Pov. Katy

Já fazia uma semana desde que a casa pegou fogo. O meu sogro já tava enlouquecendo com tanta gente na casa dele e nos mesmos estávamos cansados de ficar hospedados lá. Não que o pai do Tyler tivesse sendo ruim com a gente, claro que não, na verdade ele tava sendo bom demais até, mas é que estávamos ficando cansados, pois a casa tinha pouco espaço, o Vegas tava dando muito trabalho e até brigando nos já estávamos. Já estamos discutindo por tudo de um jeito exagerado, ate porque só tem um banheiro nessa casa, imagina pra tomar banho à briga que era.

Hoje graças a Deus era sábado. Por isso acordamos bem cedo e fomos procurar em cada canto de Nova Iorque uma casa que pudesse abrigar, nove pessoas e um cachorro!

Primeira Tentativa...

–Gente, pera ai... Que lugar horrível é esse? - Perguntei.

O lugar que a gente tava parecia um faroeste, uma casa tipo abandonada que ficava atrás de um bar que só pra ressaltar estava com a placa quebrada, pendurada de um só lado. Não tinha muitas casas naquela rua, nem sei se vinha luz elétrica dali! Mas era a primeira opção da lista que a imobiliária tinha nos dado hoje mais cedo.

–Pelo amor do guarda! Não vou morar aqui! – Disse ajeitando a bolsa no ombro preparada pra ir embora.

–Não julgue antes de observar por dentro, Katy! – Disse Ryan me puxando pelo braço. Mesmo fazendo careta com a imagem bizarra daquele lugar ele incentivou todo mundo a entrar.

Tipo foi a pior idéia que ele teve, mas só descobrimos depois de entrar e ver por dentro! A velha que abriu a porta pra nós parecia uma gorda drogada, simplesmente abriu a porta e nos deixou falando sozinhos e foi fumar na varanda. Eu tive uma ótima primeira impressão dela.

A casa era totalmente fora de cogitação. Muito suja, não era tão grande assim, só tinha 3 quartos e nenhum deles havia janelas, deixando os quartos muito escuros e cheios de pó. Até a tinta da parede estava saindo, dava pra ver o reboco por trás de algumas tintas e aquilo tava horrivel. Tinha marca de água no teto quando chovia, e pingava água de quase todas as torneiras sem contar com os buracos no telhado, que com certeza deveria fazer a casa inundar quando chovia.

Ou seja, concluído isso tudo, essa casa deveria ser demolida. Acredito que ninguém deveria morar num lugar desses.

–Ai porra! – Lucy gritou do nada, totalmente desesperada me assustando – Eu vi um rato ali! Puta que pariu! Um rato enorme!

Ela se escondeu atrás do Nicolas que não tava entendendo nada porque ela não parou de gritar até eu ver uma coisa passar correndo atrás do sofá e eu também surtei.

–Ai Tyler – Corri na direção dele tão desesperada que me joguei no colo dele que me segurou tirando meus pés do chão. – Ai! Mata ele!

–Eu quero sair daqui! Quero sair daqui agora – Lucy dizia dando pulinhos histéricos e gritava pra Nicolas tirar ela de lá. Dava pra ouvir o som do rato roendo as cordas do sofá e aquilo tava me causando arrepios.

Os outros não pareceram ver o que eu e Lucy tínhamos visto por isso só olhavam confusos pro chão procurando pelo rato. Apenas Jason parecia meio preocupado e estava afastado de todo mundo com os olhos arregalados olhando pro sofá. Cassie que insistiu em trazer o Vegas com ela, o deixou escapar do seu colo e ele correu farejando atrás do sofá.

–Eu to ouvindo ele atrás do sofá, meu Deus! – Vi uma lagrima descer dos olhos de Lucy e percebi que ela realmente tinha medo de ratos, ela já tinha dito uma vez, mas eu realmente achei que não fosse algo tão serio assim! Nicolas parecia meio preocupado e meio sem saber o que fazer. – Alguém mata esse negocio pelo amor de Deus!

