A Rainha dos Fantasmas (Livro #1) escrita por Jesse James Junior


Capítulo 1
1 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo né @_@Não sei o que dizer, apenas espero que vocês gostem xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508446/chapter/1

Minha vida não é nada fácil. Quer dizer, sim, eu sou grato por ela, mas não quando você descobre que o universo está nas mãos de você e mais outros quatro amigos.

Meu nome é Noah Smith, e sou um Guerreiro Nível 1.

“Do que você está falando, garoto?”. Bem, vamos começar desde o começo.

Era uma tarde híper tediosa na minha escola em Denver, Colorado. Principalmente porque era aula de matemática. A professora estava explicando expressões algébricas do oitavo ano, e eu não queria nem um pouco prestar atenção naquilo.
Sim, sim. Oitavo ano, eu tinha doze anos.

Pelo menos era a professora substituta. A sra. Johnson estava tomando conta da turma enquanto a velha chata estava fora, fazendo sabe se lá o que no pátio da escola.

A sra. Johnson era loira, dos olhos castanhos e sua pele era clara. Os cabelos loiros estavam presos em um coque, e ela usava um terno branco com gravata vermelho-sangue, suas calças eram de uma cor bege. Ela era legal, só que ninguém estava prestando atenção na aula. Ninguém. Nem mesmo aqueles nerds que ficam com a mesa colada na mesa da professora e quase não piscam na maioria das aulas. Bem, eu não era assim. Eu era um tipo de CDF comum que se via pelas escolas mais comuns.

Me virei para trás e Zoey estava conversando com Anna. Zoey era uma amiga minha. Apesar de ter uma aparência angelical – cabelos loiros e cacheados, olhos azuis, parecia mais um “anjo” –, aquilo era mais uma demônia. Atazanava a vida dos outros num nível próximo ao de Dylan, que era irmão dela. Já Anna era mais tranquila. Tinha pele branca, olhos castanhos (ou pretos, não sei dizer bem), cabelos grandes, lisos e castanhos com uma aparência descontraída, como se estivesse sempre de bem com a vida. Mas acredite: você não iria gostar de ver Anna nervosa, não mesmo. Me virei para frente e notei que Caleb estava prestando atenção na aula. Cutuquei as costas dele e disse:

– Você é patético.

– Fique quieto. – ele retrucou.

O único nerd do nosso grupo. Ele era branco, cabelos rebeldes iguais aos meus, só que mais curtos, e usava óculos quadrados. Parecia uma mistura de japonês com um índio brasileiro ou algo assim, mas seus olhos eram mais puxados na quarta-quinta série. Agora estavam mais redondos.

O sinal tocou. Recreio. Finalmente!

Desci com meu grupo louco de amigos para o pátio e fui direto falar com o guarda da escola. Ele sempre deixava eu e meus amigos secretamente na Mulberies Cake Shop de carro, ele gostava bastante da gente; era meu pai.

Depois de nove minutos meu pai nos deixou na porta da loja, dei tchau e ele seguiu apressado de volta para a escola.

Entramos na loja. A vitrine à esquerda da porta cheia de doces e coisas para festa. Um canto à direita da porta escondia a entrada para o balcão, que tinha outras vitrines menores em cima... Cheias de doces, rosquinhas, bolinhos, sorvetes e tudo mais. As mesas eram pretas, e as cadeiras eram verdes, azuis e rosas, com bolinhas brancas. Me sentei na mesa e peguei um cardápio.

– O que vão querer? – perguntei.

– Rosquinhas. – disse Zoey.

– Acho que um cupcake está bom. – respondeu Anna.

– Sorvete! – exclamou Dylan.

– Não sei. – disse Caleb – Talvez um cupcake e umas rosquinhas.

Uma garçonete se aproximou e eu pedi três rosquinhas, dois cupcakes e dois sorvetes. É, eu também queria tomar um sorvete.

Notei a visão do inferno: Claire e suas amiguinhas irritantes. A menina tinha catorze anos e tinha prazer de perturbar eu e meus amigos. Zoey a odiava eternamente.

– O que quer aqui? – perguntou Zoey.

– Vim pedir algo para comer. – ela respondeu – Não posso?

– Pode. Mas fique longe da gente.

Claire era uma típica patricinha qualquer. Loira, mimada, alta e quase uma vara-pau. Isso quer dizer que ela era magra, mas nem tanto assim. Minha mãe diz que ela tem “peso de galinha”.

