A Dama da Névoa escrita por Karina Saori


Capítulo 23
Último capítulo: Finalmente em paz


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei... Demorei pra cacete pra postar esse, perdão auahuha Com o início das férias, me empolguei e ocupei meus dias assistindo One Piece auhaua

Enfim, aproveitem e espero que gostem desse último capítulo ♥



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— Lina? Tudo bem?

Quando dei por mim, eu estava sentada no chão, no meio do meu quarto, chorando.

Demorei um pouco para entender que foi uma espécie de visão ou o que chamam de sonho consciente. Eu já havia acordado de um sonho, mas mesmo assim, me vi em mundo de dez anos atrás. Agora tudo fazia o mais absoluto sentido... O porquê de Elizabeth me culpar e os outros dizerem que não era minha culpa; de Rafael ter dito que minha mãe insistiu e Elizabeth aceitou; o coelho de pelúcia chamuscado da Beatriz. E eu pude, mesmo que pouco, sentir o seu desespero ao ficar presa no armário.

— Não foi nada, tia, acho que eu sou sonâmbu...— eu já estava decidida a mentir para ela, como eu sempre fazia quando se tratava desse assunto. Mas eu já sabia de tudo. Não tem mais o porquê dela esconder isso, de esconder Elizabeth, de esconder que ela era minha tia — ...Tia, você pode me contar o que aconteceu naquela noite de dez anos atrás?

— Querida, eu já te disse que foi por causa de uma vela.

— Não, não foi por causa de uma vela, tia. Foi isso que disseram? Mas não foi isso que aconteceu.

— Do que você está falando, Lina?

— A senhora nunca suspeitou desse acidente? Como todos iriam morrer por causa de uma vela que queima lentamente, dando tempo até de apagá-la? Não faz o menor sentido.

Ela suspirou — Perdoe-me, eu sei que não foi isso. As sombras me contaram através de sonho. Mas como você sabe que foi mentira?

— Essa noite, eu tive dois sonhos. Um deles, eu estava no lugar de Beatriz, sentindo o desespero de ter o corpo queimado, apesar de que provavelmente ela morreu antes disso. O outro-

— "Beatriz"?! Como conhece esse nome?!

— Aquele coelho queimado tinha uma etiqueta com esse nome. Posteriormente, tive sonhos que, aos poucos, me disseram quem era Beatriz e... quem era Elizabeth.

Ela desviou o rosto, emudecida e claramente nervosa.

Continuei — Eu já sei de tudo, tia. Sei que a culpa foi parcialmente minha pela morte de Bia.

— Não, não foi sua culpa! — começou a chorar — Não é culpa de uma criança que só estava brincando, que não sabia dos riscos. Você só tinha seis anos, Lina...

— Mas se eu não tivesse tido a ideia de brincar na cozinha...

— Não é essa a questão! Você era uma criança, não sabia nem o que estava acontecendo! Não foi intencional, portanto, não foi sua culpa!

Mesmo que ela tivesse razão, é inevitável eu me sentir assim. Mas quebrando essa conversa, perguntei como Elizabeth e Leonard morreram.

Ela tentou se recompor e estava com uma expressão surpresa. Seus olhos diziam: "como você sabe disso?"

Suspirou, abandonando aquela expressão, sentando-se no sofá — Até onde você sabe?

— Até Leonard estar comigo no colo e Elizabeth se questionando sobre ele ter me salvado ao invés da filha.

— Então você sabe o porquê de tudo, certo? Do incêndio, de Leonard só ter salvado você... — assim que eu concordei, ela continuou — Desde então, Elizabeth se tornou uma pessoa desequilibrada. Não saía mais, mas as poucas vezes que era vista, estava completamente irreconhecível. Em tão pouco tempo, seu estado emocional a transformou em uma mulher ranzinza, feia e cabisbaixa. Passei os dias observando sua casa, às vezes indo lá para tentar escutar algo, já que não atendia mais a campainha. Eu sempre a ouvia gritando com Leonard, culpando-o pela morte de sua filha.

"— Só me responda, Leonard... Por que? Por que você não salvou a nossa filha? Porquê deixou-a queimar até os ossos?!

