente, filho? – minha mãe perguntou. Com o passar do tempo, minha mãe passou a chamá-lo de filho, o que fez muito bem para ele.

– Me sinto muito feliz, Sra. Singer. – ele sorriu – É uma sensação muito boa, indescritível!

– Quando vocês vão anunciar para o povo? – May perguntou

– Depois que descobrirmos se é menino ou menina. Disse para América que vai dar menos margem á boatos. – Ele explicou.

O resto da tarde foi muito agradável. Maxon teve que se retirar por causa do trabalho, e eu fiquei por um bom tempo com minha mãe e minhas irmãs, recebendo dicas e imaginando como poderia ser o quarto do bebê. Foi uma tarde bem divertida.

POV Maxon

– Amor, você está acordado?

Senti alguem me balançando.

– Maxon, acorda!

– O que foi querida? – com um certo esforço, acordei, e olhei no relógio. Eram 2:42 da manhã – está tudo bem?

– Está sim, mas estou com fome. – América disse sem jeito

– Eu sei, tem frutas ali na mesa – apontei – É só ir pegar.

– Mas eu não quero frutas! Eu quero outra coisa! – ela parecia ansiosa e com muita fome

– E o que minha rainha quer comer? – perguntei bocejando

– Eu quero comer coxinha de frango – ela disse sorrindo

– Acho que vai levar um tempo, mas podemos assar um frango agora, sem problema – eu disse.

– Não, amor! Não é a coxa do frango! É coxinha de frango – América sorriu, como se isso fosse a coisa mais obvia do mundo.

– E o que é coxinha de frango? – nunca tinha ouvido falar nisso.

– É uma comida, de um pais do sul, bem grande. É do... Brasil eu acho. Comi em uma feirinha com comida típica de vários países quando eu era pequena, em Carolina.

– Querida, acho que vai ser meio difícil ir ao Brasil só para comer coxinha de frango – eu ri

– Não precisamos ir lá. Podemos fazer aqui! – ela disse como se fosse obvio

– Não sei se temos essa receita aqui, meu amor – continuei rindo.

– Mas eu quero!!! – ela implorava com o olhar

– Tudo bem, vou chamar a Marlee e veremos o que podemos fazer. – sim, eram quase 3 da manhã, e minha esposa estava com desejo – Não quero que nosso bebê tenha cara de coxinha – qualquer que seja a forma que isso tenha.

Chamamos Marlee, que chegou ao nosso quarto preocupada e logo explicamos a situação. Rimos todos juntos. O que fizemos? Descemos para a cozinha, pois Marlee disse que La tem receitas típicas de vários países, e para minha sorte tinha a receita da coxinha. Enquanto Marlee fazia a coxinha, América a ajudava e ia me explicando o que era coxinha:

– Coxinha é em salgado frito, que tem massa recheada com frango desfiado e um queijo cremoso, como um cream cheese, e é em forma de gota. É uma delicia! – ela riu empolgada

– Como você teve desejo de comer isso agora, meu amor? – era uma pergunta que ecoava em minha mente

– Hoje a tarde conversando com Kenna e minha mãe, estava me lembrando do dia em que fomos a feira de comidas típicas que meu pai nos levou. Não tínhamos muito dinheiro, mas como essa feira aconteceu no fim do ano, que era um tempo em que conseguíamos um pouco mais de dinheiro, meu pai nos levou e lembrei do que tinha comido nesse dia. Antes de te acordar eu sonhei que estava comendo a coxinha, e me deu esse desejo, essa vontade. – ela fez uma pausa e me olhou – Desculpa ter acordado você, mas eu queria muito!

– Tudo bem meu amor! – eu peguei em sua mão e a beijei – Eu prometi que daria tudo o que você quisesse, não? Pois então, vou dar a coxinha, com uma enorme ajuda de nossa amiga Marlee. – nós três rimos juntos.

Depois de pronto, comemos juntos as coxinhas e reconheço, eram realmente muito bons. América e eu voltamos para nosso quarto com um prato cheio de coxinhas. Quando chegamos, olhei no relógio, já eram 5 da manhã e eu estava deitado comendo coxinhas com minha mulher. Nós rimos, comemos e conversamos até o dia amanhecer. Eu sabia que estaria muito cansado durante o dia, mas se meu cansaço valesse o sorriso dela, tudo bem. A felicidade dela é a minha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo grandão, espero que voces tenham gostado. Mas eu preciso da ajudam de voces, estou indecisa sobre sexo do bebê e quero que voces me digam: menino ou menina?
Comentem com a prefrencia de voces e me ajudem a decidir!
Obrigada por ler :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Caminho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.