Em busca da vingança escrita por Bia


Capítulo 50
050 - (2° Temp)


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo.



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PDV Narrador


Havia se passado duas semanas desde o acontecido no hospital e Carlisle reuniu todos na maior sala de reunião que o departamento do FBI tinha.


Estavam todos ali: Débora, Ingrid, Paul, Embry, Jared, Jacob ( que já havia recebido alta médica), Day Freire, Rayara Cristina, Benjamin, Neiva, Rosalie, Emmett, Edward, Bella.


— Convoquei essa reunião pois esta senhorita me pediu. O nome dela é Heidi Volturi. Sim, ela é irmã de Alec Volturi e filha do Aro. — Carlisle começa a falar e logo um burburinho​ aparece. —  Gente, vamos por favor ouvi-la.


Todos se calam. É a deixa da Heidi.


— Em primeiro lugar queria agradecer por estarem me ouvindo. Sei que a minha família já lhes causou muitos males. Por isso eu quero pedir perdão a todos vocês. — diz a mulher ali parada. — A cada um de vocês. — Continua encarando fixamente​ cada um dos presentes ali. — Só queria dizer que essa vingança louca acaba aqui. Eu perdi a minha família por causa desse sentimento de vingança que eles deixaram crescer em seus corações. E agora meu pai e meus tios estão mortos. Meu irmão enlouqueceu e agora está numa clínica​ psiquiátrica e eu estou... — ela para um pouco para respirar fundo. — Sozinha...


Ela luta com todas as garras que tem para evitar que as lágrimas caiam. A Bella, que hoje todos sabem que é a Viúva Negra, se aproxima dela, pega suas mãos entre as suas e espera que ela a encare. E quando Heidi a olha, a Viúva diz:


— Está perdoado, Heidi. Isso tudo acabou. Finalmente​ acabou. As duas começam a chorar e logo se abraçam.Sim, tudo havia enfim terminado.


—--*---*---


PDV Bella

Após o término da reunião, todos nós nos fomos em direção ao estacionamento do departamento. Iríamos a uma cerimônia na Casa Branca.


— Caramba, nem acredito que vamos ver o Barack Obama. — Emmett diz empolgado e todos rimos pelos corredores.


— Bella? — uma voz me chama quando o elevador chega.


É a Alice.


— Posso falar com você, antes de ir para a cerimônia?


— Claro. — Digo respirando fundo. — Eu encontro vocês lá embaixo. - Falo para os meus amigos que assentem e entram no elevador.


Olho para Alice que parece nervosa e franzo a sobrancelha. Essa atitude não combina com a nova Alice.


— Eu... Eu queria falar com você sobre o Jasper. — Ela diz olhando dentro dos meus olhos.


Eu respiro fundo, me controlando.


— Não estou em condições de me sentir mais culpada agora, Alice. Então por favor, vai embora.


 Me preparo para sair, mas ela pega meu braço e eu a olho.


— Só quero dizer uma coisa, depois nós vamos.


Eu assinto relutante com a sua urgência e ela me solta.


Seus olhos estão inchados, mas seu olhar é tão direto que eu imagino que ela deve saber o que está dizendo. Me endireito para ouvi-la.


— Você tinha razão. Eu não passei pela situação que você passou com o Jasper. — Alice engasga ao falar o nome dele. Ela para, respira fundo, engole em seco e pisca algumas vezes.


Depois volta a olhar para mim.


— Você disse que se assustou e não sabia que era ele, e eu não acreditei em você. Agora acredito, Bella. Eu atirei no Klaus e eu não queria fazer aquilo, fui tomada pelo susto. Eu acredito em você e vou... Tentar perdoar você. É, é só isso que eu queria dizer.


Por um lado fico aliviada por saber que ela acredita em mim e que esteja disposta a me perdoar, mesmo que não seja fácil. Mas um outro lado, e esse lado prevalece, é o lado que sente raiva.  O que ela achava antes disso? Ela realmente acreditava que eu matei meu melhor amigo porque eu quis? Ela devia saber, devia ter acreditado em mim antes.


— Que sorte a minha, que você tenha conseguido uma prova que eu não sou uma assassina a sangue-frio, Alice. Quer dizer, além da minha palavra, porque você acreditaria em mim, não é mesmo? — forço uma risada, e tento parecer indiferente.


Ela me encara sem saber o que dizer.


