On My Way. escrita por Af LaFont


Capítulo 2
How to be brave.


Notas iniciais do capítulo

Yay! Mais um capítulo, amores, espero que amem. Estou extremamente agradecida ao Princeso e a Angel Sarfati por terem favoritado a fic, a Alexandra e de novo ao Princeso por terem comentado, e a todos que estão acompanhando essa história.



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II - How to be brave.

No dia seguinte o Sol já entrava pela janela do quarto de Charllote em seu apartamento, e aquilo não a deixava nem um pouco desconfortável, ela amava dias bonitos e quentes, que eram raros em Lima. Abriu os braços se espreguiçando e sentiu a presença de mais um corpo na sua cama, foi quando abriu os olhos e se deparou com uma garota morena. Ela tinha uma expressão serena no rosto, parecia dormir mesmo, provavelmente cansada da noite anterior, mas não era a morena que Charlie queria tanto que estivesse na sua cama naquela noite, era apenas mais uma das suas colegas Cheerios com quem ela dormia as vezes. Mesmo assim, aquilo aliviou um pouco a tensão da loira, e a deixou mais leve para o início do seu dia, mas antes de começa-lo precisava acordar aquela garota e manda-la pra casa.

– Ei, você... – A menina se aproximou da orelha da outra pra dizer isso, sabia o quanto era irritante ser acordada aos berros por experiência própria, e nunca faria isso com uma garota com quem dormiu. – Está na hora de levantar mocinha. – Deixou um beijinho ali, atrás da orelha e acariciou o rosto da outra antes de se afastar. – Sue não vai gostar nada se você chegar atrasada ou sem uniforme. – E foi assim sutilmente que a morena entendeu o recado e levantou-se preguiçosamente pra ir pra casa.

Estava tudo bem, não tinha magoado ela, ela estava feliz, Charlie estava bem, mas assim que a garota se vestiu e saiu de sua casa a líder das Cheerios deu de cara com um problema maior ao seguir até o banheiro pra começar a sua higiene matinal.

– Oh, meu Deus, Quinn. O que houve com você?! – Exclamou dramaticamente, se abaixando ao lado de sua irmã gêmea que estava no chão, ajoelhada ao lado da latrina. Logo pôde ver que ela havia vomitado e fez uma careta. – O que você anda comendo?

– Hmmm, cala a boca, eu mal consigo comer nada direito... – Reclamou a outra em um tom frio e dolorido. Com um tanto de dó, a mais nova, Charlie, a amparou em um abraço.

– Eu estou realmente preocupada com você nesse último mês, não vai escapar dessa conversa. Agora vem. – E a partir disso puxou a menina, fazendo-a se levantar, e a pôs pra lavar o rosto, e depois tomar um banho pra tirar aquele cheiro de vômito. Enquanto Lucy se banhava a mais velha usava um spray pra tirar aquele odor, ew.

Com atenção, os olhos cor de avelã da mais nova das gêmeas Fabray fitava a mais velha. Ela estava diferente, deveria ter reparado aquilo. Hmm, e seus peitos sempre foram maiores que os de Charlie?

– Meu Deus Quinn, para de fazer arte com a comida e come. – Repreendeu a loira, tirando o olhar dos seios da irmã até seu rosto, que parecia mais redondo?

– Isso é terrível, qual o seu problema com um pouco de bacon? – Quinn rebateu, parecendo sem energia até pra falar.

– Problema algum, mas bacon vegan é horrível e você sabe que nada não vegano entra aqui. – Respondeu comendo a torrada e voltando a reparar na irmã. – Quinn...

– Charlie, cala a boca pelo amor de Deus.

– Quinn, me responde... Só tem duas opções aqui, ou você anda comendo algo pior que bacon vegan... ou alguém anda te comendo. – Direta como sempre, essa era Charlotte. Quinn apenas corou e desviou o olhar pra comida de forma culpada. – Oh Your Good! – Se expressou ao perceber aquilo. – Eu achei que você era virgem!! – Exclamava surpresa.

– E eu era.

De repente um silencio, Quinn estava quieta e Charlie pensava em algo, ou apenas confirmava em sua cabeça, coisas passando a todo segundo, várias informações.

– Me diga que se protegeu. – Liberou de súbito.

Mais um silencio e dessa vez era terrivelmente desconfortável pra Quinn.

– Mas que merda, Quinn!

– Você acha que eu posso estar...

– Definitivamente. – Charlie suspirou cobrindo o próprio rosto.

