Identidade Homicida escrita por ninoka


Capítulo 70
Pelo menos, pra nós dois


Notas iniciais do capítulo

oiiiiiiiiiii meus xuxus. como vão???
parece que estamos nos encaminhando prum clímax????

esse ano a fanfic fez SEIS ANOS bixooooooooooooo
Olha, eu não sei nem o que dizer, queria apenas dar um abração em todos que já cederam seu tempo pra ler isso aqui... pros anciões que tão desde o começo, pros que chegaram, pros que sairam, pros fantasmas. Podem ter certeza que um pedacinho de mim e da minha vida tá nesse site.

Well... Um beijo na boca de todos e bora de capítulo!



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[Nathaniel] 

 

— Bom, então vocês pretendem sair daqui, é? — Kentin perguntou retoricamente, com um pequeno sorriso sarcástico, como se tentasse nos dizer que aquilo era impossível. Seus pulsos ainda estavam amarrados, presos para trás. 

Burniel e eu já sabíamos daquela verdade. Nós nos entreolhamos e fizemos uma rápida telepatia, como se tentássemos decidir quem diria nossa real decisão em voz alta. Eu, então, tomei a voz do discurso, me virando para Kentin: 

— Nós vamos trazer o resgate até nós. 

Kentin franziu a sobrancelhas. Ele abriu a boca como se fosse dizer algo, mas então se calou. Depois de parecer digerir melhor um pouco da nossa ideia doida, falou:

— Como… vocês pretendem? 

Como a gente ainda não sabe. — respondeu Burniel, ele estava sentado com os joelhos recolhidos na frente do peito e os braços envolvendo as próprias pernas. — Mas… pensei em criar algum incidente, alguma coisa que chamasse a atenção da vizinhança toda.

— Você lembra que… o terreno da escola ocupa um quarteirão inteiro, né? — Kentin ainda parecia um pouco cético com nosso plano. 

— Sim. Por isso a gente precisaria de alguma coisa em grande escala. Uma explosão, um incêndio… fumaça. Precisamos de fumaça. 

Kentin ficou mudo. Pensativo. 

— Bom… — disse enquanto olhava para o chão com seu único olho saudável. — … eu ainda não posso sair daqui. Existe uma coisa que ainda me impede, pra falar a verdade. 

— Seria o que o motivou a participar disso tudo? — teorizei. — O tal merecido prêmio da Shermansky?

— Não. Não mais. — negou com a cabeça. — É isso aqui. — torceu seu torso para o lado, nos mostrando o pequeno relógio, idêntico ao que Burniel usava, em seu pulso.

— É igual ao meu! — Burniel disse com uma exclamação quase infantil.  

— Tinha um aluno que tentou nos atacar… ele usava um igual, que inclusive tinha uma contagem também. — relembrei. 

Kentin ficou levemente pálido, assustado:

— A-a-a contagem? Quanto tempo tem?

Burniel deixou sua cabeça cair para o lado, inclinando-se para checar o dispositivo:

— Setenta e dois. 

— O que esse tempo indica? — perguntei.

Kentin hesitou por um instante. 

— É o tempo limite pra matar outro aluno. 

Tempo-limite. 

Rapidamente, uma sequência de imagens percorreu minha mente como um filme: Burniel desesperado, Jack me incentivando a atirar, a pistola na minha mão, a angústia no peito e a pressão do gatilho. Tudo aquilo me paralisou por alguns segundos. Quis olhar para trás, por cima do ombro, bem ao longe, onde Jack estava preso, coberto pelo suéter roxo de Burniel; mas não o fiz. 

— Entendo… — falei com um pequeno sorriso cínico, mais amargurado do que surpreso. — Então é assim que a Shermansky gosta de jogar…   

— Você chegou a matar pessoas, Kentin? — Burniel, que tinha um pouco menos de papa na língua, não se tardou em fazer a pergunta que até então eu evitava; e falou com simplicidade, como se fosse uma pergunta cotidiana. 

Me atentei bastante à expressão que Kentin estava prestes a fazer; porque isso poderia dizer muito se estávamos lidando com alguém minimamente confiável. Como ele reagiria? Culpa? Hesitação? Satisfação? Não sei se era possível identificar que ele falava a verdade, mas, de qualquer forma, me atentei -- e ele rompeu com todas as minhas expectativas quando ergueu o rosto para Burniel e, muito sério, como se assumisse uma grande responsabilidade, disse:  

— Não. — e recuou um pouco. — Não diretamente. 

Tínhamos a faca e o queijo na mão. Lembrei dos arquivos que tinha no pendrive; estava no bolso da minha calça ainda. E agora, para prová-los, tinha os relatos de Kentin. 

Suspirei profundamente enquanto tentava botar a -- como dizia Jay -- massa cinzenta pra funcionar. Precisava de uma solução.

