Identidade Homicida escrita por ninoka


Capítulo 72
Intervenção celeste


Notas iniciais do capítulo

bom dia, meu amores
vindo aqui com a cara mais lavada de todas depois de me dar conta que já to CINCO meses sem postar p*ta merda o tempo tá passando muito rápido :(((

enfim, espero que estejam todos bem mesmo dentro de todo esse caos


Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508366/chapter/72

[Kentin]

Depois de conseguirmos derrubar a porta do almoxarifado no pontapé, Nathaniel acendeu a luz da saleta pra fuxicar as prateleiras cheias de instrumentos do laboratório, microscópios, óculos de proteção, jalecos, balões e uma porrada de outras coisas. Ali já não era comigo; então só fiquei apoiado sob o aro da porta, observando toda a movimentação de braços cruzados. 

Nathaniel mexia em tudo numa procura alucinada, retirando caixas e panos e recolocando tudo no lugar. Depois de algum tempo, encontrou uma maleta retangular e longa que abriu numa expectativa absurda. Fomos -- tanto eu, quanto ele -- balançados por um susto quando, dentro da maleta, encontramos uma espingarda. 

Soltamos dois “wow” surpresos e Burniel se juntou a nós pra ver qual era o motivo da nossa comoção:

— Isso aí… — arregalou os olhos logo que parou sob a porta também. — Isso aí era pra estar aí? 

— A diretora disse que teriam itens espalhados pela escola, se eu me lembro bem agora… — cocei o queixo. 

— Segura pra mim. — disse Nathaniel, estendendo o armamento longo pra Burniel, quem o apanhou feito uma espada (e parecia visivelmente incomodado em segurá-lo). 

— Vamos usar isso pra quê? — perguntou ele. 

— Nunca se sabe — respondi, brincando de mistério — Nunca se sabe…   

Nathaniel voltou a caçar nos cantos do almoxarifado, até encontrar um pequeno baú que o fez soltar um audível riso de contentamento quando avaliou seu interior: 

— É isso aqui.

Burniel e eu nos aproximamos como duas crianças curiosas e Nathaniel estendeu para nós três pequenos frascos ajuntados nas suas mãos: 

— Éter, clorofórmio, álcool. 

— Minha nossa… Isso… funciona? — perguntei, surpreso.

— É pra isso que se presta atenção nas aulas — falou o Nathaniel nerdola que eu conhecia (e parecia intacto, no final das contas).  

Depois de uma pequena aula de química que Nathaniel fez enquanto despejava e misturava os líquidos um no outro (e que eu tava pouco me mancando pra entender), tínhamos a nossa poção mágica, que nos libertaria daquele incômodo que era usar o cronômetro no pulso e nos obrigava a seguir um destino cruel. Com muito, muito cuidado, Nathaniel despejou uma pequena gota da mistura sobre nossos utensílios. Inspirei fundo, com um alívio que eu nem seria capaz de descrever, quando vi que a contagem tinha parado (porque ele tinha pifado) e o metal se rompeu molenga, derretido que nem borracha. Massageei os pulsos que já tinham ficado marcados com a pressão daquela porcaria. 

Sorrimos os três, felizes que nem moleques. Confiantes. Estávamos confiantes que tudo daria certo. 

Agora começava a segunda parte do nosso plano: pegamos mais daquela parafernália química, e enfiamos numa mochila que achamos perdida num canto da sala. Coloquei nas minhas costas todo o material que precisávamos. E o que a gente ia fazer? Subir pro terraço o mais depressa possível. Quando chegássemos lá a coisa ia ficar maluca -- daríamos o nosso sinal de fumaça em grande estilo, com uma grande e bela explosão química digna de filme de ação. 

Também estávamos bem armados… Só pra último caso, sabe? Pra autodefesa. Eu com as duas facas de combate que tinha conseguido no começo; Nathaniel com uma barra de ferro que encontramos nos confins do colégio; e Burniel segurando a espingarda (de forma patética, diga-se de passagem).  