— Sabe Alice, é melhor você se apressar com essa história de me perdoar. Porque não temos muito tempo. Se eu não me perdoei, porque você conseguiria, não é?


Minha voz falha e eu não consigo mais me segurar. Começo a soluçar e me irrito, pois realmente achei que estava conseguindo superar. Apoio-me na parede, e sinto meu corpo deslizando até o chão, à medida que minhas pernas enfraquecem. Coloco uma mão na barriga e a outra aponto para Alice.


— Sabe como é né? Eu matei meu melhor amigo, eu matei meu irmão. Porque eu quis, sabe Alice? E eu realmente preciso do seu perdão, mas leva o tempo que precisar. Estou bem, eu estou...


Minha visão está tão borrada que não consigo vê-la, mas sinto quando ela me abraça e me aperta até doer. Eu achava a Alice tão fraca, mas agora eu a sinto forte e sinto que sua força faz com que eu me sinta mais forte também.


Nós nos ajoelhamos juntas no chão e eu a agarro com a mesma força com que ela está me agarrando.


— Já foi, Bella. — diz ela. — É isso que eu queria dizer, que eu já perdoei você.

          ---*---*---

PDV Narrador


— Em nome de todos os cidadãos dos Estados Unidos, eu gostaria de dizer a você Viúva Negra, que suas atitudes​ erráticas, estão perdoados. Você está neste momento, recebendo o perdão presidencial. — Barack Obama diz num evento feito para isso. (N.A: Tô nem aí pro Trump, Barack Obama nas veias... uhull.. kkkk)


Eles estão no jardim da Casa Branca, em cima do palanque, com câmeras das mais famosas redes de televisão apontadas para eles.Barack Obama vai até ela, pega suas mãos que estão frias devido ao nervosismo e continua a falar.


— Falo em nome do povo americano ao agradecer a você por nos proteger de inimigos que queriam nosso mal. Será um enorme prazer se você aceitar continuar trabalhando para servir ao país.


— Com toda certeza, senhor. — A Bella diz.


— Aah, e não abandone seu disfarce. Mesmo que todos já saibamos sua identidade. — Barack diz e todos os presentes riem.


— Pode deixar, senhor. — Bella rir.


Barack se volta para as câmeras quando diz as próximas palavras:


— Agora eu gostaria de chamar alguns agentes envolvidos nos casos, para virem até aqui em cima.


Ele olha um papel nas mãos e fala:


— Emmett McCarthy, Rosalie Halle, Alice Brandon, Niklaus Mikaelson, Day Freire, Neiva, Rayara Cristina, Benjamin, Débora, Ingrid, Carlisle, Edward Cullen e Isabella, por favor querida, continua com a gente. — à medida que ele cita os nomes, eles vão subindo e ficam lado a lado, eretos.— Essas pessoas que hoje estão aqui, sofreram danos físicos, morais e psicológicos para poder proteger seu país. Eles deram tudo deles para fazer o que é certo. Foram leais aos Estados Unidos. E é por causa de disso que todos eles hoje receberam uma medalha de lealdade. — todos os presentes aplaudem.


Os agentes em cima do palanque aplaude uns aos outros. Logo em seguida, Barack Obama põe a medalha em cada um deles e agradece individualmente.


A cerimônia se encerra, e após darem entrevista, são encaminhados a sala do presidente, que disse querer conversar em particular.


—--*---*---.

PDV Bella

Depois de nos acomodarmos em uma das enormes mesas da Casa Branca, o presidente se senta em sua poltrona, e encara cada um de nós a medida que fala.


— Solicitei a presença de vocês, porque tenho uma proposta​ para fazer. Há algum tempo estive querendo montar uma força tarefa com os melhores agentes. E depois do que vocês mostraram ser capazes de fazer​, gostaria de lhes oferecer isso. Claro que agora será diferente, pois vocês receberam as missões para resolverem do modo que acharem melhor e vão ter todo o suporte necessário. Minha única condição é que você, Isabella Swan, tome a frente dessa força tarefa. Mas que seja como Viúva Negra.


Ele diz e me encara. Todos ficamos balançados com a proposta, mas não conseguimos dizer nada.


— Han, o senhor sabe que temos o FBI, certo? — Carlisle diz incerto.


— Sim, sim. Creio que possam dar um jeito de trabalharem juntos. Isabella tem muito potencial e realmente queria explorar isso. — Barack Obama diz e fico sem graça.