— Mas Beth, já disse que eu não a encontrei! Eu juro que procurei, mas ela não estava lá!"

— E isso se repetia quase todos os dias, toda hora. Ela não conseguia entender que apenas você estava nas vistas de Leonard. O fogo crescia, mas mesmo assim, ele procurou pela filha, mas não a achou. Era isso que ela não conseguia entender — fez uma pausa, como se lamentasse — Sua alma já estava podre. Chegou até dizer que Leonard deveria ter morrido junto com você naquela casa. "Se era para deixar Beatriz para trás, que ficasse lá também", dizia. Uns cinco dias passaram assim... Leonard era uma pessoa carismática e muito simpática, mas era visível o seu cansaço. Até que, enquanto eu passava por perto, ouvi Leonard gritando: "Beth?! O que você está fazendo? Ei!", depois um silêncio absoluto. Toquei a campainha inúmeras vezes, mas não atendeu. Posteriormente, ouvi sua risada sarcástica, que se transformou em choro. Depois de continuar persistindo na campainha em vão, corri para casa e chamei seu tio Benjamin, que arrombou a porta.

Com o cotovelo na braçadeira, envolveu a testa com a palma da mão. Continuou depois de mais um longo suspiro — Quando entramos, o quintal estava sujo e largado, parecia uma casa abandonada; o interior passava a mesma sensação. Após analisarmos a casa mal iluminada, fomos para a cozinha, onde havia luz pela única janela sem cortinas. Leonard estava no chão, deitado sobre sua própria poça de sangue com uma faca de cozinha ao lado... Meu Deus, quanto sangue... Quando fui gritar, Benjamin pôs a mão na minha boca, posteriormente me indicando as pegadas de sangue que seguiam para os fundos da casa.

— Elizabeth matou o próprio marido?!

— Sim... Matou-o sobre a culpa da morte da filha. Enfim... seguimos lentamente para onde as pegadas de sangue nos levava, dando para o jardim dos fundos. Lá tinha uma grande árvore e... — começou a chorar.

— Tia? O que houve? O que tinha lá fora?

— Atravessamos a porta de vidro e, do lado direito, havia uma grande árvore. E como um fruto, o corpo de Elizabeth pendia em uma corda ligando seu pescoço ao galho. Já estava escurecendo... Só conseguia ver a silhueta de seu corpo balançando com uma cadeira derrubada logo abaixo. Seus longos cabelos negros escondiam o rosto magro. Nos aproximamos e, ao tocar seu corpo, percebemos que ainda estava quente.

Eu não sabia o que falar. Imaginar perfeitamente a cena me deixou emudecida e perturbada e me lembrou do sonho que eu tive no banheiro.

— Ela era sua irmã, não era? Deve ter sido difícil...

— Como... como você sabe?

— No sonho que eu tive, ela disse "nossa irmã" quando se referia à minha mãe e coisas do gênero.

Ela suspirou — Sim, isso mesmo. Por isso eu sempre escondi a verdadeira história... Sou a mais velha e Elizabeth é a caçula. Desculpa te esconder essas coisas, é que...

— Tudo bem, tia... Eu te entendo. Também preferia não saber que ela era minha tia — ri forçadamente.

— Você queria saber o que aconteceu naquela noite, não é? Certo... Vocês foram brincar e nós continuamos na festa. Quando acabou, resolvemos tomar um vinho em casa.

"— Não vou não, Dirce, estou cansada...

— Vamos Beth, vai ser divertido! — insisti.

— Ah, o Rafael ainda tá dormindo, vou pegar ele — disse Júlia, mãe de Rafael.

— Pode deixar ele aí... Tadinho, tá dormindo tão gostoso no sofá — Beth sorriu, visivelmente cansada — E eu ainda tenho que arrumar tudo aqui...

— Então na volta eu pego o Rafa — mas não teve volta... Pobre Júlia.

— Não quer ajuda pra arrumar as coisas? — disse sua mãe. Joana era como um anjo, Lina...

