Híbrido escrita por Rayssa P


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

O senhor Hauser está cada vez mais perto da Cassandra...



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–Oi pai. -William disse, ele sabia que era o pai porque tinha sentido o seu cheiro.

–Oi filho... -Will ouviu uma cadeira se arrastando. -Tudo bem?

–Não, eu matei um homem!-William virou para ver o pai que ria da situação.

–Você é diferente, Will, fará coisas que nenhum mortal ousaria fazer e vai se acostumar com isso.

–Mas eu não quero me acostumar a matar pessoas.

–Você não precisa matar pessoas, você é um menino bom e sabe fazer boas escolhas.

Silêncio.

–... E a mamãe, ela está bem?

–Sugiro que de muitos beijos e abraços nela. -Cauê levantou e saiu do quarto do filho.

Depois de dormir mais um pouco, uma hora para ser mais preciso, ele desceu e encontrou Cassandra sentada de pernas cruzadas no sofá, ela esperava por ele:

–Mãe?

Cassandra sorriu e foi abraçar o filho:

–Você está bem?

–Sim... Eu posso faltar a escola?

–Hoje sim, a morte do diretor Brown já virou notícia, não podemos arriscar, mas fique tranquilo, vou à sua escola...

–Pegar lições com colegas? Acho melhor não, né?

–Não... Para ver se está tudo bem.

–Uma pessoa morreu no estacionamento, mãe, é claro que não está tudo bem.

–Malcriado.

William riu.

–Vou sair, quero ficar sozinho.

–Aqui em casa é o melhor lugar para ficar sozinho, não acha?

–Não, não acho, eu prometo que não voltarei tarde. -Will beijou a bochecha de Cassandra, colocou a touca e saiu.

–É aqui que vamos morar?-Eleanor perguntou, ela e a família admiravam o casarão que eles iriam morar.

–Sim, já está decorado e mobiliado, mas vocês podem mudar algo quando quiserem. -Alexander respondeu, Eleanor sorriu, ele conhecia aquele olhar criativo.

–Pai, quando nós vamos para a escola?-Elisabeth perguntou Brook a olhou estranho.

Alexander riu.

–Tem certeza que quer ir à escola?

–Sim, eu gosto da experiência que a escola me proporciona e também... Quero expandir os meus conhecimentos em matemática.

–Que nojo. -Brook falou baixinho.

–O que disse irmãzinha?-Brook odiava ser chamada de "irmãzinha".

–Vou dar uma volta, tudo bem?

–Tudo bem, pode ir. -Alexander voltou a olhar encantado a esposa.

–Tome cuidado... Irmãzinha. -Elisabeth provocou, Brook fez um olhar 43 para ela e foi embora.

A mesma floresta de ontem, não era só uma fuga de seus perigos ou o caminho da loja de conveniência do posto de gasolina, era um lugar que Will se sentia bem e saía da realidade.

Tentava arrancar com cuidado uma linha da touca, da última vez puxou com muita força e fez um pequeno buraco na sua touca favorita:

–Oi. -Ele ouviu uma voz feminina.

Ergueu a cabeça, viu uma garota pálida, de cabelos pretos cacheados e lábios carnudos sorrindo para ele:

–Oi. -Ele disse.

–Touca legal.

–Obrigado, quem é você?

–Meu nome é Brook, te assustei?

–Não.

Brook o olhou estranho isso só queria dizer uma coisa:

–Você é vampiro?

–Para moças bonitas, sim.

Brook riu.

–Aonde comprou essa touca, Edward Cullen?

–Eu ganhei do meu pai. -Will olhou a garota estranho.

–Você é uma gracinha, é uma pena, mas vou ter que te matar. -Ela ia atacar Will, mas ele pegou no seu pescoço com força e a soltou, ela tossiu.

Ele colocou a touca tranquilamente enquanto Brook levantava do chão:

–Você é um vampiro mesmo!

Will fingiu estar surpreso.

–Da onde você veio?

–Não interessa... Vai ter volta, eu vou te matar.

