More Than Super Heroes escrita por Captain


Capítulo 8
Avante vingadores


Notas iniciais do capítulo

Oooooi, gente. Primeiro queria pedir desculpas, porque esse capítulo era pra ter sido postado no domingo. Porém, aconteceram uns imprevistos e teve tbm o carnaval, o que dificultou muita coisa. Falando em carnaval, curtiram muito? e quem não gosta, aproveitou o feriadão fazendo algo que goste? espero que sim.

Enfim, galera. sem mais delongas, ai vai o capítulo. Espero que tanto os que comentam como meus amiguinhos fantasmas, gostem do capítulo. have fun!



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Era uma sala velha no subterrâneo, com paredes e chão de aço, com estreitos corredores. uma fraca iluminação que tinha como foco somente a porta grossa, deixando um visual bem sombrio ao ambiente. As paredes ao redor da sala eram arranhadas como se alguém escrevesse nelas.

O homem de terno não se sentia confortável naquele ambiente, ele soava e tremia enquanto olhava para os lados, apreensivo; a gravata parecia ficar menor em seu pescoço a cada segundo e o velho louco ao seu lado só o deixava mais nervoso.

— Dizem que a bomba atômica foi a pior coisa que os Estados Unidos fizeram, mas estão enganados. O homem de escudo que veste a bandeira do país deles foi a pior delas. O soldado perfeito! — O velho falava entre risos, sem vergonha de mostrar os dentes podres da boca.

O homem de terno apenas ignorou aquilo.

— O que você esconde na manga? — O homem perguntou a outro que estava sentado em uma mesa a sua frente. — Precisamos saber logo qual será o próximo movimento.

— Eu não dou as ordens aqui. — O homem da mesa falou simplesmente, apoiando os cotovelos.

— O que quer dizer com isso?

O homem de terno sentiu seu corpo se paralisar ao escutar batidas de metal nos corredores, se virou assustado e trêmulo com as batidas que vinham acompanhadas por um alto zunido que se aproximava cada vez mais.

— Ele é quem manda. — O outro homem disse simplesmente. — Aguarde... Ele já esta chegando.

— Ele? — perguntou confuso engolindo a seco enquanto continuava a esperar; o que era torturante e assustador. Tinha a sensação de alguém apertando seu coração. As batidas de metal não sessavam, somente ficavam mais altas. Era como escutar dois metais se chocando. Ele olhava trêmulo para a porta. — O que é ele?

— Ele foi quem humilhou o soldado invernal em um combate onde ele estava desarmado, ele é quem faz as missões que o soldado invernal não consegue cumprir.

— O soldado perfeito foi criado para a guerra — Era a vez do velho louco falar —, mas ele nasceu e foi moldado na guerra... Já o monstro... — O velho ria alto deixando o homem de terno mais assustado. — Foi ele quem dizimou um batalhão inteiro do exercito americano e ainda por cima destruí aquela vila na Arábia... Totalmente sozinho...

O homem de terno sentiu o coração parar quando a porta grossa a sua frente foi aberta.

— Meu deus... O que diabos é você?

********

Era uma madrugada calma, mas que já estava sumindo. O céu de negro mudava para azul claro, enquanto os pássaros começavam a despertar, provavelmente toda Nova York dormia ou já se preparava pra encarar o dia que vinha pela frente.

Na torre não era diferente. Todos dormiam, exceto Steve, que havia acordado cedo. Pra ele, sempre era difícil ter uma boa noite de sono com uma missão a caminho. E ele não se preocupava em poder ir para missão e voltar pra casa, mas sim em ir para missão e assegurar que todos os seus companheiros voltassem para casa.

Ele tomava um café feito por ele mesmo sentado na sacada da torre, enquanto encarava a fundo a vasta cidade de Nova York. Sua mente no momento estava pensando em mil coisas ao mesmo tempo. E em tantos pensamentos o principal era em Bucky. O loiro nutria várias esperanças de encontrar ou ter pelo menos pistas sobre o antigo companheiro.

Ao longe Steve era observado por Natasha, que assim como ele, não conseguiu dormir naquela noite ou pelo menos não tão bem quanto gostaria. Natasha continuava parada olhando para o soldado e já imaginando em que ele pensava.

Decidiu se aproximar.

O capitão teve sua atenção tomada ao notar silenciosos passos se aproximar atrás de si, olhou por cima dos ombros dando de cara com a viúva vestida em seu baby doll preto de seda. O soldado sem jeito tratou logo de voltar a encarar a cidade.

