Percy Jackson e o ladrão da pedra filosofal escrita por Lá Valdez Collins


Capítulo 11
Meu pai e sua inexplicavel paixão por uma tiara


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa mesmo por ficar tanto tempo sem postar.
Eu tentei fazer esse capitulo bem grande pra me desculpar.
Espero, de verdade que gostem.



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Lembra quando eu disse que estava finalmente me livrando de encrencas e que as únicas raras exceções eram quando Draco resolvia se meter na minha vida e dos meus amigos?

Pois é, ultimamente Draco resolveu que deveria se meter bastante nas nossas vidas!

Ele chegava a ser mais insuportável do que a Nancy!

Como alguém pode ser mais insuportável que a Nancy?!

O pior de tudo era que agora, definitivamente, a Profa. Minerva não ia com minha cara. Toda vez que eu chegava a me aproximar do Draco ela começava a me afastar dele e começar a brigar comigo (tudo bem que ela também brigava com ele mas isso não vem ao caso).

Mas a pior de todas as nossas discussões aconteceu hoje de manha, no café da manha.

Bom... Tudo começou quando todos estavam super entusiasmados falando sobre quadribol e quantos dias faltavam pras aulas de voo. Duas casas iam ter que fazer pares para aprender a voar e adivinha com quem o Percy aqui saiu?

Não!

Eu não sai com a Sonserina! (Obrigado aos deuses e ao seu poder divino)

Sério eu tava tão feliz com eles que cheguei até a pensar em me matar como oferenda.

Mas depois decidi que gostava de viver (É bem legal).

Mesmo eu estando aliviado por não fazer as aulas com a Sonserina eu meio que tava um pouco... enfurecido?

Não, dessa vez não era com o Draco. A verdade é que não tendo que fazer o teste com a Sonserina significava que eu teria que fazer o teste com a Corvinal...

E passar vexame (de novo) na frente do pessoal da Corvinal não tava bem no topo da minha lista de “coisas a fazer”.

– Eu acho que voar é muito divertido.- Contava Piper na mesa do café da manha- É bom sentir a sensação do vento batendo no seu rosto enquanto você voa em alta velocidade sem se preocupar com nada a seu redor...

– É. Até o momento que você cai- Eu interrompi.-

– Voar não é tão difícil assim- Falou Rachel.

– Não posso falar nada, eu nunca tentei- Interferiu Justino.

– Ah vocês vão se sair bem- Comentou Cedrico. Mas eu não tava me concentrando muito no seu comentário, estava ocupado demais olhando pro Draco que fazia caretas insinuando eu caindo de uma vassoura.

– Lembra o que a Profa. Minerva falou- Me lembrou Grover- Você não pode bater no Draco mais uma vez ou corre risco de expulsão.

– Ele pediu da primeira- Eu disse me lembrando do dia em que Draco tinha tacado suco de abobora no cabelo do Grover- E tá pedindo de novo! Além do mais uma pancada não mata ninguém- Falei começando a fazer cara de cachorrinho perdido pedindo por favor.

– Não mais pode ferir ou mutilar gravemente- Ele disse desviando o olhar.

Haha! Ninguém resiste ao charme Percy Jackson.

– Nossa, você tá até parecendo uma versão masculina da Hermione Granger.

Ele riu.

– É. E misturada com Annabeth Chase.

Então foi a minha vez de dar risada.

Já imaginou um ser humano que misturasse as duas?

Seria duplamente insuportável!

– Olha! As corujas estão chegando!- Gritou alguém da mesa da Grifinória.

Eu não tinha recebido nada, como sempre, mas decidi que o alvoroço das corujas era uma boa desculpa pra fugir um pouco da mesa da Lufa-Lufa e me sentar ao lado do Harry e do Rony na mesa da Grifinória.

A verdade é que além de querer estar com eles eu precisava urgentemente falar com Harry a sós... sobre... bem você sabe: O mistério de Gringotes.

– Oi Percy- Falou Harry quando me aproximei.

– Oi Harry- Respondi- Oi Rony- acrescentei.

– Oi Percy- Falou Rony, distraído querendo ver o que Neville tinha acabado de receber.

Esse era o momento!

– Harry- Eu chamei baixinho- Sobre o caso de Gringotes...

– Percy- Ele respondeu baixando, também, a voz- Eu tenho pensado muito nisso ultimamente mas...

– Não chegou em nenhuma conclusão?

– Não- Ele respondeu infeliz.

– É um lembrol!- Exclamou Neville.

– O que?- Eu perguntei.

– Eu acabei de receber um lembrol da minha vó- Explicou ele mostrando uma bola de gude gigante cheia de névoa branca.