E você não confia que nosso plano ia dar certo? Eu confiava; nós três confiávamos. Tínhamos armas e estávamos em três e já estávamos quase saindo, prontos pra embarcar na nossa aventura dentro da própria escola como um trio de exploradores. Não tinha o que dar errado… Certo? Certo?! Era o que eu pensava, até a porta do laboratório abrir violentamente, ignorando a cadeirinha que eu tinha improvisado de peso como se ela fosse uma pena.  

Os dois entraram que nem loucos e avançaram que nem dois cachorros descontrolados pra cima de nós: eram Jun e Íris. Burniel se jogou que nem um gato pra trás de um dos balcões enquanto Nathaniel e eu nos desesperamos. 

Jun foi com a katana pra cima de Nathaniel -- a sorte foi que o impenetrável representante do grêmio parecia desperto de adrenalina o tempo inteiro; então ele imediatamente se defendeu com a barra de ferro. E os dois permaneceram quase como numa briga medieval de espadas. 

E por prestar atenção no combate deles, quase não me dei conta quando Íris veio na minha direção, com os dois canivetes garra de tigre muito bem arranjados. Como primeiro instinto, dei um passo pra trás. Mas Íris continuava a avançar impiedosamente. Ela definitivamente era treinada -- a maleabilidade com o corpo era de bailarina, e as suas habilidades com a arma eram a prova disso. Enquanto isso, eu tava no auge do ridículo; porque além de estar com o peso da mochila nas costas e o corpo todo dolorido, a visão que eu vinha perdendo no olho esquerdo me fazia ter reflexos quase tão sensatos quanto os de um bêbado. 

Tentei me defender com as facas de combate, mas era medíocre e tava quase fôlego… Cheguei a ser arranhado no peito e na lateral do rosto e sentia o corpo todo doendo, ardendo, pesando. O grand finale foi quando ela se agachou, e numa flexibilidade de ninja, ejetou a canela contra a parte de trás de um dos meus pés, numa rasteira que me fez chocar as nádegas contra o chão toscamente. Senti um choque na coluna na lombar na hora; não conseguia levantar. 

Ela então se levantou, pronta pra dar o bote, mas no mesmo momento, Burniel se ergueu detrás do balcão que tinha se escondido e colou Íris na mira da espingarda:

— Para! — gritou, feroz, embora carregasse uma expressão hesitante. E Íris paralisou — S-s-s-s-senão eu atiro! 

Não, ele não era capaz de apertar o gatilho. Burniel poderia ter passado por tudo que tinha passado, mas, ainda assim, eu não sentia que ele tivesse essa malícia sanguinária dentro dele, como a grande maioria ali. 

Mas, independente de qual fosse a minha percepção sobre Burniel, Jun não tinha dúvidas que Íris corria grave risco de receber um tiro e acabou se distraindo no seu combate com Nathaniel; e essa foi a oportunidade perfeita pra que o loiro esmigalhasse o punho na cara de Jun, com uma força tão desesperada e bruta que o fez cair no chão desacordado no mesmo instante.  

— Jun! — gritou Íris, com as mãos para o alto, rendida, temendo que o fato de se movimentar fizesse Burniel atirar nela. 

— Largue as armas, por favor — disse Nathaniel (ele conseguia se portar como um cavalheiro até numa situação daquelas?!) —  E nós não vamos machucar ninguém. 

Íris, naturalmente, não compreendida seu gesto “misericordioso”, mas ainda assim ela não viu outra escolha senão ceder à ordem de Nathaniel. Colocou cautelosamente os dois canivetes no chão e ergueu novamente o corpo com as mãos acima da cabeça. Ficou assim, estática por alguns segundos, em silêncio, observando a nossa movimentação: eu tentando me levantar do chão, me apoiando em um dos balcões, quase cambaleando, sentindo uma dor aguda irradiar pelas costas; Nathaniel amarrando os pulsos de Jun sob suas costas com uma fita; Burniel apontando a espingarda para Íris, de longe.  

