Procurando o amor escrita por ToryBlue, MariMills


Capítulo 9
Amor verdadeiro - Hook


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora ( de novo :l ) mas enfim, aqui esta o capitulo :) Espero que gostem!



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Minha cabeça parecia que ia explodir a cada minuto que me mantinha acordado, com praticamente todas as minhas memórias apagadas, e alguns flashes a cada instante, a única coisa de que tenho certeza é que preciso ficar ao lado de Emma Swan.

Eu simplesmente entrei em estado de choque quando ela caiu no chão, eu nunca tinha estado assim em toda a minha vida, bem, eu acho. Me ajoelhei ao seu lado e tentei fazer qualquer coisa para tentar acorda-la, ela simplesmente estava ali jogada no chão, imóvel.

– Emma! – Chamava Mary Margareth em prantos, com lágrimas em seus olhos e se ajoelhando ao meu lado.

Elsa ainda estava ali parada, apenas observando, em choque, assim como Anna.

– O que você fez? – Disse Anna, em prantos – Por que você fez isso?

– Eu não... – Disse Elsa – Me desculpa...

E então ela foi embora, com ajuda de magia, sem mais nem menos. Minha vontade era usar esse gancho e jogar contra sua direção, mas a única coisa que conseguia pensar era em como curar Swan nesse momento, é totalmente estranho esse sentimento de que eu tenho que fazer algo, que eu tenho que protege-la, nós tivemos algo antes de eu perder a memória, mas ela conseguiu me afetar mesmo sem ter dito uma palavra, mesmo sem eu saber quem diabos ela era, e agora ela estava apagada, ela esteve ao meu lado esse tempo todo e agora era a minha vez. Na noite passada tudo parecia perfeito, simplesmente estávamos a juntos como se nada estivesse acontecendo, como se todos os nossos problemas tivessem ido embora e deixado nós dois a sós.

Eu toquei em sua mão, mas ela estava ficando cada vez mais gelada, a ponto de que eu não conseguisse toca-la sem que quase congelasse a minha própria mão, aliás, a única.

– Ela deveria estar ficando tão... fria? – Perguntei.

– Elsa congelou ela também? – Perguntou Mary Margareth.

– Não – Disse Anna, se voltando para nós, com os olhos vermelhos devido as lágrimas – Se ela tivesse a congelado daria para perceber, seria como se ela estivesse coberta de neve.

– Então o que esta acontecendo? – Perguntei, me levantando – Você tem que nos ajudar!

– Eu não sei! Eu posso ter uma ideia mas, não tenho certeza, ela sempre disse que não sabia como fazer isso.

– Fazer “isso” o que?

Anna deu uma pausa, enquanto todos nós a observávamos desesperados procurando por respostas.

– Elsa pode ter... Congelado o coração dela – Disse Anna.

– Como assim “ congelado o coração” dela? Ela esta morta? É isso? – Eu disse, em prantos.

– Não, ela não esta morta, ainda, é questão de tempo, eu não tenho certeza de quanto tempo vai levar até...

– O que temos que fazer? Eu faço qualquer coisa! Só diga!

– Calma eu só... É.. É simples, de um ponto de vista.

– Que maldição! Fale logo!

– Um ato de amor verdadeiro!

Assim que ela disse isso, fiquei em silêncio. Eu não sabia se deveria me colocar no lugar de seu “amor verdadeiro” ou algo do tipo, eu praticamente soube quem ela é e o que passamos juntos ainda ontem e mal faço ideia de quem eu realmente seja, mas se eu tenho a solução na minha frente, eu preciso tentar.

– Então você precisa beija-la? – Perguntou Mary Margareth, se referindo a mim.

– Não, vocês não entenderam – Respondeu Anna – Não é um simples beijo de amor verdadeiro, claro que é poderoso mas, a magia da Elsa é tão quanto, precisa ser um ato de amor verdadeiro, algo que prove o seu amor por ela.

– E como eu deveria fazer isso se ela esta inconsciente? – Eu disse.

– Eu não sei, eu nunca vi como se reverte esse feitiço, mas vocês precisam dar um jeito logo.