Não me pergunte por que alguém fica feliz recebendo uma bolinha de gude, eu também não sei.

Quer dizer... Não que não seja legal receber um presente mas... no mundo da magia você geralmente espera receber algo mais legal que uma bolinha de gude.

Mas tudo bem, eu não recebi presente nenhum.

– Vovó sabe que eu sou esquecido- continuou Neville- Isso serve para avisar que a gente esqueceu de fazer alguma coisa. Olha, aperte assim e ele fica vermelho, ah...- Ele exclamou e começou a ficar da mesma cor da bolinha.

Enquanto Neville fazia caretas tentando se lembrar o que tinha esquecido Draco passou do lado da mesa e arrancou a bolinha... quer dizer lembrol, da sua mão.

Eu me levantei imediatamente, junto com Rony e Harry.

– Devolva isso Draco!- Mandou Harry.

– Ah é e quem vai me obrigar?- Perguntou Draco.

– O que foi Draco? A surra que você levou semana passada não foi o suficiente pra você deixar eu e meus amigos em paz?- Perguntei.

– E o sermão que você levou semana passada não foi o suficiente pra você nunca mais pensar em encostar se quer um milímetro desse seu corpo nojento no Draco?- perguntou Pansy.

Ah é! Eu ainda não falei sobre ela.

Vou resumir tudo pra você: Ela é uma vaca.

– Caí fora disso Pansy!- Exclamou Rony.

– E você também Ronald!- Entrou Hermione na conversa (ela tava fácil de aturar demais pra ser a Hermione)- Na verdade nenhum de vocês deveriam! Draco deveria devolver o lembrol do Neville e depois disso todos deveriam sentar. Mas como eu sei que isso NUNCA vai acontecer vocês, Rony, Harry e Neville deveriam se sentar para não perderem mais pontos da NOSSA casa.

Me deu vontade de virar pra ela e perguntar : “E eu devia fazer o que? Morrer lutando sozinho com Draco e sua gangue de gorilas?”

Mas eu me segurei, não podia demonstrar medo (por mais que eu estivesse com vontade de sair correndo e ir abraçar minha mãe).

Quer dizer... não tenho medo do Draco, mas o Crabbe e o Goyle pareciam não querer entrar pro meu fanclub, e isso me preocupava um pouco.

Na verdade me preocupava MUITO!

– Devolva o lembrol pro garoto, Draco- Interferiu Luke da mesa da Sonserina.

– Você deveria estar do meu lado Castellan, mas parece que por ser mestiço acabou por escolher ficar do lado desses... INÚTEIS!

– Ai! Essa doeu ehn?- Falei com uma voz sarcástica- Daqui a pouco você fica tão nervoso que é até capaz de chamar a gente de bobos.

– Eu sei muito bem de que lado eu quero e vou ficar, Malfoy. E se não devolver logo o lembrol eu irei avisar para o Prof.Snape.

– Ah! Como se isso fosse adiantar pra alguma coisa! Ele odeia o Harry, vai ficar do lado do Draco.

– Que ABSURDO Ronald!- Exclamou Hermione- É lógico que temos que contar para o diretor e é lógico que ele não fará isso que você falou que ele faria.

Ela não pode simplesmente dizer: “Ele não vai fazer isso”?

– Tou concordando com o Luke. Se não devolver o lembrol agora vamos valar com o Snape.

Draco deu de ombros.

Harry fez uma expressão do tipo: “Boa sorte cara, mas vai ter que ir sozinho nessa”.

E Neville parecia quase com vontade de dizer pra deixarmos pra lá. Ou, pela cara, vomitar.

– Então eu e o Percy iremos avisar pro Snape- Concluiu Luke.

– Não, não vão!- Adivinha quem que tava faltando se meter?

Annabeth!

– E por que não?- Perguntei.

– Por que Snape dará razão ao Draco. Sem contar que concordo com a Hermione, vocês devem ir se sentar. Eu mesma falo com a Minerva.

– Posso saber por que tá se intrometendo?- Perguntei.

Ela olhou de soslaio para Luke e ele retribuiu o olhar muito rápido.

Era estranho como Annabeth corava ao ve-lo. Sério mesmo! Ela até ficava parecendo um tomate.

Então ela veio perto de mim, meio que tentando se esconder do Luke e meio tentando responder minha pergunta.

– Estou retribuindo o seu favor.- E depois repetiu pra que todos ouvissem- Essa é minha última palavra. E ponto. Vou fazer o que deve ser feito.

– Tudo bem, então. Irei com você- Interferiu Luke.

