Apenas Colegas de Apê escrita por Dreamy Girl


Capítulo 83
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Vou confessar que neste momento, meu coração tá disparado e meu olho ardendo. Eu não estou preparada pra isso..
Primeiramente, quero muito agradecer a cada um de vocês. Já disse várias vezes isso, vocês fazem parte de um sonho.
A Ray, o Steve, a Dyl, o Pet, a Gabi, o Liam, o Luke, a Stacy, o Jason, o Sam, a Anna, a Liss, o George, a Angel, a Martha, o Diego, o Taylor, o Lucas, o Marcus, a Nicolly e até o Tom que teve uma presença bem passageira.. cada um tem um pedacinho de mim. Cada coisa que aconteceu aqui foi uma inspiração, uma situação parecida, alguma coisa que eu vivi, ou gostaria de ter vivido.
Obrigada a quem comentou, a quem nunca comentou, a quem comentou um capítulo, todos os capítulos, três, tanto faz. Obrigada a quem deu uma chance e está até aqui.
Obrigada as minhas amigas, que não estão lendo, mas enfim.. elas sempre me deram ideias e me desejaram sucesso.
Obrigada a todas as bandas e cantores, que obviamente não estão lendo isso, mas que deixaram meus capítulos tão lindos e cheios de canção..
Obrigada a Bia (siiiis), Lu, Ellen, Livia, Eduarda, Cah, Gi, Isa, por terem se tornado amigas para mim. Falamos um monte de besteira no grupo e isso muda meus dias.
Giovanabrigidofic, 4mericanBaby, Melody, que sempre comentam aqui amorzoooooes ❤
Os parabéns a quem me aguentou durante mais de um ano. Amo vocês e vou amar eternamente.
Parabéns pra mim. Porque eu consegui.. eu realizei um sonho da melhor maneira que pude. Fico extremamente grata a Deus por isso. Não pretendo parar de escrever nunca mais ❤
Antes do último agradecimento, quero fazer um pedido.
Queria que todo mundo comentasse. Todo mundo que ler. Não importa se você nunca apareceu aqui, essa é minha última oportunidade de conhecer vocês.. por favor, vamos fechar com chave de ouro!
E, como disse Paula Pimenta (trocando o nome da protagonista, claro) .. "E a Rachel.. espero que tenha dado a você o melhor final feliz que alguém poderia escrever".
Vamos lá?



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– Eu posso me irritar todos os dias do mundo, mas hoje não. Respira, Dylan, respira.. - ela fala, enquanto a maquiadora sai do quarto.

– Eu disse pra você escolher direito, mas você nunca me ouve. - falei, revirando os olhos.

– Da próxima eu te escuto..

– Você sempre diz isso. - dei uma risadinha. - Preciso me trocar, até mais tarde. Vê se relaxa. - dei um beijo em sua testa e saí.

Depois de longos quatro anos de noivado, o grande dia finalmente chegou. Eu e Gabi ajudamos em cada detalhe. Desde os convites e o lugar, até a comida e os convidados. O que ela fez questão de escolher sozinha, foi a equipe de beleza que cuidaria dela. Ela disse que cada madrinha ia no salão que preferia, mas ela ia escolher alguém novo. Se ela se ferrou? Claro. A maquiadora é uma mala, só fez porcaria desde que chegou, e ela está no maior estado de nervos.

Abri a porta do quarto onde a Gabi estava.

– Você tá linda. - falei.

– Você também tá! Seu cabelo tá tão lindo.

– Eu sei, tô pirando nele.

Nos últimos anos, adotei um corte de cabelo mais curto. Quer dizer, antigamente ele batia na cintura, agora está um pouco abaixo do ombro. Nunca cortaria mais do que isso.

O meu penteado era simples. É uma trança horizontal que contorna a cabeça, que ia pegando mechinhas soltas e dando um movimento lindo.

O meu vestido também é a coisa mais linda. É azul Klein, tomara que caia, longo, com uma fenda que começa no joelho e tipo um cinto fininho na cintura, cheio de pedrinhas brilhantes.

– Me ajuda aqui a fechar? - pedi.

– Ajudo sim, gordinha. - ela ri e fecha o zíper.

– Gabi, eu tô tão cismada com isso.

– Ah, para, você tá ótima. Continua a mesma magrinha que conheci.

– Não sei se tá falando só pra me agradar.

– Ah, como se eu fizesse isso.

Eu ri.

– Vamos lá fora ver como estão as coisas? A noiva não queria nada menos que perfeito, vamos ver se o desejo dela foi atendido.

– Vamos, sim. Preciso fazer as fotos pro site. - ela diz, colocando sua sandália.