— Ahh, senhor. Obrigada, mas eu não sei se é o correto.


— Acho que posso falar por todos aqui, quando digo que você é uma líder nata. E que faria muito pelas causas certas, e com o nosso aval. — O presidente continua insistindo.


— Creio que possamos dar um jeito, senhor. — Carlisle diz encarando a Neiva que assente, franzo a sobrancelha com isso. Ele se vira para nós e diz: — Eu vou sair do FBI e quero que o Edward tome o meu lugar.


— O quê? — eu e Edward falamos juntos.


— Quero um tempo para mim e a Neiva, conversamos sobre os motivos depois, Bells. Mas acho que isso pode funcionar, senhor presidente. 


— Não precisam dar a resposta agora, só pensem a respeito do assunto. Os Estados Unidos, está realmente precisando de agentes competentes como vocês.


—--*---*---


PDV Narrador


Durante a tarde daquele mesmo dia...

— Mas como nunca ouvimos falar disso antes? — Charlotte pergunta ao Médico Cirurgião e Edward continua calado observando.


— Porque esse procedimento não chegou ainda aqui nos Estados Unidos, apenas vocês tiveram essa oportunidade. Não é um tratamento disponível a todos. Além de ser absurdamente caro, esse procedimento vem de uma cidade pequena da Ásia. E eu lhes garanto que é confiável. — O Doutor diz encarando Edward e Charlotte que estão sentados em sua frente.


— Nós vamos fazer. — Edward fala decidido.


— O que? Você está louco, Edward? É um procedimento praticamente desconhecido, é da nossa filha que estamos falando. — A mãe da Abby diz assustada.


— Exatamente Charlotte. E não foi pra isso que você me procurou? Pra cuidar dela? Se existe pelo menos 1% de chances da Abby se curar, eu vou correr atrás disso. Eu quero tentar tudo o que for pra manter a Abby viva.  — Ele se vira para o médico e diz: — Quem foi essa pessoa que te indicou o tratamento, e ainda por cima pagou por tudo?


— Senhor Cullen, aceite essa dádiva. E tenha certeza que essa pessoa se importa muito com a Abby. Esse tratamento é quase certo dela melhorar.

—--*---*---


Quando anoiteceu nos juntamos na nova casa do Carlisle com a Neiva. Resolvemos fazer um churrasco para comemorar o fim de todo aquele pesadelo.


— Aí a Bella nem pensou, só se jogou em direção a bomba, agarrou e jogou pela janela. Só vi todos se jogando contra o chão e o Edward com os olhos arregalados. – Emmet contava como havia sido a explosão da granada no início da semana.


— Menos Emm, na hora não foi tão divertido assim. – eu digo encostada nos braços de Edward.


Nós rimos com a emoção dele ao contar o fato.


— Eu não acredito que perdi isso. – Rayara diz.


— Ainda bem que você perdeu isso, amor. – Benjamim diz e nós rimos.

— Estou feliz que tudo tenha acabado bem. – Emmet diz agora sério. – Eu não sei o que faria se algo de grave tivesse acontecido com algum de vocês. Bom mesmo é saber que todo esse mistério envolvendo os Volturis tenha acabado.


Todos nos emocionamos junto com ele.


— E o mais irado é que o Barack Obama quer nos dar essa força tarefa de verdade. – O grandão diz voltando a fazer graça.


— Por falar nisso, porque você desistiu do FBI, Carl? – pergunto franzindo o cenho e olhando para ele que está na rede junto com a Neiva.


Eles se encaram num olhar cúmplice e se levantam.


— Bom, acho que já está na hora de vocês saberem. – Ele diz abraçando a Neiva que é toda sorrisos. – Temos duas notícias para dar. A primeira é que nós vamos ... É ... nos casar!


Todos nós explodimos em felicidade e os abraçamos desejando felicitações. Mal posso conter minha alegria.

— Mas isso não é motivo para você desistir do cargo, Carlisle. Fico lisonjeado que você acredite que eu possa assumir, mas ele é seu. – Edward diz voltando a me abraçar.


— Bom, o casamento não atrapalha não. – Ele diz coçando a cabeça e olhando pra Neiva.


— Mas um filho, sim. Vocês sabem como são os bebes. Eles realmente exigem muito de nós. – Neiva diz despretensiosamente e eu travo no lugar.


— Ai meu Deus, eu não acredito! – Rosalie grita animada e vai abraça-los.