— O que você pretende fazer? — indaguei Kentin, de repente. 

— Como assim? 

— Você perguntou se nós pretendíamos sair daqui e nós respondemos que sim. Então eu te pergunto: O que você pretende fazer? 

Kentin ficou em silêncio. Até que soltou um riso nervoso: 

— Sinceramente? Alguns minutos atrás achei que tava com o pé na cova já. Nunca imaginaria que seria resgatado nesse lugar. Nunca mesmo. Então… — ele deu um sorriso confuso, franzindo a testa. — … eu não sei? O que teria acontecido se eu tivesse sangrado até a morte ali? Nada. Iria ser esquecido nesse lugar esquisito. Mas agora eu tô aqui, vivo. Graças a vocês. E… — riu, contrariado. — … agora tem essa porcaria no meu pulso. Então… “o que eu pretendo fazer”? Eu realmente não sei. 

Eu e Burniel nos entreolhamos. Novamente nossa telepatia parecia acontecer. 

Me virei mais uma vez para Kentin: 

— Talvez isso seja pessoal demais, mas… o que você esperava ganhar no final disso tudo? 

Kentin não hesitou um segundo sequer pra responder:

— O Alexy. 

Fui surpreendido pela resposta, mas não demonstrei. 

— Quem? — perguntou Burniel. Ele tinha entrado para Sweet Amoris muito tempo depois do acidente que tinha induzido Alexy ao coma. 

— É o irmão gêmeo do Armin. — respondi, um pouco angustiado por lembrar de toda aquela história que já parecia ter acontecido há muito tempo. 

— Pera, ele tem um irmão? Gêmeo?! — Burniel arregalava os olhos com a descoberta.

— Sim. — Kentin sorriu melancólico. — E o que me botou nisso foi o desespero de reanimá-lo. Queria os melhores médicos, os melhores tratamentos.

Shermansky sabia quem atacar: os vulneráveis, os oprimidos pelo desespero, os que tentavam desesperadamente se agarrar a algo; e eu rapidamente liguei aquela ideia à Melody, pensando em tudo que poderia tê-la motivado a entrar para aquele jogo de morte. Matar por prazer; matar por dinheiro; matar para trazer alguém de volta -- Jade, Melody, Kentin. Desesperado por prazer; desesperada por dinheiro; desesperado para trazer alguém de volta. 

Desespero. 

— Kentin. — falei. — E se você tivesse, como você disse, sangrado até a morte, ali? E se Burniel e eu não estivéssemos aqui? Ou se nós fôssemos inimigos? 

— Eu pensei sobre isso… 

— Sim. Você estaria morto, não é?

— Sim.

— E se… — fiz uma pausa. — … enquanto você sangrava morto ali, Alexy de repente abrisse os olhos no hospital?

Kentin parou. Senti que algo explodiu dentro dele, por um segundo. Sua expressão desmoronou como se fosse chorar -- e eu notei que ele tinha algo entalado na garganta, mas que era orgulhoso demais pra deixar que aquilo fosse expelido para fora. 

— Você acha que isso tudo faria sentido? Se arriscar tanto assim?

— Não. 

Medi rapidamente as minhas palavras e decidi continuar: 

— Eu não gosto de fazer promessas como a Shermansky. Mas… sabe? Alexy pode acordar. E você ia querer estar lá, não ia? 

Ele remexeu a cabeça prontamente, evitando falar. 

— Não é a Shermansky que vai te dar isso, entende? E se você morresse ali, nem mesmo a Shermansky seria capaz de te dar o que você quer. 

Ele concordou com a cabeça mais uma vez.

— Então, se nós déssemos um jeito nesse seu relógio… você aceitaria o nosso convite?  

Ele nos encarou, meio confuso. 

— Eu não quero que você se sinta pressionado só porque tá amarrado e machucado, mas considere duas opções: você pode voltar pro jogo e tentar ganhar o que veio ganhar; e aí nós nos despedimos a partir daqui. Ou pode se juntar à gente...  e nos ajudar a botar esse lugar de ponta-cabeça… 



[Elsie]

Você já experimentou ficar três dias direto sem tomar banho? Okay, no inverno Europeu isso é até que aceitável, mas dificilmente você mesmo se aguentaria depois de três dias numa correria frenética com tiros, flechas, explosões, chutes, choro, sangue e dormir no chão com a mesma roupa. E, de qualquer forma, nós nem estávamos no inverno! Como eu tava me sentido? Nojenta. Podre mesmo. 

Minha última lembrança foi quando estávamos no chão da salinha de livros velhos; logo depois que o vídeo bizarro de Lysandre tinha misteriosamente aparecido no meu keypass e que Armin e eu começamos a discutir. Também me lembrava vagamente de que tínhamos atraído a atenção de algum killer no meio da discussão e que tinha pulado instintivamente em cima de Armin. Qualquer coisa que viesse depois disso tinha se tornado outro temível e grotesco borrão. 

