You Belong With Me escrita por 3fears


Capítulo 12
Excuses


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por eu n ter postado ontem. Mas esse cap tá muito fofo então eu acho que valeu a pena porque eu demorei mais tempo pra escrever.
Enfim, boa leitura *--------*



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Katniss:

Ainda mais depois daquele beijo... Agora mais que nunca eu queria ele do meu lado, me abraçando forte, eu com a cabeça em seu peito. Mas sei que depois do que aconteceu hoje seria estranho e eu não teria coragem de pedir que ele ficasse aqui comigo. Mas como eu queria...

Tento afastar meus pensamentos de Peeta para não sofrer mais ainda... penso em Gale e em como faz dias que estou aqui e ainda não fui falar com ele. Me lembro que hoje é domingo e é de tarde... será que ele estaria me esperando na floresta? Tomara que não. Mas não posso correr esse risco. Decido ir encontra-lo.

Eu calço uma bota, de desço as escadas correndo, gritando pra minha mãe que eu ia tomar um ar. Segunda vez hoje, uma foi pra ver o Snow. E Ela nem está achando estranho. Corro para a cerca, ouço para ter certeza que ela não está eletrificada e não está. Entro e corro até o nosso ponto de encontro. Gale está lá. Sentado em uma pedra com seu arco e flecha nas mãos.

– Catnip – Ele diz com um leve sorriso no rosto.

– Gale – Digo e sento na pedra ao lado dele.

– Vocês está bem? – Pergunta ele olhando para as minhas pálpebras inchadas de choro.

– Sim – minto – E você?

– Quem acabou de passar pelos Jogos Vorazes e arrumar um amante foi você não fui eu – Ele diz friamente.

Amante. Arrumar um amante. Peeta. Amante... traição? Será que Gale realmente acha que o que nós temos não é só amizade?

– Foi uma atuação, Gale – Minto. Ou não minto? Não sei. Só acho que é o que eu deveria falar.

– Você atua bem – Ele diz, agora olhando pro chão.

Eu não sei o que dizer. Eu não sei o que pensar. Eu não tenho certeza sobre meus sentimentos por Peeta, mas eu sabia que, não foi tudo fingimento. Ao mesmo tempo, eu sinto que independentemente do que eu falar eu vou machucar Gale. Por mais que eu não queira, ele já está machucado. Eu o machuquei. Em minha defesa, eu realmente não sabia que ele tinha sentimentos por mim e que ele ia sofrer se ele me visse com o Peeta. Mas não posso dizer que estaria aqui se não tivesse aceitado o teatro todo – Eu fiz o que eu tive que fazer para sobreviver – Palavras saem da minha boca e eu fico aliviada que eu consigo dizer algo que pode até fazer ele ficar melhor.

– Então você pode me dizer, com toda a honestidade do mundo, que você não sente nada por ele? – Gale diz.

Não respondo. Não. Eu não posso. Eu não posso simplesmente dizer que foi tudo uma atuação. Não foi – Gale, eu... – Digo mas não sei como terminar a frase. Desculpa? Não. Eu não sinto nada pelo Peeta? Não.

– Entendi – Ele diz já se levantando e indo embora. Eu ia até protestar mas ele já tinha saído de minha vista.

Já está escurecendo. Eu rumo para a nova casa. Atravesso a cerca e caminho pela cidade. Uma coisa chama minha atenção. Eu passo na frente da padaria da família de Peeta. A mãe dele está na porta da padaria. Eu passo na frente dela e aceno com a mão na tentativa de ser gentil. Ela completamente me ignora e desvia o olhar com cara de nojo. Eu sigo em frente. Por que ela estaria brava comigo? Eu salvei o filho dela na arena. Eu cuidei dele. Eu arrisquei minha vida por ele inúmeras vezes. Me lembro que não vi a família dele nas casas dos vencedores. Por que será que ele quis morar sozinho? Ah sim... eu me lembro do dia que ele me tacou o pão. A mãe dele batia nele. Ainda não explica porque ela está brava comigo. E também não explicaria ela estar brava com ele. Ela merece ser completamente excluída da vida dele.

Eu quero falar com ele sobre isso. Eu tenho que falar com ele sobre isso. Quer dizer, eu não tenho, mas eu quero falar com ele. Eu acho que isso é mais uma desculpa para eu falar com ele. Eu sinto que eu preciso ouvir a voz doce dele. Chego na sua porta e toco duas vezes. Ele abre a porta e abre um leve sorriso quando me vê.

– Peeta... eu preciso falar com você – Falo meio ofegante do caminho longo.

– Claro... entra – Ele diz e eu entro, sentando em uma cadeira na mesa. Ele senta do meu lado e eu percebo que a casa dele é igual a minha, só que a dele tem vários desenhos na parede e quadros. Provavelmente foi ele que pintou.

– Então, o que você queria falar comigo?

– Sua família... por que você quis morar sozinho?

Ele para de olhar nos meus olhos e olha pra baixo. Pros seus pés – É complicado, Katniss... minha mãe... ela nunca foi uma mãe carinhosa.

– Ela te batia com muita frequência? – Pergunto e logo depois me arrependo. Por que eu fui perguntar isso? Ele acena com a cabeça como quem diz que “sim”. Depois percebo uma lágrima cair no chão, mas eu não consigo ver sua cabeça. Ela está abaixada. Eu acho que ele não quer que eu o veja chorando.

Eu toco seu ombro suavemente e ele olha pra mim. Seus olhos estão vermelhos e sua face com algumas lágrimas. Sua expressão é de abandono. Eu seguro sua mão e me levanto. O guio até o sofá onde ele senta e eu sento do seu lado, o abraçando. Eu estou com a cabeça em seu peito e sinto algumas lágrimas caírem no meu couro cabeludo. Eu levanto a cabeça, não desfazendo o abraço e o encaro. Ele me encara de volta tocando o meu rosto levemente.

– Está tudo bem, ok? Eu estou aqui com você – Eu digo e ele dá um sorriso de boca fechada. Ele limpa suas lágrimas e já posso ver que seu olho não está tão inchado mais.

– Ok. Você está com fome? – Ele pergunta, eu acho que pra mudar de assunto.

– Sim – Respondo. Não, não estou com fome. Mas eu acho que comida pode o distrair e eu não quero ver ele sofrer.


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Notas finais do capítulo

Vou postar outro ainda hoje, prometo.
ME RECOMENDEM SE VCS ESTÃO GOSTANDO DA FIC