— Vão indo pra casa, então... Vou com Benjamin comprar mais vinho — dei as costas enquanto seus pais, Júlia e Mike se dirigiam para casa. Eu já estava no mercado quando ouvi o imenso barulho e voltei correndo. Foi quando vi nossa casa pegando fogo e Leonard com uma menina nos braços."

— Fiquei me perguntando o porquê de só Bia ter morrido, já que ela disse que eu e Rafael éramos seus amigos... Então Rafael ficou dormindo na casa de Elizabeth...

— E você estava de fato com Beatriz, mas foi salva por Leonard.

Em um estalo, lembrei do pedaço de jornal. Abracei minha tia e a agradeci por ter me contado. Subi apressadamente para meu quarto e deitei no chão para pegar o livro debaixo da cama. Mas ao invés do livro de capa dura, que senti a textura de uma mão gelada.

Imediatamente, recolhi minha mão, afastando-me da cama até encostar as costas na porta. Lentamente vi suas unhas compridas arranhando o assoalho, tentando se locomover até mim, rastejando. Tentei abrir a porta, mas estava trancada. Eu deveria estar acostumada com esse tipo de situação, mas era impossível... Elizabeth sempre aparecia de um modo diferente.

— Devolva-me minha filha... Você também levou meu marido, demônio. Demônio. Demônio!

— Você mesma levou Leonard, Elizabeth! Você é fraca! Matou-o porque não consegue encarar a morte da sua filha!

— Cale-se!

— Nós éramos crianças! Ninguém teve culpa, infelizmente na hora que tudo aconteceu estávamos brincando de esconde-esconde e a Beatriz ficou presa! Não culpe ninguém além do destino!

— Não importa, eu nunca vou te deixar em paz!

Moveu-se anormalmente rápido até mim, grudando seu rosto ao meu. Seus olhos esbugalhados estavam a poucos centímetros dos meus.

"Rafael. Rafael! Rafael!", gritei seu nome mentalmente, enquanto fechava os olhos e me espremia na porta, ainda sentindo o hálito de enxofre.

De repente senti um vento acariciar meu rosto, levando com si aquele cheiro fétido. Vagarosamente, abri os olhos e eu novamente estava sozinha em meu quarto, mas eu não me sentia dessa forma.

— R..Rafael?

Falei para o ar, sem resposta. Eu sabia que era ele... Eu tinha certeza que era.

Levantei e sorri para o vazio, agradecendo novamente para o ar. Voltando ao que eu pretendia fazer, deitei no chão e peguei o livro de capa azul e folheei as páginas até encontrar o pedaço de jornal e o completei:

"23 de junho de 1986, Jornal Estado

Incêndio acidental mata quatro adultos e uma criança.

No dia 17 deste mês, no horário de 18h00, houve um grande incêndio residencial na cidade Sandbolt, localizad- no extremo Sul do estado de Grinch. - caso já foi finalizado, dado como acidental. --- não houve-am outras vítimas ou testemunhas. Este acidente provocou uma série de outros fatores, como a morte do pai da criança falecida, que foi assassinado pela sua esposa. Ela foi encontrada morta no quintal dos fundos, onde se enforcou. O marido foi encontrado na cozinha, esfaqueado. Seus nomes eram Elizabeth e Leonard Cristgan."

Senti um alívio enorme por conseguir entender este pedaço de jornal. Quando fui guardá-lo, vi aquela reportagem que levava o nome de Elizabeth como título.

— Meu Deus, esqueci disso!

Peguei a folha manchada de tinta com as palavras "matou o", " por culpá-lo", "suicídio" em destaque. Não precisava de muito para saber que se tratava do caso de Elizabeth ter matado seu marido por culpá-lo pela morte da filha, depois se suicidando. Apesar de todo o mal que me fez, eu entendia que ela tinha uma mente doente e chorei pela desgraça que aconteceu em sua vida.

Guardei o livro e deitei na cama. Aliviada por ter entendido o porquê das coisas que estavam acontecendo, acabei dormindo e tive um sono livre de pesadelos. Quando eu acordei, o relógio marcava 6:35 da manhã. Não conseguindo pegar no sono de novo, resolvi sair. Troquei de roupa e saí lentamente para que a minha tia não ouvisse.

