Um desastre de paixão escrita por Mais um romance por favor


Capítulo 6
Capítulo 6- Abby




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O casalzinho vinte subiu com murmúrios e beijinhos. Então Rush ficou olhando pra mim e sorrindo. Aqueles olhos azuis me perturbavam, era penetrante como faca afiada, mas intrigantes. E aquele sorriso, não tinha como não olhar, definitivamente ele era lindo. Não que ele não soubesse disso, aliás, ele usava isso a seu favor. Acho que não sou interessante o suficiente pra ele, porque fora o acontecimento no corredor ele não tentou nada. Pra um rapaz com a fama dele é um pouco decepcionante pra mim.

– O que foi? Meu rosto tem chocolate ainda? – pergunto tentando fazê-lo parar de me olhar daquele jeito.

– Não. Só estava observando você. Você é linda e diferente. – ele sorriu daquele jeito que toda menina gostaria. Não eu, desse tipo eu quero distancia. E ele me chamou de diferente. Diferente pra mim é estranho, bizarro.

–Pode parar Rush, não sou a garota que você esta acostumado. Não quero nada com você.- disse seria, levantando e levando meu prato até a pia.

– Nossa você é direta. O que há de errado comigo? Me acha feio?- perguntou ele com um ar preocupado.

– Seria muito pro seu ego agüentar, né? Não chora, ta! Só não achei você tudo isso. – sarcasmo sempre funciona em situações difíceis.

Silencio se instala no ambiente enquanto recolho os pratos e coloco na lava louça, ele me observa ser sorriso, parece me analisar. Eu acabo de limpar a mesa e saio pela porta á direita. Ele levanta e me segura pelo braço. Eu olho pro meu braço e calmamente olho em seus olhos, não me mexo.

– Quer sair comigo?- pergunta ele, em um tom serio demais pra ele.

– Não, Rush. Eu não vou sair com você. Eu não vou ficar com você, e definitivamente eu não vou transar com você. Se conforme. – puxo meu braço e subo as escadas.

– Ok. Eu aceito. Saia comigo, amigos?- ele fala olhando pra mim lá de baixo.

Não confio nele. Esses olhos me ameaçam cada vez quem me olham. Mas eu sinto que se não aceitar isso não vai acabar mais.

– Digamos que eu aceite, você não fará nenhuma graçinha, nem tentará nada, certo?

– Combinado. Hoje ás sete da noite.

– Não, hoje não. Tenho que cumprir uma promessa. Amanhã ás oito.

– A senhorita é que manda. - ele falou ao fazer reverência com as mãos.

Terminei de subi as escadas, já eram seis da tarde. Hora de ir embora, já se fazia 12horas que estava fora.

– Mary, vamos embora, definitivamente. Se vocês quiserem ficar juntos mais que doze horas, no mínimo ele tem que te pedir em namoro. – gritei batendo na porta. Ela se abriu e de lá sairão os dois com cara de assustados. – Que foi? Disse alguma mentira? – terminei dando os ombros. Eles se olhavam e a Mary já estava vermelha. Quem me respondeu foi o Travis.

– Ela tem razão. Quero mais que uma noite com você. Aceita sair comigo hoje?

– Ops! Hoje não vai dar não. Ela tem um compromisso comigo, amanhã ela ta livre.- interrompi

– Tenho?- Mary disse me olhando com duvida.

– Tem. Ela aceita, amanhã ás oito. – peguei a mão de Mary e sai arrastando ela escada abaixo.

– Vamos embora Mary.

– Okay, já tinha chamado meu motorista, ele deve estar chegando. – abri a porta e uma limusine preta estava parada na frente da casa.

– Ótima carona- falei enquanto nós gargalhávamos. –É um prazer seu sua amiga.

Lá dentro era enorme, tinha bebidas, luzes coloridas, os bancos em couro e as porta estofadas com tecido que parecia o tapete do quarto dela. Os vidros eram todos escuros, ela abriu o vidro de acesso com o motorista e falou o meu endereço ele acenou e ela fechou o acesso. A viagem foi relaxante, quando estávamos chegando eu disse:

– Qual foi exatamente a historia que você contou pra minha mãe?

– Eu disse pra minha mãe ligar pra sua e perguntar se você podia ir á um chá pras senhoras da alta sociedade da cidade. Minha mãe ligou e depois mandou sms falando que tava ok. Então você estava em um chá com muitas senhoras, e foi muito legal.

– Deve ter sido mesmo, sensacional- falei. Rimos dá situação. Até a limusine parar. Então fizemos cara de seria, e Mary entrou comigo em casa.