— Carlisle, não coloque ideias na cabeça da Rose. – Emm diz indo parabeniza-los também.


Edward se afasta de mim, indo falar com eles junto como o Benji e Ray.


Eu continuo parada sem acreditar.


— Bella querida ... – Carl diz e percebo que todos estão olhando para mim. – Você gostou não gostou da notícia?


Engulo a seco e respiro fundo indo falar com ele.


— Imagina! Quero que você seja feliz.


*---*---*


Depois que todos foram embora, Carl e Neiva foram dormir, o Edward ficou para dormi comigo.


Enquanto ele foi para o banho, fui para a varanda e apoiei meus cotovelos no parapeito da varanda do quarto em que eu estava.


Olhando o jardim do Carlisle, e a piscina ao lado, me deparei com a realidade. Ele estava seguindo em frente, construindo a vida dele, formando uma família e meu coração doeu com a possibilidade de ser deixada de fora da vida dele.


Respirei fundo tentando me controlar enquanto sentia os braços do Edward me envolverem.


— Você ficou amuada depois da notícia da gravidez da Neiva. – Ele diz beijando meu pescoço.


— Impressão sua. – Digo baixinho.


— Ei ... – ele me vira de frente para ele. – Bella, o Carlisle não vai deixar de te amar só porque vai ter um filho com a Neiva.


— Eu sei, é só que ... sei lá, Edward. – Sinto meus olhos embaçarem de lágrimas. – Eu só não posso perder mais ninguém. Vivo dizendo isso, porque eu simplesmente não consigo mais perder ninguém.


— Olha para mim. – Ele pega meu rosto entre suas mãos me fazendo encara-lo. – Você não é como se fosse filha do Carlisle. Você é a filha dele. Você não vai perde-lo, amor. E eu estou aqui com você. Eu não saio mais do seu lado. Nunca. Está bem?


Eu olho para os olhos verdes dele e sinto tanta sinceridade que me dá vontade de chorar.


— Você precisa me prometer uma coisa. A gente trabalha em um meio que tudo é difícil. Então quando as coisas ficarem confusas, por favor Bella, não me afasta.


Eu aceno com a cabeça e ele me puxa para um beijo e logo em seguida, me puxa para sentar no sofá que tem ali, dentro de seus braços.


Ficamos ali curtindo nosso momento.


— Como foi o novo tratamento da Abby? – pergunto acariciando sua mão entrelaçada na minha.


— Ah, o médico conversou com a gente. Charllote ficou relutante em aceitar, mas é uma chance de salvar a ... – ele trava e eu me viro para ver o que aconteceu.


— Hey, o que foi?


— Eu ainda não tinha te contado sobre isso. – Ele diz com o cenho franzido e eu fico branca. Droga! – Foi você.


— Edward ...


— Foi você! – ele exclama novamente.


— Olha, eu só queira ajudar. Eu posso explicar, eu ... – ele me interrompe ao me beijar profundamente e longamente. Ele para de me beijar e encosta sua testa na minha. – Hum... agora estou confusa. Você não está chateado?


— Chateado? Bella, o médico não quis me dizer quem havia dado o tratamento para Abby, e eu queria saber quem era. Porque eu seria eternamente grato a essa pessoa. E agora que sei que foi você ... – ele rir – Meu Deus, você não tem noção do quanto estou transbordando de felicidade. – Ele novamente pega meu rosto me fazendo encara-lo. – Eu te amo demais.


—--*---*---

Chega o tão esperado casamento da Neiva com o Carlisle.


Ela estava linda e a barriga dela já dá para ver, afinal ela já está com 7 meses, mas nem por isso deixou de ficar maravilhosa. Eu havia levado o Carl até o altar e não podia negar que havia sido lindo e emocionante.
Após isso, fomos até a casa deles, que seria o lugar da recepção. E estava tudo muito bem decorado.


—--*---*---


Nesse momento, eles estavam dançando a valsa, uma forma de abertura da pista de dança. Edward estava ao meu lado, enquanto eu observava Carlisle dançar todo feliz com a Neiva, sempre acariciando a barriga dela.


Quando eu ia virar uma taça de champanhe, Edward segurou meu braço.


— Você sabe que eu não me embriago fácil, ainda mais com espumante. – falei magoada.


— Vem dançar comigo! – ele diz suspirando.


— Não quero...


— Por favor amor!


Suspiro e vou.


