On My Way. escrita por Af LaFont


Capítulo 1
One step closer.


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos ao Pilot! Espero que gostem.



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I - One step closer.

Um novo ano letivo se iniciava no William Mckinley High, e aquele lugar parecia um tanto mais cheio que o normal. Isso se devia ao fator Sue Sylvester, que conseguiu mais uma vitória nacional com as suas Cheerios, chamando assim a atenção de garotas e até garotos do mundo todo para o minúsculo colégio em Lima. Todos queriam ser daquela escola, que nem mesmo chegava a ter o melhor ensino do país, mas que com toda certeza tinha a atenção pelas conquistas esportivas.

Sue apenas sorria ainda mais orgulhosa de seus feitos, distraída, até que fora interrompida por uma batida na porta da sua sala, de diretora do Mckinley. Seu olhar, que estava preso em uma revista, se desviou até a figura loira na porta e como se lessem a mente uma da outra, com apenas um balanço de cabeça a mais velha permitiu a entrada da outra, que a fez.

– Charllote.

– Treinadora. – Respondeu a menina, como se entendesse onde a mais velha queria chegar antes mesmo dela fazê-lo. Talvez em outra vida elas tivessem sido mãe e filha ou algo do tipo, era provável.

– Seu presente. – Prosseguiu a mulher depois de um breve silêncio, ainda acomodada em sua poltrona, porém, com os braços erguidos, entregando a Charllote a revista que lia anteriormente. – Não pense em dar nenhum ataque de pitiatismo na minha frente, eu perderia totalmente o orgulho de você. – Mesmo que fosse uma repreensão, Sue não conseguia tirar o sorriso dos lábios, e isso a irritava por que sorrir cansava e ela odiava se cansar e parecer feliz ao mesmo tempo, então ela acenou com a mão pra que a outra loira saísse de sua sala, talvez assim contivesse tanto orgulho de suas líderes de torcida e da sua capitã.

Concordando com a mulher Charllote Fabray segura a revista oferecida a ela e sai da sala, sem dizer nada. Do lado de fora, na sala de vidro depois da sala da diretora, ela dá uma olhada pra revista e depois pra Sue. Não conseguindo conter o riso ela aponta o dedo pra mais velha e faz um movimento giratório – um sinal pra que a moça girasse na cadeira em que estava sentada, ficando de costas, e não podendo vê-la -, começando a fazer uma dancinha da vitória assim que saiu do campo de vista da treinadora. Nada mal, capa da revista American Cheerleader Magazine, nada mal.

Depois de checar qualquer imperfeição inexistente em sua foto na capa da revista, Charlie resolveu caminhar até o seu armário, onde colaria a revista bem na porta, pra que quando abrisse desse de cara com o seu próprio sucesso e orgulho. Contudo, ao chegar no meio do caminho notou que alguém a esperava na frente dele, e logo revirou os olhos ao notar o moicano na cabeça daquela criatura, identificando quem era.

– Noah. Fora. – Ela era fria quando queria, e a presença daquele rapaz sempre a fazia querer. – Preciso abrir o meu armário e você está atrapalhando. – Continuou ela, posicionando-se de frente ao armário, consequentemente de frente à Noah Puckerman, com suas mãos na própria cintura e os lábios curvados em um bico irritado.

– Você fica muito sexy quando parece que está com vontade de me bater. – Comentou o menino, tentando distraí-la. – Trouxe pra você. – E logo ele estava estendendo um copo grande de slushie de uva, preferido da garota.

– Noah. Fora. – Repetiu Charlie, repelindo o menino da frente de seu armário. – Garoto, quantas vezes eu tenho que te dizer que EU. SOU. GAY!? Eu não vou liberar pra você, agora cai fora e leva essa raspadinha contigo antes que eu a use contra você. – Mesmo que fosse uma ameaça, a loira soava tão calma que parecia brincadeira. Sua fala lenta e doce. Mas Noah Puckerman já sabia o que aconteceria se ele persistisse, então se recolheu e deu de ombros, saindo.

