A Caminho escrita por Cotton-Jeeh


Capítulo 12
O começo do trabalho de parto.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente começo a matar as nossas 'bichas' de ansiedade. Começa o parto, resolvi dividir em duas partes porque é complicado e demorado parir um bebê. Gostaria de agradecer a fic ja passou dos 100 comentários e das 3000 visualizações! Eu nem imainei que 200 pessoas iriam ler minha fic, obrigada, de coração! Eu gostaria, também, de fazer um pedido: Tem alguem aqui que acompanha a história desde o começo e nunca fez um comentário? Se tiver se apresente nos cometários, eu respondo todo mundo!
Chega de enrolação, boa leitura!



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POV América

Eu já não havia passado muito bem durante o dia, senti o desconforto algumas vezes, mas foi suportável. Agora não era apenas um desconforto, era dor, e garanto que doía muito.

Acordei um pouco irritada, porque essa dor justo quando eu tinha finalmente conseguido dormir? Me sentei na cama com cuidado para não acordar meu marido. Maxon sofria muito quando eu não dormia, e eu me sentia muito culpada por isso, ele sempre ficava muito cansado e com algum mal humor quando não dormia. Pensando nisso, me pergunto: como vai ser quando tivermos que acordar durante a noite para cuidar da nossa filha?

Meu pensamento foi interrompido por mais uma onda de dor. Me levantei com o maior cuidado que pude, quando sai da cama olhei para meu marido e vi que ele continuava dormindo, respirei aliviada e caminhei até o banheiro, lembrei que minha mãe, Kenna e Adele me falaram algo sobre água quente ser boa para dores. Eu não sabia se ia dar certo, mas era minha única opção no momento. Acordar Maxon era com certeza a ultima.

Cheguei ao banheiro e deixei a porta aberta, achei que seria prudente, caso eu precisasse de Maxon. Abri meu robe e tirei minha camisola, olhei para a cama só para conferir se Maxon ainda dormia. Ótimo ele ainda dormia.

Entrei no box e percebi que o chão estava molhado. Porque o chão estava tão molhado se eu ainda não tinha ligado o chuveiro? Minhas pernas também estavam úmidas.

Foi aí que eu percebi o que estava acontecendo.

POV Maxon

– AI MEU DEUS!

Eu sinceramente dei um pulo na minha cama. Olhei pelo quarto e vi a luz acesa no banheiro.

– América, o que aconteceu? – corri apressado e encontrei minha mulher nua dentro do box, com as mãos na boca, com um expressão assustada no rosto. – Você está bem?

– Eu não... eu só... – ela estava com lagrimas nos olhos – AAAAAAII!

–América, pelo amor de Deus, me fala o que está acontecendo – eu estava apavorado, admito.

– Eu estava sentindo dor, e daí eu levantei, sua tia e minha mãe disseram que era bom tomar um banho quente, então... AAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIII – mais lagrimas surgiram – Então eu entrei no box, percebi que o chão estava molhado, mas eu não tinha ligado o chuveiro e minhas pernas estavam molhadas e... AAAAAAAAAIIIII... acho que minha bolsa estourou e ta doendo muito. – ela se inclinou e apoiou sua cabeça no meu ombro chorando.

– Calma, ok? – eu não estava calmo – Vou avisar a Alisson imediatamente, vai ficar tudo bem.

– Não, não me deixa aqui por favor – ela continuava chorando – Fica comigo, só um pouco.

– Claro meu amor – eu abracei ela e respirei fundo, eu tinha que ser forte para ela – Você ainda quer tomar o banho quente? Quer ver se ajuda?

– Sim, por favor.

– Tudo bem – a tirei de dentro do box, e a sentei no vaso sanitário. Não era muito principesco, mas eu não era rei e nem ela rainha; naquele momento, eu era apenas um marido apavorado tentando ajudar sua mulher que estava... entrando em trabalho de parto. – Eu vou te ajudar, meu amor. Não se preocupe, eu estou aqui com você, e não vou te deixar momento algum. – segurei seu rosto com minhas mãos e olhei fundo em seus olhos – Eu prometo.