Ele envolve seu braço em minha cintura e cola meu corpo ao dele. Gostei disso! Sorrindo, envolvo meus braços em seu pescoço.


— Você está muito linda, baby. – Ele elogia me encarando.


— Só porque você está muito apaixonado. – Brinco com ele que rir.


Discretamente, olho de novo pra Carlisle e meu coração aperta.


— Ele não para de acariciar a barriga dela. — Falo com os braços envolvido no pescoço dele.


Ele ri enquanto a guia na dança lenta e encara o casal de noivos.


— Amor, é o primeiro filho dele, ele tem mesmo que babar. — Edward fala suavemente olhando o rosto enciumado de Bella.

— Mas é claro que não. — Ela diz chateada e olha para o namorado. — Eu sou a primeira filha dele, mas parece que ele esqueceu. — A voz dela embarga.


— Hey... — Edward para de dançar e acaricia o rosto dela. — Já te falei, ele não deixou de te amar só porque vai ter um filho. Tem amor bastante para os dois. Porque você não vai até lá pedir para dançar com ele?


Olho para Edward e sacudo a cabeça.


— Eu vou beber algo. — Digo e saio chateada.


*---*---*


PDV Narrador


Edward encara as costas de Bella e suspirando vai falar com Carlisle.


*---*---*


— Eu gostaria de um minuto da atenção de vocês. — Carlisle diz no microfone com um sorriso. Olha a todos os convidados e continua a falar: — Em primeiro lugar quero agradecer a presença de cada um de vocês, saibam que se vocês estão aqui nesse momento tão especial, é porque são muito importantes em nossas vidas. E em segundo lugar, quero dizer que eu vou fugir do padrão dos discursos de casamentos, até porque a Neiva sabe sobre tudo o que sinto por ela passa e reafirmei lá na cerimônia. — Carl sorri cúmplice para a esposa que retribui o sorriso. — Nesse momento eu quero falar em especial para uma pessoa que é de vital importância na minha vida. A minha filha, Bella. Querida, cadê você?


Todos procuram a Bella, curiosos com o que vai acontecer e ela sem entender estende a mão.


— Você poderia chegar até aqui, por favor? 


Edward beija a cabeça da namorada e a faz se levantar, sorrindo por Carlisle ter ouvido ele.


— O que você está fazendo? — ela sussurra assim que chega perto dele, enquanto ele pega sua mão.


— Há alguns anos, eu recebi sem aviso nenhum a guarda de uma criança. Eu estava tão assustado de ter que criar você. Com o tempo eu fui percebendo que não era nenhum bicho de sete cabeças, porque não era um fardo cuidar de você. A cada dia que passava eu me apaixonava mais ainda por aquela garotinha incrível. Eu realmente amo cada pessoa que é presente em minha vida. Ms você... Você me salvou. Meu amor, eu quero te dizer, diante das pessoas mais importantes da minha vida, que eu não quero tomar o lugar do seu pai, mas que eu também sou seu pai, que eu te amo muito e que nada que possa acontecer na minha vida vai mudar esse fato. Você é parte de mim, Bella. Isso é para sempre. Eu amo você!


Carlisle diz emocionado que em seguida abraça Bella que segura o choro, mas que no fundo ainda acha que pode perder o Carlisle por causa do bebe que estava vindo.


*---*---*


PDV Bella


Depois do discurso do Carlisle, voltamos a dançar. E estou mais uma vez encarando ele dançar com a Neiva.


— Amor, porque você não vai lá dançar com ele? – Edward diz seguindo meu olhar.


— Tô ótima aqui com você. – E deito minha cabeça em seu peito fechando os olhos.


Quando começa uma nova música, sinto uma mão meu ombro e quando olho, é o Carl.


— Posso ter uma dança com minha filha?


— Quantas quiser. – Edward sorri ao me deixar com ele.


Sem jeito, seguro as mãos de Carl para dançar.


Sinto ele me encarar e não aguento mais:


— Porque você está me olhando desse jeito?


— Você não mudou. Fazia essa mesma cara quando era menor, ao ser observada. – Ele diz rindo.


— Isso porque é estranho uma pessoa ficar te olhando. – Digo rindo também e finalmente olho para ele.


— O que está acontecendo, meu amor? – aquele tom de voz paternal que ele usa para me mostrar que ele sempre estará comigo, me desarma.


— Como assim? Estou bem, pai. Eu ...