– Eu estava bêbada, e-eu não sabia o que estava fazendo. – Tentou se explicar e foi salva pelo gongo, ou levaria um enorme sermão da irmã se o celular dela não tocasse.

– Olá?

– Charllote, sua irmã dormiu com você? – E do outro da linha não poderia ser pessoa pior do que Russel Fabray. Charlie teve a vontade de dizer que ela não havia dormido com ela, mas que havia dormido com alguém que possivelmente a engravidou.

– Sim, Russel. – Respondeu ao invés, não queria mais problemas com seu progenitor e muito menos queria que sua irmã mais velha sofresse tanto quanto ela. – Tchau. – Finalizou a ligação depois de um tempo. Seus olhos foram até os de Quinn de novo e cerrando os olhos como se fosse sua mãe, concluiu. – Você. Vai fazer dois testes de farmácia hoje e amanhã vamos ao medico ver isso.

Era o intervalo para o almoço na escola, e Charlie ainda estava um pouco abalada com a notícia da possível gravidez de sua irmã mais nova quando sentou-se na arquibancada da quadra coberta onde geralmente as Cheerios treinavam. Seu semblante era pensativo e seu olhar estava distante e triste, pelo menos foi isso o que Finn Hudson notou ao se aproximar. Mesmo que ele não fosse muito inteligente, entendia muito bem de sua melhor amiga.

– Ei, Char Char. – Sentou-se ao lado dela e a envolveu com um dos braços, deixando um beijo na sua bochecha. Ela virou a cabeça pra olha-lo e apertou os lábios antes de afundar sua cabeça sob o peito dele. Finn ficou em silencio, sabia que ela falaria quando precisasse, mas naquele momento ela precisava ficar quieta.

Apenas alguns minutos depois foi que ela finalmente falou o que estava sentindo.

– Você se lembra como foi que eu fui expulsa de casa? – Ela perguntou a ele, que acenou tristemente em concordância. Não havia como esquecer o estado com o qual a menina chegou em sua casa, aos prantos. Numa noite, ela havia decidido assumir aos seus pais que era gay, e eles não aceitaram aquilo. Mas não foi bem aí que tudo aconteceu. O sofrimento aconteceu aos poucos, quando seu pai a fez se afastar das garotas que conhecia, a obrigou a ir pra igreja sempre e ir do colégio pra casa, além de virar um robô que só estuda enquanto ele diariamente soltava piadinhas sobre como era ridículo ser gay e de como ele preferia ter um filho ladrão ou drogado por que assim ele poderia “consertar”. Aquilo terminantemente fazia o coração da loira se apertar por dias e mais dias, até que ela se sentisse na obrigação de rasga-lo. Foi então que ela resolveu abrir seu coração e mostrar pra ele como aquilo a machucava e como aquilo não era uma escolha, mas estupidez não é uma coisa que é fácil de lidar se a pessoa é cabeça dura, e foi por isso que Russel a expulsou de casa. Por que ele era cabeça dura. Então nessa noite Charlie catou suas roupas e saiu de casa, pra sempre.

Morar com os Hudson foi a melhor coisa que ela fez na vida dela. Carole era a mulher mais incrível que conheceu, e seu marido, Burt, era o mais gentil homem que existia na face da Terra. Além disso, teve o apoio de Finn o tempo todo. Ela amadureceu bastante durante o ano que morou com os Hudson, começou a trabalhar no Breadstix e ser responsável pelas suas próprias despesas e suas próprias escolhas. A escolha mais difícil de se fazer foi a de morar sozinha, mas a fez quando estava na hora, e foi assim que ela chegou até ali. No topo do colégio com as melhores notas possíveis, sendo líder das Cheerios e a queridinha de todos. Charllote havia passado por toda essa dor de não ter mais seus pais, chorando todas as noites, mas por causa da sua personalidade ela não havia se deixado ser atropelada pela sua própria descoberta. Ela havia assumido aquilo, havia sido expulsa, mas havia se erguido. Quinn não era tão forte e era isso que a preocupava.

– Finn... Obrigada por estar sempre comigo. – Finalmente levantou o rosto do peito do menino, algumas lágrimas em seus olhos.

– E eu continuarei com você, sempre. – Respondeu o menino em um tom reconfortante, abraçando mais forte a menina.

– Que pena de mim por isso, você é um mala. – Brincou ela, contagiando Finn com sua risada logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Até o próximo ou não! :v



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