O tempo estava agradavelmente frio lá fora. Comprei onze tulipas azuis e fui para o cemitério. Procurei o túmulo de Rafael, seu Lorenzo, tio Benjamin, Beatriz, Elizabeth, Leonard, dona Mercedes, meus pais e os pais de Rafael, e em cada um, deixei uma tulipa juntamente com uma pequena reza. O último túmulo fora a dos meus pais; havia uma garotinha parada em frente a ele.

— Oi, você conheceu meus pais? — o que foi um absurdo eu perguntar isso, já que a menina não tinha mais do que seis anos.

— Pode se dizer que sim... Lina — deu risada.

— Como você sabe o meu nome? — olhei para seu rosto e não a reconheci de nenhum lugar.

— Ué, o meu eu do passado foi uma pessoa 'suuuper' importante na sua vida. Pena que faleceu quando você era tão jovem...

— M..mãe?!

Ela deu risada e saiu correndo. Corri atrás, mas logo a perdi de vista. Cansada de correr, voltei para casa, atordoada.

— Tia, aconteceu uma coisa muito estranha... — quando entrei em casa, vi minha tia chorando, de joelhos no chão da sala — Tia, o que houve?!

— Eu fui comprar pão e s...sua m..mãe — ela soluçava, mal conseguindo falar.

Já entendendo que ela também encontrou a menina, a abracei e chorei junto, em meio ao sorriso.

Depois, quando nos acalmamos, minha tia explicou que algumas crianças tinham consciência e lembranças da vida passada.

— Nunca tive provas disso, mas depois que essa menina veio falar comigo... Eu tinha certeza de que era minha irmã. A sua mãe, Lina, pôde finalmente seguir em frente por uma menina linda, que eu tenho certeza que se tornará uma adulta forte e de espírito gentil como o da sua mãe.

~

Quatro dias depois

"Eu estava feliz. Estava dando risada, comendo chocolate e melecando as mãos. O dia estava quente, porém agradável. Meus pais estavam olhando para mim, dando risada e me dizendo para parar de fazer sujeira. Estávamos fazendo um piquenique debaixo da árvore. Repentinamente, o céu escureceu. Meus pais sumiram e, atrás de mim, na árvore, havia um corpo pendendo em uma corda, sorrindo para mim."

Acordei com falta de ar, suando. Tive esse mesmo sonho por várias vezes, em um intervalo que aumentou gradativamente, assim como a aparição de Elizabeth: uma semana, três semanas, dois meses, cinco, nove e, quando completou aproximadamente um ano, isso parou. A última vez que aquela mulher espectral apareceu, ela disse que jamais me deixaria em paz.

Um ano e meio e mais nada aconteceu. Elizabeth finalmente havia me deixado em paz. Coloquei a mão no peito e olhei para o céu amanhecido através da janela:

— Obrigada, Rafael, você realmente conseguiu me proteger mesmo depois da morte. Nunca vou conseguir te agradecer o suficiente. Espero que você descanse em paz agora.

Senti um vento passar por mim, mesmo com a janela e porta fechadas. Olhei para fora e vi uma borboleta branca batendo suas frágeis asas, mostrando sua liberdade diante daquele imenso céu amarelado.

.

Hoje já faz dois anos que minha vida voltou ao normal. Todos os dias, minha tia pergunta se algo aconteceu e eu encho a boca de alívio ao dizer que não. Dois anos que não ouço aquela gargalhada, aquele cheiro de enxofre e aqueles olhos que perfuravam a alma. Nunca fiquei tão feliz por ter minha vida monótona novamente.

Minha prima soube do falecimento do pai alguns meses depois. Ela ficou furiosa com a minha tia por ela não ter lhe contado no dia. Desde então, ela passou a morar aqui novamente, já que poderia fazer seu trabalho à distância, via correspondência. E eu, com meus 18 anos, podia finalmente sair de Sandbolt e fazer faculdade. Despedi de minha tia, agradecendo por todos os anos, por ter cuidado de mim como uma mãe e por ter me ajudado sempre que precisei. Depois do chororô de despedida, saí de casa com as malas e dei uma última passada no túmulo de Rafael e chorei como fiz há dois anos, agradecendo-o por tudo o que havia feito por mim.