— Eu te conheço, Bella. Eu sei que tem alguma coisa te incomodando. Quer dizer, você parece feliz com meu casamento. Mas tem algo por trás. Seu rosto se entristece quando me vê com a Neiva, só que eu sei que você gosta dela. A menos que ... – ele franze o cenho e eu finjo observar a decoração da festa. – É pelo bebe? Você está com ciúmes?


— O que? Não. Claro que não Carlisle. Porque eu me sentiria assim? Quer dizer, que coisa mais absurda... Porque você está rindo? – fecho a cara quando ele começa a gargalhar e algumas pessoas olham para gente.


— Você que não sabe mentir. – Ele suspira – Olha para mim meu amor. O bebê não vai tomar seu lugar. Te juro que tem espaço para os dois.


— Não é isso Carlisle. Quer dizer, não sei como você vai me encarar depois, não sei onde fico nessa equação. O bebê vai ser seu primeiro filho, seu filho de verdade. E eu vou te entender, só não sei como vou lidar com a situação. Eu já perdi o Charlie, duas vezes e eu estou um pouco traumatizada em perder as pessoas. Eu não ... – paro de falar para respirar porque minha garganta começa a doer e meus olhos enchem de lágrimas.


Carlisle para de dançar e segura meu rosto me obrigando a encara-lo, mais sério do que jamais vi.


— Entenda uma coisa, Isabella. Você é minha filha de verdade, você é a minha primeira filha. E nada, jamais, nunca vai mudar esse fato. – Minhas lágrimas começam a cair e Carl não para de falar. – Você não vai me perder, porque eu não pretendo te deixar. Você é minha filha, lide com isso. Porque não há situação alguma que você precise aprender a lidar, apenas essa. De que você é minha filha e de que você vai ter um irmão. Você entendeu, Bella? - eu apenas assinto olhando para baixo. - Não filha, olhe para mim. Olhe para mim. - Eu faço o que ele pede. - Agora me diga que você entendeu.


— Eu entendi. - Digo com voz de choro.


— O que você entendeu? Eu preciso que você me fale.


— Que eu sou sua filha e nada vai mudar isso.


— Você acredita nisso?


— Sim, eu acredito. Eu amo você, pai. Eu amo mesmo.


— Eu também amo você, amo muito. - Ele diz e me puxa para abraça-lo.


Quando nos afastamos, ele beija minha testa e ouvimos as gargalhadas de Neiva e ao olharmos, vemos ela dançando com o Emmet que faz estripulias com a noiva grávida.


— Acho melhor você ir socorre-la. – Digo rindo.


— É, acho melhor mesmo. - Ele diz e vai atrás deles.


Olho ao redor procurando Edward e o vejo no bar conversando com alguns amigos do FBI.


Ele me olha e sorrir me chamando com o dedo indicador. Quando chego perto, falo com o pessoal e Edward pede licença me levando para longe deles.


— Vem cá. – Edward pega minha mão e me leva para trás da casa, onde há poucas pessoas. - Tudo resolvido com Carlisle? – ele pergunta rindo e entrelaça seus dedos nos meus.


— Seu idiota, ele apenas me tranquilizou que eu nunca vou deixar de ser filha dele.


— Eu tinha certeza disso, amor.


Enquanto caminhamos, Edward segura forte minha mão e sinto ele ficar nervoso. Percebo então que ele quer falar alguma coisa comigo, e deixo-o à vontade.


Encosto minha cabeça em seu braço e olho ao redor. Carlisle e Neiva realmente fizeram um jardim lindo. O caminho era iluminado e com plantas dos dois lados. Havia um banco e o Edward nos levou para sentar ali.


Ele passou o braço ao meu redor e deitei a cabeça em seu ombro, fechando meus olhos e aspirando seu cheiro.


Eu ouvi seu coração bater mais rápido e olhei para cima, para o seu rosto e encontrei ele me encarando profundamente.


Levantei a cabeça percebendo o quanto eu amava Edward, amava de um jeito que eu pensava nunca amar um homem.


Ele levantou a mão e acariciou meu rosto.


— Tenho que te mostrar uma coisa. E eu espero mesmo que você não fique chateada. – Ele sussurrou e esperei.


Ele respira fundo e começa a tirar a blusa de dentro da calça e suspendê-la.


— O que você está fazendo? – pergunto sorrindo e ele não diz nada. Apenas continua com a camisa suspensa e baixa um pouco a calça e eu ofego ao ver. – Edward ...