– Antes de qualquer coisa precisamos tira-la daqui – Disse Mary Margareth – Vamos leva-la pro apartamento.

A carreguei para dentro e a deixamos deitada na cama de Mary Margareth, colocamos alguns cobertores por cima dela para não deixa-la com tanto frio e então era hora de pensarmos em algo. Todos nós estávamos em silêncio, sabíamos o que era pra ser feito mas não sabíamos como, aliás, eu não sabia como. Que tipo de ato de amor verdadeiro seria o suficiente para quebrar esse feitiço? Tudo dependia de mim no momento, mas eu não tinha a mínima ideia do que fazer, simplesmente esta me matando vê-la desse jeito, a cada minuto que olho pra ela e não vejo seu sorriso, ou o jeito que fala comigo, e saber que estou parado sem fazer nada.

– Se não conseguirmos fazer nada a tempo – Disse Mary Margareth, quebrando o silêncio – Não tem outra maneira?

– Acho que não, poderíamos tentar alguma coisa, ir atrás de Elsa... – Disse Anna – Ela passou por muita coisa mas eu não sabia que poderia chegar a esse ponto...

– Temos que ir atrás dela – Disse Kristoff – Não tem nenhuma maneira de a acharmos rapidamente?

– Teria, mas Elsa roubou a única poção que tínhamos que pudesse rastreá-la. – Disse Mary Margareth.

– Uma poção? – Disse Anna.

– Sim.

– Você quer dizer... uma parecida com essa? – Kristoff disse, tirando do bolso um pequeno frasco com um líquido levemente alaranjado dentro.

– Sim! – Mary Margareth respondeu, pegando o pequeno resto que sobrou da poção em mãos – Acho que é exatamente essa, mas creio que Gold saberá dizer melhor.

– Gold? – Eu perguntei – O cara que simplesmente fugiu e nos deixou sozinhos em um lugar prestes a desabar?

– Sim, ele pode ter feito isso mas, precisamos da ajuda dele.

Olhei para Emma mais uma vez, tínhamos que fazer tudo que podíamos. Pegamos o resto da poção e fomos até a loja do tal Gold.

Íamos a passos rápidos pelas ruas de Storybrooke até a pequena loja de penhores daquele cara, tinha algo estranhamente familiar com ele que eu não consigo me lembrar, claro, eu só sei que não consigo ir com a cara dele, e as coisas só pioraram quando ele nos deixou para morrer soterrados em malditos escombros.

Abrimos a porta da loja e Gold já se encontrava atrás do balcão, simplesmente como se fosse um dia como qualquer outro.

– Gold – Disse Mary Margareth, entrando na loja rapidamente – Precisamos da sua ajuda.

– Bem, certamente eu não estava esperando que tivessem vindo para comprar algumas lembrancinhas.

– É sobre a poção – Continuou ela, ignorando o comentário sarcástico – A poção que iriamos usar para encontrar Elsa, Anna e Kristoff talvez tenham com eles – Ela disse, mostrando o frasco – O coração de Emma foi congelado, precisamos acha-la.

Gold pegou a poção na mão e a observou por um tempo, e apenas perguntou :

– Como vocês conseguiram isso?

– Assim que Elsa fugiu, procuramos ela por todo canto, até que um homem nos ofereceu essa poção, dizendo que nos ajudaria a achar Elsa se a usássemos em algo dela.

– E vocês fizeram isso?

– Sim, mas – Disse Kristoff – Nada aconteceu. Pensamos que tivéssemos feito algo errado, então guardamos o resto que tinha...

– É falsa – Disse Gold, diretamente – Por isso não funcionou, quem vendeu isso a vocês simplesmente roubou o seu dinheiro, e seu tempo. – Concluiu ele, devolvendo a poção aos dois.

– Então voltamos de onde começamos? – Disse Mary Margareth – Não tem nenhum outro jeito de achar Elsa?

– Não com magia pelo menos, mas pensem bem, Elsa mal conhece Storybrooke, ela não deve estar em algum lugar muito difícil de se encontrar.

– Você esta dizendo para deduzirmos?

– É a melhor opção até agora.

A coisa mais óbvia que poderia ter sido feita, e a ultima coisa que tínhamos em mente.