— Vocês não estão com o cronômetro — pontuou, séria. 

— Nós tiramos — respondi, suspirando, apertando a cervical dolorida. 

— Por que? — continuou; as mãos atrás da cabeça — E por que essa atitude esquisita de vocês?

Encarei Burniel, que me encarou também; ficamos sem saber se deveríamos respondê-la. 

— Nós vamos destruir o esquema da Shermansky — respondeu Nathaniel, dando a última volta no nó e apertando firmemente no pulso de Jun. 

Íris franziu a testa, confusa. Nathaniel deu um longo suspiro, levantando do chão com as mãos na cintura, observando Jun amordaçado no chão da mesma forma que um artista cansado faria depois de empregar muito esforço na sua obra. E então, se voltou pra Íris:

— Você pode se juntar a gente.

Ela arregalou os olhos com surpresa. Depois sorriu, com um grande e convencido “tsc”:

— E o que eu ganharia com isso?

Franzi a testa:

— Não é óbvio? A liberdade? 

Íris soltou uma risada sonora e afetada. Depois balançou a cabeça enquanto olhava além da janela do laboratório:

— Minha ideia de liberdade não tem haver com isso. Eu passo. 

Não entendíamos quais eram as motivações de Íris ou porque ela dizia aquilo, então ficamos na nossa. 

— Bom… — suspirou Nathaniel, depois de algum tempo — Então me desculpe, Íris. Vou ter que te amarrar com o Jun.  

E ela balançou os ombros, indiferente.  



[Armin]

Demorei alguns segundos pra processar o que Dake tinha acabado de falar e do peso que aquelas palavras implicavam. E minha ficha só caiu quando ele começou a se mexer em nossa direção. 

Imediatamente erguemos o rosto do chão e nos preparamos, agachados como dois gatos em posição de ataque. Seriam três contra dois; e nós não tínhamos nada além daquele miserável bastão de madeira. Minha respiração acelerou. Senti o suor escorrendo por baixo da camisa. Elsie me encarava, desesperada, sem saber o que fazer. Peguei sua mão e segurei na minha, apertando; na outra mão apertei o bastão. 

Dake puxou a maçaneta. Conforme a porta se afastava, gradualmente, a luz do cômodo invadia nosso recinto escuro -- e os portões do Inferno pareciam se abrir para nós. 

Rapidamente soltei a mão da Elsie, segurei cada ponta do bastão com uma das mãos e, no mesmo instante que a porta se abriu, voei pra cima do pescoço de Dake, bradando com todo o ar dos meus pulmões:

— Corre, Elsie! 

Era pura lógica: Viktor era um armário, Dake tava armado e Marcell tampava a saída do vestiário. Estávamos encurralados que nem dois ratos; não tínhamos pra onde ir ou o que fazer. Mas o que era a lógica quando a adrenalina caía no meu sangue? Nada. Nadinha.

Cai por cima de Dake no chão, tentando esmagar seu pescoço com a madeira do taco de baseball; mas ele era surfista e -- outra coisa que era questão de lógica -- o meu maior esforço físico num dia comum de colégio era ir da sala de aula pro prédio dos dormitórios pelas escadas. Além do fato de que meu braço nunca tinha voltado a ser como antes desde o estrago que Lysandre fez nele. 

Claro que, ainda assim, com todo o fervor da adrenalina, eu continuei naquele embate, tentando sufocá-lo, empurrando o taco pra baixo, apertando os dentes como se aquilo fosse me trazer alguma estabilidade na força; enquanto Dake fazia o movimento contrário, com o rosto vermelho de esforço.

Ouvi Marcell exclamando às minhas costas:

— Eita, porra?! Essa aí não é aquela garota lá do último ano? 