–Ninguém vai mata meu rato! – A senhora saiu da varanda com os gritos da Lucy e foi até atrás do sofá e pegou o rato nas mãos. Eu quase vomitei nessa hora e vi Jason empalidecer do meu lado.

–Desculpa senhora, esse rato é seu? Você cria isso? – Tyler perguntou indignado comigo ainda no seu colo.

–É claro, cachorros e gatos estão fora de moda. Eu gosto do meu rato, e tenho outros por aqui casos vocês queiram quando se mudarem! – Eu realmente senti muita vontade muito forte de vomitar quando ela acariciou a cabeça daquele bicho nojento e sujo.

Um estrondo no chão fez todo mundo olhar pra trás. Jason tinha desmaiado, caído como uma fruta podre no chão e tava mais branco que papel.

–Ai droga – Vick, mesmo enojada correu na direção dele – Alguém pega um copo de água, por favor?

–Eu é que não vou nessa cozinha. Sabe lá onde mais tem ratos nessa casa – Cassie disse. E quando observei ela estava em cima de uma mesa segurando uma vassoura, olhava parecendo uma psicopata pro chão, como se fosse ser atacada a qualquer momento.

–Eu pego! – Nicolas fez menção em ir à cozinha e Lucy o segurou pelo braço.

–Nem pense em me deixar aqui! – ela disse entre dentes agarrando o punho dele – Você não vai sair daqui!

–Mas eu...

–Tudo bem, tudo bem. – Chad suspirou – Eu pego!

Ele sumiu indo até uma porta. Vick e Ryan estavam em volta do corpo estirado do Jason no chão e abanava ele pra acordá-lo, até o Vegas lambia seu rosto e nem sinal de vida dele. A mulher parecia se divertir com a cena e ainda tava com o rato na mão e aquilo tava me deixando agoniada.

–Katy, minhas costas já ta doendo! – Tyler sussurrou no meu ouvido pronto pra me por no chão.

–Se você ousar me colocar nesse chão, sou capaz de terminar com você! – ele me olhou incrédulo – Não estou brincando! – ele bufou.

Chad apareceu da cozinha com uma jarra de água e tacou na cara do Jason que acordou tossindo desesperado, Ryan o ajudou a se levantar e estávamos prontos pra dar o fora daquela casa o mais rápido possível.

–Não vão comprar a casa? – ela nos abordou na saída.

–Nem pensar! – Cassie disse a mulher. – Vou mandar é a vigilância sanitária visitar esse lugar!

[...]

Pov. Vick

Segunda Tentativa...

Depois daquela cena bizarra nos seguimos pro segundo endereço na lista da imobiliária. Katy fez Tyler leva-la até o segundo quarteirão no colo dele, o coitado quase ficou sem coluna. Já a Lucy ainda se recuperava do susto, desde que a conheço eu sei o pavor que ela tem por ratos e esses bichos nojentos.

A segunda casa não ficava num bairro tão horrível como o primeiro, até agora pelo menos parecia uma casa normal, um bairro bem movimentado com casas grandes e bonitas. Ao passarmos pela rua dava pra notar que era um local bem melhor que o primeiro o que me deixou bem mais otimista.

–Acho que fica naquela rua – Apontou Ryan pra uma rua estreita, enquanto olhava o endereço no papel.

A casa era enorme! Tipo, bem grande. Mas tinha alguma coisa nela que logo por fora já trazia um ar meio... Sinistro!

–Não tem placa! – Observei.

Todas as casas que estão à venda normalmente têm placa.

–Tudo bem, vou perguntar pra aquelas crianças ali – Disse Tyler pra uma rodinha de crianças que brincavam na casa ao lado. – Hey, licença! – ele gritou, as crianças pararam de brincar com a bola e olharam curiosas pra ele – Vocês sabem se essa casa esta venda?