Romanoff riu por dentro ao notar a reação de Steve, mas já esperava por aquilo vindo dele. Ela agora possuía seus curtos cachos de volta e mesmo pequenos ela os mantinha amarrado para trás.

— Romanoff — Steve a cumprimentou, tentando pessimamente disfarçar os olhares que tinha dado para suas pernas.

— Rogers — Ela assentiu ainda rindo e se sentou ao lado do loiro. — Olha o que temos aqui... — Ela notou uma jarra de café sobre a pequena mesa diante deles. — Há quanto tempo não tomo o famoso café do Capitão América... — Ela brincou se servindo do café e ambos riram.

— Sem sono também? — perguntou Steve a olhando, agora nos olhos.

Ela tomou um pequeno gole do café antes de responder:

— Sim.

— Preocupada com a missão? — questionou Steve.

Nat balançou a cabeça negativamente com um sorriso no rosto.

— Eu preocupada? Está brincando? O líder dessa operação é o Capitão América, como eu ficaria preocupada?

Steve apenas sorria em resposta. Ele achava incrível como Natasha era sempre séria, mas às vezes era essa pessoa que estava a sua frente, com um lindo sorriso no rosto. Rogers ficava feliz em saber que ela se sentia a vontade com ele, mesmo Natasha sendo sempre tão fechada e misteriosa. Alguns anos atrás ele nunca se imaginaria conversando descontraidamente com a russa, mas sempre soube que ela não é má pessoa.

— Não sei se posso me chamar de líder — Steve voltou a se lembrar de seu tempo com o comando selvagem e sentiu uma grande nostalgia e tristeza.

— Ei — a espiã chamou por Steve —, você foi e é um grande líder. — Steve a escutava atentamente. Ela era séria em cada palavra, olhando nos olhos um do outro. — E caso tivéssemos que escolher um líder aqui, Rogers, seria você. Eu... E todos aqui te seguiríamos ate o fim. Até mesmo o Stark. Ele finge que não, mas é doido por você. — Eles riram por um breve momento.

— Todos aqui morreriam por você. — Romanoff completou o que dizia.

— Eu não seria um líder se isso acontecesse. — O loiro tomou a curiosidade da ruiva que o olhou esperando que o mesmo prosseguisse. — Líder não é aquele que tem companheiros que morrem por ele, mas sim aquele que morre pelos seus companheiros...

Ela ficou sem saber o que dizer após as palavras de Rogers, mas no fundo ela já imaginava aquilo dele. Afinal foi o Capitão América que “morreu” com seu gesto altruísta pra salvar o mundo.

— E eu morreria por cada um de vocês. — Steve completou o que dizia — E fico feliz por saber que todos fariam isso por mim e por cada um da equipe.

— Para de fazer charminho Rogers. — Romanoff alertou sorridente, pois Steve sempre começava com esses discursos que mais pareciam ensaiados. — Assim até parece que somos uma espécie de família, uma família bem estranha. — disse Natasha com um sorriso de lado.

O capitão concordou com ela retribuindo o sorriso.

Eles continuavam a se encarar até que ambos notaram o nascer do sol. Os dois olhavam encantados e em silêncio. Era magnífico ver a grandeza que o sol tinha ao sair do horizonte e com seus raios amarelos iluminar cada janela daqueles gigantes arranha-céus de Nova York.

— Engraçado como algo tão simples e bonito é ignorado pelas pessoas. — A viúva negra quebrou o silencio ainda com seu olhar hipnotizado para o sol que nascia.

— Sim. — O capitão concordou com a ruiva. — Uma vez, eu vi o sol nascer no campo de guerra. Lutamos por toda a madrugada para recuperar terreno em uma pequena cidade e no final, apenas sobraram morte e destruição, junto de miséria e tristeza para todo o lado. Esse tipo de coisas nos faz pensar, sabe? Então, eu vi uma criança sorrir pela primeira vez em meio a guerra. Lembro-me do comando selvagem sentar e sorrir também. Logo eu olhei e vi que mesmo em meio a destruição, a guerra e em meio a toda barulhenta confusão e escuridão... — O olhar da russa deixou o brilhoso sol para encarar Rogers. — pode existir a coisa mais pura e bela do mundo, algo que te faz sorrir e te da esperança para voltar a encarar o dia e fazer o que faz. — Ele virou o rosto para olha-la e notou como a mesma estava focada em sua historia. — A final a tempestade é sempre rigorosa antes de o dia amanhecer.

