Apenas Colegas de Apê escrita por Dreamy Girl


Capítulo 67
Coincidência?


Notas iniciais do capítulo

Olha só como fui rápida 👏👏
HEEEEEY
Esse capítulo é com a ideia da minha leitora linnnnda, Secret Girl.
Espero que goste e que tenha ficado do jeito que queria e esperava.
Bora?



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– Cadê a Dylan? - perguntei pra Gabi, interrompendo um beijo com o Liam.

– Oi? - pergunta, meio desorientada.

– Cadê a Dylan? - repito.

– Provavelmente, no mesmo estado que eu. - ela e Liam trocam um olhar e um sorriso.

– Espera aí, quem ela tá agarrando?

– Amiga, não dorme! Acha que o Peter veio só por sua causa?

Ai meu Deus! Meu casal tá de volta! Não creio!

Saí correndo e fiquei procurando por eles por todo o lugar. Os vi de longe, encostados no mural de fotos, abraçadinhos. E então, Peter a soltou e olhou em seus olhos. Vi a boca dele se movimentando, e pude entender um "Eu te amo". Sorri. Eles continuaram se olhando e deram um beijo tão apaixonado, que até eu me comovi. Senti falta de um beijo desses.

Eu ia lá, mas resolvi não atrapalhar. Acredito que fiquei o resto da noite com uma expressão sonhadora, porque aquela foi uma das cenas mais lindas que já vi.

A surpresa maior não foi essa..

Quando cheguei em casa, sozinha, porque a Gabi estava com o Liam e a Dyl com o Peter (elas disseram que era pra eu levar o Sam pra minha casa e passar a noite com ele como agradecimento, e a Dylan ficava na casa dela sem problemas, mas dou minha vida se elas não foram cada uma pra casa do namorado / ficante. E não, eu não trouxe o Sam pra cá), tomei banho, e como não estava com sono, às três da manhã, peguei o meu notebook e fui dar uma fuçada no facebook de novo.

Sempre abro as notificações no primeiro instante, e foi o que fiz. Curtidas nas fotos, nos recados de Parabéns.. e uma coisa que quase me fez cair da cadeira.

"Steve Waters aceitou sua solicitação de amizade"

– Mas.. mas eu não enviei nada. - falei, sozinha.

E foi então que eu entendi.

Quando a Dylan me deu um susto, eu estava no botão se solicitação. Eu, com certeza, apertei sem querer.

Se meu coração já estava acelerado, no minuto seguinte ele triplicou a velocidade dos batimentos.

Na janela de bate - papo, apareceu uma mensagem dele.

Fiquei dura, olhando para o "Oi" dele, e sorri, percebendo que ele continuava cara de pau.

Visualizei a mensagem e respondi .

Rachel Simpson: Oi

Steve Waters: Tudo bem?

Nossa, isso está horrível. Essa nossa conversa como se fôssemos completos desconhecidos.

Rachel Simpson: Cansada, mas sim. E você?

Steve Waters: Indo..

Rachel Simpson: O que aconteceu?

Não segurei minha curiosidade, tive que perguntar, e é bom pra nossa conversa se tornar mais íntima.

Steve Waters: Nada com que deva se preocupar... esses dias foi o seu aniversário, né? Parabéns, felicidades!

Ele. Lembrou.

Eu me tornei aquela adolescente de 4 anos atrás e comecei a dar uns gritinhos. Ele lembrou!

Rachel Simpson: Tá bom, então. Obrigada por lembrar!

Steve Waters: Magina.

Senti que o assunto tinha terminado. Mas, ele voltou a falar, pouco tempo depois.

Steve Waters: Rach, desculpa por aquele dia..

Eu quase tive uma síncope! Ele me chamou de Rach.

Rchel Simpson: Qual deles?

Steve Waters: Vários. Fui injusto com você.

Rachel Simpson : Também te devo desculpas, mas tudo bem, passado fica no passado.

Steve Waters: Tá bom. E como tá a vida?

Rachel Simpson: Bem. E a sua?

Steve Waters: Tá bem..

Senti o assunto terminado, novamente. Resolvi me despedir, mesmo sem querer acabar a conversa. Mesmo sendo completamente sem graça, era bom falar com ele de novo.

Rachel Simpson: Olha, Steve, eu tô mesmo muito cansada..

Rachel Simpson: Vou dormir, tá? Beijo, até qualquer hora.

Steve Waters: Posso te chamar amanhã?

ÓBVIO QUE SIM!

Rachel Simpson: Se a gente se encontrar online, pode.. ou se quiser mandar, eu vejo depois.

Steve Waters: Vai sair?

Eu ri. Curioso, também continua.

