No sonho de Nate.

Eu estava sozinha em um campo de flores inabitado. Usava um vestido branco comum.

De repente, alguém se aproxima de mim, andando em cima de um cavalo branco.

Quando para na minha frente, um pequeno rei gordo desce do cavalo e me encara com uma expressão encantadora. O rei, na verdade, era Cartman. Bom motivo para eu também está o encarando com uma expressão encantadora.

– O que uma dama como você faz aqui sozinha neste campo? – perguntou Cartman.

– Eu...eu não sei... – respondi meio envergonhada – Acho que apenas estava passeando – Logo, Cartman segura minha mão e meu coração bate forte.

– Venha comigo – disse Cartman.

– Para onde? – perguntei.

– Para o meu castelo – afirmou, se virando e apontando para o castelo – Bem ali – Fiquei admirando o castelo por um tempo e logo, ele volta para mim – Você quer ser minha esposa? – fiquei encantada ao ouvir isso.

– Quero – respondi com o rosto um pouco avermelhado. Cartman logo passou a mão em meu pescoço e beijou minha boca. O beijei de volta.

– Ah, não vai não – disse alguém atrás de nós. Desfazemos o beijo e nos viramos para ele e vimos Kyle com um revolver na mão, apontando para Cartman – Rei estúpido, como ousa fazer isso na minha prima?

– O quê!? Eu só pedi a mão dela e então, nos beijamos – afirmou Cartman.

– Mas, eu não vou deixar. Eu protesto contra esse casamento – afirmou Kyle – Se quer levar a minha prima para longe, terá que passar por mim.

– Boa ideia – concordou Cartman.

– Não, Cartman! – implorei.

– Não se preocupe, querida, eu vou conseguir – afirmou Cartman e então, os dois começaram a lutar.

Depois de alguns segundos, Cartman conseguiu tirar o revolver da mão de Kyle e joga para longe. Ele logo o encara, mas Kyle tira um facão do punhal que estava preso na sela do cavalo e enfia no peito de Cartman. Comecei a gritar desesperadamente, enquanto Cartman caía no chão. Logo me aproximei dele e me agachei, encostando a cabeça em sua barriga e o abraçando.

– Por que você fez isso, primo? – perguntei com lágrimas no rosto. Kyle não me responde nada, apenas joga fora o facão e vai embora – Primo? – perguntei – Primo, por favor, volte! – implorei.

Fora do sonho de Nate.

– Primo, não! Por favor, volte! – fiquei implorando até mesmo fora do meu sonho. Logo dei um grito e acordei desesperadamente.

Vejo o meu primo, que estava dormindo na minha casa, olhando para a janela com uma expressão desconfiada e segurando um bastão de beisebol.

– Primo, o que foi? Por que está olhando para a janela com essa expressão de desconfiado? E o que significa esse bastão de beisebol? – perguntei. Ele não responde nada, apenas fecha a janela novamente e se vira para mim.

– Não foi nada, prima, apenas um certo invasor entrou aqui – afirmou indo em direção a porta.

– Um invasor!? – espantei-me – Era um ladrão!?

– Não – respondeu – Eu não quero falar sobre isso.

– Hum...você está falando como se conhecesse esse cara – afirmei.

– O quê!? – disse se virando para mim novamente – Eu não!

– Ah, ta sim – afirmei e ele fica calado – Quem era? – Ele não responde nada, apenas se vira para a porta novamente, andando em frente a ela – Quem era? – perguntei de novo.

– Ah, eu não quero falar sobre isso – afirmou.

– Vai, primo, me conta – implorei – Prometo que vou guardar em segredo – Kyle deu um suspiro e falou aos sussurros.

– Oi? – perguntei. Ele fala novamente aos sussurros – Vamos, primo se esforce – encorajei o e logo ele fala o nome com um tom um pouco mais alto, mas mesmo assim ainda não entendi – Desculpe, dá para repetir? – ele fala novamente ainda com um tom um pouco alto e deixando escapar um grunhido – O quê!?

– ERA O CARTMAN! ELE INVADIU O SEU QUARTO E ROUBOU-LHE UM BEIJO E FOI BEM NA BOCA! – respondeu aos berros.

– Kyle, amanhã tem aula! – afirmou minha mãe, gritando de longe.

– Desculpe, tia! – desculpou-se, gritando para ela novamente. Eu fiquei com vergonha ao ouvir o que Kyle disse antes.

– Ele... – disse eu intimidada – Roubou um beijo meu?

– É –respondeu Kyle.

– Ok, ok – respondi em um tom um pouco baixo e inclinando a cabeça para baixo – Pode ir – Logo Kyle saiu do quarto e eu fiquei paralisada de tanta vergonha, imaginando como Cartman me beijou. Meu coração batia forte.

Depois de alguns segundos, me deitei novamente, mas não consegui dormir mais, pensando na cena toda em que aconteceu antes.