– Super deu certo sua ideia de fazer curso de fotografia, né? Tem tudo a ver com sua área no jornalismo.

– Muito! Matéria de decoração sem fotos, não rola. E fora que eu amo. Fico tirando foto dos meninos o tempo todo, eles odeiam.- ela ri.

– Onde eles estão, falando nisso?

– Em casa, tá todo mundo se arrumando. Eu não sei onde estava com a cabeça pra deixar o Liam por conta do Will e do Jake. Sinceramente..

– Amiga, já são cinco anos de prática. Acha que ele ainda não aprendeu? - eu ri.

– Não tô dizendo isso, Rach. Ele é um pai maravilhoso, só que os meninos vão trazer as alianças.. têm que estar perfeitos.

Foi quando ela disse isso que chegamos lá fora, e o assunto cessou.

Faltavam duas horas pra começar. O lugar já estava quase pronto, e realmente lindo. É um sítio alugado especialmente pra isso. As flores em tons de rosa e branco estão espalhadas em vários arranjos, e deram um ar super romântico. As mesas e cadeiras já estão todas posicionadas, todas viradas no sentido onde o local da cerimônia estava montado. Uns homens estavam posicionando as caixas de som, e uma mulher que ia cantar, testando os microfones.

*

A música escolhida para a entrada dos padrinhos foi "A Walk to remember", de Um Amor Para Recordar. Eu, que já estava preparada pra entrar, estava quase chorando. A música, a história por trás dela, esse casamento..

– Tá bem? - ele me pergunta. E quando olho pra cima e vejo aqueles olhos, passou tudo. Ele ainda tem esse efeito sobre mim..

– Com você do meu lado, não. - sorri.

– Só não te beijo pra não tirar o seu batom, mas vontade não falta.

Dei uma risadinha.

Quando ouvi os primeiros acordes e a cerimonialista disse que a gente podia entrar, o mesmo friozinho na barriga do dia do meu casamento, surgiu. E foi nele que pensei durante grande parte da cerimônia.

Assim que o Steve saiu do hospital, decidimos "entrar nessa". Já tínhamos a prova de que Deus estava com a gente, e não tinha motivo pra não seguir a vontade dele. E nós queríamos fazer direito. Arrumamos logo o nosso casamento e, enquanto isso, eu fui morar na casa do meu pai.

A recuperação do Steve foi linda. Em poucos dias eles puderam fazer a remoção, porque o corpo dele estava respondendo super bem aos tratamentos para a cirurgia. Depois, foi tudo correndo bem. E o câncer nunca mais deu sinal..

Em cinco meses, estava tudo pronto, e não poderia ter sido mais perfeito.

Nos casamos na praia, em Santa Mônica, já que tinha marcado nossa história. Pensamos em Cancun, mas ficaria difícil pra todos os convidados. Se muita gente ficou meio assim por ser em Santa Mônica, em Cancun teríamos eu e ele, apenas. Mas não precisava mesmo de mais ninguém..

Estava tudo montado sobre a areia, e como exigi casar de vestido de noiva estilo princesa, não colocaram tudo direto no chão. Tinha um grande palco de madeira por todo o local do casamento. No altar, havia tipo uma tenda, com rosas vermelhas e rosas claras decorando.

Durante todo o tempo, uma música calma e baixinha tocava. Algumas mulheres ficam nervosas, e sim, eu fiquei. Mas a vontade de casar logo com ele quase não me deixava segurar as penas. Quando os primeiros acordes da marcha nupcial começou a tocar e eu o vi tão lindo lá na frente me esperando, com os olhos brilhando.. minha vontade foi de correr pros seus braços.

Já na festa, quando a gente estava dançando I'm yours do Jason Mraz, abraçadinhos, querendo curtir ao máximo o nosso dia, eu falei pra ele baixinho:

– Que nossos filhos tenham uma história de amor tão linda quanto a nossa.

– Mas que não tenha tanto empecilho, né?

– As dificuldades fortalecem o amor. Tudo o que passamos foi pra esse momento aqui valer a pena.

Esses nossos quatro anos de casamento foram os melhores anos da minha vida. Todas as viagens (conhecemos sete países nesse tempo: Japão, Brasil, Inglaterra, Argentina, França, Espanha e Alemanha. Um lugar mais lindo que o outro), passeios, risadas.. É como se fôssemos namorados.. mas eu tenho o prazer de mostrar minha aliança de ouro e dizer por aí que eu tenho um marido. E que é ele.

A cerimônia do casamento da Dyl e do Pet acabou, e foi linda. Os olhos da noiva brilhavam tanto quanto no dia da carona..

