O abismo sem Fim escrita por Magnumcannon


Capítulo 3
Capítulo 3




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Quando a besta se aproximou de mim, Serene reagiu de forma rápida, voando agressivamente em direção a besta e cravando suas garras pontiagudas em sua cabeça. A criatura se remexeu em agonia, tentando arranhar Serene, porém, ela errou o ataque. Aproveitando que a criatura estava de lado eu lancei um ataque com minha Lavanda no tronco do bicho, perfurando a pele e fazendo a criatura soltar um uivo de tom fino e anormal. A criatura caiu no chão, agonizando de dor. Eu sabia que aquilo era algo completamente diferente do que vemos no nosso mundo, logo tratei de finalizar ela, arrancando minha Lavanda, que estava cravada em seu torso e perfurando o pescoço daquela besta.

Nunca havia chegado a lutar na minha vida, sempre fui uma pessoa muito pacífica. Porém, eu não sabia que eu tinha a capacidade de matar com certa facilidade. Somos capazes de fazer as mais diversas coisas quando estamos em risco.

Conforme o sangue daquela criatura jorrava, eu já estava fora do hospital a caminho do açougue, com esperança de achar comida lá. A caminhada era longa e eu estava faminto. Eu sabia que Serene também estava, logo, resolvi acelerar.

Finalmente achei um açougue. Entrando nele me deparo com uma cena um tanto bizarra. Duas daquelas criaturas estavam devorando um corpo humano, a sua face era irreconhecível, desde que as criaturas já haviam o devorado. O seu braço direito havia sido completamente devorado e parte de seu pescoço estava na boca de uma daquelas criaturas. O lugar estava infestado de Aracnosetos, as mesmas criaturas que estavam no hospital. Antes de ser atacado por aquelas duas entidades, pensei na possibilidade de haver sobreviventes rondando nesse abismo. Obviamente eles devem estar na mesma condição que me encontro agora, porém, se formarmos um grupo poderemos achar alguma maneira de sair desse lugar. Não que eu não seja capaz, porém, há possibilidades de que criaturas mais fortes e violentas guardem essa saída, se e que existe uma.

Ignorando a cena grotesca e me focando no combate que eu havia de que enfrentar, empunhei minha Lavanda e esperei que os Caninus corressem em minha direção. Sim, eu nomeei essas criaturas também, sou uma pessoa bem organizada, ou ao menos, me considero uma.

Usar a mesma estratégia de antes se tornou bem efetivo no combate, as criaturas avançaram de uma vez encima de mim, porém, no momento em que o primeiro pulou para me morder, eu lancei um chute brutal e forte em sua barriga, fazendo-o deitar no chão, fraco e indefeso, fazendo esforço para vomitar. Deixei-o lá para morrer de desidratação.

Diante dessa situação, o segundo Caninus parou seu ataque contra mim e ficou me observando. Ele estava copiando minha estratégia, que criaturas inteligentes!

Eu continuei imóvel, esperando a fera perder a paciência e avançar. Depois de alguns minutos ela avançou em minha direção. Usando meus reflexos, o ataquei com minha Lavanda, porém, eu não senti que a “espada” havia tocado algo sólido. Quando me virei para ver os resultados do meu ataque, a criatura estava ao meu lado esquerdo, logo ela avançou em meu braço e o mordeu.

A reação de Serene foi rápida e precisa, lançando-se em direção ao Caninus e o arranhando-o com suas garras, que ficaram presas na cabeça da besta.

Agonizando de dor e sangrando, o Caninus deu um pulo para trás, libertando-se das garras de Serene e fugiu, levando um pedaço do pescoço do corpo que estava comendo junto com seu colega.

A mordida obviamente estava doendo. Abri minha mochila sem se importar com os constantes vômitos do Caninus, retirei um curativo e o coloquei naquela ferida. Eu me conscientizei que deveria tomar mais cuidado, afinal, não sei o que mais posso encontrar nesse abismo. Talvez esses Caninus sejam as criaturas mais fracas daqui.

Depois de um pequeno momento de reflexão resolvi trocar minha Lavanda por um cutelo que havia lá. O motivo disso? Simples, a Lavanda fica presa facilmente nos inimigos, dificultando o combate múltiplo. Eu parecia decidido, porém, resolvi permanecer com ambas as armas. Talvez seja apenas falta de prática com armas desse tipo, ou de qualquer outro.

Peguei rapidamente os alimentos que eu iria precisar e me dirigi a um local seguro. Estava hora de estabelecer um lugar para passar a noite ou alguns dias.

Saindo do açougue e caminhando em direção a um shopping que eu conseguia avistar a algumas centenas de metros de distância. Eu tive sorte de ter sido colocado no meio de uma zona comercial. Supus que eu estava no centro da cidade, logo eu havia acesso a várias outras estruturas da cidade sem precisar viajar tanto.

Chegando lá, me dirigi à primeira loja que vi. Uma loja de roupas. Ela curiosamente estava praticamente intacta comparada a outras estruturas que eu havia visto. Decidi ficar lá por um tempo.


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