Claire pediu o que queria direto do balcão e saiu da loja com suas amigas.

– Suspeito. – murmurou Anna.

– O que é suspeito? – perguntei, levando uma colher de sorvete de morango na boca.

– A Claire não implicar. Muito suspeito.

– É, pode até ser estranho, mas pelo menos hoje ela deu uma trégua, nisso temos que concordar.

Anna deu de ombros e comeu seu cupcake.

Ouvi o relógio de Dylan apitar depois de um tempo.

– Precisamos nos apressar. – ele disse olhando para o relógio – Já está quase na hora de voltar, e seu pai ainda não chegou. Estranho, ele devia estar se aproximan-

Dylan foi cortado por um pneu de carro cantando no meio da rua. Era o carro preto do meu pai.

– Crianças, entrem! – ele exclamou – Vamos! Rápido!

Empacotamos nossos lanches e pagamos a conta apressadamente, depois entramos todos no carro.

– Sr. Owen, o que está acontecendo? – perguntou Anna.

– Apenas não olhem para trás. – respondeu meu pai, indo em alta velocidade de volta para minha escola.

Olhei para trás. Havia uma caracol imenso com um casco vermelho gigante nos seguindo. Ele parecia velho e tinha musgo em seu casco, até com algumas flores. Seu casco brilhou, ele deu um impulso para frente e a multidão enlouquecida e correndo tentando se salvar do monstro pareceu ficar mais lenta. O tempo para nós começou a ficar mais lento, e depois mais rápido, e logo em seguida normal novamente.

– Que isso?! – perguntei.

– Um Zargbe! – respondeu meu pai – Ele é um caracol lendário que quer matar não só vocês, mas e sim todos!

– Isso é ridículo! – exclamou Dylan.

– Não, não é! – respondeu meu pai. Passamos direto pela minha escola.

– Onde está nos levando? – perguntei.

Meu pai não respondeu. Enquanto isso, o tempo acelerou e desacelerou mais algumas cinco vezes.

Em mais ou menos treze minutos, chegamos ao Chamberlin Observatory. Meu pai nos arrastou até o topo do observatório e sacou um giz branco de seu jeans azul.

– O que... – Dylan começou a falar enquanto meu pai desenhava algum círculo estranho no chão.

– Entrem. – ele ordenou.

– Mas... – tentou protestar Zoey.

Entrem. – ele gritou.

Entramos no círculo. Um brilho começou a envolver o círculo a nossa volta enquanto meu pai cantava algumas palavras em uma língua desconhecida por mim. Assim que o brilho começou a ficar mais forte, Zargbe invadiu o observatório, quebrando a parede. Meu pai cantou mais forte ainda, e quando eu me dei conta estávamos em um espaço vazio. Parecia o vácuo do universo. Mas logo depois um vórtice tomou todo o espaço e voltamos no mesmo lugar.

– O que aconteceu aqui? – perguntei, olhando para o chão, o círculo ainda estava lá e a parede ainda estava quebrada.

– Vou explicar isso depois. – disse meu pai, sacando uma espada.

Os cabelos de meu pai eram rebeldes, pretos, sua pele era branca e seus olhos eram pretos. Era uma versão adulta de mim. O mais impressionante é que ele sacou uma espada e atacou o monstro imenso. Os olhos de Zargbe ficaram totalmente brancos, e meu pai foi lançado contra a parede. Mas ele resistiu e fez um movimento com sua espada. Auras mescladas de roxo e preto envolveram o corpo de meu pai em um meio-círculo, e ele direcionou sua espada em direção ao monstro. Sua espada se tornou da mesma cor que a das auras, e uma rajada de não-sei-o-que roxa e preta foi jogada para trás quando meu pai cravou a espada no corpo de Zargbe. O casco do monstro pulou do corpo, e ele caiu, ficando invisível até desaparecer.

– O nome disso é mana. – ele disse, como se estivesse lendo meus pensamentos. – Aquele poder é chamado de mana. Zargbe é um dos monstros perigosos para o nível inicial de vocês. Isto aqui continua sendo a mesma Terra, só que com humanos diferentes. É como uma Terra Alternativa. As pessoas daqui são como eu, e vocês também são como eu. Qualquer um pode ser como eu, mas algumas pessoas tem um dom especial, que é o caso de vocês.

