Os Três Winchester's escrita por Cassiela Collins


Capítulo 5
Escritora Katherine


Notas iniciais do capítulo

Ok, já que vamos usar o Dick, mesmo, pelo menos vamos aproveitar o resto, né??? XD
Gente, por favor, comentem!!! Até agora eu só tenho 2 comentários e estou PIRANDO!!!!!



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Sam mal conseguia almoçar em paz.

Não sabia o que fizera para deixar Dick tão zangado, mas o cara não parava de olhá-lo torto, direto de sua mesa no refeitório - sim, ele tinha uma mesa própria; só faltava escrever o nome -, e, de vez em quando, passar o dedo pelo pescoço, em um gesto universal de 'você está ferrado'.

— É que você é a primeira pessoa em anos que enfrenta ele. - esclarecera Daniel. - Diretamente, quero dizer. Ou semi-diretamente. Sei lá o que é 'direto' para ele.

— Provavelmente, um pilar de caracóis - Brincara um de seus amigos.

Mas, se as brincadeiras tinham o objetivo de divertir Sam, não funcionara; com a vida que levara, uma das coisas que mais perturbava Sam era ser observado.

Dan comera tranquilamente por vários minutos. Então erguera o olhar e vira a tensão de Sam.

— Ignora, Sam. Uma hora ele esquece. - ele diz.

'Por que será que todo mundo sempre diz isso?' Sam se pergunta, mas tenta seguir o conselho.

Obviamente, sem sucesso.

Então, alguns minutos depois, algo chama a atenção de Sam.

De repente, Dick não está mais prestando atenção nele. Ele se vira para o garoto sentado ao seu lado e diz algo baixo, fazendo-o rir.

Logo Sam pode ver um garoto - magro, esguio, de óculos e jeito de nerd — com uma bandeja, passando perto da mesa.

Assim que ele passa próximo a Dick, o garoto maior estende a perna; ele não apenas faz o garoto tropeçar: literalmente o chuta.

Risos se espalham por todo o refeitório quando o garoto começa a se levantar, as roupas sujas de comida.

Isso mina o resto de controle que ainda há em Sam.

O Winchester se levanta e caminha a passos firmes até a mesa do valentão.

Ele observa, satisfeito, que Dick está sentado em uma das pontas do banco.

Ele se aproxima e, finalmente, dá um empurrão no cara, que cai sobre a comida que suja o chão.

O refeitório se cala.

Dick se levanta, primeiro confuso, então chocado, depois furioso.

— O que você pensa que está fazendo? - ele grita.

— Eu pergunto o mesmo! - Sam retruca. - O que você estava fazendo? Ah, você é grande e forte? Vai participar de torneios de judô! Ou caratê! Dane-se! Isso NÃO te dá o direito de ridicularizar qualquer um que for menor do que você! Sabe o que isso faz de você? bater nos menores, e sempre com um grupo te seguindo? Sabe? Isso faz de você um COVARDE! Você é um covarde, Dick!

Primeiro, refeitório continua em choque. Então, ele ouve Daniel, de sua mesa:

— Dick covarde! Dick covarde! - ele começa. Então, seus colegas de mesa ecoam o grito.

Logo, todos estão repetindo a frase de Dan.

— Dick covarde! Dick covarde!

Sam se dá o direito de lançar um último olhar vitorioso para Dick.

— Vê se cresce, cara.

Então, se vira e sai do refeitório, pela primeira vez sem a menor pressa de se afastar de Dick.

.

Um cutucão no ombro tira Dean de seus devaneios.

Ele pega o bilhete por cima de seus ombros, sem nem se dar ao trabalho de virar.

Era um bilhete de Celeste.

Como ele sabia? Não haviam coraçõezinhos, nem estrelas, nem elogios ou apelidos melosos. Apenas o destinatário, em suas letras floreadas:

~§ Calouro Dean §~

Dean não ligava para ser chamado de 'calouro'. Não mais, e, definitivamente, não por Celeste.

Ele abre a mensagem e lê:

.

Calouro Dean,

A aula está um tédio, né? Você não tem muito cara de quem gosta de Direitos. Você está aqui por causa dos seus pais? Eu estou aqui por causa dos meus.

E os seus irmãos? Você não me falou nada deles. Como se chamam? Você tem que ficar tomando conta deles? Eu tenho dois também, sabe? É um saco, né? Ter que ficar tomando conta, protegendo, etc. É completamente chato.

Bom, quer ir no cinema essa noite? Eu sei que fomos ontem, mas, e daí, né? É bom de vez em quando. Poder fugir das responsabilidades.

Celeste.

.

Dean a lê rapidamente.

Celeste era assim. Não assinava 'amor, Celeste', nem 'com amor, Celeste', nem 'da sua querida Celeste'. Não assinada 'Cellie', 'Celly' nem 'sempre sua, Celeste'.

'Celeste'. Simples e prático.

Ele responde a mensagem rapidamente:

.

Celeste,

É verdade. Estuo aqui por causa dos meus pais - do meu pai, especificamente.