Virei pra trás, por cima do meu ombro, quase que imediatamente. Erro fatal: no mesmo instante senti o punho de Dake vir forte no meio do meu rosto, minha visão tremeu e meu  nariz ardeu dolorosamente. 

— Tira esse merda de cima de mim! Me ajuda, porra! — gritou Dake, abaixo de mim. 

Fiquei uns cinco segundos atordoado por conta do golpe; e nessa pequena inconsciência, senti dois braços fortes me encaixando por trás e me erguendo de Dake. No alavanco bruto do movimento, retornei. Vi Marcell puxando Elsie pra fora do boxe; ela debatendo pernas, braços e cabeça, xingando ele com toda a sua fúria. Tomado pelo desespero com a cena, comecei a me debater também; mas não preciso nem dizer quão inúteis eram meus esforços contra a força de Viktor Chavalier. Era como querer gritar num pesadelo em que se você se vê afundando num lamaçal eterno e não existe fôlego; não sai ar. 

Dake se levantou, apalpando as roupas como o verme que ele era e catou a espingarda que tinha caído no chão:

— Opa… o quê que a gente tem aqui, hein? — sorriu maliciosamente para Elsie, que tinha sido imobilizada pelo pescoço e pelo cabelo por Marcell — Não é aquela putinha que o Castiel tinha levado pro esconderijo uma vez?

Senti o ódio tomando conta do meu corpo, subindo e fervendo por cada veia; e já com os xingamentos na ponta da língua até que Elsie, surpreendentemente, encarou o surfista com um sorriso sarcástico e selvagem, respondendo:   

— Cuidado com o que você fala, seu lixo.

— Ahh! Ela sabe revidar! Que gracinha… — segurou o queixo de Elsie com sua mão podre — Você não vai ficar com essa sua carinha de heroína quando eu te ensinar uma coisa.   

E dito isso, Dake projetou o punho fechado contra o estômago de Elsie, fazendo ela tossir convulsivamente, abaixando a guarda. Ele se virou pra Marcell que segurava Elsie e ergueu a espingarda para ele:

— Marcell, toma. Me dá ela e segura a arma. 

A cena obviamente não passou neutra por mim: gritei, esperneei que nem criança, cego e alucinado de ódio tentando me desgrudar de Viktor; o que não resolvia em nada. Os olhos de Marcell brilharam para espingarda quando ele a segurou nas suas mãos e empurrou Elsie para as mãos de Dake sem nem contestar. É claro, segurar uma arma daquelas parecia ser no mínimo glorificante prum pau mandado que nem ele; dava pra ver a sensação de poder e megalomania incendiando a sua mente… 

Dake, por outro lado, agarrou Elsie pelos punhos -- ainda molenga e fraca com o golpe -- e a empurrou prum canto do vestiário com os armários de ferro, encurralando-a.   

— Dake. Isso não é necessário — falou o Viktor, muito calmo e polido como era de se esperar, mas em tom de repreensão — Vamos só fazer o que a gente veio fazer e pronto. 

— Já pode parar de fazer papel de bom moço, Viktor. Aqui ninguém pega a gente. Vamos só aproveitar — falou com malícia e se virou pra Elsie, puxando a alça da sua blusa pra baixo num único movimento e deixando seu sutiã todo à mostra.

Não preciso nem dizer como meu coração disparou, pulsando contaminado de ódio, prestes a estourar no peito. Elsie acordou imediatamente do golpe e começou numa luta frenética e aflita pra tentar empurrar Dake e cobrir o próprio corpo exposto, gritando:

— Me solta! Me solta, seu bosta! 

— Vai ser rápido, eu prometo — Dake continuava a segurá-la pelos pulsos com uma mão enquanto tentava desafivelar o próprio cinto com a outra — Não é legal? É um favor que eu vou fazer antes do Marcell atirar em você. Vai, Marcell, aponta pra cá pra ela não se mexer. 