– Pai, me dá minha princesinha logo que eu não tô aguentando ver esses olhinhos de longe. - falei, sorrindo, e em seguida peguei minha filha.

Sim.. minha filha. Ela é recém nascida, tem menos de dois meses. Parece que a vida ganhou um novo sentido depois que a Bella nasceu. Ela tem o cabelo loiro igual ao meu, e (graças ao meu bom Deus) os olhos do Steve. Isabella é a coisa mais perfeita..

Eu e o Steve ficamos babando nela, até a Gabi chegar com o Liam.

– A Bellinha tá bem? - Gabi pergunta.

– Gabriela Swan, quantas vezes vou ter que dizer pra não chamar minha filha de Bellinha? Isso é nome de cachorro! - fiz cara feia. Os três riram.

– Sabe que faço de propósito. Mas, enfim, a Bella - acentuou o apelido - tá bem?

– Sim. - falei, sorrindo, voltando a olhar pra ela. É sempre assim, toda hora.

A mesma mulher que testava o microfone há algumas horas atrás, cantava agora Photograph, enquanto eu acompanhava de forma inaudível e esperava a Bella dormir.

A gente estava comendo, conversando quando os (sumidos) noivos apareceram no palco.

– Oi, gente. - Dyl falou rindo. - Primeiramente, quero agradecer a Deus por esse dia tão perfeito.. não tinha como ser melhor. Quero também agradecer a vocês todos que estão aqui, fazendo parte desse sonho. Mas, o que eu quero dizer é pra uma pessoa. Duas, na verdade. Vou começar por ele.. meu marido lindo. - sorriu. - Desde o primeiro momento eu soube que era você. - olhou pra ele. - Quando eu olho nos seus olhos, é como se tudo sumisse ao redor, e só houvesse nós dois. Seu beijo me enlouquece, me tira de mim.. e você é quem eu escolhi pra amar. Nós vamos construir nossa família, vamos ser muito felizes. Obrigada por ser esse homem maravilhoso pra mim, esse amigo. Obrigada por me irritar, por bagunçar meu cabelo, por fazer cócegas em mim, por me deixar ganhar no vídeogame.. por tudo. Eu te amo muito. - e dito isso, eles se beijaram e todo mundo aplaudiu. Olhei pra Bella no carrinho e vi que ela dormia feito um anjo. - E agora, eu não podia deixar de falar dela.. não é só minha cunhada, minha amiga.. você sabe que é como uma irmã pra mim. A pessoa que tem os melhores conselhos, as melhores piadas, os melhores momentos. Você é uma parte extremamente essencial pra nossa história, afinal, tudo começou a partir de você. Eu te amo, Ray, obrigada por tudo. - mandei um beijo pra ela. - Você é merecedora da felicidade que tem, e que tanto lutou pra conquistar. Ah, e pra não rolar ciuminho, também amo a Gabi e o Liam. - rimos. A Gabi mostrou a língua pra ela. - Mas só pelo Will e pelo Jake, porque eles são as coisas mais lindas. Vocês sabem que eu já shippo a Bella com um dos dois. - eu ri meio assustada em pensar na minha bebezinha com alguém. Calma, sociedade, calma.

O Peter pegou no microfone.

– Não vou me prolongar, só quero agradecer por tudo. É tudo muito.. surreal. Dyl, pode deixar, vou continuar te irritando, fazendo cócegas, bagunçando seu cabelo.. mas, quanto ao videogame.. agora as coisas vão mudar. Quem perder, lava a louça. - todo mundo riu e ela bateu nele. - Te amo, boneca. Um brinde à nós. - propôs. Todos erguemos as taças de champanhe e brindamos.

*

– Amor, vamos embora? A Bella tá cansadinha. - pedi ao Steve.

– Ah, Ray, fica mais. A Gabi também já foi, sem vocês aqui a festa vai acabar. - a Dyl pede.

– Isso porque a gente tem filho, amiga. E quando se tem filho, eles viram o nosso relógio, entende? - dei uma risadinha.

– Então já vão mesmo? - Peter pergunta, passando o braço por trás da cadeira da esposa. "Esposa". Vou demorar pra me acostumar..

– Vamos, sim. - eu disse.

– Parabéns aí, pelo casamento. Foi tudo lindo. - Steve falou.

– Obrigada.. agora vamos poder eleger qual foi o casamento mais bonito. O na igreja, o na praia, ou no sítio. - Dyl falou e nós rimos. Eu e Gabi sempre falamos sobre isso, e a Dylan pedia pra esperarmos o dela, pra podermos saber qual foi o melhor. Continuo achando que foi o meu..