Eles se chamam Katherine e Samuel. Kath está no oitavo ano, e Sam está no primeiro colegial.

Sabe, nunca tinha pensado por esse lado. Mas é verdade. Não é muito divertido ter que prestar atenção neles. Aliás, é ainda mais complicado para mim, se quer saber; nosso pai é policial, e nossa mãe é juíza. Então, meus pais pegam realmente pesado na proteção.

Quer saber? Eu topo. Vamos no cinema. Vai ser bom fugir um pouco.

Que horas?

Calouro Dean.

.

Satisfeito com a mensagem, ele a dobra, coloca o 'destinatário' e o entrega para o cara atrás de si.

E torna a pegar seu caderno e a caneta, passando o resto da aula como sempre passava: desenhando toda a sorte de monstros nas folhas de matéria e fantasiando como seria se um vampiro aparecesse de repente para sugar sua maldita professora gaga. Qualquer caçada seria mais interessante do que isso.

.

Uma eternidade parecia se passar enquanto Katherine esperava sua 'audiência' com a diretora.

Enquanto isso, ela escrevia em seu caderninho toda as ideias que faziam sua mente viajar.

Ela se revezava entre escrever e desenhar. Escrevia suas ideias de histórias e desenhava seus personagens.

A primeira ideia que tivera era uma fantástica, onde existiam seis 'raças': Humanos, Anjos, Arcanjos (que não eram como na bíblia; estavam mais para 'escolhidos e representantes dos Anjos na Terra'. Basicamente humanos semi-poderosos), Demônios, Ceifeiros (o equivalente demoníaco de Arcanjos) e Bestas (que enquadravam todo o tipo de monstros: espíritos perturbados, os ceifeiros originais, deuses pagãos, lobisomens...). Nessa história, os heróis seriam humanos, por que Katherine já estava cansada de histórias onde apenas os super-heróis podiam ser heróis. Então, todos os sonhos dos humanos funcionavam como previsões, que só poderiam ser decifrados com a ajuda de um Livro Sagrado.

Então, tivera um lapso criativo. Em outra página, começara a rabiscar ideias para outra história, muito menos dramática. Uma garota nunca tinha tido amigos e sempre sofrera buylling. Então, um dia, seus pais haviam resolvido mandá-la para um Internato numa pequena ilhazinha ao sul do México, chamada Nova Carolyne.

Lá, havia o Internato - um antigo castelo - e vários quilômetros de terreno aberto e selvagem - florestas, campos, jardins....

A garota ainda era provocada por pessoas de sua idade, mas um dia ficara amiga de alguns dos alunos mais novos e eles começavam uma interminável brincadeira de RPG, onde cada um tinha um codinome, uma classe e um elemento. Aí eles passavam o ano inteiro brincando de faz de conta, com inimigos imaginários e arcos, espadas e cajados feitos de galhos e barbantes. Até que a protagonista - Isabel - descobria uma pista e começava a seguí-la com seus amigos, numa caça ao tesouro, até que descobria um conjunto de diários de uma garota chamada Katherine, que vivera centenas de anos atrás. (O nome da história seria 'O Tesouro de Katherine' ou algo do gênero).

Estava rabiscando uma terceira ideia - ainda mais normal - no sentido de que não haviam monstros sugadores de sangue - e ainda mais profundo, quando percebera que havia alguém debruçado sobre ela, lendo suas anotações.

— Que legal, Kath - diz Chris.

Katherine cora.

— Valeu - agradece. - Ficou interessante?

Chris concorda com a cabeça.

— Aham. E seus desenhos também ficaram lindos. Você faz curso?

Katherine pensa antes de responder.

— Mais ou menos. Eu fazia, mas só me ensinaram a fazer luz e sombra com lápis grafite - eu prefiro fazer a dedo ou com lápis de cor direto, que fique bem claro - ela acrescenta. - E teoria das cores. Isso foi uma coisa que nunca saiu da minha cabeça. Por exemplo, sabia que meu cabelo tem um pouco de dourado, e que na raiz ele é puxado para o cinza? - ela pergunta, abaixando a cabeça e apontando para o ponto que mencionara.

— Bom, eu ainda não tinha percebido, mas é meio pálido, mesmo.

Kath se endireita.

— Por que você está aqui?

Chris responde:

— Na verdade, só vim deixar uns papéis. Já estou saindo.

Ele deixa um montinho de papeis sobre um punhado de revistas e vai até a porte.

— E, a propósito - ele comenta. - Você saria uma ótima escritora. Invista nisso, tá?

Katherine cora novamente enquanto o observa sumir atrás da porta.


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Notas finais do capítulo

Acreditem, logo logo começa o sobrenatural da série!! Eu só estou preparando o terreno... hehehe
FAVOR, NÃO UTILIZAR NENHUMA DAS IDEIAS DE HISTÓRIAS SEM PERMISSÃO. Me peçam primeiro, ok?
As ideias são EXCLUSIVAMENTE minhas. Eu gostaria de saber se alguém gostaria que eu escrevesse alguma delas.
Sabiam que meu cabelo é da cor do de Katherine?



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