O menino loirinho encarou a casa e logo arregalou os olhos. Trocou olhares pras outras crianças do lado.

–É, esta sim...

–Mas você não vai querer compra essa casa. Te garanto! – Disse o moreninho interrompendo o amigo. – Dizem que é assombrada!

–O que? – Perguntei me interessando pelo assunto – Como é, que é?

–Essa casa ta a venda já faz muitoooo tempo, moça! – Disse uma menininha de trancinhas olhando pra mim – Mas ninguém compra ela, porque não conseguem morar ai. Tem fantasmas!

–Fantasma? – Cassie perguntou num fio de voz.

–Não é nada Cassie – disse ryan assegurando – Relaxem meninas, é só papo de crianças. Vamos!

–Não é não – se irritou o menino loirinho se aproximando mais de nos pela cerca da casa dele – Perguntem a qualquer vizinho daqui, essa casa é assombrada. Teve um assassinato ai dentro.

–Deixa eles irem Billy – A menina puxou ele pelo braço – Vão se arrepender!

–Espera... – Disse interessada nessa historia de assassinato. Mas eles nos deram as costas, deixou à gente falando sozinho depois de dizer tudo aquilo sobre a casa. – É serio isso? – me voltei pro pessoal atrás de mim.

–Nem vou falar nada – Katy disse pondo a mão na testa como se estivesse cansada. – Só pode ser brincadeira.

–É brincadeira – disse Nicolas observando a casa – Nem parece tão horrível assim!

Na verdade, eu nem tinha reparado muito, mas a casa parecia sei lá, um manicômio. Era tão grande e tão escura, a pintura era de um cinza escuro quase preto, e as cercas eram de madeira marrom, mas estava desbotada, já a grama parece que fazia anos que ninguém aparava aquilo, tava quase um matagal.

–Na verdade parece péssimo – Lucy sussurrou.

–Vamos, é só uma olhada gente. Não vai matar! – Chad disse e empurrou Jason pelo caminho que não queria ir – E vê se não desmaia de novo!

O corretor que tava ao lado da casa e nos nem vimos não entrou com a gente, ele deu uma desculpa de que estava gripado e a casa estava com muito pó, o que só nos deixou mais desconfiado porque ele não parecia nada doente. Mas ele ficou brincando com o Vegas enquanto entramos pra ver a casa.

Parecia o palácio da Cinderella depois de um feitiço da madrasta má. Todas as janelas fechadas, e as cortinas escuras indo do teto ate o chão, quase não dava pra enxergar nada dentro da casa. Aquela escada enorme, bem parecida com aquelas de filme onde as casa são muito grandes.

De repente a porta bateu atrás de nós se fechando com um barulho alto que realmente me assustou.

–Ai meu Deus do céu! – eu sussurrei, e mesmo sussurrando minha voz fez um ecôo enorme pela casa toda, parecia que eu tinha gritado.

–Calma, foi só o vento! – Chad passou o braço pelos meus ombros me incentivando a subir as escadas com ele.

–Nem vem que eu não vou te pegar no colo de novo – Tyler já foi avisando quando viu Katy choramingando sozinha. Ela bateu nele com a bolsa dela e subiu na frente dele emburrada.

No andar de cima tinha tantas portas que era difícil contar, eu não sabia se era quartos ou outros cômodos, não dava pra saber, estavam todas trancadas e nos não tínhamos as chaves e pra ajudar estava muito escuro.

–Acho que o corretor nos esqueceu de dar as chaves dos quartos! – Observou chad olhando pro molho de chaves que só tinha Duas.

–Que bom não é, vamos embora então! – Jason fingiu um sorriso animado, mas Chad o puxou pelo colarinho.

–Calma, temos uma chave a mais. Ela deve abrir uma dessas portas!