De certa forma aquilo tinha tocado a ruiva que rapidamente tratou de voltar seu olhar para o sol.

Ela soltou uma rápida risada balançando a cabeça negativamente.

— O que foi? — Steve perguntou confuso.

— Você... — Ela colocou seu dedo indicador na testa de Rogers apenas o deixando mais confuso — Você viu o pior do mundo e mesmo assim consegue enxergar a beleza. — Ela riu baixo, se levantando. — Espero que não se machuque menino de ouro, tem lugares que até mesmo o sol não se permite entrar. — Com dois leves tapinhas no rosto de Rogers, ela se despede.

— Já vai? — Steve a seguiu com o olhar enquanto ela caminhava.

— Sim. Vou preparar minhas coisas pra hoje, depois continuamos essa conversa. — Ela virou para encara-lo.

— Jura?

— Juro sim, só não me peça pra jurar de mindinho — Ela mostrou seu dedo mindinho e ambos riram de sua infantilidade no momento.

Rogers respirou fundo e decidiu olhar mais um pouco o sol antes de se preparar também.

(...)

Acima do ultimo andar da torre possuía um único cômodo que guardava umas das mais novas criações de Stark, que era um jato do mesmo modelo que os da SHIELD, sendo esse um pouquinho maior e melhorado. Ele seria o jato da equipe para a missão.

Rogers vestido com o novo uniforme, olhava admirado para o interior do jato e tinha que admitir “Stark é um baita engenheiro”. Andando em direção à cabine, viu Stark com sua armadura e Banner trajando uma espécie de sobretudo escondendo a sua bermuda colada. Os outros três já chegavam em seguida. Todos menos Thor, com as novas vestimentas.

Não precisou muito para que eles se acomodassem e a partida pudesse ser iniciada. Ninguém parecia nervoso, estranhamente poderia se dizer que estavam ansiosos, pois fazia tempo que não se uniam para uma batalha.

Clint e Tony cuidavam para manter o jato na rota certa e totalmente camuflado para não chamar atenção nem serem localizados por radares. Com o serviço completo, eles acionaram o piloto automático e se encaminharam até os outros para acertarem os últimos pontos da operação.

— Temos menos de 30 minutos até chegar ao nosso destino. — o gavião disse ao sair da cabine.

— Que ter a honra, Capitão? — Stark veio logo atrás de Barton.

— Bem — Steve chamou a atenção de todos —, pretendemos fazer uma rápida e cuidadosa invasão antes do combate real, precisamos de informações antes de destruir com o local como todos já sabem. Cada um aqui já sabe o plano e seu principal objetivo, porém, vamos relembrar cada detalhe para não haver falhas, porque um simples erro pode significar uma grande perda.

Os vingadores já conseguiam ver a sede da HIDRA entre as enormes montanhas e a densa mata. A HIDRA parecia habitar em uma espécie de pequeno palácio moderno e militarizado, com uma forte segurança fora e dentro da base, tendo vigias em cada torre e ao redor do palácio.

Capitão América decidiu deixar o Hulk só por ultimo caso. Sendo assim, Banner tomaria conta do jato.

O homem de ferro foi o primeiro a sair do jato e ficar a uma distancia que não pudesse ser identificado. Steve e Clint saíram em seguida e também ficaram a uma distancia limite. Rogers indo para o sul do palácio enquanto Barton ia para o leste. Os três mantinham a posição e eliminavam o que podiam da segurança de fora de modo que não pudessem ser identificados.

Bruce levou o jato para cima no limite do rastreador, ficando Thor e Natasha para pular. Romanoff usava uma mascara de ar e uma asa de esquilo instalada em sua roupa para realizar o salto enquanto Thor ia ao natural mesmo, usando apenas seu mjolnir.

O salto duplo serviria para juntos eles passarem pelo rastreador e mostrar a segurança que houve alteração, sendo isso apenas uma distração para que a viúva negra pudesse passar despercebida e Thor prender a atenção dos guardas.

— Olá amigos de Midgard, sou Thor de Asgard.

Natasha conseguiu um pouso perfeito e passou despercebida graças à distração que Thor deu a ela. A espiã tirou o capacete e se escondeu atrás de uma pequena torre de vigília onde sem muito esforço colocou guarda para dormir. Porém seu objetivo no momento era a sala de maquinas que tinha uma fraca proteção de guardas e vários pontos cegos das câmeras de segurança. Mas não podia arriscar chamar atenção em uma luta e é por isso que ela possuía Clint ao lado leste cobrindo o perímetro.