– Qual foi a ultima coisa que ela fez? – Disse Kristoff – A não ser ter congelado o coração da garota, claro.

– Ela tinha... Roubado a magia da... Regina certo? – Perguntei.

– Sim, e ela abriu o portal – Disse Mary Margareth – Por que?

– Se ela abriu o portal, e roubou a magia da tal Regina, e ainda não fez nada de maior contra vocês, significa que ela ainda esteja planejando o que fazer não é mesmo? – Disse Kristoff – Ela pode estar em algum lugar com muita magia.

– Um lugar com muita magia... Ah céus, como não pensamos nisso antes?

– Nisso o que? – Perguntei.

– O cofre de Regina, onde ela guarda praticamente todos os seus itens mágicos.

– Onde fica esse tal cofre?

– Não muito longe daqui, vamos logo, quem sabe ela esteja lá.

Já íamos saindo da loja, enquanto Gold ficava no mesmo lugar, quase sem esboçar qualquer reação.

– Você não vem? – Disse Mary Margareth, mantendo a porta aberta.

– O fato do coração da Mrs. Swan ter sido congelado não é problema meu – Respondeu ele.

– Mas o fato de Elsa estar atacando a cidade toda é.

– Eu não preciso de mais uma lembrança de que abandonei meu filho e o deixei morrer, eu não serei necessário nessa busca.

Após dizer isso, ele se virou e foi até os fundos da loja, nos deixando sozinhos. Mal tivemos tempo de dar alguma importância para isso, já que tínhamos que achar Elsa logo antes que algo acontecesse com Emma. Seguimos Mary Margareth até um cemitério, o que não fazia sentido já que estávamos a procura de um cofre não é mesmo?

– O que estamos fazendo aqui? – Perguntei.

– O cofre de Regina fica lá – Respondeu Mary Margareth, apontando para um mausoléu.

– Quem diabos tem um cofre em um mausoléu?

– Ela não podia deixar magia guardada em qualquer lugar.

Entramos no mausoléu, e Mary Margareth pediu ajuda para empurrar o único caixão que havia ali, não entendi o por quê de tudo aquilo, até que ao empurrar o caixão algumas escadas foram reveladas.

– Temos que ir em silêncio agora – Sussurrou Mary Margareth – Qualquer barulho e estamos em sérios problemas.

– Eu vou na frente – Sussurrei de volta.

Fui descendo a escada lentamente, procurando não fazer barulho algum, Mary Margareth, Anna e Kristoff vinham logo atrás. A única coisa que via quase chegando ao fim dos degraus, era um pequeno pedaço do lugar iluminado por uma luz fraca, e assim que pus os pés no chão, ouvi um enorme ruído, mas quando olhei pra trás, todos estavam paralisados.

– Parece que finalmente desvendaram o meu pequeno “esconderijo” não é? – Disse uma voz que eu já conhecia muito bem.

– O que você quer? – Eu disse, me virando para frente novamente e ficando cara a cara com Elsa.

– Acalme-se, quem veio até aqui foi você, então a pergunta seria o que você quer.

– Você sabe muito bem o que eu quero.

– Pensei que já soubessem como descongelar o coração dela.

– Você fala como se fosse algo simples.

– Devo dizer que me decepcionei com você Killian, sempre soube de você como um pirata ambicioso e agora esta preso a uma mulher, mas me nego a acreditar que mudou tanto assim.

– O que você quer dizer com isso?

Elsa tirou do bolso uma poção, diferente da outra que aparentemente era pra localizar pessoas, essa parecia de uma coloração mais avermelhada.

– Eu tenho uma proposta para você pirata – Disse Elsa – Com apenas essa poção, você pode recuperar todas as suas memórias, acabar com tudo isso.

– Creio que você não me daria essa poção por pura bondade.

– Bem, depende de você. Eu te entrego a poção, se você passar pelo portal que abri, e nunca mais voltar pra essa cidade.

– Você diz que só vou ter minhas memórias de volta, se eu sair da cidade? Se eu abandonar Emma e simplesmente ir embora pra sempre? Por que diabos eu faria isso?