Em seguida me despi e abri o chuveiro, deixei a água quente cair por alguns segundos, e levei América para lá. Ficamos embaixo do chuveiro por um tempo, eu apenas a abracei e deixei com que a água quente caísse em suas costas, até que ela se sentisse melhor.

–Obrigada meu amor – ela me disse – Obrigada por ficar comigo. Eu já estou melhor.

– Sério?

– Sim, a dor melhorou, pelo menos um pouco. – Ela sorriu fracamente – Pode avisar a Alisson.

– Tudo bem. Mas antes vamos sair daqui, vou te ajudar a ficar confortável. – saímos do box e a ajudei a se secar. Coloquei nela o roupão e a fiz ir para cama, enquanto ela me instruía a que roupa pegar para ela. Depois que os vestimos, América chamou Marlee e pediu para que ela avisasse sua médica a respeito do parto iminente.

– Maxon, como América está? – Marlee me perguntou quando voltou ao nosso quarto

– Está com dor, acho que são as contrações. – eu estava totalmente confuso, a única coisa qu eu tinha certeza era que eu queria que minha mulher e minha filha estivessem bem.

– São contrações, com certeza. Alisson disse que vocês podem ir para a ala hospitalar a hora que quiserem, ela já espera por vocês.

– Ótimo, já vamos para lá. Por favor, avise minha tia Adele e a mãe de América, sim? – Eu pedi

– Claro, Maxon. Assim que eu terminar de avisá-los eu desço para ala hospitalar.

– Não, Marlee. Eu prefiro que fique aqui para recepcioná-los quando eles chegarem, os acomode e então vai para lá – Marlee ia protestar, mas eu a interrompi – Não se preocupe, se eu precisar de você antes disso, te chamo. Mas preciso que você cuide das nossas famílias e os deixe o mais confortável possível antes. Confio isso a você.

– Tudo bem, mas se precisar de algo me chame.

– Não se preocupe, eu chamo.

Depois disso Marlee foi fazer o que eu havia pedido, e fui junto da minha mulher.

– Querida, Alisson já está nos esperando, vamos? – eu disse enquanto a ajudava a levantar.

– Vamos, mas antes, precisamos ir ao quarto de Amberly. A bolsa dela está no quarto, pronta. – América fez uma pausa com uma careta – Vamos lá.

– Tudo bem, você manda. – saímos do quarto e passamos no quarto de Amberly para pegar a tal bolsa.

Estavamos América e eu, com uma bolsa cor de rosa bordada com uma coroa em cima do nome da minha filha nos ombros, andando pelos corredores até a ala hospitalar. Foi a caminhada mais demorada da minha vida, as dores que América sentia diminuíram com o banho, mas percebi que elas estavam voltando por sua dificuldade em andar. Eu tentei carregá-la, mas ela foi irredutível em não querer, e minha tia me disse para sempre obedecer uma mulher em trabalho de parto.

– Vocês demoraram – Alisson disse nos conduzindo para dentro da ala hospitalar

– Nós demoramos porque minha esposa insistiu em não me deixá-la carregar no colo – eu expliquei, e Alisson me olhou com uma cara estranha, não sei porque.

– Arizona, leve América e ajude ela a se trocar, por favor – Alisson pediu

– Claro – Arizona então levou minha mulher, confessor que me senti aliviado dela estar com uma medica agora, que provavelmente saberia o que fazer para deixá-la bem.

– Quando ela começou a se sentir mal?

– Agora a noite eu acho, eu acordei com ela gritando meio surpresa, meio com medo. Ela estava sentindo dores, e foi tomar um banho quente, mas quando ela entrou no box ela percebeu que o chão estava molhado, assim como suas pernas, e ela se assustou, gritou, eu acordei. Eu ajudei ela a tomar o tal banho quente, acho que minha tia disse que água quente ajuda com as dores, e imediatamente viemos pra cá. – eu expliquei

– Provavelmente a bolsa dela estourou, mas ela deve estar sentindo contrações há um bom tempo – Alisson explicou

– Eu não trouxe ela no colo, porque ela não queria... e minha tia me disse para obedecer uma mulher em trabalho de parto – eu parecia um bobo explicando, mas eu não me importava

– Quantos filhos sua tia teve?

