No Compartimento do Expresso de Hogwarts escrita por Mary N Braga


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Nervosos por causa do jogo do Brasil? Aquele juíz ladrão anulou o gol do Hulk, cara, não bateu na mão dele! Indignei.
Gente, voltando para o capítulo, esse é muito importante, ok? Então, aproveitem!



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Elza's POV

~novembro~

Sentei-me embaixo da árvore em que sempre me sentava. Sentava nela pois era distante dos outros, e eu gostava de ficar distante.

Suspirei. Eu não mudara muito desde o ano passado. Mas recentemente fizera o que pode se chamar de "amizade" com Kristoff Brown, da Lufa-Lufa. Ele era simpático, e não parecia ter medo de mim como os outros tinham.

Eu apoiei a cabeça em minha árvore e fechei os olhos.

Então, senti que alguém me observava, e abri os olhos. Eu estava certa.

– Olá - Jack Frost Jackson, um aluno de primeiro ano, também da Sonserina, disse.

Lembrei-me do dia em que esse garoto foi selecionado, um mês atrás.

" - Jackson, Jack Frost! - chamaram. Eu não estava prestando a mínima atenção na seleção, mas quando ouvi esse nome imediatamente olhei para cima. Esse era um nome que eu com toda certeza não esqueceria. Era engraçado. Só um pouco. Ok, era muito engraçado. Mas quando focalizei Jack Frost Jackson, esqueci do que poderia ter graça nisso.

Jack Frost Jackson tinha cabelos brancos. Muito brancos, mais até do que os meus, que eram levemente loiro, talvez um 'off white'. Os dele não. Os dele eram brancos mesmo. Além disso, seus olhos eram azul-escuros, como gelo, só que escuro. E sua pele era um branco... eu não sei, mais azulado. Mas fora isso, Frost era igual a mim.

– Sonserina! - e até ficaria na mesma casa que eu.

Mas eu sabia que ele não podia ser completamente igual a mim. Ele não fazia o que eu fazia. Eu era a única de meu tipo."

Frost ainda me olhava, esperando uma resposta. Pisquei algumas vezes, ainda um pouco atordoada, mas disse baixinho:

– Oi.

Frost olhou em volta, provavelmente procurando algo a dizer. Não foi preciso muito tempo para encontrar.

– Que estranho, nevando no outono - ele disse, olhando para uma pequena nuvem, que eu tinha criado inconscientemente, acima de minha cabeça.

Ele devia estar me zoando.

Ele pegou um galho não muito grosso de minha árvore. Franzi o cenho. Aquilo me deixara um pouco brava. Como se a árvore já não estivesse perdendo todas as folhas ainda vinha Frost e lhe arrancava um galho!

De repente, o galho em suas mãos congelou. Era um gelo diferente, cheio de arabescos. Parecia com algumas coisas que eu fazia. Arabescos de gelo.

– Isso é mais estranho ainda, um galho congelado no outono! - exclamou Frost. Agora era visível que ele definitivamente estava brincando.

Com o galho ele tocou a minha árvore, que congelou com os mesmos arabescos que o galho tinha.

– Ok, isso é realmente muito mais estranho! - ele me olhou, como se esperasse que eu dissesse algo.

Foi então que eu percebi, que eu encaixei tudo. Como pude ser tão burra?! Como pude não ver o porque de Frost não ser tão parecido comigo?! Agora o motivo me era óbivio.

Jack Frost Jackson era um Congelante.

Ele entendeu que eu tinha matado a charada. Mas eu continuava sem ação.

– Posso? - perguntou, indicando a árvore. Fiz que sim, e Frost sentou-se ao meu lado, também encostado na árvore.

Suspirei e encostei minha cabeça na árvore novamente. Fechei meus olhos com força.

– Você... é... igual a mim? - perguntei-lhe, hesitante.

Como ele não respondeu, abri meus olhos. Ele simplesmente confirmou com a cabeça.

Tentei dar um sorriso, mas pareceria forçado então desisti.

– Ok... Isso pode parecer estranho para você mas... eu... preciso de ajuda - Frost disse. Olhei para ele, e vi que falava sério.

– Então... quem sabe não pode me ajudar? Afinal, quando as pessoas descobrirem o que faço... talvez façam comigo o mesmo que fazem com você - ainda sério.

Pensei um pouco sobre isso. Ele estava sugerindo que fossemos amigos?!

– Essa... é uma idéia ruim.

Ele pareceu bem desapontado.

– Mas não é terrível - eu disse, e dei um sorriso pequeno, que não foi tão forçado assim. Ele percebeu que eu o ajudaria, e deu um sorriso também.

Definitivamente a idéia era ruim. Se ele andasse comigo, aí sim as pessoas suspeitariam dele. Mas mais cedo ou mais tarde descobririam, e se eu o ajudasse talvez ele já soubesse lidar com isso. Então a idéia era ruim, mas não era nenhuma tragédia em forma de pensamento.

– Elza - disse-lhe estendendo a mão.

– Jack - ele apertou-a, comprimentando-me.


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Notas finais do capítulo

E aí? Será uma amizade nova (claro que é, mas ok)?
Obrigada pelos seis reviews no capítulo passado!
Preparem-se, no próximo capítulo tem treta!
Deixa eu ir, já começou a prorrogação do jogo.