Will fingiu ter medo de Brook, ela se irritou e foi pra cima dele, mas novamente foi vencida.

–Pode parar de ir pra cima de mim? Eu não quero te machucar.

–Não precisa pegar leve porque eu sou mulher.

–Foi um prazer te conhecer, Brook, mas agora tenho que ir.

–Você ganhou uma inimiga.

–Cagando de medo.

Will foi embora deixando Brook ardendo em ódio.

Ela chegou silenciosamente em casa, mas Alexander estava sentado no sofá a sua espera:

–Aonde a bonita foi?

–Na floresta. –Brook passou a mão no pescoço.

–Conheceu um vampiro?

–Como sempre sabe de tudo?

Um homem barbudo entrou depressa e sentou-se ao lado de Alexander, Brook revirou os olhos:

–Adam veio fazer uma visitinha.

–Essa visita vai durar quantos dias?

–Só o tempo suficiente até eu concluir a minha pesquisa.

–Que pesquisa? A da tal Cassandra?

–Exatamente.

–Vou para o meu quarto, com licença.

–Você não respondeu a minha pergunta.

–Sim, eu conheci um vampiro.

–Eu... –Adam se assustou com o ódio no olhar de Brook, mas continuou. –Posso saber... Como esse vampiro era?

–Branco, olhos amarelo e violeta, covinhas, bem forte. –Brook falou rapidamente e foi embora.

–E então, Adam, descobriu algo?

–... Sim, Cassandra está aqui...

–Eu sei. –Alexander estava calmo, mas as mãos magrelas de Adam tremiam mesmo assim, ele morria de medo dele.

–Ela casou-se com um lobisomem.

–Um lobisomem?

–Sim, eles tiveram um filho, que provavelmente nasceu híbrido.

–Por quê?

–Cassandra é uma bruxa das trevas, ela sofreu uma maldição, ela desgraçou a vida de vampiros, logo, a pessoa que ela mais ama se tornará vampiro.

–Mas a criança não poderia ter nascido bruxo ou bruxa?

–Bruxas das trevas não podem ter filhos bruxos, é um castigo da natureza, pode ser possível, mas as chances são muito pequenas.

–Encontrou algo na maleta do Brown?

–Sim, o filho de Cassandra chama-se William Araripe, não é um anjinho, mas as notas são razoáveis.

–Aquela escola é boa?

–Uma das melhores, Anthony High já ganhou vários passeios por causa do desempenho dos alunos, Anthony era o nome de um professor que morreu num incêndio na...

–Tudo bem, vá embora. –Adam parecia frustrado, mas obedeceu Alexander.

–Até amanhã senhor Hauser... Não me mate... Por favor.

Alexander fez cara de desentendido, Adam deu de cara com Eleanor, que sorriu exibindo seus dentes:

–Oi Adam!-Ela disse a ele, que estava com medo dela.

–O-oi!

Eleanor passou a mão na barba do jovem mago, sorriu para ele, que retribuiu com um sorrisinho mesmo com medo e se transformou, o segurou pelos braços com força, abriu a boca e foi em direção ao seu pescoço:

–Por favor! Poupe a minha vida! Por favor!

Alexander roía as unhas tranquilamente, isso virou um hábito depois que começou a perseguir Cassandra, de vez enquanto espiava para ter certeza de que Eleanor não ia matar o cagão... Ops, Adam.

Até que ela parou, o soltou, ele saiu correndo, ela riu, Alexander parou de roer as unhas.

Eleanor sentou-se do lado do marido:

–Eu adoro assustar o cagão do Adam!-Ela disse.

–Pega leve com ele, não quero que ele caia duro, ele não é como nós.

–Tudo bem, né? Vou tentar ser legal. –Aquele “ser legal” soou tão falso, Alexander adorava isso na esposa.


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Notas finais do capítulo

Desculpe pela demora, tem vários capítulos da história já escritos que precisam ser passados pro computador, tenho que terminar "Amanda e o Lugar Melhor" (que também é uma ótima história, hein?) e eu fui viajar. Não deixem de comentar a história e tomara que vocês tenham gostado. Obrigada!



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