Rachel Simpson: Trabalhar, mesmo.

Steve Waters : Continua na AMB?

Alguém não quer me deixar sair..

Rachel Simpson : Sim, e você, ainda tá lá naquele escritório?

Steve Waters: Não, agora tô trabalhando de estagiário em uma empresa perto da casa da minha tia.

Rachel Simpson: Tá fazendo faculdade?

Steve Waters: Sim, administração. Minha tia conhece um pessoal grande nessa empresa e conseguiu uma vaga pra mim, mesmo estando no segundo semestre da faculdade.

Rachel Simpson: Ah, que legal!

Aí você se pergunta: Não ia dormir, Rachel?

Ia.. mas, encontrei coisa melhor pra fazer essa noite.

***

O celular não parava de tocar, e esse foi o único motivo pelo qual tive coragem de abrir os olhos. Ou, pelo menos, tentar.

Peguei e atendi, sem olhar.

– Alô?

– Rachel, pelo amor de Deus, cadê você?

– Onde eu deveria estar?

– Eu não acredito que você ainda tá dormindo!

– Bem que eu queria.

– Sabe que horas são? Meio-dia e meia! E sabe quem tá doido da vida aqui contando os segundos pra te matar? A chefe!

Foi então que olhei no relógio do celular e vi a hora, e me toquei que deveria estar trabalhando há UMA HORA!

– Gabi! Caramba, o que disse pra ela?

– Minha filha, já matei metade da sua família.

– Oi? - perguntei, levantando da cama.

– Tive que inventar mil e uma desculpas pro seu atraso. Falei que seu avô tinha morrido hoje cedo, e sua mãe estava arrasada, tinha até ido parar no hospital. E, na correria pra sair de casa, deixaram a porta aberta e o seu cachorro tinha fugido. - eu ouvia, enquanto arrumava minha roupa.

– Que mente fértil! Minha mãe me disse que meu avô morreu há vários anos. E eu não tenho cachorro!

– O importante é a nossa chefe não saber disso! Ou melhor, é você chegar aqui nos próximos 15 minutos se ainda quiser o emprego.

Desliguei sem dar tchau mesmo, e nem banho tomei. Corri pra escovar os dentes, me troquei, agarrei uma maçã e saí de casa. Peguei o primeiro táxi que vi e pedi para o motorista correr o máximo que as placas permitissem.

Então, no carro, eu comecei a me lembrar do motivo do meu atraso.

Fui dormir cinco e quarenta da manhã, fiquei conversando com o Steve.

Ele me disse que não queria que ficasse um clima ruim entre a gente, que esperava poder ser pelo menos uma lembrança boa na minha vida, ao invés de ruim.

Concordei e colocamos todos aqueles meses em dia. Ele me contou tudo, e vice - versa. Era como se fôssemos grandes amigos.

Uma parte, em especial, da conversa, ficou gravada na minha cabeça.

Steve Waters: Eu terminei com ela porque tem alguém que nada, nem ninguém pode substituir. Ficar com a Claire com esse outro alguém na cabeça não era justo. E já basta a injustiça que cometi há alguns meses, mais essa não é legal.

Rachel Simpson: Legal da sua parte. Ninguém merece ser iludido..

Steve Waters: Pois é, Rach. Essa pessoa me faz uma falta danada, e não é só a minha vida que ficou vazia depois que ela se foi.. o apartamento também.

Rachel Simpson: Caraca! Já são quase seis da manhã! Acho melhor a gente dormir, não acha?

Steve Waters: É, verdade. Boa noite, até.

Steve Waters: Saudades..

Rachel Simpson: Saudade, também.

Essa conversa me deixou completamente agoniada. Ele disse que tá com saudade, e é óbvio que aquela menina sou eu! Ele disse que o apartamento ficou mais vazio..

Se antes eu já achava, agora tenho certeza... eu nunca deixei de amá-lo.

Cheguei no shopping, paguei o táxi e entrei correndo.

Quando entrei na All My Book's, fui direto pra sala da minha chefe. Fiquei uns segundos criando coragem e bati na porta. Ela disse "Entra, Rachel".

Olhei pra ela e disse, tentando sorrir :

– Oi, Srta. Gunter.

– Rachel, pode me explicar o seu atraso de mais de uma hora?

– Minha explicação não é das melhores, mas sabe.. é a verdade. - falei, tomando a liberdade de me sentar. Ela não respondeu, então continuei. - Ontem foi minha festa de aniversário, e cheguei muito tarde em casa, mais de três horas. Fiquei ocupada com umas coisas e só pude dormir perto das seis da manhã..

– Realmente, essa explicação não presta.

– Mas como eu disse, o que importa é que eu tô dizendo a verdade. - retruquei.