— De nada! — O arqueiro falou através de um ponto no ouvido.

Rapidamente a viúva se encaminhou para o local. Ela teria que desligar o sistema de identificação por um tempo, tempo suficiente para que Tony, Clint e Steve entrassem. Uma janela de 10 segundos era o máximo que ela poderia da aos garotos para simular uma falha e evitar a desconfiança da HIDRA.

Eles esperam ansiosamente pelo sinal. Todos se encontravam em suas posições apenas aguardando a palavra da ruiva que não demorava a vir.

O sinal foi dado e Clint já se pôs a correr com tudo, mas é claro que com sua velocidade seria um problema, então Stark foi a caminho dele e o agarrou pelo, sobretudo o levando até Natasha.

— Essa já é a segunda vez que te levo voando Legolas, não se acostuma não, que meu lance é apenas as garotas. — Stark brincou com o arqueiro até aterrissar diante da ruiva.

Barton usaria o uniforme da HIDRA junto da mascara para poder se infiltrar na sala de observação e segurança, para de lá guiar seus companheiros. Natasha iria pelas tubulações até o andar de baixo, onde se encontrava o computador central podendo coletar informações. Já o Homem de ferro limparia o restante da segurança do lado de fora em modo furtivo para que não pudessem localizar a energia da armadura do sistema que já havia se reiniciado, ele também aproveitaria para por bombas nas armas de grande porte e ao redor do palácio, até que Clint chegasse à sala de controle.

Rogers ao receber o sinal não teve muitas dificuldades em correr até a entrada sul do palácio, apenas teve guardas no caminho, mas eliminou cada um deles antes que pudessem se comunicar com outros agentes. Ele então saltou o largo muro do palácio e ao chegar o chão apenas necessitou jogar seu escudo na parede que voltou contra um agente que estava de costas. Rogers imaginou que Tony fez conforme o plano e dissipado os agentes, mandando-os para lugres aleatórios. Então seu era simples, ele eliminaria os soldados da HIDRA que estavam dentro do palácio ate chegar à biblioteca do inimigo, onde poderia pegar informações que com certeza não estariam guardadas em computadores.

Steve avançou pela porta ao sul e tendo apenas poucos soldados no caminho para eliminar, optou por ser o mais silencioso possível, apagando os inimigos de modo que não o vissem. Ele encontrou um largo corredor vazio e cuidadosamente caminhava sobre ele, decidiu não avançar até receber o sinal de Barton de que já havia tomado à sala de segurança.

— Dizem que a bomba atômica foi a pior coisa que os Estados Unidos já fizeram para a guerra, mas estão enganados. O homem de escudo que veste a bandeira do país deles foi a pior delas. O soldado perfeito. Não é mesmo? — Um velho que vestia roupas militares do exercito Russo gastas ria com os dentes podres exibidos, ele caminha ate Steve sem deixar de olha-lo — Ele não se esqueceu de você — O velho tem um ataque de risadas seguido por fortes tosses.

O Capitão América não sabia o que fazer naquele momento, o velho sem sobras de duvida não representava ameaças, mas não podia arriscar dele alertar sua posição.

— Ele... — O velho teve outro ataque de risos. — Ele vai te esmagar feito um inseto — O velho era firme nas palavras e não se intimidava mesmo de frente a Steve que continuava mais confuso. — Ficarei calado, não se preocupe. — Ele fazia sinal de silencio com o dedo na boca e voltava a rir silenciosamente em direção à porta de saída.

Rogers ainda confuso olhava o velho enquanto saia, e pensava em questiona-lo, mas Barton o chamou através do ponto no ouvido o fazendo voltar a se focar no objetivo.

— Capitão, eu já tomei a sala de segurança e agora tenho todo o controle dessa base, sinta-se a vontade para fazer seu show. — Clint informava enquanto Steve retomava seu caminho.

O gavião não teve problemas em entrar disfarçado na sala de segurança e cuidar de todos ali, aquilo a seu ver foi ate fácil graças a suas habilidades e seus novos armamentos, mas tinha que confessar que aquela roupa da HIDRA era horrível. Agora precisava guiar Natasha.

— Hey Tasha, siga seu caminho normal na ventilação. — Clint a informou — Acredita que eu consegui usar as armas de segurança deles contra eles mesmos?

— Que fascinante! — A viúva respondeu irônica.