Encaro alguns momentos aquela área de seu corpo até olhar para seu rosto. Ele baixa a camisa e fico sem saber o que dizer.


— Eu amo você, Bella. Eu não consigo nem dimensionar o tamanho do meu sentimento por você. E eu te quero de todas as formas possíveis. E te quero para sempre. Não achei que uma aliança fosse capaz de mostrar a você o quanto te quero em minha vida. Por isso optei pela tatuagem, porque eu sei o quanto ela significa para você. Sei que é um símbolo da sua família, mas eu a tatuei porque eu também quero ser sua família. Tatuei no mesmo lugar que você porque achei que fosse uma forma de estarmos unidos, como um elo, para sempre. Eu amo você, minha vida. E eu estou te pedindo nesse momento, para você voltar para mim. De corpo, alma e coração. Quero que volte a morar comigo, e quero que com o tempo nos casemos, e se for para ter filhos, que tenhamos. Eu quero apenas construir uma vida ao seu lado. Construir memórias. Eu quero você, Bella. Eu quero!


— Eu seria louca de não aceitar. Porque eu me sinto da mesma forma. A tatuagem foi muito melhor que uma aliança, jamais ficaria chateada. Você já é minha família, Edward. Você faz parte de mim. Eu te quero, eu te preciso. E eu te amo.


Nós sorrimos um para o outro até nos levantarmos e nos abraçarmos de uma forma tão apertada, tão intensa, tão nossa.


E então ele me beija. E eu tenho a mais plana certeza de que dentro dos braços dele é o meu lugar. É onde pertenço.


Sinto que finalmente posso seguir em frente.


*---*---*


Sentada aqui, descansando os pés dos meus saltos, ao lado do Edward e observando as pessoas que são presentes em minha vida


Suspiro e me encosto a cabeça no ombro do Edward e passo a observar todos ali curtindo o casamento do Carlisle.


Débora e Ingrid tentando chamar a atenção do DJ gato; Jacob dançando com a Abby, com ela pisando nos seus pés e se acabando de rir; Jared, Embry e Paul numa mesa mais afastada rindo de alguma piada junto com Day Freire que assumiu namoro com Jared; a Rayara e o Benjamin correndo pra dentro da mansão, não quero nem pensar no que eles vão fazer; a Rosalie e o Emmett dançando uma música lenta, na própria bolha deles; e o Carlisle roubando doces para Neiva que alisa a barriga de grávida a medida que come o doce.


E eu sorrio, porque estamos bem.
Com o tempo eu superei tudo isso. Eu não tinha energia o suficiente para odiar alguém para sempre, para odiar os Volturis. Todos nós cometemos erros terríveis em nossas vidas, fizemos coisas que não há desculpas.


Mas precisamos seguir em frente e não conseguiremos fazer isso se não esquecermos o passado. Esquecer é a parte, porque até eu estava conseguindo esquecer todo o ódio gerado no caso Volturi. Mas seguir em frente é que dói.


Então, as vezes, nós lutamos ... Tentando manter as peças no seu lugar. Eu tentei manter as coisas como eram antes dessa loucura toda acontecer, mas as coisas não podem permanecer as mesmas. Em algum momento, temos que esquecer e seguir em frente. Porque não importa o quão doloroso seja, é a única forma de crescermos.


Precisamos seguir em frente, tentar encontrar alguma felicidade, não importa o quanto já perdemos.


E o mais estranho é que perder pessoas foi o que nos uniu, foi assim que nos encontramos. Por isso nos tornamos uma família.


— Amor? Você está calada, está tudo bem? — Edward me pergunta e eu levanto a cabeça para encara-lo.


— Sim, está tudo perfeito. — Acaricio sua bochecha e ele sorrir. — Eu te amo Edward Cullen. Eu te amo muito.


Ele sorri e me beija.


*---*---*


— Quero todos com foco e atenção. Sem conversas desnecessárias. — Digo pelo ponto e todos agentes envolvidos, ouviram minha ordem.


— Viúva, Agente Cullen, o alvo já está no local determinado. — Escuto a voz de Rayara.


— Certo. Agentes, no meu comando. — Edward diz numa frequência em que só ele e seus agentes do FBI tem. — Pronta amor?


— Eu nasci pronta baby — digo sorrindo para ele que está ao meu lado.


