Crônicas de Mikvar - As Chuvas de Inverno escrita por Aegon


Capítulo 7
Capítulo 7 - Lysara III




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Lysara

Mestres costumam dizer que a antiga Torre-Branca da antiga Guilda dos Magos Brancos, se erguia até cinquenta metros, e ali de tão perto, parecia muito mais. Quando saiu dos arcos de madeira que tapava o resto da torre de sua visão, seus olhos lacrimejaram ao entrar em contato com o sol, e pôs-se a tampa-los com a manga encardida, úmida e rasgada, enquanto tentava recuperar forças para continuar andando. De frente a torre, erguia-se duas estátuas de mármore brancas, um homem com uma longa barba possuía em mão um cajado de pedra com uma ametista em forma triangular se erguia até o final do cajado pontiagudo, enquanto o outro homem, mais jovem porém com uma barba curta tinha uma espada de duas mãos que carregava com uma só, e assim como o seu companheiro, olhava para o Norte, além de Callan, além das Províncias Unidas, além de Novaselik, Tumbas de Ketll, e as outras centenas de fortalezas e castelos nortenhos. Ambas as armas se encontravam no alto e formavam um arco trespassado um entre o outro. Passou por de baixo de tais e parou um pouco para recuperar as energias, as que não tinha, respirou fundo e olhou ao redor. A torre branca foi construída foi construída bem no meio da Floresta dos Peregrinos, e era escondida pelas diversas arvores que formavam a floresta, Lya também se recordou que o seu Mestre dissera a tal que só existia um caminho para a Torre-Branca, e só entrava quem estava a determinado a fazer o que queria. Estou mais que determinada. Pensou Lya. Mas...não sei o que fazer. Os magos brancos estão desaparecidos a cerca de cinco séculos inteiros!. Dizem que os últimos aprendizes dos magos partiram para o Norte, para a fronteira com Gorgoroth para evitar a intrusão dos diversos demônios e criaturas que viviam lá, e adotaram o nome de Guarda-Branca, e com o passar do tempo, o legado dos Magos vem se perdendo, e os últimos que recordam, estão morrendo com seus segredos. Lya nunca vera a Guarda Real de Novaselik, ou os outros castelos da Guarda Real, ou o grande castelo branco da Guarda Branca, com suas armaduras polidas brancas, e espadas de Aço-branco. Prosseguiu após passar pelo arco das duas estátuas, e parou em frente a uma espessa porta de mármore com letras rúnicas antigas. Elfos, talvez? E então bateu na porta com as costas da mão por vários minutos, e então o cansaço a pegou e sentou-se ali mesmo em frente a porta de mármore, e adormeceu sem preocupar com nada. Acordou após algum tempo, porém agora deitada sobre uma confortável cama de penas com sua cabeça apoiada em um travesseiro também de penas. Olhou para cima, e viu o teto. Era feito de mármore de um verde mais claro, com uma rosa branca com detalhes verde e azul nas pétalas enquanto pequenos cipós tinham desenhados ao longo dela e de todo o quarto, que mostravam as postar e venezianas a quais Lya não viu pelo lado de fora. Magia. Lembrou-se de que apenas os determinados podiam entrar, e ver a magia que rodeava a torre. Por fora chegava a ser assustadora para qualquer um, porém por dentro, a torre não era nada temível, e possuía um tom alegre, com diversos aromas de flores. A porta do quarto se abriu, e Lya pôs se a sentar na cama rapidamente tentando achar algo para tentar se defender.

– Quem está ai? – O medo a começou corroer por dentro, mas sentiu-se aliviada quando um homem vestido de túnica branca e um chapéu de nobre cinzento sobre a cabeça, enquanto carregava um pesado livro de capa de couro com um tom acinzentado e na outra um cajado de madeira com um tipo de pedra azul na ponta.

– Olá, senhorita Lysara. – O velho disse enquanto fechava a espessa porta atrás de sí, com certa dificuldade. Teve a mesma para caminhar até uma escrivaninha de carvalho, e sentou-se com lentidão sobre uma cadeira, e encostou o cajado na quina das paredes. Abriu o livro sobre ela e pôs se a ler – sou Metritus. Embora esteja aqui, não quer dizer que me conheça, não é? – Riu e deu uma breve tossida – Sou membro dos Magos Brancos, um dos últimos que sobraram. Guardo essa torre a dois séculos inteiros, após meu irmão, Mertrycus, desertar a ordem e largar sua vigília.

– Como sabe meu nome? – Perguntou curiosa.

– Sou um velho amigo dos Marsh. Um dos mais antigos como pode ver – Pôs-se novamente a tossir, procurando por ar – O que faz na torre branca?

– Eu... – Lya recordou-se que não tinha um propósito – Meu pai, Joramun Marsh, me mandou para cá. Callan foi atacada, mas eu não sei por que.

– Deve ter algum propósito não é? – O velho riu, e pela primeira vez não tossiu. Folheou o livro.

– Sim, mas qual? – Lya já estava mais confortável com o local.

– Talvez possa lhe ajudar – Disse ao fechar o livro- Mas tenho que saber o quanto está determinada? Quer mesmo descobrir o propósito de está aqui? Mesmo sabendo que sua família pode está morta, e isso lhe custará, claro – o Velho disse sem nenhuma interrupção notou Lya, parecia que se rejuvenesceu, ergueu-se com mais facilidade.