Ela me encarou por uns segundos e deu um longo suspiro.

– Está perdoada. Você sempre foi uma ótima funcionária, nunca me deu problemas.. mas, terá que compensar seu atraso e sair uma hora mais tarde do que o normal.

– Tudo bem. - sorri. - Muito obrigada! - me levantei, pronta pra sair, mas ela ne interrompeu.

– E sobre as invenções da Gabriela, diga para da próxima vez, ela ter uma mente menos trágica. - ri, concordei e saí.

***

– Alice! Quanto tempo!

– Rach! - me abraça. - Como tá?

– Bem, e você? O mundo literário conseguiu te conquistar? E aquele namorado.. como anda?

– Olha, me pegou de jeito! O mundo literário, digo. - eu dou risada. - Desde a última vez que nos vimos, comprei sete livros.

– Pegou mesmo. E por que a senhorita sumiu?

– Minha mãe não me deixou vir mais aqui. Por causa do Taylor.. aí fiquei comprando online mesmo.

– Ah, me explica direito.

– Antes, que tal me mostrar onde tá "A Esperança"?

– Claro, vem cá. - levo ela até o livro. Ela compra e eu peço pra ela me esperar na praça de alimentação, já que já eram sete horas e eu já podia ir. Arrumei minhas coisas, bati o cartão e fui.

A encontrei sentada em uma mesa, comendo batata do Mc.

– Toma, pedi uma pra você. - me entrega.

– Ah, obrigada. Agora, me conta tudo.

– Bom, minha mãe descobriu sobre o Taylor. Deixei meu celular desbloqueado por um segundo e ela conseguiu ver tudo. Ele me disse que era melhor a gente terminar, porque ele não queria me encrencar mais ainda.

– Ally.. posso te falar uma coisa? - senti que deveria contar logo que eu conhecia (bem demais) o Taylor.

– Ih.. quando falam isso, não vem coisa boa.

Peguei uma batata.

– Tipo.. eu.. conheço o Taylor.

– Sério? - pergunta, meio surpresa.

– Sim.. eu e ele já.. namoramos.

– Ray, não precisa ficar gaguejando. Sabia que passou pela minha cabeça que vocês podiam se conhecer? Sei lá, passou. Mas eu nem ligo que já tenham namorado. Eu percebi que não gosto taaanto assim dele. Acho que era mais por ele ser gato e beijar bem.

– Sabia que ele foi o motivo do meu término? E sim, não posso negar, o beijo dele é incrível.

– Mentira? Af, que cara zoado.

– Pois é.. mas ele já me pediu desculpas e tal.. e sabe, acho que ele gostava de você.

– Pena. A fila andou.

Ela me contou sobre um novo carinha e eu ria muito. A vida amorosa dela ia na mesma velocidade que a minha.

Quando deu nove horas, ela Teve que ir, e eu, sem a menor vontade de ir pra casa, resolvi ir ao cinema.

Ainda estava passando Velozes e Furiosos 7, e faz muito tempo que eu tô resistindo a ir assistir, porque eu sinto que vou chorar o filme inteiro por causa do Paul. É que tipo assim, ele morreu, e é gato. Se ele não fosse gato, eu não teria tanta dó, mas cara. Ele é muito gato.

A fila estava pequena, e em 15 minutos eu já estava comprando. Escolhi o lugar 42 e fui comprar pipoca. Me julgue, mas não consigo ir ao cinema e não comprar pipoca.

Na fila da pipoca sinto alguém me cutucando. Viro pra trás e perco o ar, mas sem deixar a pessoa perceber isso.

– Coincidência? - ele sorri.

– Talvez.. - falei, mas me lembrei daquele dia e continuei a frase. - seja mesmo uma coincidência.

– E aí? Sozinha no cinema?

– Decisão de última hora, sabe? E você?

– Também, saí do serviço agora, e resolvi vim.

Chegou minha vez, comprei a pipoca e me despedi do Steve.

Chegando na sala do cinema, coloquei a pipoca no colo e pus as duas mãos no rosto.

– Droga, droga, droga, droga, droga. - fui sussurrando.

O ver, me fez voltar todos os oito meses.. o sorriso, os olhos, a voz.. e tive vontade beijá-lo, abraçá-lo.. de tê-lo de volta.

O filme já ia começar, e resolvi me concentrar nos trailers. O banco do meu lado se ocupa, e quando olho para o lado, é o Taylor.

– Oi, Rach. - ele sorri.

– Oi. - falo, desanimada.

– Acho que somos as únicas pessoas do universo que ainda não assistimos esse filme, mas tudo bem. - ele ri. Me forço a dar um sorrisinho e me viro para o telão de novo.

