Pov. Chad

Estou me sentindo como um adolescente retardado. Desde que as garotas se mudaram para o apartamento ao lado minha vida deu uma reviravolta desnecessária. Se fossem garotas qualquer eu não me sentiria assim, pelo contrário até ficaria feliz.

 Quem não ficaria feliz tendo três gatas morando no apartamento ao lado? Bom eu não fiquei, pois elas são muito loucas e irritantes.

 Já no primeiro dia arrumaram confusão, quase fomos expulsos por causa delas e ficamos de detenção, agora terei que aguentar Victoria Starks por dois dias.

 Ok. É só ter calma Chad, será por uma boa causa. É só se controlar e fazer o que tem que ser feito. E seja o que Deus quiser.

 — Você de o fora daqui Nicolas, a Victoria chega em 5 minutos! - Disse o apressando.

 — Isso tudo é ansiedade para ficar sozinho com ela? - Riu o imbecil.

 — Não viaja Nick! - Falei irritado.

 — Se te deixa mais feliz, Ryan já saiu para se encontrar com a Cassie - Avisou pegando as chaves -Fui!

 Logo depois que Nicolas saiu fiquei esperando por ela, mais alguns minutos e a campainha tocou.

 Abri a porta a encarando. Ela usava um vestido vermelho, curto o bastante para chamar a minha atenção. Tinha os cabelos soltos e me encarava séria, o que deixava ela ainda mais bonita.

 — Esta atrasada! - Disse dando passagem a ela.

 — Oi para você também, ah e eu estou ótima! Obrigada por perguntar! - Falou irônica.

 Ela passou por mim deixando um cheiro de perfume doce no ar, ela segurava um caderno e um Notebook. Ok, isso vai ser torturante. Não posso negar, ela é bonita mas não posso nem se quer pensar em ter algo com ela. Não mesmo.

 — Vai ficar ai, me olhando? - Perguntou parada no meio da sala.

 Só ai me dei conta de que ainda a encarava da porta. Fechei a mesma e fui até ela.

 — Quer alguma coisa? - Perguntei.

 — Não, obrigada! - Respondeu ela.

 — Ahn, senta - Pedi.

 Ela se sentou no sofá e acho que fique alguns longos segundos encarando suas pernas. Ela ficou vermelha, droga!

 — Ok... Por onde começamos? - Perguntei cortando o clima constrangedor.

 — Ah, não sei! - Abriu o caderno e folheou algumas páginas - Talvez... Por aqui! - Mostrou o caderno.

 — Posso ver? - Me entregou o caderno e ligou o seu Notebook.

 Foi um dia complicado. Concordavamos em algumas coisas, já outras passamos muito tempo discutindo, ela era uma pessoa difícil e sempre achava que estava certa. Mas no fim , estávamos quase lá.

 — Ah nem foi tão ruim assim - Eu disse - Pensei que seria pior!

 — Se quisesse que as coisas fossem piores era só me falar... Dava um jeito de quebrar a sua Tv já que Lucy quebrou o som.

 Disse fazendo uma cara engraçada e eu não tive como não rir.

 — Já até esqueci desse ocorrido. - Falei - Mas não irei esquecer seus ataques contra mim.

 Ela gargalhou possivelmente lembrando dos incidentes.

 — Sério. Você tem algum problema comigo? Juro que vou tentar te entender! - Tentei ser compreensivo.

 — É sério - me olhou indignada - Não fiz de propósito. É que você sempre aparece quando tenho algo em mãos!

 — Fico feliz por não ter sido um martelo - Me encarou sorrindo. Deus que sorriso - Tem que tomar cuidado com esse seu problema de desastre... Um dia pode acabar matando alguém!

 — Não se preocupe. Você será o primeiro! - Falou sorrindo.

 Pegou suas coisas e a levei até a porta. Antes de sair me encarou.

 — Te vejo amanhã? - Perguntou.

 — Com certeza! - Respondi.

 [...]