— Graças a isso fiz metade de seu trabalho, mas eles têm uma agente muito boa, e pelo visto é ela que esta no comando dessa base, ela conseguiu detonar todo o sistema de segurança, Nat. Mas eu consegui prende-la na sala dos computadores, tenha cuidado com ela, não poderei te dar informações porque ela destruiu as câmeras.

A espiã caiu silenciosamente na sala de computadores com a arma em punho, ela olhava ao redor em busca da tal agente, mas nada encontrou. Decidiu, caminhar até a mesa de computadores, aonde iria por o pen drive para copiar os arquivos, porém o computador estava completamente apagado.

— Droga! — murmurou irritada.

— Lenta demais, vadia! — A agente da HIDRA que estava atrás de Natasha disparou contra ela, mas Natasha foi mais rápida e lançou uma granada de gás contra o chão sumindo através da fumaça.

Romanoff vai até sua inimiga aproveitando a guarda baixa dela e a desarma, logo em seguida, ambas iniciam uma violenta luta em meio a forte fumaça. A espiã levava a melhor e sem querer prolongar aquela luta decide usar o ferrão da viúva que fazia com que toda sua roupa se energizasse a permitindo dar golpes com cargas elétricas em sua oponente, sua inimiga lhe dar um cruzado, mas ela se abaixa e com um soco elétrico acertava em cheio atrás do joelho a fazendo cair de joelhos no chão arquejando de dor para depois levar um soco no queixo. Natasha a prendeu de modo que ela ficasse a sua mercê e a jogou de cabeça ate a parede de concreto. A viúva negra apontou a arma em direção a sua inimiga pronta para atirar, mas parou ao notar um rosto familiar.

Era uma loira de longos cabelos lisos e de olhos claros, ela usava um uniforme preto parecido com o de Natasha, mas possuía botas ate os joelhos e luvas até os cotovelos de cor vermelha..

A loira sorria sínica enquanto Natasha continuava seria com a arma pronta para disparar.

— Natália. — A loira sorriu abertamente.

— Ártemis — Romanoff cumprimentou, se limitando a retribuir o sorriso.

— Agora você é do governo americano? Que decepção. Eu te vi no jornal com o cãozinho do governo, ele é sua vitima agora?

— Porque está trabalhando para a HIDRA? — Natasha ignorou todas as perguntas anteriores de Ártemis.

— Por quê? Eu que pergunto, por que se aliou a América? — Ártemis estava brava, ela possuía um visível ódio na voz — E ainda por cima ao lado desses “heróis”. Você não é uma heroína, Romanoff. Esse não é seu lugar e sabe disso, não adianta negar seu passado.

— Cala a boca! — Natasha gritou irritada. — Ártemis, eu achei que depois da KGB você iria tentar ter uma vida normal...

— Não existe vida normal. — Ártemis cortou Natasha — Não existe, não importa pra onde vá todo seu passado vem atrás de você bailarina. Não há como fugir.

— Há sim. Existem alternativas. Eu posso ajudar — Natasha tentou ser calma, mas não abaixaria a arma.

— Posso vê em seus olhos a mentira, você sabe que não existe, não é? — A ruiva se surpreendeu ao mesmo tempo em que fica perdida por dentro.

Era verdade.

Ártemis se pôs sentada com as costas contra a parede.

— Um conselho. — Ártemis limpava o sangue que escorria da boca. — Você já tem pesadelos não é? Esta confusa e sabe que isso que você esta vivendo é uma mentira, mas o pior ainda vem.

— Sobre o que você esta falando? — Romanoff já estava curiosa e apreensiva pela resposta.

— Apenas não tente ser como eles, você é suja, não pense em ter uma vida normal. Seja como você é uma assassina fria e solitária, e você vivera se não... Enfrentara as consequências — Ártemis riu seco — Sua vadia!

Romanoff suspirou profundamente, não iria deixar se expor tão facilmente. — Pare de falar entre códigos, sabe que eu sempre fui melhor que você, esses ataques psicológicos não me afetam, eu sei quem eu sou.

Ártemis balançou a cabeça negativamente.

— Não. — Ela riu — Estou apenas te dando conselhos, você não pode entender o que digo, mas logo entenderá. E no fundo eu sei o que você sente, afinal passei pelas mesmas coisas. — O olhar dela era triste, mas logo foi substituído por um sorriso zombeteiro. — As criancinhas ainda choram muito quando você fecha os olhos?