Ele me dá um rápido selinho e entramos em ação. Aquilo era o que amávamos fazer. E fazer junto com ele e com nossos amigos, era mais perfeito ainda.


Depois de Edward aceitar o cargo de presidente do FBI e eu me tornar responsável pela força tarefa, as coisas começaram a ficar normal. Ou pelo menos o nosso normal, já que estávamos no meio do Polo Norte em missão.


Mas não importa... Estávamos juntos!


FIM


—--*---*---


PDV Débora e Ingrid


ÊPA ÊPA. Como assim ninguém fala sobre o final dos outros personagens​? – Débora diz.


— Vamos começar pelo Alec... Aquele ali já era. – Ingrid diz rindo.


— Ficou doidinho da Silva e teve que ser internado. – Débora cai na gargalhada.


— Pelo menos agora sabemos que ele não vai tentar fazer maluco. Nunca mais.

— Ouvi dizer que a irmã dele foi embora do país. Foi para África para viver fazendo caridade.

— Ela não devia ter nascido uma Volturi. É boazinha demais. – Débora diz.


— Enfim, e o James?

— Aah, ainda está internado. O boy magia da Bella deixou ele muito mal. Duvido que vá recobrar a consciência. – Ingrid diz lembrando do ocorrido.


— Talvez os médicos atestem morte cerebral.


— Mesmo que ele recobre a consciência, é do hospital direto para o presídio. O que é um desperdício, porque ele é um pedaço de mal caminho.


— Débora! Pelo amor, ele é um criminoso.


— Um criminoso gato. – Débora diz e a Ingrid revira os olhos.


— E a jornalista? Eu não soube nada dela.


— O caso dela foi resolvido nas intocas. Ela conhece alguém grande, porque ela conseguiu continuar sendo jornalista. Só não vai poder nunca mais fazer reportagens criminais. Ela é boa no que faz, então achei justo.


— Danadinha ela, hein?


— Enfim, depois do casamento de Carlisle, que por sinal foi ‘O’ casamento, nós voltamos a rotina. O Edward assumiu o FBI e os meninos continuaram com ele. O Embry que você está de olho que eu estou ligada, — Débora finge de desentendida — o Jared que está namorando com a Day, o Jacob que agora é todo amores com a Abby e o Paul permaneceram no FBI.

— O Paul por quem você tem não uma queda, mas um abismo, um precipício. – Débora se acaba de rir e Ingrid fica sem graça.


— Voltemos a falar do pessoal. – Ingrid muda de assunto. – A Bella assumiu a força tarefa como Viúva Negra e era a queridinha dos EUA, principalmente entre as crianças. A Rayara entrou de vez para o serviço secreto e trabalhava junto com a Rose na força tarefa. O Emmett junto comigo, a Débora e a Bella íamos ao trabalho de Campo. Nunca imaginei que fossemos chegar onde estamos.


— Ainda bem que espionamos aquele dia, ne?


— Mas quase fomos expulsas, então nem se anime muito Débora.


Débora e Ingrid, onde vocês estão? Pelo amor de Deus, vamos perder o voo de volta para casa. – Bella diz pelo rádio.


— Vamos fingir que não estamos aqui. Não quero ir embora, Ingrid.


— Está louca? Nunca mais volto para esse Polo Norte. Frio desgraçado. – Ingrid diz se levantando e largando a Débora que vai atrás reclamando.


Mas volta só para dizer:


— É isso galera. Nossa vida é bagunçada e louca, mas eu amo. Fiquem ligados, vai que nossa autora resolve fazer um SpinOff de alguém! Beijos e lembrem sempre da nossa querida autora.

 

 

FIM !


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Notas finais do capítulo

Acabou gente.

Fiquei devendo o último capítulo e demorei bastante pra escrevê-lo, pq é um cap especial.
Durantes esses 4 anos cresci bastante, tanto na vida como escritora. Quando leio os meus primeiros capítulos, vejo o quanto evolui. E eu só tenho agradecer. Agradecer aquelas que estão comigo desde o início, as que chegaram depois. Também a quem não desistiu de mim nem da fanfic. Agradeço por entenderem as dificuldades que passei e algumas de vcs sabem quais foram essas dificuldades. Muito obrigada por te tem paciência, também pelos lindos comentários e lindas recomendações.

Muito obrigada.

Estou em fase de término da minha outra fanfic também, se quiserem dar uma olhada. O nome é: " É com ele que eu estou."

Um abraço e um Xero meus amores.



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