–Eu realmente não quero saber o que tem atrás dessas portas – Lucy disse – Vamos embora!

Chad já estava pronto pra protestar, quando de repente ouvimos um barulho vindo de um dos quartos. Jason nem se quer esperou alguém se pronunciar ou dizer algo, já saiu correndo que nem um louco tropeçando nos degraus da escada dizendo “Fantasma, fantasma” como um retardado. E eu que não sou boba nem nada corri junto, atrás dele, não tava a fim de ficar aqui, e aquele barulho só me incentivou a sair correndo.

Os outro fizeram o mesmo e o barulho realmente continuou agora mais alto, todos nos já gritávamos. E o desespero pra abrir a porta foi tanto que quase não conseguimos sair, todo mundo tentando abrir a porta ao mesmo tempo. O pior mesmo foi pra sair, todo tentando passa pelo espaço minúsculo da porta deu merda né. Atrapalhamos-nos e caímos, levamos o maior rola na escada da porta e eu até bati meu braço.

Aquelas crianças malditas ficaram rindo da varando da frente, e eu quis bater nelas.

–Não vamos ficar com a casa, obrigado! – Chad disse ainda estirado no chão estendendo a chave pro corretor.

[...]

Terceira tentativa...

–Se dessa vez não der certo, sou capas de chorar e me mudar pra debaixo da ponte! – Eu disse emburrada enquanto estacionávamos o carro na frente de uma outra casa.

Nossa terceira tentativa, eu já tava completamente desanimada e esperando pelo pior. Na primeira foi a casa mais nojenta que já vi e pra ajudar a dona parecia uma louca que coleciona ratos. Já a segunda era assombrada. Não sei o que esperar dessa daqui!

–Uma hora vamos achar uma casa, se não for essa vai ser outra. E se não for hoje, pode ser outro dia! – Disse Cassie, mesmo desanimada.

Saímos do carro observando o bairro. Ele era bem mais afastado da faculdade do que os outros, mas era bem movimentado e bom, ate agora parecia tudo muito normal. Muito bom. Muito estranho.

–Vamos! – Nicolas seguiu na frente, a casa por fora parecia pequena, o que já me desanimou um pouco, mas ela tinha um jardim enorme, e se caso comprássemos, poderíamos aumentar a casa depois.

Tinha um corretor na frente da casa que provavelmente estava esperando por nós, pois sorriu quando chegamos.

–Ola, eu sou Steven, é um prazer conhecer vocês. A imobiliária me ligou e disse que provavelmente vocês viriam ver a casa hoje! – ele sorriu.

–Já gostei de você, porque até agora ninguém nos recebeu bem – Katy disse retribuindo o sorriso.

–Se gostaram de mim tenho certeza que irão gostar da casa também. Vamos, não iremos perder tempo.

A animação do steven pareceu nos contagiar também. Ate porque estávamos sem motivação nenhuma pra prosseguir com a busca de mais uma casa. Já tinha colocado na minha cabeça que se não fosse essa eu não acharia mais nenhuma hoje.

Enfim, Steven nos levou pra dentro de casa e graças a Deus não tinha ratos, nem fantasma. Mas ela não era grande como gostaríamos. Não imaginava nove pessoas morando naquele cubículo.

Mas fora isso a casa era bem cuidada, estava em boas condições e se não achássemos outra, teria que ser aquela.

–Olha, tem um cachorro aqui? – Jason perguntou olhando pra varanda de trás da casa.

–Ah não, esse cachorro não é daqui. É do vizinho do lado, mas ele sempre foge pra cá – disse o corretor sem nem olhar.

–E isso não seria um problema se nos mudássemos pra cá? – perguntei.

–Não, acho que não – ele deu de ombros não dando muita importância.