– Me esnoba, me esnoba, vou dar meu slushie pra outra e quando você quiser tomar dele não terá mais. – Disse de forma infantil, indo na direção contrária a Fabray, parando somente ao dar de cara com uma nova garota. O judeu não a conhecia, então como era de praxe levantou seu copo e lançou o líquido no rosto da menina, fazendo sua saída do corredor.

Charllote não tinha se interessado pelo ato enquanto colava sua revista no armário e a admirava, mas ao olhar de volta para o corredor, em meio aquele tanto de gente que estava ali e vendo que a tal menina permanecia sem se movimentar parecendo estática, a loira se sentiu na obrigação de ajuda-la, percebendo que ela era nova ali. Sem muita dificuldade passou pela multidão e tomou o braço da garota morena, levando-a ao banheiro, onde estava vazio e onde ela podia se limpar.

– Bem vinda ao Mckinley. – Charlie começou em um tom divertido, mas vendo que a garota parecia estremecer ela começou a realmente ajuda-la ao invés de ficar apenas olhando para o rosto sujo de slushie de uva dela como quem acha graça da recepção que ela teve. – Não abra os olhos até que eu tire tudo, okay? – E sem esperar nenhuma resposta, a Cheerio começou a limpar o rosto da desconhecida com papel úmido. No final da limpeza, ordenou que a menina tirasse a blusa, e ela o fez, o que surpreendeu um pouco a loira por não oferecer nenhuma resistência.

– Obrigada mesmo por me ajudar. – A morena falou quando percebeu que de repente a líder de torcida havia ficado quieta, ela mesma começava a limpar o restante de slushie que respingou pelo seu pescoço, vale dos seios e barriga, enquanto silenciosamente Charlie observava seus movimentos. – Charllote?

– Hmm?

– Você costuma trazer as garotas no banheiro e depois de fazê-las tirar a roupa, lhes lança olhares como esse que está dirigindo a mim agora? – Indagou a morena, um sorriso falsamente inocente formado em seu rosto enquanto isso.

– Uh... Eu... Como é que sabe o meu nome? – Tratou de mudar o rumo da conversa, Charlie havia corado com aquilo e ela raramente corava, mesmo que na frente de garotas seminuas.

– Todo mundo aqui só fala de você. – A outra respondeu simplesmente.

– Não é justo eu não saber sobre o seu nome também.

– Emily. Emily Jorden. – Dizia como se fosse James Bond ou algo do tipo, e aquilo fez com que a branquinha a sua frente desse um meio sorriso em resposta e logo retomasse a sua postura de cheerio-mor, galanteadora e todas essas palavras que usavam pra resumi-la.

– Então, Emily Jorden... Sobre isso, é calúnia. Geralmente levo as garotas na minha casa pra fazer isso e um pouco mais. – E agora quem havia corado havia sido a morena, e percebendo isso, um tanto convencida de si, Charlie tratou de provoca-la mais. Aproximou-se da menina e tomou um dos papeis umedecidos para limpar a pele da outra, tocando-a propositalmente de vez em outra diretamente. – Bom, agora você está a salvo, mas julgo que essa sua blusa já era. – A Cheerio concluiu e se afastou de Emily alguns passos, tirando seu casaco e blusa e entregando a outra por fim.

– Oh... Obrigada, mas... E você? – Perguntou Jorden, gaguejando um pouco enquanto fitava o corpo da loira a sua frente. Ela tinha um abdômen definido, mas ainda delicado, e um corpo bem formoso, diga-se de passagem. Como uma atleta, digamos que ela era beeem saudável, vestindo apenas aquela saia de Cheerio super curta e um top vermelho e preto. Muito sexy.

– Não se preocupe, Jorden. Esse top aqui faz parte do uniforme das Cheerios, tenho permissão pra andar por aí assim. Bom, agora eu tenho que ir, você tem sua aula e eu tenho o treino. Boa sorte no seu primeiro dia e fique viva. – A menor tinha essa mania de tagarelar quando se sentia a vontade com alguém, e definitivamente se sentiu de cara à vontade na presença de sua nova conhecida. E na vontade também, constatou enquanto saía pela porta e ainda a via trocar sua blusa.


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