Identidade Homicida escrita por ninoka


Capítulo 58
Judas


Notas iniciais do capítulo

capítulo bem curtinho e rápido que eu JURAVA q ja tinha postado semana passadakkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk meu deus

boa leitura, amores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508366/chapter/58

[Nathaniel]

 

— Okay. Vamos repassar o plano. — falei. 

Burniel assentiu com a cabeça, firme. 

— Você vai entrar na sala com a mensagem pronta no keypass; você é a isca. Quando o Jade aparecer, vai me acionar o quanto antes pra que eu entre de surpresa. O resto é por minha conta… Tudo certo?

Por uma questão de mobilidade e ausência dos alunos nos corredores, botaríamos em prática durante o horário das aulas depois do almoço. Não podiam haver interferências. 

— Parece que tem um esconderijo interno dentro da 78. — confessou Burniel, horas antes. — Não sei por onde ele sai ou entra ali, mas é assim que ele se mantém seguro dentro da escola. A gente sempre conversava lá dentro. 

Quando o momento certo se aproximou, fomos para frente da sala 78. Checamos; ninguém nos corredores. Me afastei dali e me debrucei com as costas numa parede, fingindo distração. Burniel destravou a porta com o próprio keypass e entrou sozinho. 

Não havia se passado mais de dez segundos, Íris e Jun de repente vieram por outro corredor, ignoram completamente minha presença, apressadamente acionaram o keypass e adentram a sala 78. 

Desespero foi apelido. 

Por que raios eles estavam entrando ali também?!

Corri deselegantemente e fiz o mesmo procedimento que todos. 

Dentro da sala, a cena que vi me apavorou e me fez tomar o revólver sem pensar nem duas vezes: Íris com uma arma de choque mirada para a nuca de Burniel. Agora com o revólver apontado para a testa de Jun, Íris tinha congelado suas ações. 

— Abaixa a arma. — ordenei. — … Ou eu estouro ele. 

Íris franziu a testa furiosamente; depois abriu um sorriso:

— Quem diria que o senhor certinho também estaria incluso no esquema da diretora…? 

Os quatro ficaram naquela mesma posição por algum tempo, inertes. Burniel tremia na base. Sem cautela uma ação desencadearia a outra; haveria de ter uma negociação.

Mas outras companhias decidiram se juntar a nós: 

— Que situação empolgante. — Jade assumiu presença no cômodo como uma assombração. Estava a poucos metros de nós, de pé de frente para a lousa da sala; Peggy estava apoiada em seu ombro. — Obrigado pela colaboração com o plano, irmãozinho. — Jade sorriu para Burniel. 

Meus olhos ferveram em ódio quando indaguei:

— Plano?! 

Burniel me encarou por cima de seu ombro por um pequeno segundo, voltando a olhar para frente quando nossos olhares se cruzaram.  

— Mas que porra tá acontecendo, Burniel?! — tremia de fúria. — Você ainda tava cooperando com ele?! Hein? Me responde, covarde! — mas ele não ousava me encarar de volta. 

Atrás de mim, sem que eu ouvisse antes qualquer ruído, um homem absurdamente parrudo, usando ternos muito semelhantes àqueles capangas que levaram Jade pela primeira vez, obstruiu a passagem entre eu e a porta.  

— Vocês; Íris, Jun. — disse Jade, com um certo ar de autoridade. — Estão liberados. Burniel não é um alvo. Vocês podem continuar o jogo se caírem fora e calarem a boca sobre o que viram aqui agora. A emissão do cartão não será considerada nesse caso.  

Jade cantarolou e me encarou com malícia:

— Minha conversa não é com vocês… 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!