O abismo sem Fim escrita por Magnumcannon


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Eis o décimo oitavo capítulo da magnífica saga de Zach, Mary, Jeff e uma coruja-dragão! Espero que gostem, como sempre, CRÍTICAS SÃO BEM VINDAS, MAIS QUE BEM VINDAS.



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Movia-se de forma cautelosa, fixando seus olhares em nós. Seus olhos deixavam uma trilha amarela de luz no ar, conforme se movia em nossa direção. Decidimos agir: Ativei a Azanius Thromenta Hige, que me deu uma foice de energia espiritual, que mudei rapidamente para o atributo de eletricidade, com Owazanius Thorsei. Jeff invocou três Demônios Danverfall, usando Azanius Cerbedous Lou.

As pequenas criaturas recém-invocadas eram esverdeadas, com cabeças grandes e polpudas, olhos largos e com cimitarras em suas mãos. Era bem irônico invocar demônios para lutar contra um demônio, mas é claro, são formados de energia espiritual, portanto irão servir de acordo com o desejo do invocador.

Estávamos prontos. Avancei em direção ao demônio, enquanto Jeff atirava rajadas violentas de balas espirituais com Halterium Plasmatica Meo e Uze, que eram desviadas facilmente pelo monstro. Tendo cuidado com os tiros, fui em direção ao demônio, que não parecia nem um pouco preocupado. Golpeei a besta com minha foice em seu braço esquerdo, separando-o do corpo, junto com uma grande torrente de sangue púrpuro incandescente. Depois o golpeei em seu pescoço, apagando o brilho de seus olhos depois de desajuntar sua cabeça de seu corpo, voando pela sala em uma torrente enorme de sangue, que caia sobre mim.

Ótimo, Zach! Mostrou para esse bundão quem é que manda! –Gritou Jeff, que estava a alguns metros de mim.

Essa forma não só me deixava mais rápido, como também mais forte e resistente! Era incrível! Já indo em direção de Jeff, comemorando a aparente vitória, enquanto os Demônios Danverfall desapareciam em nuvens de poeira diante do suposto triunfo, o inesperado aconteceu!

Zach! Atrás de você!

Virei-me e vi o horror. O corpo começou a se mover, levantando lentamente, usando a força que havia sobrado. Quando já estava totalmente de pé, seu abdômen começou a brilhar em uma luz amarela, semelhante à de seus olhos. Pequenos tentáculos saiam de seu pescoço, aglomerando e formando uma esfera, que depois, com os toques finais dados pelos tentáculos, se transformou em sua cabeça: Uma réplica perfeita. O mesmo ocorreu com seu braço, mas o processo foi mais rápido.

Enquanto eu me afastava daquele horror, ele andava em direção ao seu braço amputado, pegando-o com sua recém-criada mão. Seu abdômen começou a brilhar em uma luz amarela, similar a que ele emitia pelos olhos. De repente seu abdômen se abriu verticalmente, revelando que não tinha órgãos, além de uma esfera pulsante que emitia a tal luz. Em seguida colocou o braço e a cabeça dentro de seu abdômen, fechando-o. O ser começou a ganhar músculos, principalmente em seu abdômen e braços. Seus olhos voltaram a brilhar.

Depois daquilo, começou a andar em nossa direção, lentamente, como sempre. Era evidente que decapitação, desmembramento e bisseção eram métodos de efetividade nula contra a besta. Procuramos não atacá-la, desde que ela não fazia nada além de andar em nossa direção, portanto começamos a andar em círculos em volta da criatura.

Estávamos enganados: O torso daquele horror começou a brilhar novamente, abrindo-o mais uma vez. Dessa vez não foi para absorver algo, e sim para atacar. A esfera pulsante em seu abdômen começou a brilhar mais intensamente, em seguida soltando um poderoso raio luminescente em minha direção. Para minha sorte, eu não fui atingido, mas infelizmente, Jeff foi.

Seu braço esquerdo havia sofrido uma queimadura severa, passando de verde-claro para cinza-escuro.

AHHH! Za...Zach! Eu preciso que você tente uma coisa... Segure minha mão...e diga em voz alta...A...A..Azanius Caotica....Ulti! É uma poderosa Unihack. Quando usada só mata o usuário em 100% das vezes, mas quando usada com duas ou mais pessoas compartilhando suas energias espirituais....causa apenas uma mediana dor. Tente agora!

Tratei primeiro de cura-lo:

Owazanius Seraphn Hige!

Uma grande aura verde-claro envolveu o braço danificado de Jeff, deixando-o saudável novamente. Depois segurei a sua mão, e invocamos a tal magia:

Azanius Caotica Ulti!–Dissemos em uma só voz.

Uma esfera de energia roxa se formou. Apesar de estar a um metro de distância, podia-se sentir o imenso calor daquilo. Em seguida um grosso raio da mesma energia, que se dirigiu em uma velocidade altamente rápida ao demônio, causando uma grande explosão. Por sorte não estávamos perto daquela desgraçada besta, que foi desintegrada completamente, deixando nada além de memórias horríveis nas famílias Snozmianas.