— Seu idiota... Cumpriu mesmo a sua promessa. Mas agora que está tudo bem, sei que você também está. Finalmente com os seus pais, não é?

Acariciei seu nome na lápide e sorri, aliviada por mim e por ele. Feito isso, parti para a cidade grande, ficando no apartamento que era de Geovanna, que não tinha planos para sair tão cedo de Sandbolt.

— Adeus, Sandbolt. Quem sabe um dia eu volte.

Fui de trem, depois peguei um táxi com o dinheiro que minha tia me deu e peguei mais um trem. Foi uma longa viagem, cerca de cinco horas no total. "Deixei um dinheiro pra você, então passe no banco antes de tudo", disse.

— Aquela velha... Juntou dinheiro a vida toda para pagar minha faculdade — ri quando cheguei no banco e vi a quantia na poupança. Até eu começar a trabalhar, isso poderia pagar pelo menos dois anos de faculdade.

Dali fui direto para o endereço que minha prima me deu. Perdida, pedi ajuda para algumas pessoas na rua ao longo do cominho e dei de cara com um lindo edifício. Fiquei um tempo parada em frente, babando por aquela cidade cheia de prédios, luzes, carros e muitas pessoas. O apartamento era o número 65; abri a porta e encontrei um pequeno apartamento, mas bonito e aconchegante. Achei estranho o fato da casa não ter portas separando a sala da cozinha, mas fiquei deslumbrada com a sacada, um mirante para aquela cidade enorme, com luzes radiantes mesmo à noite.

— Ave Maria, que frio tá aqui.

As lâmpadas começaram a piscar.

“Se der algum problema, pode me chamar, viu? Só discar ‘00’ no telefone que eu venho correndo para cá. Como esse apartamento está vazio há quase dois anos, alguns problemas podem ocorrer, principalmente com as luzes, televisão e chuveiro.”, disse o zelador assim que eu cheguei. Antes que eu pudesse chegar na bancada onde estava o telefone, as luzes se apagaram de vez. Devido a grande iluminação do lado provinda da rua, o apartamento não ficou totalmente escuro, possibilitando a minha chegada até o telefone ao usar a parede como auxílio. Como não estava dando linha, resolvi ir eu mesma lá embaixo conversar com o zelador. Mas quando fui abrir a porta, ela estava trancada.

— Ué, não lembro de ter trancado...

Peguei a chave, mas não consegui destrancá-la; parecia emperrada. Um frio percorreu a minha espinha e ouvi uma gargalhada congelante. Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Não pode ser real. Não pode.

Agachei e abracei minhas pernas, em frente à porta. Virei-me vagarosamente, com medo do que podia estar atrás de mim.

Só havia as cortinas dançantes da sacada. Respirei fundo, aliviada e dando risada de mim mesma. Levantei, ainda com os olhos cravados no que estava às minhas costas. Quando me virei novamente, dei de cara com aquela mulher de olhos esbugalhados, com o rosto extremamente perto do meu e um sorriso largo demais para ser normal.

Sussurrou:

— Eu disse que jamais te deixaria em paz.


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Notas finais do capítulo

Aliviada ao mesmo em que triste por ter finalmente acabado essa história. E espero que não me matem com esse final, mas eu não podia deixá-lo de outro jeito... Criei essa história com esse final em mente UAHUAH

Enfim, às pessoas que me acompanharam desde o começo, às mensagens, àqueles que sempre comentaram: muuuito obrigada. Vocês foram de suma importância para mim ao longo dessa história, sério ♥ Aqueles que comentaram em praticamente todos os capítulos, eu amo vocês ♥ ahuahuh Cada comentário que me motivou a seguir em frente, cada recomendação que animou meu dia... Obrigada ♥

E obrigada à minha família e amigos que leem; é o máximo ver vocês comentando sobre essa história como se fosse um livro ahuahuah

Até uma próxima! ♥ Vai que tem segunda temporada, sei lá, né...... ahuhauha



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