Natalsha rangiu os dentes de raiva, seu dedo coçava para puxar o gatilho. Ártemis tinha tocado em um assunto que Romanoff desejava esquecer todos os dias.

— Morra comigo. — Ártemis profetizou suas ultimas palavras, puxando um detonador no bolso.

Aquilo poderia ser perigoso se detonado, mas ela não teve o que fazer ao leva um tiro certeiro na cabeça.

— Você desejava isso não era? Idiota.

Mesmo a ruiva querendo manter a pose seria ela tinha um olhar baixo ao encarar o corpo morto. Vagarosamente ela se abaixou para fechar os olhos da loira.

— Não queria ter feito isso de novo... Não queria... Droga...

(...)

Os soldados ao norte continuavam a interrogar Thor, até escutarem uma explosão no palácio e se comunicarem, mas nada funcionava. Eles apenas escutavam uma banda de rock tocar, parecendo ser TNT de AC/DC.

— Esse é o sinal. — Thor falou deixando todos confusos — Querem ver um truque? — O Deus ergueu seu martelo para o céu fazendo trovões caírem, assustando os soldados. Com um sorriso de lado, taca o martelo com brutalidade contra o chão causando uma imensa explosão.

Stark detonava cada tanque e armamento pesado de guerra da HIDRA.

— Lindos fogos de artificio! — Tony disse ao ver como tudo explodia.

Steve e Clint lutavam com agentes trajados com exoesqueletos fortemente armados. Eles não tinham muitas dificuldades, ainda mais quando o homem de ferro chegou para ajuda-los. Thor ao acabar com todos do lado de fora, entrou violentamente pelo telhado, deixando os poucos agentes que ainda lutavam totalmente cercados. Viúva negra aparecia em seguida para ajudar na luta, ela lutava com seus novos bastões elétricos, já se podia dizer que a batalha estava ganha, mas então os agentes da HIDRA pararam de lutar e aos poucos caíram no chão.

— Típico! — disse Steve. Os soldados da HIDRA haviam tomado pílulas para se matarem. Velho truque que Rogers já conhecia. — Bruce pegue nossa localização e nos espere lá fora. Agora, vamos todos, rápido!

Mesmo sem entender, o restante dos vingadores seguiu Rogers até o lado de fora entrando no jato já estacionado. E por ordens de Steve, Banner acelerou o máximo possível, para afastar o jato dali..

— Eles não nos dariam uma sede deles cheia de equipamentos e informações, assim de graça. — Rogers disse calmamente, enquanto tirava seu capacete deixando apenas seus fios loiros amostra.

— Incrível — disse Tony impressionado com a astúcia do Capitão enquanto o encarava.

— Vários confrontos com a HIDRA, você acaba se acostumando — Rogers deu de ombros pondo seu escudo nas costas.

— Não acharam isso muito fácil? — Natasha questionou o grupo, se sentando em uma cadeira de passageiro.

— Ela tem razão. — Clint concordou, também se sentando —É certo que tivemos um grande poder de ataque, mas era a HIDRA. Eu esperava algo mais desafiador... — Clint olhou para o soldado.

— Ele está certo. — Stark concordou saindo de sua armadura. — Nem mesmo usamos o verdão.

Steve tirou do bolso de seu sinto vários papeis enrolados e os colocou sobre a mesa.

— Aquilo era apenas uma área de treinamento. Com toda certeza, lutamos com soldados experientes da HIDRA, mas a grande maioria eram novatos em treinamento e aposto que aquilo tudo não é nem metade de todo o arsenal que eles têm.

— Achou algo sobre meus projetos? — Tony perguntou a Steve, que apenas balançou a cabeça negativamente.

— Romanoff? — Tentou com a espiã.

— A agente que controlava aquela base destruiu tudo antes que eu pudesse chegar.

— Caolho sem vergonha — Stark esbravejou. — Eu sabia que minha tecnologia não poderia ser roubada tão fácil, mas é claro que ele usaria isso pra me fazer preparar vocês para missão.

Uma chamada apareceu no monitor principal do jato e todos já viam quem era. Stark de imediato já soltou um pesado suspiro antes de atender.

— Falando no diabo...


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Notas finais do capítulo

Esperamos realmente que vocês tenham gostando. Lembrando que críticas e sugestões, desde que feitas da maneira certa são muito bem vindas. E claro, a opinião de vocês. Não deixem de comentar o que estão achando. Isso incentiva a melhorarmos cada vez mais.

Até o próximo!