Com a besta completamente dissolvida e as inocentes almas dos Snozmen vingadas, a sala voltou a sua forma original. Apesar de rápida, a luta rendeu danos, nesse caso, em Jeff. Naquele momento percebi que estávamos sendo pouco cautelosos e ofensivos demais, portanto, resolvi adotar uma estratégia mais defensiva.

Owazanius Seraphn Meo!Disse Jeff.

Uma aura esverdeada envolveu Mary, que se curou de sua paralisa e, também de sua sede suicida, apesar de que a última havia sido resolvida com a morte daquele maligno e sanguinário demônio. Comentamos poucas palavras sobre o ocorrido e seguimos para o último andar, onde iríamos encontrar Owlazar.

Depois de uma longa caminhada chegamos lá: Uma grande sala com tijolos brancos e metálicos, com janelas chiques estátuas douradas de desconhecidas e ameaçadoras bestas. Havia um tapete azul-escuro, que seguia de seu meio para o seu fundo, ainda no meio. Em seu final, sentado em um trono dourado incrustado com joias preciosas, bebendo alguma bebida em uma taça, estava Owlazar, porém ele não estava sozinho.

Em sua esquerda estava uma figura humanoide: Possuía duas cabeças idênticas, um corpo robusto, rubro e olhos brilhantes. Em sua direita estava outra figura humanoide, porém esta era feita inteiramente de ouro, segurava uma espada prateada em sua mão direita e um cálice dourado. Também havia mais doze, porém não irei descrevê-los. Aquela provavelmente era a corte dele, mas não demos muita importância para ela.

Owlazar se levantou, batendo palmas, andando em nossa direção, mantendo um sorriso irônico em sua face, enquanto sua corte permanecia calada, apesar de que às vezes chegavam a conversar uns com os outros, mas não com tanta frequência.

Vejo que conseguiram derrotar Belze! Meus parabéns, vocês são dignos de minha ajuda! Ou talvez nem tanto...

O quê?! Você nos fez enfrentar aquela aberração só para nos testar?– Perguntou Jeff, cheio de rancor.

Hahahaha! Coisa de deus. Enfim, a porta para o local de abertura do portal para o lugar de invocação de Vazachor fica no décimo quarto andar, porém vocês iriam precisar de minha permissão para entrar nela. Eu a concedo, porém eu recomendo que fiquem aqui e treinem. Nesta porta atrás de meu trono se encontra uma sala completamente branca e vazia, ou ao menos é o que aparenta ser. É uma sala de treinamento, todo nobre tem a sua. Conforme vocês foram derrotando as criaturas outras irão aparecer, e outras, até a última, que é mais forte do que todas as que você enfrentou lá. É impossível morrer naquele lugar, pois a partir do momento que você sai pela porta, suas feridas são restauradas completamente, e se você conseguir a façanha de morrer, você será transportado para cá, onde rirei infinitamente de sua cara. Enfim, você irá voltar para sua forma terrena lá dentro, divirtam-se!

O que tem de errado com esses deuses?! De qualquer maneira, entramos na sala, branca e vazia, como havia dito Owlazar. Voltamos para nossa forma humana, com nossas armas em mão (Lavanda havia de alguma forma retornado), fomos para o centro da sala.

De repente, os muros da sala ganharam forma, passando de superfícies completamente planas para muros de tijolos. Do canto dela apareciam espontaneamente feixes de luz, nos quais saiam as tais criaturas. Os Caninus e os Tribals nós já conhecíamos, porém havia quatro novas, provavelmente criadas por Owlazar: Uma longa, porém pouco grossa serpente, da cor vermelha com listras brancas, dentes extremamente pontiagudos e a habilidade de cuspir um jato de saliva ácida. A segunda era uma espécie de urso, porém não possuía cabeça, tinha longas e afiadas garras e uma barriga esverdeada. A terceira era uma alta e robusta criatura humanoide, feita de bronze, com uma cabeça meio quadriculada com feições pouco humanas. A quarta e última era uma pequena nuvem disforme carnosa, que expelia gases venenosos.

As criaturas eram de fato fracas, e nossa habilidade com as armas ia melhorando. Realmente, o treinamento funcionava. Apesar de cansados, conseguimos derrotar as centenas de criaturas que apareciam dos feixes de luz. Finalmente, a última criatura iria se revelar.

De um feixe de luz azul no meio da sala saiu, um grande e musculoso felino, semelhante a um tigre, com olhos amarelos e uma grande juba. Seu corpo emitia breves raios elétricos. Sua pele era negra, com longas listras cinza. Suas garras eram afiadas, assim como suas longas presas. Moveu-se rapidamente em nossa direção. Agilidade, força e a esperteza de todo o felino. Assumimos posições defensivas e nos preparamos para a batalha.


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