Charlotte estava perto da casa de Meg; para ser mais precisa; ela observava a garota pela janela. Já que a mesma ficava no andar de baixo; como a casa não tinha um outro andar; e era bem próxima ao chão, pois Meg gostava de sentar no pequeno banco que o irmão fizera, "grudado" à janela, do lado de dentro é claro; para a garota ler, e escrever.

E logo, Charlotte escuta o que eles diziam, e faziam:

–Estou pronto! - exclama Caleb, enquanto dava vários pulinhos, se aquecendo. - Meg? - ele logo chama a atenção da irmã; para ver se a mesma estava pronta também; e a garota faz um sim com a cabeça sem pensar.

–Sendo assim. - começa Scarboos. - Já podemos partir! - diz sorrindo, enquanto o portal se abria em sua frente; Meg, voltando ao normal quase chora.

O portal era realmente mágico. Se compunha de uma mistura de pó brilhante, com várias cores; como o azul, o verde, o branco, laranja, o prata, e rosa. Tudo junto, num tipo de mistura, a qual não formava nenhuma figura concreta.

E eles logo se pronunciam novamente:

–Vai ficar tudo bem... - diz Caleb para si mesmo, com os olhos fechados.

E abaixada, olhando pela janela; Charlotte sorria maliciosamente, depois a mesma balbucia para si mesma:

–É isso! - sorri, e continua a observar.

Scarboos, é o primeiro que vai; entra sem medo, pois para ele, isso não necessitava de esforço algum; nem de algum tipo de motivo, como o de Meg e Caleb por exemplo; os quais corriam risco de se esquecerem do tal Mundo, ou que todos que conhecem se esqueçam deles. Caleb fecha os olhos, e tenta ir também sem medo; e sem pensar nas consequências; lodo vai. Meg fica parada em frente ao portal, fecha os olhos e respira fundo; ela aperta fortemente o colar em suas mãos, e segura também bem forte, a alça da mochila que pendia em suas costas.

A garota com anseio de seguir em frente; se vira para o quarto com uma aparência triste, e diz:

–Vou sentir saudades. - seus olhos se enchem de lágrimas; e Charlotte, a qual ainda observava, revira os olhos.

Meg logo volta a encarar o portal aberto, dizendo para si mesa:

–Tomara que nada de ruim aconteça. - e logo pula com os olhos fechados.

Isso era algo que ninguém tinha certeza, que pudesse mesmo acontecer; muito menos Meg.

(...)

Jenah e Fred, ainda corriam pelas ruas; agora Fred estava um pouco atrás de Jenah; e agarota o apressava:

–Anda logo Fred! - dizia sem olhar para trás. - Rápido! - ela insistia e dá uma olhada rápida.

O garoto tenta, e até que consegue ir um pouco mais rápido; porém, ele era Fred, o nerd; não se dava muito bem com atividades físicas; ou até mesmo corridas de pequenas distâncias.

Enquanto corriam, o mais rápido que conseguiam; Jenah contava o que fora mais ou menos a história do bilhete:

–Você está dizendo que encontrou a Charlotte? - Fred não acreditava. - A Charlotte?! - estava boquiaberto.

–É Fred, a Charlotte. - responde Jenah com uma certa raiva, ao pronunciar o nome da garota. - Eu a vi com um bilhete, que falava mal da Meg, lá no banheiro. - ela se vira, e varia o olhar entre ele, e a rua que passava rapidamente em sua frente. - E quando eu o peguei, para analisar melhor. - ela tentava usar palavras as quais Fred pudesse entender. - Foi ai então, que Meg chegou, e ela acabou achando que fui eu que havia escrito o bilhete. - dizia, porém Fred ainda estava sem acreditar.

–Mas... Você tem absoluta certeza? - ainda questionava. - Acho que ela não seria capaz disso... - estava com um olhar triste; sem querer acreditar.

Jenah apenas o fuzila pelos olhos, e se vira para frente novamente; um pouco nervosa.

–Ou seria! - ele muda rapidamente de opinião, e corre mais rápido; já que Jenah estava muito mais a frente novamente.

E após seguirem por mais um bairro, Fred questiona:

–E... Você sabe onde ela pode estar? - pergunta agora preocupado.

–Ela só pode estar com Meg. - responde a garota trincando os dentes.

– Mas onde? - pergunta ainda mais preocupado.

– Não sei ao certo... - ela soava pensativa. - Mas o lugar mais obvio, seria na casa de Meg. - ela o olha, e eles continuam a correr.

Jenah então para, e olha para Fred:

–Ei! Vem cá. - ela diz, olhando para o lado. - Em silencio! - ordena, e Fred levanta as mãos em sinal de rendição.

Eles se escondem por trás de um poste, o qual estava praticamente cercado por arbustos. E de lá, podem avistar a casa de Meg; eles veem que Charlotte também estava lá; então Jenah, se pronuncia:

–Sh. - ela diz com um dos dedos sobre os lábios; e andando devagar para mais próximo a janela do quarto da garota; e Fred, a seguia. Como sempre.

E então, Charlotte tira seus sapatos de salto; e rasga violentamente a lateral de seu vestido; pulando assim, a janela com mais facilidade.

Depois de já estar lá dentro, ela não percebe; mas agora eram Fred e Jenah que a observavam pela janela. E Charlotte logo inicia seu pequeno discurso para si mesma:

–Enfim, os Tanner irão ter a chave para governar o Mundo dos Sonhos! - ela mantinha um olhar amedrontador. - Os Ramsey não vencerão novamente. - ela serra os punhos. - Não vencerão! - diz apertando as mãos em um tipo de soco.

Ela ainda permanecia com um jeito feroz; porém seu olhar não escondia, que tinha um certo medo. E rapidamente, a garota pula portal a dentro.

Os dois, que observavam pela janela; ficam boquiabertos, e sem reação. Até Jenah exclamar:

–Nossa...! - diz com uma expressão de assustada; e Fred concorda, a compreendendo. - Nós precisamos, entrar, neste portal! - ela fala lentamente, e com um belo de um sorriso; o que faz Fred mudar o olhar, e se assustar ainda mais.

–Como? Está maluca?! - ele pergunta todo nervoso, com os joelhos trêmulos.

Então Jenah pula a janela, sem esforço algum, e diz:

–Tudo por uma aventura. - ela olha para o portal, com as mãos sobre a cintura. - E para salvar Meg é claro! - sorri olhando para ele. - Mesmo sem saber do que exatamente... - soa pensativa, mas logo volta ao normal.

–Jenah, isso é muito perigoso! - insiste Fred. - Nó não podemos... - ele respira fundo e se acalma. - Não podemos nos arriscar. - diz sério.

Jenah dá risada, e estica as mãos para que ele segure:

–Vamos logo! - exclama debochada.

Fred sem escolha, somente a segue; um pouco recoso. E então os dois pulam juntos de mãos dadas.