A suposição dele se invalida no minuto seguinte, quando a poltrona do outro lado também se ocupa. Eu quase comecei a gritar.

– Mais uma coincidência? - Steve pergunta.

– Tô começando a achar que sim. - sorri de verdade.

– Rach? - ouço a voz do Sam. Não é possível.

– Sam! - digo, meio desesperada.

– O que.. o que ta fazendo com esses dois? - sussurra para que apenas eu escute, e reconhece os dois que estão do meu lado.

– Coincidência? - falo, em tom de pergunta.

– Depois a gente conversa.

Volto a me virar para frente e tento associar os fatos e entender o que está acontecendo.

– O que acha de, depois do filme, a gente ir comer alguma coisa e conversar um pouco? - Steve me pergunta. Apenas concordo com a cabeça.

Aquela foram as duas horas mais agoniantes da minha vida. Juro.

Cada hora era um que falava comigo, e eu não sabia pra quem dar mais atenção. Queria deitar no ombro do Sam, conversar com o Steve e rir com o Taylor. Mas.. ai, meu Deus, eu estava realmente desesperada.

Quando acabou, saí rápido de lá, mas os três me alcançaram do lado de fora.

– Vamos? - Steve me pergunta, meio hesitante. Quando eu ia responder, Sam chega do meu lado.

– Vamos aonde? - ele franze a testa.

Abri minha boca e fui interrompida novamente.

– Rach, eu queria.. - Taylor começa, mas para. - Eita, o que foi?

– Sam.. ele.. ele me chamou pra conversar um pouquinho. - gaguejo.

– E você vai? - pergunta.

– Por que não iria?

– Rachel, eu ia te chamar pra sair, pô. - Taylor reclama.

– E eu ia falar pra você ir lá em casa.

O amor, o ex, ou o ficante?

Jesus, me ajuda.

– Gente.. não complica minha vida! O Taylor é meu amigo, o Sam .. Ah, o Sam, é o Sam. E o Steve.. a gente precisa mesmo conversar.

– Fez a sua escolha? - Sam pergunta, bravo.

– Eu.. eu não disse isso.

– Então, é o que? - Steve entra novamente na conversa.

Fiquei olhando para os três.

Eu queria ir com o Steve. Mas, o Sam vai ficar bravo. E o Taylor.. bom, tô quase mandando ele ir caçar rã no mato.

E então, uma luz brilhou na minha mente.

– Já sei! Vamos os três, juntos?

– O que? - indagam juntos, indignados.

– Qual o problema?

Tá, eu sei que tem mesmo. Tipo, os três não se engolem. Nenhum gosta de nenhum. Mas, é o jeito.

– Ray, o que eu quero conversar com você é meio particular. - Steve fala, meio sem jeito.

– E o que eu quero fazer com você é muito particular. - Taylor diz.

– Ei, me respeita. - olho pra ele. Ele levanta as mãos em rendição e dá um passo pra trás.

– Rachel.. eu vou nessa, falou? - Sam falou e saiu, antes mesmo de eu ter a chance de protestar.

– Eu quero mesmo conversar com você. - Steve me olhou nos olhos.

– Eu também. Eu.. senti tanto a sua falta. - me aproximei um pouquinho. Eu estava quase o abraçando, mas me segurei muito.

– Vamos pra algum lugar? - ele chegou mais perto também. Coração acelerado, você por aqui?

– É, acho que tô sobrando. - Taylor diz.- Já tô indo. - ele sai.

– Achei que ele não ia embora. - Steve ri, sem tirar seus olhos dos meus.

Pega meu rosto com as duas mãos e eu ponho minha mão na cintura dele. Ele me puxa pra mais perto e, depois de tanto tempo, sinto sua boca na minha de novo. Primeiro, o beijo começa com selinhos. Depois, sem aguentar mais, ele me beija de verdade.

O calor misturado com um enorme frio na barriga, o coração batendo ao ponto de pensar que ele poderia sentir e ouvir, o carinho no meu rosto feito pela sua mão, o beijo delicado e quente ao mesmo tempo.

A saudade, a paixão, o amor.

É desse beijo que eu senti tanta falta.

Pode não ter a melhor pegada, a "mão boba", ou qualquer outra coisa, mas esse beijo sempre vai ser o melhor pra mim.

Apenas porque é o dono dele que eu amo, só o dono dele que eu sou capaz de amar.


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Notas finais do capítulo

OH MY HEART 😭😭😭 MEU CASAL ❤
Gostaram? Ficou bom? Falem pelo amor de Deus!!!!!!!!!!!!
OOOW COISINHAS, comecei uma história nova! Bora ler? Ahahaha
Beijo 💓



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