Amor X Guerra. escrita por Mah Everllark


Capítulo 7
Capítulo 6 : Amor X Guerra


Notas iniciais do capítulo

!! Hello leitoras, desculpem-me pelo atraso. Estive muito ocupada e sem nenhuma inspiração.Mas estou de volta.Espero que gostem! Nos vemos lá em baixo.



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Dezembro -1941

Encaro as costas de Katniss ao longe, ela corria, seus cabelos castanhos e volumosos voavam ao vento, assim como seu vestido que diz tanto odiar, mas que a faz ficar tão bela quanto é. Solto um muxoxo quando a perco de vista. Queria pelo menos ter mais um vislumbre daqueles olhos que tanto me confortam.
Conto cada segundo para vê-la de novo. Katniss se tornou parte de mim em algum momento de minha vida, sem que eu ao menos tivesse chance de perceber, talvez ela já fosse destinada á mim quando nascera... Como uma alma gêmea, não que eu acreditasse veementemente nisto... Mas eu acredito no amor que sinto por ela, cravado como uma raiz no mais profundo do meu ser e isso já basta para acreditar no sobrenatural.
Suspiro pesadamente, e vejo uma fumacinha escapar de minha boca pelo frio. Lembro-me no mesmo instante de meu irmão, numa época em que ele dava lufadas de ar com a boca e a fumaça escapava para todo lado e isso fazia Prim rir ainda quando era só um bebê. Meu irmão sempre manteve o bom humor mesmo quando tudo parecia dar errado, tínhamos perdido nosso pai a tão pouco tempo e lá estava ele nos reerguendo. Cato é a viga de nossa família, sem ele vamos ser destruídos.E isso me apavora.
Sigo meu caminho para casa pouco depois de conferir, de longe, que Katniss havia chegado a casa dela em segurança.
Adentro em minha casa e estranho não encontrar minha mãe na cozinha. O que é muito estranho já que há esta hora ela está sempre cozinhando. Subo as escadas e encontro um silêncio assustador e a figura de minha irmã apoiada no batente da porta do banheiro encarando o mesmo.


–O que foi Prim?


Ela me encara com seus orbes azuis cintilantes, repleto de lágrimas soltas. Limpo sua bochecha gorducha enquanto espero a resposta.


–Acho que mamãe brigou com Cato, e agora eles estão tristes nos seus quartos.
Suspiro. Será que mamãe descobriu sobre Cato ir pra guerra? Deus queira que não, ela surtaria.
–Vá pro seu quarto, e fique lá até eu chamar... – Pego uma de suas mãos e guio-a até a porta de seu quarto. -Não se preocupe vai ficar tudo bem!


Beijo sua testa e encosto a porta de seu quarto. Caminho até meu quarto e abro, de vagar, a porta tendo o vislumbre de meu irmão sentando na cama com a cabeça nas mãos. Quando coloco meus pés para dentro do quarto meu irmão me encara.
–O que aconteceu irmão?


Digo fechando a porta. Seu semblante esta triste. Algo ruim havia acontecido isto era fato. Cato nunca ficara triste,pelo menos não na frente dos outros.


–Chegou outra carta... -Disse ele coçando a parte lateral do pescoço, coisa que era frequente quando estava nervoso. -Mamãe abriu e... Você sabe, ela surtou.
–Oh meu Deus!-Coloquei a mão no rosto. Minha mãe deve estar destruída. Já perdeu o marido, agora vê seu filho caminhando para o mesmo destino. - Não era pra ela ficar sabendo, era para eu ter resolvido isso antes que ela soubesse e agora...
Digo em uma só vez, desesperado. Meu irmão agarra meu ombro direito com a mão e me senta na cama.
–Acalme-se! Olhe só, eu não quero que se preocupe mais com isso... Eu estou bem. Quero que você foque em ajudar a mamãe, ela e Prim precisam de você enquanto eu estiver fora...
–Não, vamos arrumar um jeito de...
–Não há mais tempo!-Ele me interrompe- Não há mais tempo irmão... Depois do natal eu partirei... Não se sinta mal por isso, sei que tentou e eu tenho muito orgulho por isso...

Sinto minhas pernas falharem, se eu não tivesse sentado teria despencado.
–Não eu... Eu fracassei... e posso fracassar com elas também.

Digo um tom mais alto por conta do desespero.Em menos de 15 dias meu irmão caminhará para guerra, para a morte e o futuro de minha família estará em minhas mãos inexperientes.
– Não, irmão você se empenhou muito e sei que você vai conseguir.Lembra o que o papai disse para mim antes de morrer?Lembra? -Eu mordo meus lábios e fecho os olhos,a lembrança de meu pai moribundo numa cama de hospital me machuca tanto que eu todos os dias tento esquece-la.- Ele me disse que eu seria o homem da casa e que onde ele estaria comigo me ajudando a tomar as decisões certas...Eu fiquei tão desesperado quando ele se foi irmão, com você e Prim tão pequenos e a mamãe naquele estado tão lamentável, mas de algum modo eu senti a presença do pai e eu consegui, consegui trazer vocês comigo até aqui...E eu sei, eu sinto que o pai está aprovando minha decisão, a qual eu te do essa missão de continuar levando nossa família...Peeta...Agora, você vai ser o homem da casa e eu sei que você vai fazer isso tão bem quanto nosso pai fazia...e tão bem como eu fiz...Papai e...Eu vamos estar como você...Nem que seja por pensamento...Qual é, você é um Mellark e foi feito pra passar por cima de qualquer barreira pra conseguir a felicidade.

Puxo-o para um abraço longo e apertado e pela primeira vez vejo Cato chorando.

–Você não vai nem tentar? Digo, lutar?

Ele se solta de meu abraço e me encara.

–Claro que sim mas... Mas não se preocupe, eu não vou direto para o fogo cruzado, serei preparado para isso primeiro, talvez eu nem participe.
Sinto uma enxurrada de sentimentos atingirem meu peito sem aviso. Uma mistura de tristeza, raiva... Pavor.
–Talvez não é certeza Cato.
Digo quase em um sussurro.
–Mas é uma esperança... Nunca perca esperança Peeta. Eu só preciso que você me prometa que vai cuidar delas enquanto eu estiver... Lá.
Nego com a cabeça e sinto as lágrimas molharem meu rosto. Sinto-me um fraco por tal ato.
–Eu não consigo...
–Claro que consegue... Você é forte.
–Não como você... Como é que eu vou sustenta-las?
–Não se preocupe eu vou dar um jeito. Eu só preciso que você me prometa que não vai deixar se levar por isso e vai continuar seguindo em frente... Aconteça o que acontecer.
Ele me lança um olhar significativo. Sei o que ele quer dizer com isso, mas não vou deixar que ele morra. Não posso mais perder ninguém.
–Prometa? Prometa Peeta, ou eu não vou conseguir ir em paz.
–Eu prometo, prometo que vou cuidar delas e prometo te trazer de volta pra casa.


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Notas finais do capítulo

E aí, ótimo?Péssimo? Bom? Ruim?

Comentem e me ajudem a melhorar. Até o próximo divas!



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