 Pov. Ryan

 Lá estava eu, em uma cafeteria esperando por Cassie. Esses últimos dias foram muito turbulentos. Desde que as garotas chegaram, nossa vida virou de cabeça para baixo. Já quase fomos expulsos no primeiro dia de aula delas, isso assusta as pessoas. Eu só consigo pensar em como será daqui para frente.

 Mas enfim lidar com a Cassie vai ser difícil, porém já tive que lidar com coisas piores! Ela não vai parar a minha vida.

 A garota atravessou a porta da cafeteria e assim que me avistou veio em minha direção.

 Das três eu podia dizer que ela é digamos... A mais descente e também educada. Esse tipo de garota não era bem meu tipo, não que tenha passado pela minha mente ter algo com ela. Longe disso. Muito longe!

 — Olá - Eu disse.

 — Oi! - Disse se sentando na minha frente.

 Vamos lá Ryan, você é um garoto educado. Vamos tirar essa má impressão!

 — Ok. Não tivemos um bom começo certo? - Me encarou - Só acho que para isso dar certo... Temos que... Que esquecer! Isso, esquecer o que aconteceu!

 Respirou fundo ainda me encarando

 — Com certeza, bater a porta na minha cara não foi um bom começo! - Cruzou os braços.

 —Ta certo! - Suspirei - Me desculpe por isso. Não queria ser grosseiro com você.

 Sorriu. Mas que mania que ela tinha de encarar as pessoas, apesar que eu gostei da cor dos olhos dela era um castanho claro que prendia a sua atenção.

 — É, não foi muito delicado da sua parte!

 — Então eu estou desculpado?

 — Veremos! - Tirou um caderno da bolsa - Que tal começarmos?

 — Boa ideia.

 Começamos a debater o assunto da pesquisa, sim ela era uma garota muito inteligente para o tamanho dela. Fico imaginando onde ela guarda isso tudo naquele corpinho pequeno?

 As vezes me perdia em coisas que ela falava pois ficava encarando seus olhos por algum tempo indeterminado. Outras vezes ela ria de coisas que ela mesmo falava. O trabalho estava ficando cada vez mais incrível e Cassie também se mostrou ser uma pessoa incrível, ela era totalmente ao contrário da figura que eu imaginei na minha cabeça.

 Assim que terminamos eu a levei para casa e provavelmente terminaremos amanhã depois da faculdade.

 Eu não queria, mas fiquei ansioso.

 [...]

Pov. Nicolas

 — É só ter calma - Repeti a mim mesmo - E não tentar mata-lá!

 Repetia isso a mim mesmo diversas vezes antes de tocar a maldita campainha da casa da Walker.

 Obvio, eu tive que tomar um calmante antes de vim para cá. Sabe Deus como esta o humor daquela garota. Nas poucas vezes que nos vimos quase nos matamos e digamos que ficar sozinho com ela por algumas horas... Bom, é algo tentador. Eu poderia deixa-lá desacordada, colocar ela em um pacote e mandar para marte. Mas pensando bem, se alguém descobrisse eu seria preso e meus pais me matariam! Por isso os calmantes!

 Toquei a campainha umas duas vezes e já estava perdendo a paciência . Apertei o botão quase quebrando aquela droga. Ela abriu a porta. Já estava com uma cara emburrada!

 — É retardado? - Gritou.

 — Não. E você é surda? Toquei três vezes essa merda! Eu tava quase desistindo.

 — Não começa a me estressar! - falou dando passagem pra eu entrar.

 Segurei o riso. Ela esta sempre estressada. Credo!

 Já fui logo sentando no sofá. Ela me olhou por algum tempo e se sentou também só que bem... Distante.

 — Eu não mordo! - Sorri

 — Prefiro não arriscar. - Falou seca.

 — Olha, com você tão longe, não vai dar para fazer a pesquisa. - Falei a olhando. Deus me de Paciência.

 Ela respirou fundo e se aproximou um pouco cautelosa. Tinha uma cara de desconfiada engraçada na cara.

 — Isso tudo é repulsa ou medo de mim? - Perguntei.

 — Ta brincando? Eu com medo de você? - Gargalhou - Continue sonhando.

 Me aproximei dela e ela se afastou em um impulso me fazendo rir.

