O Amor Nunca Morre escrita por No Name


Capítulo 7
O Beijo Tão Esperado




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Depois que a comida chegou nos sentamos na mesa. Só agora percebi que ainda usava as roupas da festa e meus cachos estavam um pouco desalinhados. Mas não me importei, pois todos ainda usavam a roupas de ontem. Tirando Alex, que ainda se encontrava sem camisa deixando o maravilhoso abdome exposto. A casa de Sebastian era relativamente grande, mas era mais confortável do que a minha. Eu me sentei ao seu lado e ficamos de frente para os dois irmãos.

–Quantos anos tem Ed?- eu pergunto puxando a cadeira.

–Quatorze- ele responde alegremente.

–E você Alex?- sou um pouco mais fria.

–Vinte, minha querida.

Esse garoto já esta me dando nos nervos. Ele sempre esta com seu sorriso malicioso e com um gracinha aguardando para ser dita. Se meus bons modos não fossem aplicados rigidamente, já havia falado umas boas verdades.

–Vocês deveriam conhecer a casa da Isa, é linda- disse Sebastian tentando amenizar a situação.

–É claro!- diz Ed.

Dou um sorriso tímido para ele.

–Por que não jantam um dia lá. Podemos convidar Gabriela, sua mãe Sebastian, para recompensar o jantar que faltamos- me viro para o garoto com os olhos azuis, que sentava ao meu lado.

–Uma boa ideia, ia adorar.

–Vou avisar meus pais, mas acho que eles não iriam recusar, adoram um jantar.

–Como são seu pais, Isabella?

Gelei. Olho para maldita pessoa que fez a pergunta. Só poderia ser Alex e seu companheiro, o sorriso malicioso. Eu não sabia o que responder. Talvez algo assim:" Ah eles são ótimos pais! Deixam a filha por conta de empregadas, sempre estão viajando, só se importam com o trabalho ou a próxima festa social que vai ter. Mas quando vão apresentar sua filha para sociedade, aí sim, eles são atenciosos. Falsos e esnobes!" Come queria gritar. Porém tinha meu salvador, Sebastian, que respondeu antes de eu me pronunciar.

–São ótimas pessoas.

Olhei em seu olhos e ele tinha entendido meu recado de agradecimento. Alex e Ed se entreolharam, mas logo tiram qualquer pensamentos que tinham.

Depois do almoço, Sebastian me emprestou uma camiseta, ele também ofereceu uma bermuda, mas logo recusei. Me mostrou o banheiro do quarto de hospedes e tomei um longo banho. Pensava em tudo o que havia acontecido enquanto a água quente do chuveiro entrava pelos poros de meu rosto. Não tinha sido tão ruim, acho que ninguém daquela festa vai lembrar do ocorrido, estavam bêbados demais para isso.

Sai do banheiro apenas com toalha cobrindo meu corpo, não estava preocupada, era o quarto de hospedes. Mas quando vejo uma criatura depositando um copo d' água no criado-mudo, meu corpo gela, mais uma vez.

–Sebastian!- disse em um tom um pouco sarcástico.

–Maus Isa, já estou de saída- ele ia em direção a porta.

–Espera!- não sei o que deu em mim. Ele se vira e percebo que me olha da cabeça ao pés, fico corada- Obrigada, por tudo.

–Não tem problema. Sempre vou cuidar de você- ele já se virava para abrir a porta.

–E mais uma coisa- falei delicadamente- Não beija mais uma loira qualquer, numa festa.

–Para você o mesmo- ele dá um sorriso e se vai, finalmente.

Terminei de arrumar e vou ter que dizer que não ficou tão ruim. Desço as escadas e encontro os três na sala, assistindo um filme.

–Já assistiu Isa?- pergunta Sebastian.

–Não.

–Então senta aí e vamos ver!- disse Ed.

Dou uma visualizada no local. Duas poltronas ocupadas por Alex e Ed. Sobrou apenas o sofá, onde Sebastian também se encontra. Tem espaço suficiente para nós dois. E percebo que ele permite um local livre para eu poder me acomodar. Sento em meu devido lugar e descido prestar atenção ao filme. Não é tão ruim, porém se formos comparar com clássicos, como Breakfast Club ou Star Wars, o filme é uma porcaria. E ainda não sou muito fã daqueles de perseguição policial.

Finalmente quando o filme acaba, olho ao redor e reparo que todos dormiram. "Ótimo!" Era só o que me restada. Vejo ao meu lado Sebastian cochilado. Ele fica até que bonitinho dessa maneira. Me levanto e descido ir até o seu quarto. Não havia prestado atenção a ultima vez que estava lá, talvez por causa da ressaca, mas estava morrendo de curiosidade. A passos leves, subia a escada, não pretendia acordar ninguém.

Quando cheguei ao cômodo, reparei que era algo diferente dos outros quartos de adolescente. Era organizado e há porções de livros na prateleiras. Alguns realmente me agradavam e já havia lido. Olhei calmamente o grande quarto, não do tamanho do meu, mas aconchegante.

–Sabia que ia estar aqui- duas delicadas mãos cobrem meus olhos. Do um pequeno sorriso.

–Sebastian!- disse e calmamente tirei suas mãos de meus olhos. Me viro e deparou com lindos olhos azuis me encarando- O que eu ganho? Eu acertei- saiu mais como um sussurro, já que nossos rostos estavam tão colocados.

–Algo que queria ter feito a muito tempo.

E quando percebo estamos num beijo. Delicado como um pena, gracioso como uma bailarina, sincronizado como uma dança na água. Uma chama acendeu em meu peito e percorrei todo meu corpo. Era um pouco difícil nossos lábios ficarem colados, pois ele era bem mais alto do que eu, mas fiquei nas pontas dos pés e estava decidida que nada ia estragar o momento. Depois do longo beijo, ele sela o momento com vários outros beijinhos em meus lábios.

–Esse foi bem melhor do que nosso primeiro beijo- ele diz.

–Com certeza.

Ele me pegou no colo e cruzei minhas pernas em seu abdome. Naquele momento apenas sentia seu cheiro. Meu coração batia forte demais, que chegava a doer. Ele me selou com outro beijo, mais urgente.

–Agora esta melhor.

–Não posso fazer que você é muito alto.

–E você baixinha.

Rimos e demos mais alguns beijos. Nem percebemos que Alex estava parado na porta assistindo a todo espetáculo.

–Já estava na hora.

Eu fico enfurecida, mas Sebastian apenas dá um curto riso.

–Vamos pombinhas. Nos vamos sair!

–Para onde?-tinha que perguntar.

–Primeiro passar em sua casa, pois não quer ir assim numa festa assim- disse Alex e termina a frase com o maldito sorriso.

–Onde é a festa Alex?- pergunta Sebastian, ainda me abraçando.

–Numa casa de shows. Agora vamos logo!

–Já entendi!- disse ele. Percebi que os dois tinham uma relação de irmão. Se odeiam e amam ao mesmo tempo. Então continuou a falar, mais sutilmente, estendo a mão para mim- Vem Isa?

–Vamos- confirmo entrelaçado meus dedos nos dele- Mas estou ficando cansada de tantas festas.

–Prometo que não iremos mais em tantas.

–E vamos fazer em vez das festas?

–Algo muito melhor- faz um sorriso no canto da boca e completa com um beijo.


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