Eu não levei muita fé nesse acho dele. Mas ignorei. Observei Vegas correndo pela sala vazia espalhando baba por tudo quanto é lado e depois olhei pela janela da cozinha. Aquele outro cachorro parecia um urso raivoso, acho que era um rottweiler. E tava rosnando pra janela da onde eu tava me deixando assustada.

–Cadê o Vegas? – perguntou a Cassie olhando pela sala. Eu já ia responder que ele estava correndo pela cozinha, mas ela viu a porta aberta – Ah, ótimo deixaram a porta aberta! Vou procurá-lo.

–Vou com você! – disse Lucy e eu fui junto com elas.

Lá fora já tava começando a fazer frio e eu tava morrendo de fome. Passamos o dia todo vendo casas e já deveria ser umas 15:00 da tarde, fazia umas quatro horas que eu não colocava nenhuma gota de água na boca.

–Vegas! – Cassie gritava pelo quintal grande – Vegas!

–Seu cachorro pulguento, se não aparecer vou te afogar na banheira de casa! – Lucy gritou.

–Agora ele não aparece mesmo – falei olhando pela rua pra ver se ele não tinha ido por ali.

Os meninos apareceram minutos depois com o corretor atrás deles enchendo o saco, já tinham dito que não iríamos ficar com a casa, mas ele insistia, tava vendo a hora de um deles bater no coitado.

–Acharam o Vegas? – perguntou Jason e eu disse que não. Ele foi correndo pelo gramado e estacou quando viu o cachorro – Acho que o achei!

Mas ele tava tão travado olhando pra alguma direção que fiquei preocupada com ele. Corremos até ele e parei do lado dele observando o Vegas rosnando de volta pro rottweiler que parecia disposto a aniquilar nosso cachorro pequeno e fofinho.

–Ah, filho da mãe! – disse cassie com raiva – Porque ele tem que fazer bagunça e arrumar confusão?

–Porque é de família isso – Tyler disse e eu ri concordando com ele. – Alguém vai lá pegar ele, porque eu não vou!

Jason mesmo sendo medroso foi a passos lentos e curtos na direção deles, o cachorro começou a latir quando Jason se aproximou. Ai ele desembestou e saiu correndo, pegou o Vegas , o colocou debaixo do braço, só que o rottweiler não gostou muito dele ter atrapalhado a briga dele e avançou pra cima de nós.

–Ah que merda...- Murmurei baixinho.

Só deu tempo de virar pra trás e correr, correr como se fosse a ultima coisa que fazíamos na vida. Aquele cachorro latia, e Jason se esforçava pra segurar o Vegas nos braços que lutava pra se soltar na direção do cachorro.

Eu sentia que eu ia morrer, a qualquer momento. Tropecei varias vezes, esbarrei em varias latas de lixo, na calçada, e principalmente em pessoas. O corretor mesmo se escondeu no carro dele, enquanto nos já estávamos em outro lugar bem longe. Vimos um portão dourado abrir pra um carro passar e entramos por ali mesmo.

–Hey. Não podem entrar aqui! É um condomínio fechado – Gritou um segurança.

Mas nos não estávamos ligando nem um pouco, eu ainda podia ouvir o cachorro latindo bem atrás de mim e minha vida passar diante dos meus olhos como um flash. Conseguimos nos esconder em uma única casa que estava com a cerca aberta e caímos todos no gramado assim que Ryan fechou a cerca.

Ficamos surpresos quando um homem apareceu na grama pregando uma placa bem na nossa frente que dizia “Vende-se”.

–Desculpa, a casa esta venda? – Nicolas perguntou surpreso, ainda estirado no chão.

–Esta sim!

[...]

A casa era tudo que pedimos a Deus, um palácio praticamente. Estava dentro dos nossos padrões pra pagar e tinha muitos quartos, a sala era grande e a garagem também, não tinha ratos e nem fantasma, nem cachorro raivoso, ela era linda. Muito linda.

Finalmente, depois de Três tentativas desastrosas. Encontramos nossa casa! Nossa futura casa!