– Parece que você realmente se conectou com ela... Mal sabe se ela não esta simplesmente mentindo, apenas lhe usando pra depois jogar fora.

– Ela não esta mentindo, eu confio nela.

– Por que? Porque ela te disse?

Elsa deu uma leve risada, e esticou o braço deixando a poção próxima a mim, ainda em suas mãos.

– Pense bem Killian – Continuou ela – Pode estar cometendo o maior erro de sua vida.

Fiquei em silêncio, apenas observando aquela poção, em quem eu deveria confiar? Nos meus sentimentos por uma mulher que praticamente acabei de conhecer, ou em Elsa? Eu estava no meio do fogo cruzado, e eu apenas segui meus instintos e segurei aquela poção em mãos, assim que a segurei, Elsa deu um enorme sorriso, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, eu simplesmente dei um soco, que a derrubou quase que imediatamente, a deixando atordoada, e então enquanto ainda me observava, joguei a tal poção contra a parede, deixando-a espalhada pelo chão, com estilhaços de vidro ao seu redor.

Assim que a poção se quebrou, uma forte brisa invadiu o lugar, e então ouvi passos vindos da escada.

– Hook! – Disse Mary Margareth, descendo as escadas – O que aconteceu aqui? – Perguntou ela se referindo a Elsa, caída no chão.

– Não... – Disse Elsa – Isso não deveria ter acontecido, você podia ter acabado logo com isso mas... Preferiu quebrar a maldita poção.

Me ajoelhei ao seu lado, e então disse :

– Não me interessa se ela esteja mentindo, ou se esteja me usando ou seja lá qual seja a desculpa estúpida que você espera que eu acredite, mas eu sei o que é amor verdadeiro quando vejo um, e eu posso dizer com toda certeza que prefiro trocar minhas memórias pelo amor que sinto por Emma.

Me levantei e dei alguns passos pra trás, dando espaço para Anna que veio correndo, ajudar Elsa.

– Não há outra maneira de trazer Emma de volta – Eu disse – Eu falhei.

– Hook – Disse Mary Margareth, com um sorriso – Você não percebeu?

– Percebi o que?

– Você pode ter acabado de salva-la.

Quando ouvi isso, me dei conta de que preferi trocar todas as minhas memórias por Emma, como um ato de amor verdadeiro.

– Precisamos voltar – Eu disse, esperançoso.

Quando partimos em direção a escada, Mary Margareth parou de repente.

– Espere – Disse ela, voltando a se aproximar de Elsa – Onde esta Regina?

Elsa ficou em silêncio, aliás, todos nós em busca de uma resposta, mas justamente pelo silêncio, pode-se ouvir alguns ruídos na sala ao lado.

Fomos até lá e nos deparamos com Regina amarrada em uma cadeira, não conseguindo falar devido ao lenço que Elsa amarrou contra sua boca.

– Regina! – Disse Mary Margareth, tirando o pano de sua boca.

– Finalmente!

Mary Margareth pediu ajuda para desamarra-la, então usei o gancho para cortar as cordas.

– Vamos logo – Disse Mary Margareth.

– Antes de qualquer coisa – Disse Regina – Eu tenho uma explicação pra essa tremenda burrice.

– Você explica mais tarde – Eu disse – Precisamos voltar pro apartamento primeiro.

Saímos correndo de lá, deixando Anna, Kristoff e Elsa a sós, e chegamos no apartamento depois de algum tempo. Subi correndo as escadas na frente, e abri a porta diretamente olhando para Emma, ainda deitada na cama, mas dessa vez, tremendo de frio.

– Swan? – Eu disse, com um sorriso.

Ela se virou, e me chamou de volta.

– Killian – Disse ela com outro sorriso – O que aconteceu?

Eu fui em sua direção e a beijei, a deixando com uma expressão curiosa, porém alegre.

– Longa história amor – Eu respondi.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixem suas recomendações, reviews e principalmente seus favoritos ;) Como eu ando demorando muito pra postar os capitulos, vou deixar pra vocês um spoiler do que vai acontecer futuramente, não necessariamente no próximo capitulo :

O fato do homem vender uma poção falsa para Anna e Kristoff, não foi apenas mera coincidência ;)



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