– Seis.

– Admiro sua tia, ela é sábia! – Alisson sorriu

– AAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIII, isso dói – América estava voltando, amparada por Arizona que a ajudava a se deitar em uma cama

– América, eu vou examinar você e você vai sentir um desconforto – Alisson colocou luvas em suas mãos e começou o exame – América, Maxon me disse que você acordou com dores, há quanto tempo você vem sentindo dores?

– Não sei exatamente, as dores começaram no fim da manhã mas estavam suportáveis... AAAAAIIIIIIII... por isso não falei nada, mas agora a noite voltei a sentir dores, mais fortes, e imagino que... AAAAAIIIIIIIIII... Maxon já tenha dito o que aconteceu – eu não suportava ver minha esposa com dor.

– Ok. – Alisson terminou o exame e retirou as luvas – O que aconteceu agora a pouco foi que sua bolsa estourou, o que é um bom sinal, mostra que o trabalho de parto está evoluindo como o esperado. Você está com 3 cm de dilatação, e para começar a fazer força para sua filha nascer é preciso 10 cm, temos uma longa caminhada pela frente.

– Tem alguma forma de fazer com que a dor que América sente passe? – perguntei

– Sim, temos uma anestesia chamada epidural, mas eu prefiro que ela tenha pelo menos 5 cm para aplicá-la em você. – Alisson juntamente com Arizona, começou a conectar alguns fios ligados a monitores em América, eu estava ficando cada vez mais assustado.

– Não tem com o que se preocupar, Maxon – Arizona falou com um sorriso doce – Nós estamos conectando ela nesse monitor para saber se ela e o bebê estão bem durante o trabalho de parto. Aqui tem soro para que ela não fique desidratada – ela indicou uma bolsa com um liquido transparente que parecia água –Vai ficar tudo bem.

– Já que ainda não posso receber anestesia,tem algo que posso fazer para tentar aliviar essa... AAAAAIIIIIIII... dor? - Por mais incomodo que fosse, acho que América já estava... se acostumado com a dor, ela já não chorava mais.

– Claro! – Alisson olhou para mim – Maxon, faça com que América caminhe, devagar, isso ajuda a aumentar a dilatação do colo uterino. Ali no canto tem uma bola, se sentar lá também ajuda. – ela indicou uma grande bola verde – Por hora, é o que podemos fazer. Em uma hora eu vou examiná-la novamente para ver seu progresso, qualquer coisa podem nos chamar. Vou preparar algumas coisas para o parto, com licença.

Alisson se retirou junto com Arizona, e eu puxei uma cadeira e me sentei ao lado da cama de América.

– O que você quer fazer, meu amor? – eu peguei em sua mão

– Quero ficar deitada, um pouquinho, e daqui a pouco você me ajuda a andar? – ela pediu

– Claro, o que você quiser – beijei sua mão.

– Você já avisou nossa família? – ela perguntou

– Pedi para Marlee avisar e recebê-los . – comecei a fazer carinho em sua cabeça

– Obrigada – ela se inclinou para levantar e eu ajudei ela a se levantar

– De nada – começamos a andar pela ala hospitalar

– Maxon?

– Sim, querida.

– Está acontecendo, Amberly está chegando – ela sorriu, e eu sorri com ela

– Sim, ela está chegando. – dei um beijo suave nela.

Nós andamos, ela se sentou na bola, andamos de novo, mas a dor persistiu. A cada grito que ela dava, parecia que uma faca era enterrada em meu coração, mas finalmente aquela longa hora passou, e graças a Deus América estava com 5 cm de dilatação. Depois de receber a anestesia, ela parou de sentir dor e conseguiu dormir. Eu não percebi na hora, mas eu adormeci junto com ela, o que foi ótimo, porque o caminho para o nascimento de Amberly seria longo.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Comentem por favor, a opinião de voces é muito importante!
Obrigada por ler :D