 — Isso é... Repulsa. Repulsa total! - Se defendeu.

 — Uhum. Vou fingir que acredito! - Sussurrei.

 — Ok. Vamos ao que interessa - desconversou.

 — Ótimo. Quanto menos tempo eu passar aqui, melhor!

 Ela me encarou provavelmente querendo me matar.

 — Não esta sendo nada agradável passar esse tempo com você também, seu idiota! - Falou raivosa.

 — Olha, tantas garotas gostariam de estar no seu lugar agora. Não reclame. - ela riu.

 — Vai por mim, eu trocaria com qualquer uma delas! - deu um sorriso de Vitória - Ainda me pergunto porque Deus fez isso comigo. Ficar horas com um cara idiota como você. Francamente!

 Me senti meramente ofendido com suas palavras.

 — Nossa, engato na ofença agora né garota!

 — É lucy! - Falou trincando os dentes.

 Era engraçado irrita-lá . Ela fazia uma cara de nervosinha que deixava ela uma perdição.

 — Ok. Você já disse isso!

 — E você nunca se lembra! - Gritou.

 — Isso não esta dando certo!

 E não estava mesmo. Se eu for resumir as 2 horas que passamos juntos, eu agradeço aos calmantes se não teria a matado.

 Nos poucos minutos que nos aturamos, fizemos o trabalho. Já o resto do tempo discutimos, brigamos, quase nos matamos. Irritei ela o bastante pra ela me perseguir com um vaso de flores por 20 minutos sem parar.

 — Até que você... Fica bonitinha... Quando esta brava. - Falei rindo ainda ofegante.

 — Some da minha frente. -Gritou tacando uma almofada na minha cara.

 Abri a porta mas antes de sair a encarei.

 — Tchau ai... Garota! - Fechei logo a porta.

 Senti outra almofada sendo chocada contra a porta e um grito logo depois

 — É Lucy! - Gritou.

 Isso foi o bastante para me dar uma crise de risos.

[...]

Pov. Lucy

 Filho da mae, desgraçado! Por Deus, não sabia onde enfiar a minha cara de tanta raiva. Aquele sim era o capeta em forma de gente e tinha o dom de me tirar do sério.

 A porta foi aberta. Vick e Cassie entraram falando animadas.

 — Pensei que séria pior sabe. Mas... - Cassie falava mas parou encarando a casa e seu estado desastroso - Esta... Tudo bem?

 Respirei fundo e tentei sorrir.

 — Claro. Esta, tudo ótimo! - me encarou erguendo a sombrancelha.

 — Aham! Mas como eu ia dizendo, foi bom sabe. Ele foi gentil e educado e pediu até desculpas.

 — Uau - Vick disse - Deu para ver que você gostou do encontro.

 — Foi tudo muito...Profissional. Foi pela pesquisa. Só agradeço por ele ter sido compreensivo, facilitou as coisas - Sorriu- E o seu? Como foi?

 — Bom estamos vivos certo? - Jogou a bolsa no sofá - Não foi tão terrível!

 — E você Lucy? - Perguntou Cassie.

 — Eu o que?

 — Como foi fazer o trabalho com o Nicolas?

 Só de tocar no nome daquele capeta a vontade que tive foi de dar um murro na parede. Ela viu meu estado e já fez uma cara receosa.

 — Foi um desastre! Quase nos matamos! Aquele garoto é um imbecil. Desgraçado! - Soquei o sofá - Não vai dar, não vou conseguir terminar a pesquisa com aquele idiota! - Gritei.

 — Ok. Calma Lucy, eu posso ajuda-lá se quiser - Disse Cassie.

 — Você e esse garoto um dia se matam! - Murmurou Vick.

 A porta foi aberta brutalmente. Era Katy que saltitava e falava sem parar.

 — Gente a festa. Será a fantasia, depois de vocês entregarem o trabalho poderíamos sair para compra-las! - Gritou.

 — Isso! até que enfim algo bom - Vick falou animada.

 — Tudo bem, podemos ir depois da aula! - Cassie falou.

 Ótimo. Uma festa, eu estava mesmo precisando!