– Tá. Ok, eu também- Acho que seria melhor eu ir com eles. Já que o Luke tava sendo tão legal, decidi ser legal com ele também.

Ele sorriu.

E Annabeth ficou me encarando com um olhar do tipo: “Eu vou ti matar seu idiota!”

– Vocês não irão de jeito nenhum! Crabby! Goyle!- Gritou Draco.

Quando eles dois iam se levantar e vir em cima de nós eu levantei meu pulso para bater no Draco. Foi quando Annabeth tentou me impedir segurando minha mão e as duas (mãos) Foram pra trás.

–Aí! Sr. Jackson e Sra. Chase Mas que diabos está havendo aqui?!

Eu tava com medo de me virar pra ver quem é, mas quando fiz isso eu vi...

– Minerva! Que bom que você chegou esses dois iam me bater!- Exclamou Draco.

Fudeu de vez!

Eu COM CERTEZA vou ser expulso.

Acho que vou me mudar pra Timbuktu (ou o mais longe possível da Profa. Minerva).

Se antes eu tava querendo ir abraçar minha mãe, agora eu queria é me tacar no braço dela, começar a chorar e falar pra me levar pra longe daqui!

– Vocês ameaçam seu colega! Me batem no rosto! E... o que é que os dois, que mal lhe pergunte, estão fazendo na mesa da Sonserina?! Agora basta! Os dois na diretoria já!

– Mas isso não foi culpa deles Minerva. Foi o Draco quem roubou o lembroll do Neville e...- Começou Harry.

– Você quer dizer aquele lembrol?- Perguntou Pansy apontando pra mesa da Grifinória.

Como eu dizia, vaca!

– Sem desculpas esfarrapadas pra tentar livrar seus amigos Sr. Potter. E vocês dois, Sra. Chase e Sr. Jackson, irão para minha sala agora! A menos que queiram acabar em uma encrenca maior ainda!

E, depois desse motivante discurso, começamos a seguir a Profa. Minerva.

***

– Isso é um absurdo! Como é que vocês podem tentar bater em um colega no meio da escola inteira? Sabiam que me deram um OLHO ROXO?! Deem graças a Deus que não irei expulsar vocês.

– N-não vai?- Perguntei.

– Terão uma punição muito horrivel. Mas expulsão? Não.

– Vamos ter uma punição pior que expulsão senhora?- Pergunta Annabeth.

– Sim, terão.

– E qual exatamente vai ser a punição?- Perguntei.

– Em primeiro lugar não vão poder fazer nenhuma aula de voo até que eu decida o contrário. Em segundo lugar irão limpar todos os jardins, incluindo no tempo das aulas regulares, o que significa que terão que ralar para recuperar a matéria que perderão. Sem contar que os jardins ficam perto da floresta proibida e que temos a lula gigante em um deles e a tarefa será feita sem magia.

– Perderemos aulas?!- Exclamou Annabeth- Mas isso é muito injusto! Eu só tava tentando acabar com a briga.

– Nossa! Muito obrigada fiel e doce amiga.- Exclamei.

– Cala boca Jackson!- Annabeth cuspiu as palavra em cima de mim.

Por mim tudo bem, contanto que ela não resolvesse me matar (de novo). O que duvido que varia perto da Minerva.

– Se não quer perder aulas Sra. Chase sugiro que comece agora a limpar.

E com essas palavras Minerva saiu da sala.

Então Annabeth começou a me fuzilar com o olhar e sair da sala.

– Ei! Espera!

– Esperar pra que?! Vou fazer o que a Minerva mandou! Não quero mais me meter em encrencas e você com certeza é encrenca. Então VAI EMBORA!- Ela berrou e começou a ir na direção da saída.

– Se você me odeia tanto porque foi que tentou me ajudar hoje?!

– EU NÃO TAVA TENTANDO TE AJUDAR SEU PANACA!

Então parou e respirou.

Eu não tava entendendo nada.

– E sobre te odiar... eu não te odeio.

What the hell?!

Ela Grita que não quer me ajudar, me chama de panaca (detalhe ela já FALOU que me odeia) e agora chega e fala “Eu não te odeio”.

Será que toda menina é assim?

Ou será que Annabeth tem surtos de bipolaridade?

– É lógico que me odeia, você deixou isso claro deis do começo.

Então ela parou. Me encarou e disse:

– Nossas famílias, os Chase e os Jackson, são uma das poucas famílias descendentes dos fundadores de Hogwarts que sobreviveram. Por conta disso nossos pais eram os responsáveis por governar suas relíquias...

– Como assim?

– Arhg! Será que vou ter que explicar tudo?!

– Dá licença? Não sei se você sabe, mas fiquei sabendo que Hogwarts existe...