Eu gritava que nem um louco; mas nenhuma palavra exatamente saía da minha boca. Era como um animal furioso e desesperado. Sentia a veia no meu pescoço quase estourando de tanta pressão que causava aquele misto de ódio, ira, dor e uma impotência maldita. Ah, uma impotência… A sensação que me atormentou a vida toda. Essa era a pior parte de todas. Queria quebrar o pescoço do Dake. Se eu conseguisse me soltar, no estado de loucura que eu tava, era certeza que daquela vez teria força suficiente pra esmagar o pescoço dele.

E, olha, sinceramente, eu não sei como o Viktor não tinha me nocauteado pra que eu ficasse quieto àquela altura do campeonato; ele tinha força mais que suficiente pra isso. Mas a real é que, depois, bem depois, fiquei refletindo comigo mesmo como não fazia sentido um cara como ele estar enfiado com gente como a gente naquele lugar. 

E no meio daquele frenesi de tensões e agonia que todos estavam e a gritaria angustiante, ele apenas continuava a me segurar, sem perder os nervos, mas muito indignado enquanto exclamava: 

— Qual a necessidade disso, Dake?!  

— Dá um tempo, Viktor! — insistia o outro, ficando irritado com as repreensões do parceiro e a incessante força de vontade de Elsie em proteger o próprio corpo. 

E ficaram os dois nesse debate por uns quinze segundos (que pareciam durar uma eternidade) até algo interferir. 

Não, não acredito em milagres mas… Puta merda, o que foi aquilo?! É claro que no lugar e sob as circunstâncias que estávamos, tudo era possível. E se normalmente já somos incapazes de adivinhar o que se passa na cabeça de alguém, ali, naquele show de emoções intensas, abstratas e ilógicas pra quem vê de fora, a coisa era ainda mais inimaginável. Mas, pensa: de todas as reações possíveis que poderiam explodir naquele espetáculo sangrento, ter uma reação que operasse a nosso favor era uma coisa muito parecida com um verdadeiro milagre, não era?  

— Cala a boca vocês dois, porra! — gritou Marcell, de repente, com uma voz afetada de bêbado brigão que encerrou a discussão entre Viktor e Dake na mesma hora; ambos o encararam assustados. 

Mas, calma. Não acabou aí. Se Marcell era doido ou só um pirado por poder (isso explicaria o porquê dos olhos dele terem brilhado pra espingarda que nem criança quando ganha presente) isso ainda é um mistério pra mim. Mas a questão foi que ele não pensou nem duas vezes antes de direcionar a porra da espingarda pro teto e atirar pra impor medo logo depois daquele seu gritinho. 

Maluco ou não, Marcell foi uma intervenção celeste -- foi o nosso trunfo. O estouro ecoou que nem uma bomba dentro da pequena saleta que era o vestiário e isso nos deu uma brecha. Foi. Foi um momento, um único e exato momento que Viktor vacilou com o susto: consegui me mexer, dei uma cabeçada no seu pomo-de-adão e me desgrudei dele que nem uma fera enjaulada livre. O resto foi reação em cadeia: Elsie também despertou e nós dois entramos numa sincronia maluca. Ela dissipou um chute bem certeiro nas partes baixas e imundas do Dake e quando ele se encolheu com a dor, ela o empurrou e correu comigo para a entrada interditada pelo desequilibrado do Marcell. Juntos, o empurramos sem muito segredo (ele parecia ter sido completamente domado pela loucura e não teve sequer tempo de reagir à nossa força conjunta). 

Disparamos pra fora do vestiário e logo deixamos o ginásio, salvos pela intervenção celeste -- ou seja lá o que fosse -- que novamente parecia agir a nosso favor.

Durante a nossa fuga, embora absurdamente aliviado, eu ainda temia por não saber ao certo quanto tempo a nossa sorte ainda funcionaria.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Identidade Homicida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.