– Que tipo de pergunta? – Disse Lya com certa hesitação – Claro que estou disposta!

– Ótimo. Venha comigo. – Levantou-se bruscamente já com o cajado na mão, deixando o livro sobre a escrivaninha. Novamente, Lya hesitou, porém refletiu, levantou-se e o seguiu. A torre parecia muito maior por dentro, o piso era feito de cerâmica negra e branca, e as paredes ficavam tão longe de Lya que poderiam que meia dúzia de pessoas passasse ali, um do lado do outro. Lembrou-se que o Mestre explicaria que muito Magos ocuparam a Torre-Branca, e agora saberá que é verdade. Por fora uma simples torre branca, por dentro um castelo inteiro! Será que a magia dura tanto tempo assim? Aproximaram-se de uma pesada porta de carvalho, extremamente velho, e negro. O Mago não teve nenhuma dificuldade para abrir a porta, aparentemente tão velha quanto tal, porém a porta rangeu extremamente. Adentraram a tal sala.

No começo era escuro, mas depois, toda a sala parecia ser o céu da noite, cheio de estrelas com uma única mesa de pedra no meio de tudo aquilo com um único livro em cima, e uma taça com um líquido azul. Algumas estrelas passavam em frente aos seus olhos e tentava pegá-las com ambas as mãos, e pela primeira vez na viagem ficara feliz, e se esquecerá de tudo. É...muito...lindo! E então lembrou-se do Velho, e andou até a mesa, onde o mesmo já estaria com o livro aberto.

– Bom... deixe-me ver, deixe-me ver... – Disse folheando o livro – Aqui... – Apontou para o livro.

– O que é? – Disse entusiasmada.

– Eu te imploro! O pai dos Magos. Adeotas! – Disse olhando para uma única estrela, uma enorme e brilhante estrela no teto, ou melhor, no céu da sala – E que nos ancestrais nos guiem neste dia, e após este! – As estrelas começaram a girar, e a girar, e a girar, até que aliaram em uma única linha reta, com a enorme e brilhante estrela no final. Por um momento o mago ficou imóvel, e depois se virou para Lya.

– Você tem um longo destino para frente. Mas antes, deverá reunir as cinco, e os cinco. Num único dia, será decidido o destino do mundo. Quando os mortos caminharem, é quando este dia chegará – O mago parecia está sendo controlados, seus olhos estavam desiguais, um azul outro verde – E este já chegou. Os mortos já caminham e deverá cumprir o está destinada a fazer, mas antes reúna as cinco, e os cinco – Quando finalmente parou de falar, tombou para trás, e Lya correu para ajudá-lo.

– O-o que aconteceu? – Disse o velho com exaustação

– O senhor... Disse que os mortos já caminham, e que devo cumprir meu dever. Mas antes devo reunir as cinco, e os cinco.

– Suspeitei você faz parte da antiga linhagem dos antigos guardiões de Mikvar.

– Mikvar? – Sua mãe já lera um livro para Lya chamado Os Heróis de Mikvar que contava a história dos antigos heróis que salvaram o reino do rei Lich, e seus exércitos de Mortos. Não, não pode ser, isso foi só um conto.

– Conhece a história? – Disse o velho, puxando o máximo de ar possível para preencher sues pulmões.

– Sim, já ouvi falar. Mas, não pode ser real, é só uma história que os pais nos contam quando crianças? – Disse Lya incrédula – Não é?

– Às vezes, os contos carregam verdades que os homens têm medo de aceitar. Escute, deve partir o quanto antes, se for verdade que os mortos já caminham, não têm muito tempo. Existem cinco lâminas sagradas que receberam o nome de “Lâminas de Mikvar”, para os cinco descendentes dos Heróis, deve reunir todos antes que o Lich chegue. A partir do momento em que foram revelados esses segredos, o Lich marchará com sua tropa para sua localização atual.

– A torre branca... – Sussurrou para si – Parta comigo, está em perigo aqui.

– Não... Ouça, a Torre-Branca é protegida por magia. Ele tentará então achar os outros quatro que restam, deve encontra-los antes do Lich! – O velho segurava sua mão com delicadeza.

– Mas, como irei encontrá-los? – Lya estava mais incrédula ainda. Como pode? Mortos, Lich, Mikvar... Não pode ser real.

– Encontrará os quando menos esperar. Mantenha não só os olhos abertos como também o coração. Venha, venha. Lhe darei o que for preciso para viagem.

Depois de algum tempo, o Mago lhe dará uma espada de ferro antiga, que a abençoara ali mesmo, na Torre, e uma trouxa cheia de alimentos, enquanto agora vestia um traje de couro, leve para a movimentação, mas bastante reforçado com tecido acolchoado. Partirá com uma garanhão branco, que o Mago liberara dos estábulos dos Magos, disse que era um antigo amigo, e que ele a serviria bem, e então cavalgará, novamente dentro da floresta, porém com um propósito, encontrar os quatro. Primeiro lugar, Lei Porto.


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Notas finais do capítulo

E ae, pessoal, beleza? Bem tá ai mais um capítulo, vou começar introduzir mais na história principal, e como podem ver, a ação vai ganhar um UP nas histórias a partir de agora. Obrigado pela visita, e boa leitura.



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