– Ok, ok, já captei, enfim. Relíquias são as recordações dos fundadores, itens mágicos e importantes para o mundo da mágia.

– E nossos pais eram responsáveis por guarda-las?

– Guarda-las não, governa-las! Eles que centralizavam seu poder nelas e as utilizavam para o que achassem necessário. Bom, cada descendente governava sua relíquia e guardava no castelo.

– Como eles podiam governar elas se elas nem se quer ficavam com eles?

– Eles só utilizavam quando achassem necessário! Você tá prestando atenção Percy? Bom, continuando... na época que você-sabe-quem...

– Quem?

Ela me olhou, perplexa.

– Sua mãe NUNCA te contou a história do principal bruxo das trevas?!- Ela me encarava indignada.

– Sim, mas ela nunca falou o nome dele.

– Ah céus! Ok, o nome dele é...- Então ela sussurrou- Voldmort.

– Voldmort?!- Daí eu, logicamente, comecei a rir- Que tipo de vilão tem um nome tão idiota quanto Vold...

– Percy! CALE A BOCA! Nomes podem ser sagrados ou amaldiçoados, ou os dois. Você não pode falar eles tão em vão! QUE DIRAR CHAMAR ELES DE IDIOTA!

Eu continuei rindo.

– Ok, sabidinha continue sua história.

– Você é um cínico Jackson!

– E você tava me explicando porque me odeia tanto.

– Tá continuando...

Então apoiei meu rosto nas minhas mãos como se fosse uma criança feliz escutando sua historinha preferida.

Ela riu.

– Percy, não vou conseguir terminar de contar a história se você ficar me olhando com essa cara de panaca- Ela disse fingindo estar brava mas não conseguindo conter o riso.

– Então vai ficar aqui pra sempre.- Falei.

– Sabe? Acho que essa foi uma das poucas coisas inteligentes que você me disse até hoje.

– Fico feliz por ver que tou melhorando- Falei sorrindo e percebi que ela sorria de volta.

Mas parece que ela também percebeu, porque ficou séria e pigarreou.

– Enfim, na época que você-agora-sabe-quem começou a ganhar poder seu pai queria ajudar utilizar a relíquia da Rowena para ajudar aos que precisavam...

– Qual é a relíquia da Rowena?

Ela ficou pensativa e, de novo, consegui quase escutar as engrenagens de seu cérebro se mexendo.

– É um diadema- Respondeu por fim- Mas minha mãe não quis deixar.-Mudou rápido de assunto- Então eles se enfrentaram num duelo, lógico que não até a morte, já que os deuses não podem fazer isso.

– Deuses?

– Sim, os descendentes de linhagem pura dos criadores de Hogwarts são considerados deuses por serem muito poderosos.

– Então eu sou um deus?

– Não você é mestiço. Também tem sangue trouxa...

– Meu pai se chamava Poseidon...

– Sim, muitas vezes eram dados nomes de deuses mitológicos para os descendentes. Minha mãe mesmo, ela se chama Atena.

– E você? É uma deusa?

– Não, também sou mestiça.

– Então nós somos tipo... semideuses?

– É. Tanto faz. Pode ser... Voltando a história. Minha mãe ganhou o duelo. Porém, depois de uns dias, seu pai roubou o diadema de Rowena e, em seguida desapareceu junto com ele.

– Como você tem certeza que o meu pai que roubou?

– Não é obvio? Seu pai queria a relíquia e, em seguida, ela desaparece e ele também.

Foi então que ela saiu correndo e foi para o jardin.

Cara, eu nem tinha percebido que tínhamos atravessado todo o castelo!

Eu comecei a correr atrás dela.

– Annabeth só mais uma pergunta.

– Fala logo cabeça de alga.

– Eu sou descendente de quem?

– Helga Hufflepuff.

– Por isso eu sou da lufa-lufa.

– Não necessariamente. Você vai para casa que você tem que ir. Muitos descendentes não foram pras mesmas casas dos fundadores.

Eu assenti.

– Vamos logo pegar alguma coisa pra limpar esses jardins e adiantar a tarefa. Já que você quer tanto isso.

– Ok- Ela concordou e sorriu.

Eu sorri devolta.

Talvez, só talvez ela não me odiasse tanto assim.

Começamos a ir na direção da cabana do Rúbeo pra pegar uma vassoura emprestada.

Foi então que eu me lembrei da primeira vez que eu olhei pro quadro da Helga, como eu tinha achado ela familiar. Principalmente o sorriso...

É lógico que eu conhecia aquele sorriso, eu via ele todos os dias quando me olhava no espelho.


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Notas finais do capítulo

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