– Não farei comentários a respeito.- Steve falou, rindo.

– Nem eu. Tchau, gente. Tenham uma boa noite.. - ri também.

– Deixa comigo, maninha. - Peter piscou.

– Cala a boca, existem crianças aqui. - Steve falou.

– Ah, claro, até porque a Bella vai super entender o que a gente tá falando. Quer dizer, ela ouve, mas não entende. - Dylan ri.

– Desse jeito não vamos embora nunca. Tchau, gente. - Steve falou. Nos despedimos e fomos.

Coloquei a Isa na cadeirinha e sentei no banco do passageiro.

– Achava que esse casamento não ia sair nunca.. - ele comenta.

– Eu sabia que ia acontecer. Desde sempre.

– Sabia que você é incrível? - deu partida no carro.

– Por que?

– Você tem um coração tão cheio de amor, que até passou isso pra quem tá ao seu redor.. a Gabi e o Liam, a Dylan e o Peter, todos se conheceram através de você.

– Já pensei nisso. E fico feliz.. elas, e eles também, merecem.

– Assim como a gente.

– Sim.. tentaram nos sacanear desde o começo, mas estamos aqui.

– O que Deus une, o homem não separa.

Sorrimos um pro outro.

– Posso te dizer uma coisa? - pergunto.

– Claro, amor.

– Obrigada. Por isso tudo.. pelo nosso casamento, pela nossa filha. Você é a melhor coisa que me aconteceu.

– Oh, meu amor. Eu te digo o mesmo. Sem você eu não sei como eu seria hoje. Mas, provavelmente, não teria 1% dessa felicidade que você me dá.

– Eu te amo muito.. mesmo. - falei com a voz trêmula e com vontade de chorar.

– Eu também te amo, marrentinha.

– Tirou essa do fundo do poço, hein Waters. - relembrei seu antigo apelido também, e ele riu com isso. - Meu próximo livro vai ser nossa história.. vou contar cada detalhe. - tive a ideia. Eu já tinha um livro publicado, assim que eu terminei a faculdade. É um livro de crônicas, que terminam sempre com uma mensagem boa. Fez e ainda faz muito sucesso, desde o lançamento não sai da lista dos mais vendidos (sendo que, nos primeiros meses, ocupava sempre uma das três primeiras posições).

– É uma boa ideia.. só que vai ter uns 100 capítulos. - eu ri.

– Certas histórias valem a pena.

– E a nossa tenho certeza que vale.

Ficamos um tempo em silêncio, e eu fiquei pensando no meu futuro livro. Até ele voltar a falar.

– A vida é bem irônica, né? A louca dos livros publicando seus próprios livros..

Eu ri.

– Dizem que a gente faz o que gosta, né?

– Exatamente, por isso nossa filha é mulher.

Ri mais ainda.

– Você continua idiota, sabia?

– Lindo também.

– E convencido.

– E você continua me amando..

– Sou obrigada a concordar.

*

Acordei com o choro da Bella. Olhei no relógio do criado-mudo e vi que eram quatro da manhã. Era mesmo o horário dela mamar.

Levantei sonolenta e entrei no quarto dela (meu antigo quarto).

Eu nunca ia cansar de dizer o quanto ele é lindo.. o papel de parede com ursinhos e tons de rosa, os móveis brancos e a decoração fofa.. é a coisa mais linda.

– Ei, filha. Vai mesmo me acordar todas as madrugadas, não é? Tudo bem, posso me acostumar. - falei com ela e a peguei no colo em seguida.

Sentei na enorme poltrona que compramos pra eu amamentar e eu acendi o abajur. Antes de começar, liguei o rádio e coloquei uma música baixinha pra acalmar.. eu sempre faço isso.

Sou muito grata por tudo. Hoje sei que foi tudo um propósito de Deus para as nossas vidas.. soube passar por todas as dificuldades, pra que hoje a minha felicidade possa valer a pena. Se tudo tivesse sido sempre bom, eu não sei se minha gratidão seria a mesma.

E eu quero que a nossa história mude vidas, inspire pessoas. Quero que todos saibam que o amor existe, e que ele pode estar bem ao lado, só devemos dar uma chance.

Porque talvez, ele seja apenas um colega de Apê.


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Notas finais do capítulo

Ai meu coração..
Pela última vez:
Gostarammm? Comentemm!
Nada de tristeza, viu? Que Apenas Colegas de Apê seja eterna em nossos corações ❤
Não é o fim.. lembrem-se disso.
Eu amo vocês, pra sempre sempre sempre



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