– Mãe? – gritei assim que entrei. - Mary está aqui, tudo bem?- continuei falando e andando.

– Olá Mary. Que bom te receber aqui. – disse minha mãe saindo do escritório de pantufas e pijama.

– Mãe vamos á um jogo de futebol hoje a noite. É do time da escola. Okay?- falei com medo da resposta.

– Tudo bem filha, só não volte tarde. - ela disse e voltou pro escritório.

Subimos até o meu quarto, que com certeza era bem menos que o dela então me deu certa vergonha.

– Seu quarto é aconchegante- disse ela

– Obrigado. Então como você acabou de ficar sabendo vamos a um jogo de futebol. Conheci um amigo ontem na festa enquanto você e o Travis se atracavam. E ele me chamou pra ir ao jogo e eu falei que ia. Então vamos.

– Opa, opa vamos com calma. Conheceu alguém? Quem é? Já sei que é to time de futebol.

– O nome dele É Luke, e ele é capitão do time de futebol dá escola. Mas você não vai nem chegar a vê-lo se não nos apressarmos o jogo é as sete. Vou tomar banho no banheiro lá em baixo tem um aqui. Roupas no guarda roupa, toalhas no banheiro, qualquer coisa grita. – falei rindo e sai, aquilo era divertido ter uma amiga, ter pra onde sair, conhecer pessoas novas. Eu gostava dessa nova vida, o passado já não era tão intenso.

Olhei no espelho estava pronta: short, camiseta, tênis e boné dos Lakers. Mary usava meu short laranja, uma camiseta xadrez com tons de preto e laranja, uma sapatilha e uma tiara. Definitivamente ela tinha um gosto bem diferente do meu. Fomos com o carro da minha mãe, mas quem dirigiu fui eu, sim eu sei dirigir. O estádio estava cheio, sentamos na arquibancada e enquanto esperávamos comemos batata frita e refrigerante. E a Mary disse que iria engordar se continuasse minha amiga, e eu ri muito.

O jogo começa, o outro time tem o dobro do tamanho dos meninos da escola. Foi um jogo complicado, mas ganhamos por um touchdown feito por Luke. Enquanto saiamos recebo uma mensagem em meu celular.

“Minha ultima jogada foi por você. Me espera no estacionamento, quero te ver. Beijo, Luke. “

Mary vibrou ao ver a mensagem, e me deixou esperando ele, enquanto ia tomar um refri.

Eu estava encostada em carro clássico preto, quando ouço o alarme. Desencosto surpresa, e olho pra trás e vejo o Luke vindo com um sorriso.

– Oi linda, o pessoal vai pra lanchonete. Vamos?- ele diz após me cumprimentar com um beijo no rosto.

– Não posso, estou com uma amiga e tenho que ir pra casa também amanhã tem aula. – disse me afastando.

– Okay então. Gostei de te ver, obrigado por ter vindo. Você é uma mulher de palavra. Gosto disso.

– Oi gente. – diz a Mary chegando com um Milk shake na mão. Não vai me apresentar seu amigo Abby?- ela me cutuca e acena com a cabeça.

– Esse é Luke, Mary. Mary, esse é Luke. – disse apontado pra eles, respectivamente.

– Parabéns pelo jogo, capitão. – eu disse enquanto me despedia.

– Obrigado. Te vejo amanhã, linda. – ele disse e me beijou na testa.

Saímos em direção ao carro, Mary não disse uma palavra até chegarmos ao carro. Ao entrarmos:

– OH MEU DEUS! Ele é lindo. Você é uma danadinha hein! Agarrou logo o capitão do time. Sem contar os outros corações que arrasou ontem.

– Que corações? Mary não seja boba. – disse manobrando o carro em direção a saída.

– Você pensa que eu não vi como Rush te defendeu ontem e como ele te olhou hoje na mesa do café. Abby eu sei do que eu falo. Você tem dois bonitões babando por você. E ai qual você gosta?- ela disse entusiasmada, era engraçado ver ela assim. Apesar de me preocupar o que ela falou, e ela ainda nem sabia do jantar de amanhã.

– Hã? O que? Gostar? Você pode até estar certa, mas não quero nada com nenhum dos dois. Não te contei, mas entrei na escola fechada pra relacionamentos e é assim que vai ficar.

– Okay. Se você diz. Não sei o que aconteceu lá trás, mas seja o que for é passado e não me interessa saber a menos que você queira me contar.

– Outro dia Mary, eu te conto prometo. Hoje eu estou cansada e só quero minha cama. Obrigado por tudo hoje. Beijos- disse enquanto ela descia do carro em frente a enorme casa dela.


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