Acordei nos braços de Armin, no ginásio. Ele sorria triste em cima de mim. Foi quando me levantei e supus o motivo daquilo: o corpo de Rosalya, longe. 

Armin me explicou tudo o que tinha acontecido e nós decidimos nos enfiar no vestiário feminino, pra nos escondermos novamente, botarmos as coisas à limpo e tudo mais. 

Limpo… que irônico. Como eu queria estar limpa, ficava pensando enquanto olhava pro chuveiro acima da minha cabeça; porque tínhamos nos metido dentro de uma das divisórias do trocador lá do vestiário. Sentamos no chão, pra variar.   

— Que situação… deprimente… — Armin falou, quase como um suspiro, encarando um ponto aleatório enquanto pinçava um pedaço de atum com os dedos dentro da lata e metia na boca. 

Ele tinha conseguido um ferimento de bala no ombro. Não tava exatamente aberto ou muito grotesco, mas era interessante sanitizar logo pra que a coisa não ficasse feia. 

— Pensei que você não gostasse de peixe. — retruquei, sentada ao seu lado, aplicando novamente o algodão com álcool no seu machucado.   

Ele apertou os olhos, tentando conter a sensação de latejar:  

— Eu odeio. Mas meu estômago já tava berrando. Na real, eu daria tudo por um McCheddar com adicional duplo de bacon agora, caralho… 

Deixei o algodão agindo no local, pressionado; alternava a visão entre ele e a expressão franzida de dor de Armin. 

— Queria alguma coisa com pimenta. — falei, voltando a mirar o algodão. — É disso que eu preciso. — completei murmurando, baixinho, com um suspiro.  

— Já experimentou a comida do Arribas? — Armin abriu os olhos e me encarou de lado. 

— Que que é isso? 

— Um restaurante de comida mexicana do centro. Nunca ouviu falar?

— Nunca comi comida mexicana. — ri com a própria constatação. Parecia uma coisa tão simples de vivenciar e eu simplesmente nunca tinha feito.

— Ah, não brinca! — ele sorriu. Apontou o indicador pra mim, dramaticamente. — Quando a gente sair daqui, vou te bancar um almoção no Arribas. Vai se apaixonar, tenho certeza!

Ri -- numa mistura esquisita de felicidade, empolgação, surpresa e melancolia. Quem garantia que eu chegaria até o final? Fiquei pensando, refletindo. Mas balancei a cabeça, tentando distanciar aquele pensamento ruim:

— Vou cobrar isso. — falei com um sorriso, retirando o algodão do seu braço. 

A ideia mais inteligente (e provavelmente a única) que tivemos foi de catar alguns itens da enfermaria; estávamos fazendo boa serventia de uns band-aids e comprimidos pra dor e anti-inflamatórios. Armin tinha engolido uns no seco mesmo (e fez sua careta cômica de nojo com o gosto amargo). Colei o band-aid no seu ombro e fiquei um tempo encarando o resultado.  

— Armin. — minha mente foi longe. — Você… não tem medo de mim? 

Ele franziu as sobrancelhas, confuso: 

— Por que eu teria medo de você? Credo.

— Não sei… — remexi a cabeça, imersa no pensamento. — Acho que porque eu mesma tenho medo de mim às vezes. 

— Você tá falando isso por causa do lance do vídeo do Lysandre e… do que rolou agora pouco?

— Sim. — encarei seus olhos, sempre azuis e verdadeiros.

— Eu acho isso meio… curioso. Mas eu não tenho “medo”. Também não acho que seja algo ruim, num todo. Isso te ajudou a se proteger várias vezes, não foi? Talvez eu nem estivesse vivo agora se você não tivesse feito aquilo com o Lysandre. 

— Como você consegue pensar positivo até nisso? — ri, incrédula, mas com uma tremenda paz de espírito agora. 

Armin também riu:

— Não sei. Acho que ter perdido minha mãe e meu velho tão cedo fez eu aprender a ver as coisas desse jeito. O Alexy também… ele emanava muito isso. Acho que acabei pegando um pouquinho desse jeito dele pra mim. 

Armin falando sobre o irmão… quantas vezes isso tinha acontecido durante todo aquele tempo que nós nos conhecíamos? 

— Ele parece ser uma pessoa muito legal. — sorri. 

— Ele é. — seu olhar flutuava, inspiradoramente. — Acho que vocês dois se dariam muito bem, por algum motivo.  

Fiquei um tempo quieta, absorvendo tudo aquilo. Me sentia… confortável. Sim. Mesmo imunda, sentada no chão gelado do trocador do vestiário; aquele espaço miúdo e claustrofóbico. Mesmo pensando naquela loucura sem volta que tinha me enfiado. Até mesmo quando me lembrava que eu… era eu.