Ficamos sem reação.

Meu pai nos guiou de carro até o Denver Botanic Gardens.

– Aqui é onde essas pessoas como eu são reunidas. – ele anunciou.

Ele nos guiou por uma trilha. Havia paredes de plantas, muitas flores, muitas plantas, chafarizes, lagos e etc. Era como um paraíso. Depois fomos até um arco de madeira, onde pedras estavam reunidas em um círculo, e várias pessoas se sentavam em volta dela. Uma fogueira apagada estava no meio das pedras. Atrás do arco, podíamos ver uma vasta floresta.

– Aqui é o Arco Inicial, onde os “Positivos” se encontram. – anunciou meu pai. – Estes são Noah, Zoey, Dylan, Anna e Caleb.

As pessoas nos cumprimentaram de suas “pedras” com sorrisos e acenos.

– Positivos são as pessoas iguais a mim. Bem-vindos à Terra Alternativa. – anunciou novamente o meu pai.

Eu e meus amigos nos sentamos em pedras, e estávamos confusos demais para fazer perguntas.

– O Zargbe que vocês viram lá pode ter sido mandado por Violet, a Rainha dos Fantasmas. Ela vem ameaçando nossa Terra Alternativa à algumas semanas. Nós precisávamos de recrutas para a nossa Terra. Pensei logo em vocês. – explicou meu pai – Eu não quis trazê-los exatamente agora, mas o Zargbe... bem... Adiantou meu serviço. Esta terra tem alguns monstros. Alguns não, vários deles. E claro, também têm seres do mal, como a Violet, que quer dominar a Terra Alternativa para si. Perguntas?

– O que é isso tudo? Quer dizer, como entramos aqui? – perguntei.

– Aquele símbolo que fiz no Chamberlin Observatory era o símbolo de entrada e saída da Terra Alternativa.

– E como você fez aquele negócio de “mana”?

– Com o tempo nossa experiência em mana vai aumentando. Acredite, sou velho nesse mundo. E quando entrei, fiquei com a mesma reação que a de vocês. Acreditem, vocês vão se acostumar. Ah, como fiz aquilo? Aqui nós temos classes diversas. Não exatamente “diversas”, mas Guerreiro, Mago, Ladrão, Arqueiro e Pirata. Cada um de vocês pode ter poderes especiais definidos. Eu sou um Guerreiro. - meu pai sorriu - Agora descansem, vocês vão precisar. Quando acordarem eu vou explicar para vocês sobre as classes.

– Onde vamos dormir?

– Nos dormitórios, ora... Que pergunta. Me sigam.

Meu pai nos guiou até uma estufa bastante alta e larga, e lá dentro haviam escadas, rampas, plantas e flores decorativas nas paredes, uma recepção e várias portas. Era como um hotel comum, só que com a temática: “plantas”.

– Quarto 204. – disse meu pai para a balconista. Ela me entregou uma chave com um pedaço de madeira pintado de vermelho. Gravado de branco, estava escrito: “204”.

– Peguem o elevador. O quarto se encontra no nível 5 da estufa. – disse a balconista, sorrindo.

Pegamos o elevador mais próximo e eu apertei o número “5”.

Quando subimos, nos deparamos com um vasto corredor cheio de portas, típicos de um hotel comum. Procuramos “204”, e Zoey viu uma porta de madeira gravado com um “204” no topo.

Entramos no apartamento. Não era um apartamento de luxo, mas dava pro gasto. Tinha uma mesa de jantar de mármore à nossa frente, com várias cadeiras. Um sofá com um tapete na frente, e mais à frente ainda uma estante de TV com uma TV 50 polegadas com DVD e Karaokê. Depois daquilo, ficava uma porta de correr que dava para uma varanda mediana, onde podia-se ver os jardins do Denver Botanic Gardens.

À direita via-se uma cozinha, e à esquerda um corredor que terminava numa parede espelhada. À esquerda do corredor tinha um quarto e um banheiro, à direita o mesmo. Cada quarto tinha 3 camas, uma mesa com computador num cantinho, um imenso guarda-roupas e uma janela. Confortável.

Eu, Dylan e Caleb ficamos no quarto da esquerda, Zoey e Anna no da direita. Olhei para o relógio de Dylan, eram três em ponto. Acho que dava para tirar um pequeno cochilo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso ^^