Notei que Armin me observava, de esguelha. Nossos olhares se cruzaram -- senti um arrepio na espinha, o peito acelerado -- e não se desviaram. 

Nunca me senti suficientemente em paz pra deixar que alguém me olhasse por muito tempo. Acho que, no fundo, sempre temi que vissem algo, lá dentro, que nem eu mesma queria descobrir. Mas aqueles olhos claros… eram iguais aos meus. Armin estava machucado; por fora e por dentro. 

E ele sorriu. Como ele conseguia? 

Inspirei fundo e fechei os olhos, como se estivesse pronta pra dar um mergulho num lago. Esperei que algo acontecesse -- não sabia exatamente o que, mas alguma coisa

E senti sua presença, aproximando-se, quente, sua respiração tão, tão perto.

E então… aconteceu.

O mundo deve ter parado naquele momento; ou pelo menos na minha cabeça, que rodopiava, delirante. Sem licença poética; minha cabeça literalmente parecia dar giros! Um toque, um único toque que nossos lábios fizeram entre si me fez arder como nunca. Mas arder de um jeito… incomum.       

Quando senti sua mão no meu rosto tentando intensificar o gesto, abri os olhos precipitadamente, num susto. Foi no impulso: dei um tapão no seu ombro. Sim! Um tapa.

— Por que fez isso?! — Armin se afastou abruptamente, assustado, confuso e vermelho que nem uma cereja. 

— N-n-não sei! — cobri os lábios com a mão. — Eu nunca beijei na vida, fiquei nervosa! — falei tudo embolado, junto, gaguejando. 

Armin soltou uma gargalhada energética (e se conteve pra não extrapolar no volume):

— Não creio… — falou enquanto limpava as lágrimas do riso. 

— O-o quê?! É tão anormal assim beijar um cara pela primeira vez aos dezoito anos?! 

Armin me encarou, risonho. De repente, abriu um sorriso… malicioso. 

— Olha. Eu também não sou nenhum expert nisso. — segurou meu queixo com a ponta dos dedos. — Mas se é o caso, acho que consigo te ensinar alguma coisa. 

Fiquei tensa, total. Total. Totalmente. Absolutamente tensa. Mas eu ardia -- ah, sim, eu ardia. Eu queria aquilo. Porra, como eu queria. 

Fechei os olhos de novo -- foi o jeito que encontrei de sinalizar aquele meu desejo -- e Armin avançou com tudo. Que cretino. Minha cabeça voltava a girar, veloz, embriagada. Nós aprofundamos a coisa. Era tão quente. Misericórdia. 

Segurei seu rosto com minhas duas mãos (foi um pouco involuntário) e Armin decidiu que queria descer o beijo. Ele desceu, dando beijos estalados até meu pescoço. Abri os olhos; arregalando-os. Meio apavorada, meio gostando. Sentia meu corpo ardendo. Várias explosões e coisas bizarras, inéditas, aconteciam dentro de mim. 

— Armin… — falei, suspirando, deixando um gemido manhoso me escapar.   

— Hm? — sua voz nunca esteve tão próxima dos meus ouvidos como naquele momento. 

— Eu… — suspirei de novo. — … que porra é essa? Tipo, por que você tá fazendo isso? 

Armin se retirou de onde estava e me encarou, novamente confuso:

— Por que você… é uma garota? E eu… ah, que pergunta… 

— Só porque eu sou uma garota? — eu ainda segurava seu rosto. — Então por que eu… não sinto vontade de fazer isso com o Kentin?

Armin dessa vez não se controlou: explodiu numa gargalhada. Meio tímido, corado:

— Meu Deus, Elsie, você consegue ser pior do que eu! 

— Como assim? 

— Olha… você só não se atrai por ele, né. Acho que isso é… normal. Quer dizer, têm muitas pessoas que se atraem por ele, mas não é o seu caso, pelo visto. 

Desviei o olhar:

— Então você, tipo… se atrai por mim? 

Quando voltei a encará-lo, Armin parecia uma bomba-relógio pronta pra explodir. Estava vermelho, vermelho que só! Toda sua compostura de experiente parecia ter desaparecido; e com isso, eu quem ri. 

Não precisava que falasse mais nada. 

Aproveitei que ainda segurava seu rosto e o trouxe pra perto. Foi… 

Enquanto a contagem no meu cronômetro descia a cada segundo -- porque o tempo não para -- nós continuamos nos beijando. Mas, naquele sabe-se-lá quanto tempo, durante aquele final de tarde tão atípica, dentro de um trocador claustrofóbico em meio a matança apocalíptica que rolava dentro daquela escola, nós deixamos que o tempo parasse. 

Bom -- Pelo menos, pra nós dois. 





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